Anos 80, a década que nunca termina
Por Clarissa Passos ≈ segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Depois de uma semana que terminou com o anúncio não só da volta do Bozo como também do chocolate Lollo, faço um humilde pedido a partir desta democrática plataforma de comunicação: enterrem os anos 80.
Dançar Kid Abelha nas baladas anos 80 foi ótimo, eu sei. Sei porque estive lá.
Listar aqueles filmes fantásticos da Sessão da Tarde também.
E encontrar emuladores online para o Genius e o Atari foi de encher os olhos de lágrimas.
Mas, gente, não queremos continuar vivendo em uma década em que se falava “xoxota” em um programa educativo.
Ou em que o slogan de um creme dental era… “Ah!”.
Ou em que o gráfico do videogame era assim:
Ou em que a Claudia Raia se casava assim:
Ou que, bom, acabou há mais de 20 anos.
Não podemos chegar a 25 anos ininterruptos de revival, pelo amor de Serginho Mallandro. Ele mesmo já largou a apresentação de programa infantil, um clássico dos 80, e foi fazer reality show (quer coisa mais anos 00s?) e stand-up comedy (quer coisa mais anos 10s?).
Sério, gente, deixem a década descansar.
Até porque, se a gente não saísse dela, o Alexandre Frota continuaria sendo apenas o marido cafona da Claudia Raia, como visto acima, e jamais viraria o Frotinha, esse artista tão mais completo, que desde então já fez reality shows (quer coisa mais 00s?) filmes pornôs (idem, a não ser para a Xuxa?) e até… stand-up comedy.
Algo me diz que se insistirmos neste revival infinito, os anos 10s só poderão ser curtidos lá por 2030. E se até lá ainda não tivermos abandonado os 80, provavelmente o Bozo voltará mais uma vez. Mas para fazer stand-up comedy.
“Vocês já acordaram num bad hair day? E eu, que tenho uma bad hair life?”
P.S.: Confira mais textos da Clarissa aqui: http://satisfeitayolanda.tumblr.com.
Clarissa Passos
Clarissa Passos já foi blogueira, já foi normalista e também já foi melhor. Hoje ganha uns cobres como jornalista e coleciona grandes pensamentos retirados de perfis de blogs. Seu favorito, tanto pela originalidade como pelos infinitos desdobramentos críticos dialéticos possíveis, é "Amo: brigadeiro. Odeio: falsidade". Mais Clarissa aqui: http://www.satisfeitayolanda.tumblr.com
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