Bons Amigos

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 06 de julho de 2007

Torneiras abertas à toa. Leila, eu ainda não tô bêbado, relaxa. Quando eu me levantar desta mesa e gritar pra todo mundo que encontrei a Resposta Definitiva, aí sim é motivo pra você começar a se preocupar, ok? Teve uma vez que bebi tanto que achei que tinha virado médium, incorporei o Nietzsche, a Rita Hayworth e o Wilson Grey na mesma noite. Meus amigos sentiram que era hora de me arrastar pra casa quando comecei a cantar Put the Blame on Mame e a fazer um strip no meio do velório. Mas eu tô bem, eu tô bem. Do que é que estava falando? Ah sim, torneiras.

O problema deste mundo são esses amores não-correspondidos e desperdiçados a toda hora, entende? Como paixões que são despertadas negligentemente, ilusões platônicas que acabam com gosto de soco na alma, noites de sexo mal interpretadas, amores exilados que não encontram seu lugar no mundo, como peças extraviadas de um quebra-cabeça. O problema todo se resume nisso: corações e cérebros não falam a mesma língua. A vida seria muito menos dolorida se a gente tivesse o dom de se apaixonar por aquela pessoa que nos oferece o coração. Deveria ser tudo questão de um clique, e pronto: aquele amigo que a gente só consegue enxergar como confidente assexuado se transformaria no príncipe encantado. Mas não, não neste rascunho porco de mundo em que vivemos. Quem sabe na versão 2.0.

Sim, eu sei, não precisa falar. Você falou que eu ia me estrepar com aquela menina, mas deixou de usar pedagogia comigo, pô. Sim, pode rir, vou fazer o quê? Leila, você se esquece do quanto todo homem é crianção e imaturo, e de como a gente se torna repentinamente burro quando se interessa por alguém? Esses lances de sermões, do tipo “filho não coma o que caiu no chão”, “cuidado com as más companhias”, “não aceite balas nem arquivos atachados de estranhos”, yada yada yada, não dão certo. Tem que quebrar a cara pra aprender, errar, cometer novos erros. Mas deixa pra lá. Fala sério, esse vinho não parece que fica melhor a cada gole? Ih, relaxa, tá tudo sob controle. Cê tá parecendo minha mãe, só falta pedir pra que eu arrume meu quarto. Meus livros estão todos empilhados, um dia te mostro a Torre de Pisa que fiz com meus Goethes, Fonsecas, Borges. Uma lindeza. Ansiosa pra ver o meu quarto? Ih, você não sabe do que está falando. Aquilo é um buraco negro, tudo que entra some e vai parar em outra dimensão.

Mas olha só: talvez o amor não passe de um erro de programação. Um bug atravancando o perfeito funcionamento do sistema. Um vírus no código-fonte da Matrix. Uma maldição que surgiu com a intenção única de inspirar cornos a escreverem músicas sertanejas, e de fazer minhocas treparem fulminantemente no drive-in do meu cérebro, numa putaria incessante que me atormenta 25 horas por dia. Leila, eu juro pra você: um dia vou espirrar e minhoquinhas sairão voando de minhas orelhas. Não ri não, eu tô falando uma verdade trágica! Esses bichos promíscuos estão me deixando mais pirado ainda, enchendo minha cabeça com a imagem onipresente daquela vagabunda incapaz de retribuir todo o amor que eu poderia dar a ela. Vou parecer alienado, e talvez eu seja mesmo, mas a verdade é essa: amores desperdiçados são a grande tragédia da humanidade. Se Franco, Pinochet, Suharto e todos esses babacas tivessem uma mulher legal, talvez não ficassem tanto tempo pensando em merdas totalitárias. Caralho, tô ficando mesmo bêbado. Ops, desculpe aí. Falo palavrões pra caralho.

Tem vezes que dá vontade de dizer pra aquela menina: porra, será que você não vê que eu não sou só ombro, que eu tenho boca, mãos, língua, pau? Porque estou farto de ouvir as desventuras amorosas daquela vadia com Danilos, Gérsons, Alans, Rodrigos e todo um bando de putos batizados com esses nomes típicos de classe média metida a burguesa, uns mauricinhos prestáveis pra trepar, mas que roncariam estrepitosamente se fossem obrigados a ouvir um quinto das lamúrias e confidências que a desgraçada me faz. Isso é que dá virar confidente. Se eu quisesse realmente comê-la, jamais poderia deixar que nós nos tornássemos amigos. Com certeza ela só consegue me ver como um terapeuta assexuado, um ombro-travesseiro, jamais como um macho. Caralho. Se ela soubesse que, por trás desta fachada inofensiva, se esconde um gigolô pós-graduado em usos alternativos de chantili e algemas… Jura que você pagaria pra ver isso? Engraçadinha. A verdade é que você só conhece uma pessoa entre quatro paredes, despida, literal e simbolicamente, de todas as máscaras que a gente usa no dia-a-dia.

