Artigos da categoria: Comportamento

De trolls e outros demônios

Por Pedro Burgosquarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Desde que descobri o primeiro fórum de BBS lá no meio dos anos 90, tomei gosto por discutir online. Eu acreditava inclusive que era possível ganhar uma discussão, e por isso imaginava que meu primeiro livro se chamaria Como Vencer uma Discussão de Bar. Este quadrinho do XKCD me definia:

Como diabos eu podia pensar assim?

Agora eu encaro aquele eu de anos atrás – o cara que corria para ser o primeiro a discordar na caixa de comentários – e ofereço alguns conselhos. Espero que eles possam ser úteis a você.

[O trecho a seguir é adaptado do livro Conecte-se ao que Importa] Continue Lendo

Uma moeda por seu vazio

Por Nathalie Trutmannsegunda-feira, 03 de fevereiro de 2014

O meu vazio costuma ser bem grande, escuro e bastante imprevisível.

O trabalho do artista não é sucumbir ao desespero, mas encontrar um antídoto para o vazio da existência. (Woody Allen)

Ele tem um senso de humor estranho e normalmente escolhe me surpreender quando menos imagino. Até pode chegar a dar sinais de aviso prévio (o volume e quantidade das minhas preocupações ou tarefas aumentam repentinamente), mas na maioria das vezes me pega desprevenida, bem na sequência de alguma coisa que eu considerava boa, como alguma conquista - aliás, quase sempre aparece depois de alguma conquista - como se ele esperasse esses momentos de vitória, quando estou me sentindo bem no topo do mundo, para me puxar de volta ao chão e me lembrar que, por mais alto que consiga voar e por mais coisa que consiga conquistar, nada conseguirá me tirar da minha frágil e irremediável condição de ser humano.

Nesses momentos, meu mundinho egocêntrico se desmorona como um bolo mal feito. Continue Lendo

Tã-tã-tã-tã-tã

Por Gabriel Loubackquinta-feira, 05 de dezembro de 2013

No final de semana fiquei 30 minutos preso em uma fila de carros para sair do estacionamento de um shopping. Motivos à parte, as pessoas começaram a buzinar depois de uns 10 minutos. Até que demorou, mas quando começou, ficou ensurdecedor. Pais tapavam os ouvidos de seus pequenos enquanto caminhavam pelo estacionamento.

Minha esposa, então, sugeriu: “E se você buzinasse ‘Tã-tã-tã-tã-tã’ e esperasse ver se alguém completa com ‘Tã-tã’?”

[A melodia -- ou ritmo -- é o que vemos no filme do Roger Rabbit quando o Christopher Lloyd quer provocar o coelho a sair de trás da parede.]

Esperei uma pequena pausa no buzinaço e puxei algumas vezes a buzina que convidava os outros carros a completarem.

“Se vai buzinar, que seja pra se divertir, né?” ela comentou comigo. Continue Lendo

Lulu: uma das maiores ferramentas de atraso social que eu já vi

Por Mirian Bottanquarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nem vou comentar sobre a 3ª guerra mundial que começaria se rolasse uma versão inversa do aplicativo ou sobre o fato de que se você acha massa classificar os caras que já pegou automaticamente sua idade mental vai para -15.

Que pena. O ano em que eu vi tantas mulheres se mobilizando, vi o feminismo subindo à superfície das discussões sociais diárias e mulheres perdendo o medo e erguendo a voz contra o fiu-fiu, se encerra com uma inversão de bullying de gênero bizarra, que coloca uma parede de ferro no meio da estrada onde o orgulho pela tomada de rédeas feminina vinha caminhando.

Eu carrego a bandeira do feminismo declaradamente, não porque sou mulher e defendo “a minha raça”, mas porque, antes de tudo, eu defendo o RESPEITO. E se eu ficaria imensamente puta da cara ao me ver nessa situação de, como bem definiu o meu namorado, “estupro da intimidade”, eu também fico puta ao ver qualquer pessoa nessa.

Mas mais que puta, eu fico decepcionada e temerosa. Continue Lendo

Um casamento com Calvin e Haroldo

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 10 de julho de 2013

Amor e imaginação são as forças que tornam este mundo um pouco mais mágico. E foi assim, juntando estes dois ingredientes, que Stephanie e Jonathan casaram-se de uma das maneiras mais bacanas possíveis, numa cerimônia inspirada pelos quadrinhos geniais de Bill Watterson.

BuquesCasamentoCalvin

Achei bastante significativo que uma das fotos do casal o retrate com o metamorfoseador das tiras de Watterson: uma simples caixa de papelão que transformava um objeto ou pessoa nas mais prodigiosas invenções, graças à prodigiosa imaginação de Calvin. Especialmente para quem acredita que o amor tem essa mesma capacidade de transformar o cotidiano.

MetamorfoseadorCalvin Continue Lendo

Como Tootsie fez Dustin Hoffman mudar sua maneira de ver as mulheres

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 09 de julho de 2013

Dustin Hoffman como Dorothy Michaels em Tootsie.

Em Tootsie, Dustin Hoffman faz o papel de um ator desempregado que traveste-se de mulher a fim de conseguir o papel feminino em uma novela. O filme, dirigido por Sydney Pollack em 1982, é uma comédia deliciosa, e não à toa recebeu dez indicações para o Oscar (ganhou só uma estatueta: de melhor atriz coadjuvante para Jessica Lange). Só agora porém, mais de três décadas depois, ao assistir a uma entrevista para o American Film Institute, é que descubro esta afirmação de Dustin: “Para mim, aquele filme nunca foi uma comédia.” Continue Lendo

Essa história está apenas começando

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 18 de junho de 2013

Ontem, quando participei da manifestação em São Paulo que começou no Largo da Batata e se estendeu por diversos pontos da cidade, fiquei emocionado ao ver as ruas tomadas por milhares de manifestantes exercendo sua cidadania. Os protestos, que já se estendem por todo o Brasil, começaram tendo como mote inicial o aumento das passagens de ônibus, mas a repressão absurda cometida pelos PMs na quinta, dia 13 de junho, virou uma cola que uniu pessoas lutando por causas diversas como o combate à PEC 37 (que, diga-se de passagem, deverá ir para votação no dia 26 de junho), o Estatuto do Nascituro, os gastos bilionários com os estádios da Copa, problemas com educação, saúde, segurança pública, e por aí vai. Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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