Há seis anos

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 11 de setembro de 2007

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Há seis anos eu estava em casa, ainda digerindo o café da manhã, quando vi uma manchete na página inicial do UOL: “Avião choca-se com o World Trade Center”. Na hora sequer cogitei que aquela ocorrência fosse das mais sérias; a imagem que me veio à cabeça foi de um aeroleve ou teco-teco se chocando contra o prédio. A ficha só veio a cair, junto com as possíveis dimensões daquela manchete, quando, minutos depois, surgiu uma nova nota no portal informando que outro avião havia acabado de atingir as torres do WTC. Liguei a televisão: na Globo, Carlos Nascimento fazia ao vivo a locução das cenas que aparentavam anunciar o início da Terceira Guerra Mundial.

O origami da nota de 20 dólares.Ainda não pensava em criar um blog. Na época, eu era editor de um fanzine que era distribuído semanalmente por e-mail a mais de 2 mil assinantes, o SpamZine. Enquanto assistia às cenas quase inverossímeis que eram exibidas na TV, redigi uma breve nota que incluí, de última hora, na edição daquela semana. Ei-la:

O ataque a Pearl Harbor, o assassinato de Kennedy, a derrota no Vietnã geraram inúmeras produções hollywoodianas que buscaram dissecar momentos históricos em que os Estados Unidos mostraram-se frágeis, vulneráveis feito qualquer paiseco de Terceiro Mundo. Mas nada, realmente nada se compara às cenas que estou vendo agora: o Pentágono e as torres do World Trade Center (acabaram de desabar!) em chamas. Simplesmente o centro militar e o financeiro da mais poderosa nação do mundo foram atacados. Clube da Luta, Duro de Matar, Força Aérea 1, Independence Day, Nova Iorque Sitiada, toda ficção virou fichinha diante do que está acontecendo. Estou atônito, estupefato, perplexo. Quem me dera isso fosse outro trote do Orson Welles. Temo pelas retaliações que serão feitas pelo bananão do Bush Júnior depois disso tudo.

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketNo dia seguinte começaram a pipocar e-mails com teorias mirabolantes. Dentre outras coisas, as mensagens falavam em notas de 20 dólares com dons de Mãe Dinah, uma profecia ligada à fonte Wingdings que teria antecipado tipograficamente os atentados e até o rosto de Louis Cypher que teria surgido em meio à fumaça nas torres gêmeas. Mas a “melhor” de todas as histórias foi, sem dúvida nenhuma, da fotografia de um turista que teria captado o momento em que um dos Boeings aproximava-se do World Trade Center: nascia a pitoresca lenda urbana do Tourist Guy.

Repito aqui a pergunta de hoje no Twitter (link via Interney): o que você fazia há seis anos?

* * * * *

P.S.: Encontrei a foto acima, uma singela versão de escritório para o atentado de 11 de setembro de 2001, no blog Nyra Angel.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

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    Naquele dia também não dei muita importância a chamada no jornal, imaginei
    o mesmo que você que o pequeno teco-teco havia encostado a asa em algum prédio.
    Como havia estado em NY
    três meses antes do 11 de setembro (inclusive passei uma tarde nas torres fotografando), na mesma hora peguei uma foto que eu havia tirado das torres
    e enviei para alguns amigos, lembrando que eu havia estado lá havia pouco tempo.
    A foto foi encaminhada várias vezes até que chegou na caixa postal de um brasileiro que estava na África que na mesma hora encaminhou para um amigo que trabalhava no jornal A Tarde de Salvador.
    Na época eu morava em Salvador. Acompanhando as notícias pelo jornal, derepente vejo a foto da minha autoria estampada na página principal do jornal, com uma montagem de um avião em direção as torres.
    Entrei em contato com o jornal e o responsável ingenuamente me respondeu com a uma cópia do e-mail que havia recebido onde estava todo o caminho que a foto havia feito na rede até chegar até ele :).
    Ainda me deu os parabéns !!. Não vou contar detalhes pois é muito longo. Como não sou fotografa profissional nem vivo disso não ganhei nada, além dos parabéns e nem processei o jornal.
    Acompanhei as notícias o resto do dia pela TV na própria empresa, onde trabalhava na época. Não conseguia parar de lembrar as horas que fiquei no alto das torres fotografando e esperando o anoitecer e fazendo malabarismos para poder tirar alguma fotos noturnas sem tripê. Durante um tempo fiquei chocada e imaginava eu no alto das torres fotografando e vendo o avião na direção das torres pela lente da máquina !, perturbarda demais né ?!.
    O fato de estar estado no lugar da tragédia, do maior ataque terrorista de todos os tempos, a tão pouco tempo daquele dia me deixou muito mais abalada.

