Quadrinhos e a arte sequencial de Kioskerman

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 22 de junho de 2009


É quase inacreditável constatar que ainda há gente que acha que quadrinhos são leituras para crianças. A polêmica em torno da aquisição de exemplares da coletânea de HQs nacionais Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol para bibliotecas do governo do estado de São Paulo foi uma prova recente disso. Gian Danton em um artigo para o site Digestivo Cultural, descreveu bem a celeuma causada pela obra na mídia: “Datena sugeriu que ‘Dez na Área…’ era uma espécie de cartilha de libertinagem. Ratinho soltou palavrões. Até mesmo a Rede Globo (em reportagem do SPTV) saiu-se com essa inusitada chamada: ‘as histórias são em quadrinhos, mas o conteúdo não tem nada de infantil’, como se o fato de ser quadrinhos obrigasse o material a ser infantil”.

Lamento sinceramente por essas pessoas, que nunca leram um exemplar de revistas como Circo ou Animal e ignoram as obras de nomes como Moebius, Winsor McCay e Milo Manara. Ou que olham torto para histórias de super-heróis sem sequer terem lido uma página do Batman - O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller. E que desconhecem, por exemplo, a inclusão de Watchmen na lista dos 100 melhores romances em língua inglesa desde 1923 elaborada pela revista Time, que colocou a graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons ao lado de livros de autores como William Faulkner, Virginia Woolf, J.D. Salinger e Ernest Hemingway.

E assim, por preconceito, desdém ou arrogância, não exploram um universo artisticamente riquíssimo e diversificado, em que há lugar para obras-primas como Lobo Solitário, o mangá de Kazuo Koike e Goseki Kojima que é uma verdadeira aula de narrativa, Sandman e diversas outras HQs escritas por Neil Gaiman, um dos autores contemporâneos mais premiados, ou Maus, o dolorido relato de uma família judia durante a Segunda Guerra Mundial tecido por Art Spiegelman, premiado com um Pulitzer especial em 1992.



Mas tergiverso, tergiverso. Pois, na verdade, comecei a redigir este post com o intuito de apresentar a obra de Pablo Holmberg. Quadrinista que nasceu em Buenos Aires em 1979 e assina seus trabalhos com o nome artístico de Kioskerman, é um dos talentos que justificam com sobras a definição que Will Eisner cunhou para as histórias em quadrinhos: arte sequencial.


Todo domingo Kioskerman envia, aos assinantes de seu site, uma nova tira da série Edén. Honrando a tradição da Argentina de legar ao mundo quadrinistas do quilate de Quino, Fontanarrosa, Oesterheld e, mais recentemente, Liniers (não à toa, descrito por Pablo como “un genio de esta época”), as tiras de Kioskerman são sutis, comoventes, melancólicas, desconcertantes.


No Edén de Kioskerman, somos transportados a um mundo idílico, mas não necessariamente paradisíaco, onde outras verdades são possíveis. Disse Fernando Pessoa: “A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta.” Máxima que se aplica também aos quadrinhos de Edén, que conciliam texto e imagens de modo a transcender as experiências do dia-a-dia de seus leitores.


Em entrevista concedida ao fanzine Carboncito, Pablo destaca a importância que a internet, na qual publica seus quadrinhos desde 2004, teve em seu trabalho. Por meio de blogs, fotologs, Flickr e outras redes sociais, passou a conhecer outros autores que acabam por formar um grande coletivo de talentos que usam a rede para expor seus trabalhos, independendo das restrições do establishment editorial, aproveitando a liberdade que a Web dá para fazer experiências criativas. Uma cena que, no Brasil, também ganhou merecida projeção graças a nomes como André Dahmer, Arnaldo Branco, Mauro A., Clara Gomes, Daniel Lafayette, Karlisson Bezerra, Raphael Salimena e Cadu Simões.


Além do seu site, onde disponibiliza Edén e seus trabalhos anteriores (a tira Señor del Kiosco, que desenhou de 2004 a 2006, e histórias para o fanzine “Flasia”), Pablo Holmberg mantém dois blogs: um pessoal e outro denominado 30 Preguntas con Señores/as del Comic, em que publica entrevistas que realiza com outros quadrinistas. Diria a você para incluir o quanto antes essas URLs em sua lista de sites prediletos, mas creio que seria redundante; as tiras de Kioskerman são mais eloquentes do que qualquer outro argumento.


Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • http://oguardiao.blogspot.com Nerito

    De fato as tiras de Kioskerman são muito profundas e singelas. Esta última coroou o post de forma excepcional. Valeu!