Ainda bem que tenho você pra me agüentar. Ouvir meus desabafos é como pagar pecados em vida, quando você morrer vai direto pro céu. Onde mais eu acharia uma amiga como você, que presta atenção em tudo o que eu digo? Ou isso, ou você arqueia as sobrancelhas como ninguém. Brincadeira. Às vezes me pergunto o que leva você a aturar minhas rabujices. Você deveria ser terapeuta. E não adianta me dizer que você só faz essas coisas por minha causa. Você é uma santa, a Madre Teresa dos chatos bêbados como eu. Um dia ainda ganho na Mega Sena e encontro uma mulher tão linda e inteligente como você. Um clique? Ué, não entendi. Burro? Sim, mas qual é a novidade? Não, não. Pode deixar, eu pego um táxi. Ok. Garçom, a conta.

Leila, como é bom ter uma amiga como você.

* * * * *

P.S. 1: Não conheço trilha sonora mais adequada para este meu conto que não seja a canção que Cazuza, Dé e Bebel Gilberto compuseram numa dessas madrugadas insones nas quais os pensamentos da gente perambulam inquietos por aí: “Preciso Dizer Que Te Amo“.

Esta gravação foi lançada na coletânea “Red Hot + Rio“.

P.S. 2: “Bons Amigos” foi publicado no livro Blog de Papel, coletânea que reúne contos de 14 blogueiros. Sem dúvida nenhuma um motivo de orgulho, por ter sido publicado na companhia de tanta gente fina, elegante e sincera.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • Fernando Barbosa

    PARABÉNS, cara isso pra qualquer um.
    Amei seu texto logo da primeira vez que li sempre vou passar pra dar uma olhadinha de vez enquando.
    Brigadão.

    R: Puxa, valeu pelas palavras, Fernando. Um abraço e volte sempre!

  • http://www.sovimpraescrever.blogspot.com Gabriela Silva

    Só uma palavra: amei!

  • Carla

    Agora vi q tem publição do texto.
    Eu quero!!!!

    R: Se você quiser, pode adquirir um exemplar do livro Blog de Papel, no qual foi publicado este meu conto, no Submarino. Um beijabraço!

  • Carla

    Caramba, muito bom!!!
    Vc tinha q lançar um livro de contos!!!

    R: Quem sabe um dia… Mas não tenho pressa. De qualquer modo, obrigado pelas palavras generosas, Carla! :P

  • http://www.bichinhosdejardim.blogspot.com Clara Gomes

    Texto bão, menino… Muito bom…
    Bate com uma frase que tenho: minha vida é como uma comédia romântica, só que sem o romance.
    Agora, no melhor estilo ‘blogueira feia e chata’ , vou te pedir pra passar lá nos ‘bichinhos’ quando puder!
    Beijo!

  • http://fundodabanheira.blogspot.com Juliano

    Como sempre Inagaki, desde a época dos jurássicos SpamZine certeiro nas questões que envolvem amor e/ou a falta dele. Já escrevi textos parecidos com esse, mas este me fez realmente relembrar todos os amores platônicos por amigas que me viam como um confidente, o cara perfeito, mas de certa forma castrado. Dizem que um dia os verdadeiros românticos terão seu dia de glória… como bom cético duvido, pois dia após dia vemos os FDP levarem a melhor.
    Quem são eles? Pq elas fazem as besteira de cair em seus braços que as jogarão em lágrimas nos nossos?
    Quem sabe um dia, um belo dia uma delas não perceba que os braços certos são estes aqui.

  • http://metamorfosepensante.wordpress.com _Maga

    Adorei, adorei, adorei!!!
    Parabéns!!! Estava com saudades das suas crônicas :)
    beijos

  • http://cozidocompapricas.blogspot.com natanael

    Ahh! ainda se Leila, enlouquecida, fosse uma bacante, não terias, acho, a alegria de incorporar Dionísio…
    Belo conto.