  • http://metamorfosepensante.wordpress.com _Maga

    Oi Ina, apesar de atrasada, resolvi relembrar o que fazia naquele “memorável” dia 11 de setembro.
    Estava em meio a uma verdadeira guerra pessoal. 2001, 17 anos, Londrina, UEL, primeiro ano de faculdade. A Universidade estava preparando-se para entrar em greve. O primeiro ano de psicologia na universidade (um curso integral) é muito puxado, ainda por cima fazia três grupos de estudos na hora do almoço, e os professores resolveram adiantar TODAS as provas e trabalhos do semestre para aquele um mês e meio antes da greve. Em meio ao clima de estresse alguém aparece na terça pela manhã na aula de psicologia experimental com a noticia de que as Torres Gêmeas haviam caido. Lembro que não consegui compreender direto: além de confusa a noticia abalava um certo encantamento que sempre tive pelo fato de um dos prédios mais altos do mundo não era um, mas sim dois e iguais! Terrorismo, complôs internacionais, vitimas? Nada disso passou pela noticia que recebi, e muito menos pela minha cabecinha adolescente. Aquele dia das 8:00 as 18:00 fiquei direto estudando (grupo de estudos na hora do almoço lembro até o que discutimos aquele dia hahahaha) só fui começar a entender o que acontecia mesmo a noite com todo o pensionato discutindo a noticia. Era chocante saber o número absurdo de pessoas que haviam morrido. Era triste, e a sensação de insegurança tomou conta de todo mundo. Mas no fundo mesmo, eu ainda tinha uma prova de histologia para fazer aquela semana, alguns trabalhos para entregar, e a UEL entraria em greve na segunda… como disse estava em meio a uma guerra pessoal. A greve durou seis meses, foi a maior da história do país. Sei que aquela semana foi cheia de abalos, eu nunca mais fui a mesma.
    O mundo também não.
    Beijos

  • Marina

    Todo mundo lembra o que estava fazendo naquele dia… Estava almoçando qdo o telefone tocou: era meu pai mandando eu ligar a tv.

  • http://www.maysadecastro.com.br/blog/ Maysa

    Estava trabalhando, e fiquei impressionada com tamanha tragédia.
    São uns doentes mesmo…

    Sao otimas as montagens de http://touristofdeath.com/gallery/main.php

    Maysa

  • http://www.saiqueeunaosouseupai.blogspot.com carlos alberto

    Olha, já faz um tempo que seu blog está em meus favoritos, e sempre acompanho seus posts. É um excelente lugar pra gente se sentir mais culto, digamos assim. Gostaria de ter um link do meu blog no seu, vamos negociar? rs…

    Obrigado pelas leituras, Carlos. Mas o caso é que link não se troca, se conquista, como bem explica Edney Souza neste post. Um abraço.

  • http://www.palomaris.com/damisoginia Carlos E. Bonini

    Eu ainda estava no segundo ano de faculdade. De repente uma colega atendeu o celular e gritou, no meio da aula mesmo : “Um avião bateu no WTC!”. Foi o tempo do professor ligar a TV e aparecer ao vivo o choque do segundo avião. Acho que todos ficaram quietos por uns bons dois minutos.
    Depois vieram o almoço e as milhares de teorias…

  • http://www.ideiasdeana.blogspot.com Ana

    Eu havia chegado da escola onde trabalhava no interior do Maranhao(Vitorino Freire). Era hora do almoço e as imagens na tv pareciam cenas de filme, falei pra meu pai que assistia: nos preparemos pra terceira guerra mundial, não sei se meu pai sabia que ja houveram duas.Desse momento o que mais me comove hj é lembrar do meu pai, que ainda está lá e eu aqui…

  • http://www.alexandrepinheiro.blogspot.com alexandre pinheiro

    com relação ao episódio mesmo, eu ai ao forum, era manhazinha (acho), e minha mãe me ligou no meu celular pra contar a (pra ela) tragédia
    demorou um pouco pra eu entender onde é q o avião tinha batido, e quando entendi o “inglês” da minha mãe, tive uma exata noção de “fudeu” na mente
    e acho q tava certo
    de resto fiz o q todos fizeram: horas e horas na frente da tv nos dias seguintes, até não aguentar mais
    abrasssss

  • http://ideiasnajanela.blogspot.com Kandy

    Há seis anos eu trabalhava apenas 6 horas por dia, entrava às 13h40, então, de manhã, quando tudo aconteceu, eu estava em casa, lendo o jornal. A TV estava ligada e eu me lembro de uma sensação estranha, misto de incredulidade com pavor, um dos poucos momentos em minha vida em que meu pensamento embranqueceu e eu fiquei sem saber o que concluir. Fui trabalhar com medo de guerra, respirando instabilidade, triste, muito triste e envergonhada por pertencer à mesma raça daqueles doidos homicidas: a humana.

