Artigos da categoria: Egotrip

Ziriguidum, telecoteco, esquindô lelê?

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

Alguém acessa blogs durante o Carnaval? Levante a mão quem estiver por aí! o/

Bem, como quem trabalha em casa não tem mais feriado, ficarei em Sampa City atarefado com mil e uma coisas que aparecem aqui e acolá. É possível que, em meio a uma e outra necessária pausa para sair de frente do computador, eu me depare com cenas na TV exibindo os mais de mil palhaços no salão, os peitos da Garota Globeleza da vez, os indefectíveis trocadilhos envolvendo a entrada da Mangueira na Sapucaí ou repórteres extraviados em Salvador ou Olinda que, diante das cenas dos foliões pipocando nas ruas, dirão pela enésima vez a frase “e a festa não tem hora para acabar!”. Continue Lendo

Balanço dos meus objetivos de 2007

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 03 de janeiro de 2008

Em janeiro de 2007 participei de um “meme” que convidava blogueiros a traçarem cinco metas pessoais para o ano que se foi. Agora que ingressamos em um novo ano, chegou a hora de resgatar meus objetivos para 2007:

1. Finalmente ver no ar um projeto que pretende dar condições para que alguns dos mais talentosos blogueiros brasileiros possam pensar em pagar suas contas fazendo exclusivamente o que sabem fazer melhor: escrever.

Felizmente esse objetivo foi concretizado. Após mais de um ano participando de reuniões, conversando com possíveis participantes, acertando detalhes de layouts e programação, o InterNey Blogs entrou no ar em 22 de fevereiro de 2007. De lá pra cá fomos tema de matérias em dezenas de veículos no Brasil inteiro, fechamos parceria com o iG e emplacamos três entre os 10 indicados a Melhor Weblog em Português do prêmio internacional The BOBs. Desde então, outros projetos profissionais coletivos envolvendo blogueiros, como o Nossa Via e o Blogamos entraram no ar, e as perspectivas são de que mais e melhores iniciativas surjam em 2008. Eu só espero que a parte do vil metal comece a se consolidar também. ;)

2. Desmentir certa afirmação, já citada anteriormente neste blog, segundo a qual as mulheres mais interessantes ou moram distantes de mim, ou estão comprometidas.

Ah, dá gosto de dizer que este foi outro objetivo cumprido com louvor em 2007! :D

3. Fazer mais viagens ainda. Tanto as maionésicas quanto, principalmente, as de cunho turístico.

Ôpa, mais uma meta realizada!

4. Ler no mínimo três livros por mês. E iniciar esta resolução devorando os cinco livros da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, presentaço que ganhei do meu amigo Marmota.

É, não dava pra cravar todas. XX( Preciso ficar mais tempo offline e sem todos os atrativos que a internet me proporciona, a fim de poder me dedicar mais às leituras em celulose. Em média, só consegui ler um livro e meio por mês em 2007, e boa parte dessas leituras foi realizada por motivos profissionais: matérias e resenhas encomendadas por outros veículos. Por essas e outras, só terminei até agora o segundo volume do Guia do Mochileiro das Galáxias, por exemplo.

5. Assistir mais filmes, até porque serei em breve o responsável pelos textos sobre cinema de um site que logo mais entrará no ar.

Objetivo cumprido parcialmente. Sim, aumentei as minhas idas ao cinema, mas não no volume que gostaria. Quanto ao tal site, ele acabou não entrando no ar, mas o caso é que atualmente ando envolvido em tantos projetos online que a motivação ainda é válida: ver mais filmes será bastante útil para prover de conteúdo alguns deles. B)

* * * * *

Uma vez que acabei por cumprir quase 80% dos meus objetivos traçados para o ano passado, deixarei lavrado em blog minhas principais metas para 2008. Afinal de contas, minhas brincadeiras prediletas são aquelas que acabam se concretizando. ;)

1. Praticar exercícios físicos diariamente. Como diriam meus amigos daquele consagrado blog, posso dizer que sou um contumaz cidadão sedentário e hiperativo. Preciso canalizar uma significativa parcela dessa hiperatividade profissional para o corpinho combalido deste balzaquiano que vos escreve. Bem, ao menos já tratei de comprar as roupas necessárias pra começar a caminhar diariamente pelo Parque do Ibirapuera.

2. Mais organização pessoal. Agora que estou escrevendo em vários sites e blogs e trabalhando full time em casa constatei a extrema necessidade que possuo de aprimorar minha autodisciplina a fim de dar conta de todos os projetos em que estou envolvido simultaneamente. Preciso, por exemplo, equalizar nessa equação uma maneira de deixar os meus e-mails sempre em dia.

3. Viagens, viagens, viagens. Repito o meu terceiro objetivo de 2007 aqui, porque viajar é como uma tecla pause que apertamos a fim de podermos avançar léguas em termos de descobertas dentro da gente. Preciso e desejo conhecer mais lugares e pessoas.