  • http://www.woodenprivacyfence.org/wood-fence-posts-for-sale/ wood fence posts for sale

    There are only two ways of telling the complete truth-anonymously and posthumously.

  • http://teatrosaladistar.com/diomondes/ Victor Diomondes

    Pela primeira vez, vi poesia em quadrinhos. Que bom que entrei aqui, vou ler e recomendar (seu blog e Kioskerman). Abraços.

  • http://escapismogenuino.wordpress.com Adriana

    a beleza da internet está em “tropeçar” em ótimos blogs e encontrar esses achados! já vou subscribe os quadrinhos! adorei!

  • http://juniorduarte.blogspot.com Rony Junior Duarte

    É realmente lamentável o fato de, apesar dos quadrinhos serem recomendados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda serem ignorados por muitos pseudo-intelectuais. Os quadrinhos são uma incrível forma de expressão e sua qualidade não depende da mídia em si, mas do autor.

  • http://www.kioskermanbr.blogspot.com/ Gubez
  • http://pulodgata.blogspot.com Lilian silva

    Boa noite
    ja conversei com você outras veses no msn
    sou gotica,espirita,catolica e bruxa…kkk não me defini ainda.
    Incrivel os quadrinhos pela lei dos bruxos tudo é um circulo…tudo q plantamos colheresmo amanhã.As pessoas se ocupam se preocupando com a vida dos outros,querendo saber mais e mais sobre tecnologia…mas não param realmente pra pensar porque estamos aqui…quem somos???não pra fala de religião e sim pra nós conheci a si proprio.Pra depois irmo evoluindo não sei de ja leu “admiravel mundo novo” do jeito q as coisas vão indo vai acaba ficando assim.kkk
    te um amigo que conhece muito da arte cemiteril e gotica…poderia intrevista-lo???porq?A porque é bom ter assuntos diferentes…chocantes….pessoas gosta disso.
    falei demais
    otima noite

    R: Oi Lilian, não faço questão de publicar posts “chocantes” em meu blog. De qualquer modo, valeu pela sugestão. Um abraço!

  • http://Gabrielcaio.blogspot.com Gabriel Borges

    E o Dilbert, na minha opinião, uma das melhores tirinhas já feitas. Dogbert é impagavel.

  • http://quidquidd.blogspot.com Guilherme

    Não sei se alguém j´ate falou isso aqui, mas o Kioskeran fez um post com uma foto linkada para o Pensae Enlouquce! Você viu? Tá no blog dele!

    R: Oi Guilherme, já me avisaram lá no Twitter. Mas obrigado pelo recado aqui também, foi uma bela surpresa ver o Pensar Enlouquece no blog do Kioskerman. :D

  • http://nodoadouniverso.com Bruno Pedrassani

    O que dizer? Cara, simplesmente sensacionais esses quadrinhos do Kioskerman.
    Eu nunca passei por esse problema de achar quadrinhos infantis. Leio-os desde a infância(grato, Maurício de Souza), e sempre fizeram parte da minha vida, fossem quadrinhos de super-heróis, fossem quaisquer outros.
    Acredito que o mais interessante era ver como seu super-herói poderia ser muito mais profundo do que ser simplesmente o bem, e que ele de fato tinha suas próprias dúvidas e demônios. Talvez o crescimento venha daí, não sei.
    O que eu sei é que atualmente o que acompanho diariamente - sem perder um dia - são quadrinhos. Até blogs foram deixados pra segundo plano.
    Ah, e quem dera eu fosse tão esperto e maduro quanto Calvin o é.

  • http://apaixonadosporseries.blogspot.com/ Cristal

    Sempre gostei de quadrinhos, mas meu contato era mais básico, só as tirinhas mesmo. A Mafalda talvez seja a minha maior paixão.

    Faz pouco tempo que eu “descobri” que quadrinhos também podiam ser também (como chamar?) uma obra completa. Estou lendo Retalhos, de Craig Thompson, e amando!

    Você sabe indicar algum blog que tenha Kioskerman traduzido? Embora a maioria ache espanhol fácil de ler eu me embanano muito e não consigo. Se não souber, traduz as três últimas tiras?

    R: Cristal, Kioskerman ainda é muito pouco conhecido no Brasil. Creio que meu post é um dos poucos que falam da obra dele; não há, ao menos que eu saiba, ninguém que tenha traduzido os trabalhos dele para o português.

    Quanto às tiras citadas por você, eis as minhas traduções rasteiras:

    - Por que não voamos como os pássaros no céu?
    - Porque somos como as árvores no bosque. Nos assentamos aqui e criamos raízes.
    - Mas, papai, eu não quero criar raízes. Quero voar.