  • Luciana

    Passo por aqui de vez em quando…E fiquei feliz em ver que você É REALMENTE BOM no que faz.
    Parabéns.

  • http://parafernaliasbizarrescas.zip.net Angela

    Adorei o texto! Mas me separei de vez do amor. Pedi divórcio e não tem mais volta. Depois da 15º cacetada no meio das minha fuças cansei se sofrer. Chega!ABAIXO O AMOR!rs.

  • Lili

    Minha mãe é sua fã, ao que parece… me mandou o link desse seu conto. Muito bom mesmo!!! Parabéns seu Alexandre. Quem não foi o ombro amigo com segundas intenções ou o amigo do ombro amigo…? Haha!! É uma tragédia mesmo. Favoritá-lo-ei.

  • Fernanda

    Amei, amei e amei!!!Parabéns!!Não é pra qualquer um não…tem que ter o dom!

  • Une passante

    Mas que m…coisa hein?
    sinceramente a hipótese das minhoquinhas explodindo numa onda de promiscuidades envolvendo chantilly e algemas, me parece bastante comica…
    u_u quartos com buracos negros são de fato um grande problema…

  • Paulo Velho

    Raramente deixo mensagens em Blogs mesmo… mas realmente me identifiquei com esse texto… muito bom… muito bom mesmo!
    Parabéns!

  • Cris

    Oi, Ina!
    Well…essa Leila não quer só ser amiga do protagonista do conto, não, quem sabe não é ela a saída para o moço? Há um ditado que diz que “os melhores amigos são os melhores amantes”.
    Essa parte aqui: ” O problema deste mundo são esses amores não-correspondidos e desperdiçados a toda hora, entende? Como paixões que são despertadas negligentemente, ilusões platônicas que acabam com gosto de soco na alma”…Caraca, doeu em mim, doeu pra caralho (nada melhor que um palavrão para expressar muuita dor, sorry aí…)…
    E sim, inventaram esse tal de amor para os cornos escreverem músicas sertaneja, e para gente perdidamente apaixonada (por um cara impossível por vários motivos) como euzinha…desidratar de tanto chorar, ouvindo as tais melodias cornescas, tomando cerveja e desfiando a história para um amigo compreensivo como esse do conto.
    Quero erros novos também!
    Tu é um poeta, Ina…tem umas coisas que tu escreve que me dão um nó na garganta…esse texto foi um deles.
    Masoquismo, né, mas tenho especial prazer em ler essas coisas que dão nó na garganta.
    beijocas pra vc!! :)

  • hellen

    oh ma lord… sou uma leila… ma agora acabou.. não quero mais ser ombro, quero subir (ou descer) de cargo na firma…
    ;)

  • http://alvarengasempre.blogspot.com marilia

    E eu, as vezes penso que escrevo contos…
    ahahaha
    gostei muito.

  • catarina

    a música perfeita para acompanhar este conto é “may nothing but happiness come through your door” dos mogwai. Mas qualquer uma de morphine ia também assentar como uma luva.
    mesmo bonito o texto

  • http://www.somostodasumasvacas.blogspot.com Ana Paula

    Nossa… Adorei! Putz, até sofri… com a Leila, coitada. Um beijão e parabéns!

  • Debora David

    Caralho!!!! Maravilhoso. Sou fã dos seus textos e idéias, mas esse realmente foi cirúrgico, ataca na raiz, lindo mesmo. Parabéns pelo talento de sobra e continue se superando. Suas reflexões sobre os desencontros do amor são maravilhosas, sempre tão urbanas, delicadas, intensas e cheias de personalidade. Como somos perdidos e cegos. Gostei do comentário sobre os totalitaristas… me lembrou as idéias de Reich: se todo mundo trepasse mais as pessoas seriam bem mais relaxadas e tranqüilas, rs. E adorei a cegueira da sua personagem, é quase como estar num divã e ouvir a si próprio reclamar de diversos defeitos que você depois descobre serem seus… Adorei a relação com o espelho e o seu modo sutil de construir o texto. Parabéns, Débora

  • http://www.slothsam.wordpress.com Guilherme Amorim

    Esse texto é fino demais.
    Sou suspeito para falar dele.

  • http://www.vertente01.blogspot.com Thiane

    Perdoe a intromissão, mas espero que você também não esteja abusando do ombro da Leila. E sinceramente, homens precisam parar de buscar desafios. Se essa aí tá na mão dos Gersons da vida, há um monte esperando você olhar pra elas. Visão periférica amigo…

  • http://locutorius.blogspot.com simone iwasso

    meu caro, que texto sensacional! putz, é isso, né? não tenho nada mais a dizer. vou imprimir, isso sim. levar na bolsa pra ler de novo. escreve mais contos. beijo!