4. Ler ao menos uns vinte e cinco livros em 2008. Desta vez, estipulo uma meta modesta, mas que posso cumprir e extrapolar neste ano. Eu nem ouso tentar devorar os 167 livros que meu camarada Alex Castro encarou ano passado.

5. Prosseguir com os planos de conquistar o mundo por intermédio do InterNey Blogs e demais projetos. Afinal de contas, um leonino que se preze precisa injetar um pouco de megalomania nesta lista. ;)

* * * * *

Como este post não pretende ser um “meme”, não repassarei a obrigação de publicar uma lista de objetivos para 2008 a ninguém. Mas recomendo a você, incauto blogueiro que me lê, que elabore algo do tipo. De vez em quando precisamos nos auto-imputar metas para que tiremos nossas bundas da cadeira. Aliás, cobrem-me sobre os objetivos elencados aqui em janeiro de 2009!

De volta com nossa programação normal

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Você anda se penitenciando pois esqueceu de presentear alguém ou de mandar aquela mensagem celebrando o Natal a um amigo próximo? Então siga o meu exemplo e dedique esta tira de Bill Watterson a uma pessoa especial.

Continue Lendo

Quem é vivo sempre desaparece

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O hino oficial de todo membro da confraria dos possuidores de déficit de atenção e hiperatividade deveria ser “Nada Tanto Assim”, composição de Leoni e Bruno Fortunato cujo refrão diz: “Eu tenho pressa/ E tanta coisa me interessa/ Mas nada tanto assim”. Não à toa, essa canção do Kid Abelha batizará um dos meus novos projetos que entrará no ar em breve.

Sei que há tempos estou acostumado a abrir inúmeras abas e janelas do meu Firefox, pesquisando diversos assuntos simultaneamente. O resultado é que, no meio do processo de criação de um post para o Pensar Enlouquece, me deparo com um assunto que se encaixa perfeitamente no Nokia WikiTrends, um link interessante para ser compartilhado no Twitter, e assim por diante. Um comportamento típico de quem está imerso no universo TDAH há tempos, e convive cotidianamente com a avalanche de informações a que somos submetidos em enésimos sites, canais de TV, revistas, bate-papos.

Muito antes da internet eu já era um tanto quanto agitado e disperso, uma espécie de membro da geração Alt + Tab avant la lettre. Em vez de comer refeições na mesa da cozinha, ia até a sala para almoçar ou jantar em frente da TV, ao mesmo tempo que folheava os quadrinhos ou a página de esportes do jornal, e isso, creiam-me, com nove anos de idade. Na época em que ainda mantinha o hábito saudável de ler quatro a cinco livros por mês em vez de passar horas em frente ao computador, sempre lia vários volumes simultaneamente, revezando capítulos de um e outro livro. Posso dizer, pois, que antes de inventarem a navegação por abas, eu já fazia isso com minha pequena biblioteca.

Mas tergiverso, tergiverso, como de habitual. E quase me esqueço de escrever sobre o motivo principal deste post: dar um sinal de vida aos leitores deste blogs antes que pensem que eu já tirei férias antecipadas de final de ano. ;) Só que, em vez de remover a fina camada de pó que já se acumulava sobre os posts do Pensar Enlouquece, publiquei textos em diversos lugares por aí. Por exemplo, tive a honra e o prazer de escrever “Os Tempos, Eles Estão Sempre Mudando”, reportagem de abertura da revista Continuum Itaú Cultural deste mês, em que falo das transformações da difusão da arte e cultura nos últimos 20 anos graças aos avanços tecnológicos. Também estreei um novo blog que desenvolvi para o portal Blogamos, projeto que visa agregar conteúdos de qualidade na blogosfera brazuca. Trata-se do Pop Cabeça, que inicia atividades com posts sobre Gugu Liberato e a Semana do Presidente, a revolta de Johnny Cash e a música mais triste de todos os tempos, dentre inúmeros assuntos ligados a cultura pop.

No Nokia WikiTrends, site do qual sou responsável pela editoria de arte, escrevi sobre fotos encontradas e caixas de leite customizadas. No blog da Samsung, falei da volta do Portishead, o descarrilhamento do Bonde do Rolê e o Rock in Rio em Madrid. No Virunduns, meu post mais recente é sobre os 60 anos de Rita Lee.