    - Quantas ovelhas minhas você matou esta noite?
    - Isso eu não posso responder. Pergunte-me outra coisa.
    - Por que critico aqueles que eu amo?
    - Seis ovelhas.

    - Avô, queremos que volte para casa.
    - Obrigado, neta querida, mas lá eu não tenho lugar. Você precisa aceitar que eu já não estou entre vocês.
    - Mas… Sinto a sua falta.

  • Thalita

    Adorei o trabalho de Kioskerman, concordo com a Adriana , vc deu uma aula sobre quadrinhos , eu que nao tinha tanto costume , já estou me viciando em olhar todos os dias.
    Obrigada =)

    R: Obrigado pelas palavras, Thalita. Servimos bem para servir sempre! ;)

  • http://apontamentoseconfusao.blogspot.com Alexandre Macedo

    Mais um belíssimo post! Parabéns, xará!

    R: Valeu, Alexandre. Aquelabraço!

  • http://www.patiovazio.blogspot.com Fernando Guimarães

    Conheci Kioskerman há pouco mais de um mês e virei leitor costumaz. Li todas as tiras em uma sentada, impressionado com a maneira dele de fazer poesia em quadros que se seguem.

    Excelente ideia em divulgar essa tira (e as muitas outras, por meio de referências!).

    Obrigado, e abraços!

    R: Pois é, Fernando. O que é bom tem mais que ser divulgado, em especial no caso de um talento como Kioskerman. Um abraço!

  • http://www.msilustracoes.com.br Marcelo

    Muito bom seu blog.

    R: Valeu, Marcelo!

  • http://catorzeblog.wordpress.com Ramon

    Muito boas as tirinhas, mas prefiro as do Laerte.

    R: Não o culpo. Laerte Coutinho é gênio.

  • http://quidquidd.blogspot.com Guilherme

    nossa, que mundo grande…
    Conheci o Kioskerman há pouco tempo pelo site do Alan Sieber. Gostei muito também!

    Muito tempo antes de apreciar os quadrinhos do argentino, fiz um texto que se assemelha muito com uma de suas obras que você colocou no post, essa da árvore que sai voando.
    Se quiser ler, por favor acesse o meu blog (nem quis fazer propaganda uauehe)

    http://quidquidd.blogspot.com/2008/06/quidconto-morte-vida-da-plantinha.html

    Abraços!

    R: Já dei meu pulo no seu blog, Guilherme. Parabéns e boa sorte com ele! B)

  • http://www.lidifaria.com Lidi Faria

    Persépolis, Mafalda e Garfield. Minha seleção :)

    R: Uma boa seleção, diga-se de passagem. :D

  • http://vozativa2.blogspot.com/ lugirão

    Sou fã de quadrinhos desde criança, e a medida que fui crescendo fui conhecendo novos desenhos, meus filhos também gostam, tem um que é fissurado …
    As pessoas tem a idéia erronea de que quadrinhos é coisa de criança.
    O que mais me fascina são os traços do autor.

  • http://www.jot.com.br Jot

    É um assunto que volta e meia discuto com os amigos nos botecos e bate-papos aleatórios. Brasileiro acha que quadrinhos e desenhos animados são [exclusivamente] para crianças.
    Passam Simpsons no almoço de domingo, Naruto, Meninas Super Poderosas (que quando eu tiver filhos, não permitirei que assistam algo tão violento até ter idade de entender o que é aquilo) e outros de mesmo nível nos programas infantis durante as manhãs.
    Depois reclamam porque somos criticados lá fora por passar coisas impróprias (vide episódio dos Simpsons satirizando o Brasil).

    Muito bom o texto, como sempre :D

    Só pra acrescentar, Paolo Eleuteri Serpieri merecia uma citação lá no começo só por Heavy Metal (e sua deliciosa Druuna) e os argentinos também nos deram Maitena, de Mulheres Alteradas, que arrancam boas gargalhadas tanto das mulheres (seus alvos) quanto dos homens.

    Grande abraço :)

    R: Fala, Jot! Valeu pelo excelente comentário, mermón. Não citei Maitena porque ela sinceramente nunca me chamou muito a atenção. Seu maior mérito, ao menos pra mim, foi o fato dela ter aberto as portas do jornal La Nación para as tiras do Liniers. ;D Aquelabraço!