  • http://oritmodissoluto.blogspot.com Andre

    Eu estava no colégio, assistindo uma aula de matemática. Ligam para um amigo meu e dizem que a tia dele podia ter morrido em um acidente de avião nos EUA. Até aí tudo bem, essas coisas acontecem. Alguns minutos depois ligam para uma outra pessoa da sala e avisam que estava saindo fogo dos bueiros de NY, e que a cidade inteira poderia estar em chamas. Ok, ainda é aceitável (???). Só no intervalo alguém que presta mais atenção nos noticiários avisa que um avião se chocou com o WTC. Aí sim, inacreditável.
    Escrevi um pouco mais sobre a data no meu blog.
    Um abraço

  • Carolina

    Foi no mesmo dia do assassinato do prefeito de Campinas…havíamos sido dispensados da aula (estava na 7ª série), foi decretado luto na cidade. Estava tudo confuso por causa da morte do Toninho, a cidade estava bem estranha…ao chegar em casa mais cedo, liguei a tevê e não acreditei no que via. Chamei minha mãe aos berros, quase chorando…”mãe, o que tá acontecendo?” “ataque terrorista, pelo jeito”. E na época mal sabia o que isso significava…

  • Túlio

    Estava na escola quando a primeira torra foi atingida.
    Assim que cheguei em casa, o segundo avião se chocou contra o outro prédio. Lembro de ver a minha empregada atônita.
    Me lembro como foram horríveis aquele dia e os seguintes ao ataque. Uma sensação ruim.
    Fotos de pessoas pulando do prédio em chamas, gritando, chorando. Credo, muito horrível.
    E eu tenho um primo que trabalha como comissário de bordo na American Airlines… a família toda preocupa com ele, não conseguíamos ter notícia, torcendo pra que ele não estivesse num dos aviões seqüestrados.

  • http://butuca.blogspot.com Raphael Perret

    Estava no trabalho quando uma colega deu a notícia. Passamos a ouvir a CBN (que chegou a dizer que uma vião teria atingido o Capitólio) e visitar os sites de notícias. O portal da CNN ficou apenas com texto, sem layout, para suportar o tráfego. Não trabalhei, fiquei acompanhando a snotícias o tempo inteiro. Umas 4 da tarde desci ao Largo da Carioca para comprar edições extra dos jornais do Rio sobre o fato (parecia anos 20, os rapazes gritando “Extra, extra, bombas atacam a cidade de Nova York!”. À noite, saí com meus amigos do trabalho, como fazia todas as terças naquela época, para um bar na Tijuca, participar d eum quiz - que, óbvio, se aproveitou do “tema do dia” pra fazer várias perguntas. Uma era: “qual o nome do terrorista suspeito de ter organizado os ataques?”. Tenho certeza de que poucos responderam “Osama Bin Laden”, naquela noite.

  • Julianawq

    Eu estava na faculdade de jornalismo e tinha saido de uma prova quando vejo uma fila enorme em frente a tv…todo mundo olhava e eu tentava ficar sabendo do que se tratava….como a tv era em frente ao elevador achei que fosse mais uma multidao esperando o elevador até que vi a reprise do avião batendo nas torres gêmeas… fiquei muito mal… primeiro pelas pessoas que estavam no prédio… depois por nunca ter ido a ny antes dessa tragédia…Estava muito doente nesse dia e não tinha que trabalhar para viver então fiquei enrolada nas minhas cobertas, com alcool no pescoço acompanhando a transmissão em todos os canais que estavam passando….
    P.S=> EU ERA ASSINANTE DA SUA NEWSLETTER SPAMZINE…MUITO BOA DE SE RLER…UMA DAS POUCAS NEWSLETTER QUE JA ASSINEI NA VIDA…NÃO ME ARREPENDO…POR ELA EU TB CHEGUEI NO SEU BLOG…ISSO JÁ FAZ TEMPO…OUTROS CARNAVAIS…