Se eu acho ruim escrever em tantos lugares? Muito pelo contrário. Algo que estive comentando com o Edney outro dia foi o seguinte: não entendo quando vejo algum blogueiro se queixar da falta de assunto para postar. Comigo ocorre o contrário: há tantas coisas curiosas e instigantes neste mundo que o problema é arrumar tempo para pesquisar tais temas e escrever algo minimamente relevante sobre elas. Felizmente hoje em dia posso me dar ao luxo de trabalhar full time em casa e pagar as contas com meus escritos. É claro que, nesse tumulto todo, um e outro blog acaba sendo temporariamente abandonado. :roll: Mas aos poucos vou aprendendo as manhas de manter vários sites ao mesmo tempo com o mestre Nick Ellis

* * * * *

P.S. 1: Pensar Enlouquece foi eleito o Melhor Blog de 2007 e o Melhor Blog Pessoal pelos eleitores que participaram das votações promovidas pelo Best Blogs Brazil. Agradeço a todos que votaram em mim, mas com dedicatórias especiais a Cynara Peixoto, idealizadora da premiação, e à implacável Liga dos Blogueiros de Saco Roxo.

P.S. 2: A ilustração deste post, uma tira da série Piled Higher and Deeper, de Jorge Cham, foi uma sugestão deixada nos comentários por Marcela Ortolan. Obrigado! ;)

O meme da página 161

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 16 de outubro de 2007

Freddy Bilik e Bruno Godoi me convidaram para participar da seguinte corrente:

1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.

Meu livro de cabeceira há alguns dias é “Tingo - O Irresistível Almanaque das Palavras que a Gente Não Tem”, de Adam Jacot de Boined. E a quinta frase completa é esta:
“Em hopi, língua ameríndia, o termo masa’ytaka significa insetos, aviões, pilotos; na verdade, tudo o que voa, exceto pássaros”.
Eis os cinco blogueiros incumbidos de prosseguir com o “meme”: Marisa Toma, Thiane Loureiro, Milton Ribeiro, Luiz Jerônimo e Caio Novaes.

* * * * *

P.S. 1: Obrigado, de coração, a todos os leitores que deixaram comentários em meu post anterior.
P.S. 2: Taí algo que eu desconhecia, e que só fui descobrir durante a viagem (mais de 13 horas de carro, somando ida e volta) que fiz a Inúbia Paulista: meu avô é nome de rua! Embora eu tenha consciência de que homenagens do tipo possuem valor simbólico, confesso que senti um orgulho danado de saber disso. Meu avô, que migrou do Japão para o Brasil a bordo de um navio em 1935, teve 4 filhos e 10 netos, e viveu neste país até seu falecimento, em 1989.
P.S. 3: Lamentei a decisão do prefeito atual de Inúbia, que mandou pintar uma inscrição que havia no portão de entrada do cemitério de lá, uma frase que representava uma espécie de “memento mori” dita de maneira mais direta: “FUI O QUE TU ÉS, TU SERÁS O QUE EU SOU”.
P.S. 4: Embora o Blog Action Day tenha sido ontem, nunca é tarde para falar de conscientização ecológica. Recomendação da casa: guardar em seu bookmark o endereço do blog coletivo Faça Sua Parte, que apresenta diversas dicas sobre o que cada um de nós pode fazer para tornar este mundo mais habitável.
P.S. 5: Hoje é o dia da padroeira dos pobres e endividados. Você chegou a fazer a oração a Santa Edwiges? :|

Minha tia de Inúbia

Por Alexandre Inagakidomingo, 14 de outubro de 2007

Acordei na manhã deste domingo recebendo a notícia de que minha tia Michiko faleceu. Dela, que será sempre lembrada por mim como a “tia de Inúbia” (cidade onde ela morava), guardo inúmeras lembranças alegres. Lembro, por exemplo, dela enchendo nossos copos com Coca-Cola durante as refeições em que eu, meus irmãos e primos estávamos reunidos à mesa. Eu não agüentava mais uma gota sequer de refrigerante, mas mesmo assim minha tia insistia em me “embebedar” de Coca e de falar para que eu comesse mais, porque eu estava muito “magrinho”. Bons tempos nos quais eu era magro, minha tia nos recebia com toda a generosidade do mundo, feliz com nossas visitas ocasionais (íamos a Inúbia Paulista apenas uma vez por ano), e a vida soava menos complicada do que efetivamente é.

Nos últimos anos minha tia padecia de Mal de Alzheimer, talvez a mais cruel das doenças, por carcomer paulatinamente nossas memórias, descolorindo-as até o ponto em que nada mais resta a não ser perguntas cujas respostas são imediatamente esquecidas. Porém, minha tia, minha querida tia de Inúbia não teve tempo de chegar a esse estágio. E hoje, enquanto rascunho estas linhas pouco após ter adiantado em uma hora os relógios da casa por causa do horário de verão, penso na inexorabilidade do tempo e em uma declaração do grande Paulo Autran sobre a “indesejada das gentes”: “Eu acho que a morte é que faz a vida ser tão boa. Você já imaginou que horror viver eternamente? Não poder morrer? Não poder acabar? E é por isso que viver é tão bom, é tão impressionante, é tão prazeroso”.