  • http://divadiz.com/ Andrea Godoy

    Adorei os quadrinhos e concordo com os comentários de que hoje ja não existem mais tantos quadrinhos quanto antigamente, quanto ao crescimento da Mônica acho triste, pois agente envelhece,mas gosta de recordar o que viveu com a mesma visão,pelo menos eu prefiro a mônica moleca e dentuça, vê-la grande e sexy me da um horrivel sentimento de velhice. como se suas lembranças ja estivessem ultrapassadas, não prestassem mais.

    R: Andrea, não gostei muito da versão mangá da Mônica porque penso que os personagens deram uma guinada politicamente correta que os descaracterizou: Cascão tomando banho, Magali consultando nutricionista, Cebolinha apelando a fonoaudiologista pra não trocar mais os erres pelos eles. Mas discordo de você num ponto; penso que lembranças não têm prazo de validade. ;)

  • Alaide

    Obrigada por me responder! :)Não sabia que já tinham feito isso lá fora, e foram muitas obras! Mas mesmo assim ainda estava pensando com personagens brasileiros mesmo, imagina ter uma Capitu, ou uma Tieta, ou Ceci e Peri por exemplo? Acho que ia ser bem legal e ia incentivar a valorização da cultura brasileira. E aposto que esse exemplar de Moby Dick tu deve guardar a sete chaves né? rsrs Ahhh é verdade, falha minha havia me esquecido que era uma peça! Ahhh e li seu post antigo, em 2003 você já reclamava que consideravam o quadrinho uma arte menor, o tempo passou e ainda há erro em relação a isso né? Bom, acho que agora aprendi mais um pouco sobre quadrinhos! rs Beijos!

    R: Alaide, pode ter certeza de que guardo meu exemplar de Moby Dick com muito carinho. ;) Aqui no Brasil já foram feitas várias adaptações de livros para HQs; a mais recente foi uma de “O Guarani”, do José de Alencar, desenhada pelo mestre Luiz Gê. Um beijão!

  • http://poucaspalavras.wordpress.com Jazz

    amo tirinhas!

  • http://www.sovimpraescrever.blogspot.com Gabriela Silva

    Entendo pouco de HQ… Só lia Turma da Mônica rs
    De qualquer maneira, também acredito que quadrinhos tem muito mais do mundo adulto do que infantil, mesmo que existam todos os tipos para todos os gostos! Assim como muitos desenhos animados, que teoricamente são voltados para o mundo infantil, mas se uma criança assiste, pouco entende do conteúdo, apenas das imagens.
    Gostei a valer dos quadrinhos que você escolheu para o post… Muito tocantes, profundos!
    Sempre bom conhecer coisas novas! Obrigada pela apresentação.

    Um abraço!

    R: Gabriela, bom você ter lembrado de desenhos animados, que também transcenderam o universo infantil para atingir todas as idades. Basta lembrar de “Wall-E” ou dos longas de Hayao Miyazaki, em especial “A Viagem de Chihiro”, para constatar isso. Um abraço. :D

  • http://www.adrianaviaro.blogspot.com Dri Viaro

    Lindos quadrinhos
    bjs

  • http://www.flickr.com/photos/factorlux/ Márcio Ramos

    Este texto está demais. Cara que bueno!!! Depois explico…

    R: Ok, Márcio. Aguardarei a explicação. B)

  • http://alfarrabium.blogspot.com Giane

    Lembro quando a Gibiteca Henfil localizava-se na Vila Mariana, dentro da Biblioteca Viriato Correa. O que diriam essas pessoas se vissem crianças - e me refiro a meninos e meninas entre dez e treze anos, lendo Will Eisner, Neil Gaiman, Moebius, Frank Miller, quadrinhos com temática mais adulta?
    Ou senhores e senhoras - entre sessenta e oitenta anos, lendo Mônica, Luluzinha, Gasparzinho, quadrinhos com temática mais infantil?

    Haja preconceito e falta de informação…

    E falando em informação, mais uma vez agradeço Alexandre. Vou conhecer a obra de Pablo Holmberg.

    Beijos mil!!!

    R: Lembro sim, Giane! Passei várias tardes fuçando o acervo da gibiteca, lendo as histórias que o Grant Morrison escreveu de “Homem-Animal” ou edições antigas das histórias de Asterix dos bons tempos da dupla Uderzo & Goscinny. :D Um beijabraço!