  • http://groselha.wordpress.com Bia Cardoso

    Como bem disseram nos comentários, foi o dia em que a Terra parou.
    Eu era estagiária, daí estava no trabalho desde às oito quando na hora da batida do primeiro avião, minha mãe ligou para perguntar se estava tudo bem comigo, pois segundo ela o mundo parecia estar acabando naquele momento. Não entendi nada, mas ela disse que um avião tinha batido num prédio dos EUA. Nesse momento um cara passou gritando pelo corredor que um avião tinha batido e tal, correram e ligaram a tv do refeitório, ficamos paralisados, uns 60 funcionários olhando a tv, a notícia já tinha se espalhado pelo prédio. Os arquitetos discutindo se havia a possibilidade do prédio cair ou não e todo mundo sem entender se era um acidente mesmo. Quando as Torres caíram ficamos todos pasmos e ainda haviam os aviões sumidos. Foi um dia de adrenalina sem fim, lembro que passei dias vendo aquelas imagens na tv, por horas, uma estranha fascinação tomava conta de mim naquele momento, nunca pensei em presenciar a história tão escancarada na minha frente. Acho que todo mundo soube naquele momento que as coisas nunca mais seriam as mesmas.

  • http://hipermoderna.net danusia

    apesar de eu pessoalmente não dar muita bola pra essa coisa toda de 11 de setembro, lembro exatamente o que eu estava fazendo quando vi a notícia no famigerado “plantão da globo”: estava tomando café da manhã pra ir pra faculdade, no refeitório do apart hotel em que eu morava. =)
    e… obrigada por indicar o hipermoderna como blogue da semana! que honra! =D
    xoxo

  • http://yamimi.wordpress.com yamimi

    O dia em que a terra parou! Cada um a sua maneira, mas todos atônitos, sem acreditar que alguma coisa havia acontecido ao país tido como “intocável”. Eu tinha recém acordado e estava tomando o meu café na cozinha, ouvindo rádio, quando no primeiro break o lucutor fala que as Torres foram atingidas. Eu tinha certeza de que era um trote, mas por via das dúvidas fui correndo ligar a tv! Ainda fico de queixo no chão até hoje com aquelas cenas, que doentiamente cheguei a gravar! xD Não tem como esquecermos o que fazíamos àquela hora!

  • http://web.mac.com/fabio.c.martins Fábio C. Martins

    Lembro do dia como se fosse hoje. Eu estava dormindo quando minha mãe me acordou pra dar a notícia. Confesso que não achei que havia sido um atentado, achei que foi um erro ou um pane na aeronave, mas depois da segunda pancada, não tive dúvidas, algo de estranho estava acontecendo.
    Bom, depois de tudo, fiquei o dia inteiro assistindo, lendo e procurando maiores informações. Claro, tudo isso depois do desespero, pois, querendo ou não, foi difícil não acreditar que as coisas iriam esquentar no mundo inteiro. (Seria só aquele ataque, ou outros países iriam sofrer também?)
    Mas uma das coisa que lembro bem, foi a mudança da capa do CD do Dream Theather. Uma semana antes, eles lançaram a capa com as duas torres pegando fogo, mas desistiram de lançar o CD com essa capa. Vai entender, talvez todos temos um pouco de Mãe Dinah. ;)
    Abraços e boa semana

  • Anônimo

    Eu era estudante do segundo ano de Letras no Mackenzie e tinha ido a um dos laboratórios de informática para imprimir um trabalho. Alguns estudantes que estavam acessando a internet começaram a comentar isso, e a notícia se espalhou rapidamente, fazendo com que em poucos minutos várias pessoas saíssem à procura dos diretórios acadêmicos, para verem pelas televisões.
    Eu fui ao prédio onde minha mãe trabalhava e vi pela tevê que havia sido recém instalada, de plasma, de sei lá quantas dezenas de polegadas. Por um lado ver ali foi bom, já que sou míope, por outro, eu fiquei atônita e super chocada, ao assistir como se estivesse em um cinema, às cenas das torres ruindo e de todas aquelas pessoas correndo desesperadas. Como você bem disse, naquele dia a realidade superou e muito a ficção. Muito triste.
    Belo relato, Ina, e eu me lembro dele perfeitamente no SpamZine, como se tivesse lido ontem… incrível isso…

  • http://joseguimaraes.blog.terra.com.br José Guimarães

    Eu estava deixando esposa e filha quando os prédios eram atacados pelos aviões. Para ir morar numa pensão.
    Era como se visse um filme pela metade.
    Acho que a guerra na minha casa era maior que nos EUA.
    Em tempo. Ontem, um dia antes dos seis anos do atentado, minha ex-esposa pediu-me para voltar para casa.
    Só hoje me lembrei disso;
    Ela certamente não se lembra.

  • Ana C.