Nós, que aqui estamos, prosseguimos nossa estada por este mundo com a saudade encalacrada no peito, e a tristeza por saber que mais uma pessoa querida não nos fará mais companhia a não ser em nossas lembranças e pensamentos. Ficam a saudade, um sorriso dolorido e a imensa gratidão que jamais expressei verbalmente por alguém que iluminou e enriqueceu minha vida. Minha tia de Inúbia, que tive a sorte e a felicidade de conhecer.

* * * * *

P.S. 1: Em 1999, escrevi uma crônica inspirada em algumas reminiscências dos tempos em que eu e meus irmãos passávamos férias em Inúbia Paulista na casa de meus tios Michiko e Tsutomu, intitulada Pombos Urbanos.

P.S. 2: A morte de Paulo Autran originou um belo post do dramaturgo Leo Lama, filho de Plínio Marcos. Recomendo ainda conferir uma homenagem postada no YouTube pela usuária Luka1231, na qual o excepcional ator declama o poema Retrato, de Cecília Meireles.

P.S. 3: Amor é a religião definitiva.

Envelheço na cidade

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 27 de julho de 2007

Segundo o Guia dos Curiosos, hoje é Dia do Despachante, Dia do Motociclista e Dia Nacional de Prevenção dos Acidentes de Trabalho. O site do New York Times recorda alguns fatos históricos, dentre os quais o mais marcante para mim é a primeira aparição do Pernalonga em um desenho animado, em 1940.

Além disso, hoje também é dia do meu aniversário. Eu sinceramente não ligo muito pra essas datas, mas é claro que fico contente ao receber beijos, abraços, scraps e presentes. Aliás, quem quiser me presentear com algum item da minha lista de desejos, fique à vontade… ;)

Para finalizar este post, republico um texto antigo que escrevi há alguns anos. Tempo, tempo, tempo…

* * * *

Dia de Desaniversário

Todos os dias do ano alguém faz aniversário. Logo, todo dia deveria ser dia de festa. Certos estavam os personagens de Lewis Carroll, que comemoravam seus desaniversários. Afinal de contas, por que celebrar apenas um dia do ano, renegando os outros 364?

Somam-se-me dias, como bem escreveu Pessoa. Enquanto alguns amigos sugerem comemoração em um bingo, outros acham mais adequado alugar uma quadra de bocha. A eles, respondo: não estou ficando velho, na verdade tudo é uma mera questão de acumulação de know how através dos anos. Eufemismos à parte, o fato é que nunca fui muito fã de aniversários. Sei lá, perderam o encanto, da mesma maneira que não vejo mais graça no Natal.

Muitas vezes, enquanto procuro no dial do rádio por um daqueles programas de flashbacks, aciono a tecla rewind a fim de rebobinar o filme da minha vida e penso na imaturidade de encarar o Tempo como meu inimigo, mesmo porque ele está longe de poder ser personificado como a Rainha de Copas, pedindo a todo custo para que cortem-me a cabeça. Ok, é certo que 24 horas quase nunca bastam para resolver todas as pendências do dia, principalmente porque sou inapelavelmente incompetente em administrar meu tempo pessoal (meus e-mails acumulados para responder que o digam). Mas o fato é que vivo afobadamente apressado, feito aquele coelhinho branco que Alice encontra depois de dormir ao ler um livro. Preciso dar uma desacelerada, despertar o Caymmi que há dentro de mim. Chega do ritmo maluco de motoboys costurando no trânsito, sites repletos de informações voláteis, refeições engolidas com gosto de indigestão.

Houve tempos em que desejei envelhecer logo, a fim de poder ver os filmes da Sessão Coruja, beijar na boca a menina mais bonita da classe e coisas do tipo. Mas foram arroubos da infância, época na qual arrogantemente cremos que teremos todo o tempo do mundo à nossa disposição. Hoje, com três décadas em minhas costas, sei que estou chegando à metade da minha vida. Sinto-me quase como Humpty Dumpty, aquele ovo gigante que, sentado em cima de um muro, vislumbra o mundo no meio do caminho entre a certidão de nascimento e o atestado de óbito. O que fiz, o que farei, o que almejo para o futuro?

Aniversários, na verdade, assemelham-se mais a réveillons: são ocasiões apropriadas para se refletir a respeito da vida. É, nada como uma boa desculpa para beber champanhe, e lembrar que todo dia é dia de recomeçar. Philip Larkin, um de meus autores prediletos, escreveu em seu poema As Árvores: “ano passado morreu, parecem dizer/ comece de novo, de novo, de novo“.

Que assim seja.

  1. « Página anterior
  2. Próxima página »
  3. 1
  4. 2
  5. 3
  6. 4
  7. 5
Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

Parceiros

Mantra

A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.