  • http://enquantoda.blogspot.com rosi

    Talvez essa Leila também não queira ser só sua ouvinte e aí você encontrará alguém que o reconheça como anatomicamente perfeito :) Porque uma coisa que os incompreendidos têm em comum com aqueles que não lhes compreendem é a cegueira… Mas talvez, posto que não conheço nenhum dos envolvidos.

  • Flávia

    Olá !
    Se vc não estivesse apaixonado por outra, se eu não fosse tão burra, se eu pelo menos conseguisse entender…
    se vc me amasse, seu problema de amor não correspondido estaria resolvido….
    I’m sorry….
    Beijos com carinho
    Flávia

  • http://www.crisemcrise.blogspot.com Cris

    Ina,
    Este texto caiu do céu. Um dos mais bonitos que eu li por aqui. Eu ia escrever um post sobre amor, mas antes passei por aqui e veja só que maravilha. Não tenho competência para escrever nada melhor. Sabe aqueles livros que a gente pensa em algo e abre em aleatoriamente e no final a frase é exatamente o que a gente precisa ouvir? Foi isso que aconteceu. Tirando o pedaço da amiga que não nota… rs
    Um beijão!

  • http://procurandoapoesia.blogspot.com/ Dri

    como já está virando rotina: eu concordo!! mas o que seria não só da música brega, mas das artes em geral se não fossem as dores de corno e os amores mal resolvidos?

  • http://palpiteira.wordpress.com Palpi

    Muito bom, mas discordo que se conheça verdadeiramente uma pessoa entre quatro paredes. A maioria não se despe de suas máscaras nem nessa hora, mas seria bom. :)

  • http://jogandoconversafora.blogspot.com Claudio

    Vim agradecer a visita e o comentário. Volte sempre que desejar, a casa é sua !!!!
    abraços

  • http://www.azaroseuquerida.wordpress.com ju

    sr. alexandre inagaki, mas que feladaputice de texto é essa?

  • http://www.uhbaby.blogspot.com lucila

    “Ah, eu perco o sono, lembrando em cada riso seu qq bandeira, fechando e abrindo a geladeira a noite inteira…”
    Rapaz as vezes eu acho que vc me segue, haha, eu ouço essa música TODOS os dias, justamente essa versão.
    Beijinho seu Moço (e que texto hein, uau)

  • Suh…

    Suficientemente Magestoso.
    Inúmeras Leilas, E Leilos(HaHa) Existem por ai.Há Quem diga que sou um deles.

  • silvia

    simplismente lindo. Parabéns

  • http://cafedodom.blogspot.com Dom

    Ótimo texto. Só tiraria o nome “Danilo” desse “bando de putos batizados com esses nomes típicos de classe média metida a burguesa”. Mas tudo bem…

  • http://www.oficinadeestilo.com.br/blog Fernanda

    renato russo também tinha uma amiga leila, né? =)

  • http://ideiasnajanela.blogspot.com Kandy

    Muito bem-feito esse conto, bem escrito, bem sacado, bem real. Acho que enxergar acontecimentos assim, coisa que a maioria das pessoas ignora, certamente traz mais sofrimento, mas, por outro lado, nos torna mais fortes. Esse texto entrou para o rol dos meus preferidos!

  • http://attu.typepad.com/ tina oiticica harris

    Dor de corno é uma droga. A cura? O próximo amor. Torço ainda que você dê de cara com aquela paulistana amiga ardente boa de copa e cozinha.

  • http://mude.weblogger.com.br Edson Marques

    Excesso de juízo nos leva a Loucura.
    Abraços, flores, estrelas…
    (note que eu não quis dizer “à”, mas “a”.)
    .

  • http://lulu-diariodalulu.blogspot.com lulu

    Ina,
    acabei, depois de um dia de trânsito, lendo sua linda análise do conto do Cortázar, A Auto-estrada do Sul, e escrevi um post que acabou virando também uma homenagenzinha. se der, dá lá uma olhada.
    um abraço,
    lulu.