    Estava na aula, quando uma turma de alunos entrou e nos chamou para ver as notícias no Centro Acadêmico…foi muito chocante, mas nada se compara ao número de mortos que viriam depois como retaliação. A quantidade de soldados americanos mortos no Iraque já ultrapassou os mortos do WTC!! Sem contar os demais civis iraquianos…

  • http://www.danielaraujo.net Daniel

    Caramba… Seis anos atrás eu cheguei excepcionalmente cedo na produtora onde trabalhava e uns colegas já tinham visto a noticia do primeiro avião. Todo mundo ridicularizando a incompetência do piloto do teco-teco. Já apareciam uns lances de suspeita de terrorismo, mas a gente pensava “prá americano, tudo é terrorismo”. Depois apareceu a noticia do segundo avião, e aí começou a ficar estranho demais. “Mas esses pilotos estão especialmente burros hoje, hein?”.
    Então, de repente, uma porta abriu e um colega, que estava vendo TV em uma ilha de edição, atravessou o galpão da produtora gritando e agitando os braços: “Caiu um no pentágono! É a terceira Guerra Mundial!!!”
    Ninguém mais trabalhou naquele dia.

  • http://rafaelporto.blogspot.com Rafael

    Um ótimo texto para um fato tão recente. Incrível que você conseguiu abrir bastante a visão e escreveu no SpamZine exatamente o que viria depois.
    Parabéns!
    =D

  • http://www.asimediatas.blogspot.com Cíntia Teixeira

    Sou do Sul do país e na época morava em Recife, Pernambuco, onde trabalhava. Estava indo almoçar quando passei por um dos quiosques do gigantesco Shopping Recife. Havia uma multidãozinha considerável, embasbacada, olhando uma TV de tela grande, sem som. Aí começaram os comentários diversos. Alguém lançou que haviam acabado de derrubar a Estátua da Liberdade. Um outro garantia que um avião teria despencado sobre a Disney. Ninguém percebia que no momento dos ataques os EUA haviam acabado de acordar. Falava-se em 100 mil mortos, um pesadelo. Liguei pra minha mãe, em pânico. Queria voltar para casa, mas não arriscaria tomar um avião. Não naquele momento…

  • http://catatau.blogsome.com catatau

    Eu estava esperando o Dragon Ball Z começar, quando interromperam a programação, hehehhe
    Bom ter revivido o Tourist Guy, rsssssss
    abração,

  • aninha

    Eu ouvi a notícia no rádio do carro, a caminho da extinta Euro Interaction. Chegando lá, as TVs estavam ligadas. Todo mundo parado olhando, sem palavras. Ninguém trabalhou na parte da manhã.

  • http://www.crisdias.com/ Cristiano Dias

    Minha primeira reação foi igual à sua, quando meu pai ligou para perguntar se estava tudo bem. Pensei num teco-teco e “putz, o cara tem que ser muito ruim de pilotagem pra acertar aqueles prédios”.
    O resto é história.

  • http://www.eupodiatamatando.com Silveira Neto

    Olha só o microblogging interferindo no macroblogging :)

  • http://www.verbeat.org/blogs/stuckinsac Leila

    Moro na California, entao aqui estamos algumas horas atrasados em relacao a NY. Eu estava dirigindo para o trabalho, totalmente alheia `a situacao… Encontrei o primeiro colega na portaria do predio, e dei um bom dia toda alegrinha, e ele respondeu: “como bom dia? E’ um dia horrivel! As torres do WTC estao no chao!” Ninguem conseguiu trabalhar direito aquele dia, ficavamos so’ pesquisando as noticias na web, tentando ver se descobriamos os autores do atentado, por que… E ainda tinha um aviao nao localizado, tinha gente com medo do proximo atentado ser na California. Os diretores do depto fizeram reunioes para relembrar procedimentos de emergencia (aqui tem plano pra tudo). Familiares e amigos me mandaram e-mails para saber como estava o clima por aqui.
    Acho que de noite e’ que foi pior, porque as noticias ja’ estavam mais completas e tinha muitas entrevistas com sobreviventes, parentes de mortos, etc. Foram varios dias de muito choro, tristeza, sentimento de impotencia, niilismo, medo do futuro.

  • http://www.leal.eng.br/mnemetica/ Aldrin Leal

    Em http://touristofdeath.com/ tem uma boa galeria sobre o assunto :)

  • Diego Goes

    Eu tinha acabado de chegar da escola e vi o Nascimento repetindo as mesmas frases e mesmas imagens, sem muita noção do que estava dizendo. Na verdade, ninguém tinha muita noção do que estava acontecendo. Nem que aquilo era apenas contra os Estados Unidos. Por isso fiquei com medo de acontecer algo aqui no Brasil também.
    the horror…the horror…

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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