  • Thiago L. Pierroni

    E ai mr. Inagaki, firme na boleia?
    Adorei seu texto, mas, detalhe interessante: tenho quase que uma absoluta certeza de que vc ja abordara esse tema no SpamZine (nao consigo deixar de ser nostalgico qdo dirijo-lhe a palavra, mesmo sendo virtual). ‘E interessante, pois, obvio, o texto ta mais maduro, umas metaforas interessantes, porem, a indignacao continua a mesma….
    Ate!

  • http://www.adeiadisse2.zip.net Déia

    Gosto muito de contos e esse é excelente…
    Nosso amigo não tem nada de surdo, porém de cegueira… rsrsrs

  • http://suandonaneve.wordpress.com Giseli

    Putz, legal, gostei do conto. Eu tenho uma quedinha por esse linguajar chulo. he he.
    o vinho é a bebida do amor, ou da falta dele.
    In vino veritas. Sempre.

  • Anônimo

    Vinho bão esse, hein? Se meus porres fossem tão literários assim eu estava feliz…

  • Rodrigo

    Leio todos os dias teu blog, mas nunca comento. Vai ver é porque nada tenho a acrescentar, mesmo. Em compensação, esse teu conto de hoje retrata a minha situação. É só mudar o nome da personagem - e tirar o “Rodrigo” da lista de nomes comuns - e tá feito! É a minha vida. =D
    Parabéns pelo texto e pelo blog. Abraço

  • http://periferico.blogspot.com Everton

    Eu não me surpreenderia se esse texto tivesse sido inspirado em fatos reais.
    Excelente!
    Abrass!

  • http://www.verdevelma.blogspot.com gica trierweiler

    ge-ni-al.

  • Paloma bianchi

    Entro sempre aqui e nunca comento, mas esse vale. Quer uma dica? Fica com a Leila. Ela tb conhece todas as “Carolinas”, “Priscilas” e “Julianas” da sua vida, e aposto que vc não sabe o que ela é capaz de fazer com Nutella e Champanhe.
    Vai fundo!
    beijos

  • http://digitalbombingbrasil.com.br avontz

    udashudash.. virei seu fan cara.. xD..
    sensacional.

  • http://www.legumesemgeral.com.br Gustavo

    Inagaki, sem palavras!
    Muito bom o conto! É impressionante como somos bobos mesmo, “um clique”, as vezes é bem isso mesmo. Se cérebros e corações falassem a mesma lingua não vestiriamos máscaras de perfeição em quem gostamos pra não ver seus defeitos, mas seriamos capazes de ver a perfeição de quem nos ama mesmo em suas “características menos agradáveis”…
    Um abraço e parabéns pelos textos!

  • http://fudeblog.zyakannazio.eti.br Cesar Cardoso

    Porreta… porreta… conto porreta, Ina!

  • http://diariodelaoxitocina.blogspot.com Cíntia

    Putz Inagaki, esse post foi certeiro mesmo. Concordo, concordo, concordo. Só nao que sejam desperdiçados, acho que com cada erro a gente vai aprendendo um pouco, depois que passa a bebedeira. Mas na real, hoje estou mais pra pedir que me sirvam outra dose de vodka com schweppes que para aceitar as liçoes das minhas mais recentes derrapadas.
    Como seria fácil se a gente pudesse escolher quem mexe de verdade com a gente. E aí meu amigo, acho que os neurônios sao inocentes, a culpa mesmo é dos hormônios, esses diabinhos que anestesiam, ou tornam a gente ansiosa, ou sei lá eu o que. Viu só por que escolhemos esse nome pro nosso blog? Feito para exorcisar ou agradecer a existência (segundo o momento) dessas influências que nos deixam tao fora de controle como para fazer escolhas que mais parecem as da mítica cabine do Sílvio Santos onde a pessoa tinha que responder sim ou nao às perguntas que nao ouvia…
    -Quer trocar uma relaçao com alguém que te adora é inteligente e sensível por um consultor financeiro?
    - siiiim!
    - quer trocar o consultor financeiro por alguém legal que te entende e além do mais tem atividades interessantes?
    - naaao…
    … e por aí vai a coisa
    e é por essas e outras que o seu mantra continua na geladeira, porque sem acreditar que a vida é boa e cheia de oportunidades teria que virar uma cínica pra viver…
    Abraço, bom fim de semana e que os cupidos sejam menos burros nesse mês.

  • Carla

    Olá,
    Eu sempre passo aqui, dou uma lidinha…Na maioria das vezes adoro o que você escreve, mas nunca comento.
    Mas hoje, bateu forte…
    Parabéns pelo texto.
    Carla.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.