  • http://www.interney.net/blogs/oescriba/ jorge

    Caramba, vi a indicação do @marcuspessoa lá no twitter e vim aqui conferir, fã q sou de quadrinhos - li tudo que vc citou no post e algo mais… (sugiro Classics Illustrated, com clássicos da literatura levados às HQs - http://en.wikipedia.org/wiki/Classics_Illustrated - um de meus preferidos dessa série é este aqui (poemas de Poe ilustrados por Gahan Wilson - http://comicbookdb.com/issue.php?ID=58152)

    Mas comento na verdade para dizer que estou maravilhado com esse argentino, que não conhecia. Maravilhoso! Obrigado por me indica-lo! :)

    abração!
    jorge

    R: Pois é Jorge, acabei de citar a série Classics Illustrated na resposta que dei ao comentário da Alaide. Pelo jeito estamos sintonizados em se tratando de quadrinhos. B)

  • http://marcuspessoa Marcus

    Prezado Inagaki, MUITO OBRIGADO por nos apresentar esse artista maravilhoso.

    Fez o meu dia. Estou ainda meio em choque com a beleza dessas tiras — é claro que eu fui direto ao site ver todas.

    Muito obrigado mesmo.

    R: Valeu, Marcus. É quase um dever cívico divulgar coisas boas que a gente encontra por aí, não? Um abraço!

  • http://coisasdesonhador.blogspot.com Clauderlan

    Muito legal este post (mais um). Conheço seu blog a pouco tempo, mas confesso, que bom que conheci. E este post, então,como disse Adriana (às 14h15), realmente, trata-se de uma aula. O trabalho de Pablo Holmberg é fascinante… Dos que vi e gostei (presentes aqui no post), me chamou a atenção o “A inspiração segundo Pablo Holmberg”. Simplesmente, maravilhoso (o que dizer mais?)…
    Enfim, até o próximo!

  • http://traversura.blogspot.com Manu

    Maravilhosos esses quadrinhos! Obrigada por me apresentar a eles!

  • Alaide

    Conheço pouco de HQ, mas vi no programa Vitrine que o filme O Pagador de Promessas virou quadrinho! Gostei da ideia e isso pode ajudar a diminuir o preconceito né? Se a onda continuar pode vir muitos trabalhos legais por aí!

    R: Alaide, na verdade essa história de clássicos da literatura ganharem adaptações em quadrinhos não é exatamente uma novidade. A série Classics Illustrated, por exemplo, foi criada em 1941. Uma das melhores adaptações, diga-se de passagem, foi uma que o Bill Sienkiewicz fez de “Moby Dick”; sou o feliz detentor de um exemplar que a editora Abril publicou no Brasil em meados dos 90s. :) E em 2003 publiquei um post intitulado “Proust em quadrinhos e os clássicos que ainda não li” (texto ainda disponível neste link), comentando uma HQ que fizeram baseada no “Em Busca do Tempo Perdido”. Não vi ainda essa adaptação que fizeram do Pagador de Promessas, que na verdade é uma peça que foi escrita pelo Dias Gomes, mas a ideia tem toda a minha simpatia. :D

  • http://mpadrao.blogspot.com Márcio

    Não conhecia esse Kioskerman. Boa dica.

    Nesse fim de semana ganhei “A Nova Fronteira”, da DC. A história põe o surgimento dos heróis da Era de Prata no contexto dos anos 50 - racismo, macarthismo, guerra fria, etc. Recomendo.

    R: Valeu pela dica, Márcio!

  • http://twitter.com/enanenes enanenes

    Post muito interessante sobre banda desenhada, Ina :)

  • http://anndixson.blogspot.com Adriana

    Depois de tanto tempo sem escrever, eis que surge UMA AULA. Alexandre, você literalmente me ensinou sobre quadrinhos aqui.Confesso que não conhecia todos, mas para mim os quadrinhos adultos sempre foram um braço muito forte da literatura.A Valentina, por exemplo, é um quadrinho para mulheres, o Batman um quadrinho intimista, dizer que é infantil é uma ignorância.Meu amigo TONHO de POA, por exemplo é um quadrinista sócio-político de primeira,recomendo uma entrada no blog dele: http://6vqcoisa.blogspot.com
    Vida longa aos quadrinhos!

  • http://corbata1982.blogspot.com corbata1982

    que bela dica!

  • http://apaixonadosporseries.blogspot.com/ Camila Telcontar

    Verdade, as tiras do Kioskerman são eloquentes, e quem gosta de quadrinhos não precisam de vc dizer pra segui-lo. hehe

    Não conhecia o trabalho dele, mas adorei.

    E hoje, acredito que há muito menos quadrinhos para crianças do que havia antes. Vide o próprio Calvin (que eu amo <3) que mesmo sendo uma criança, dificilmente uma criança irá entender ou gostar do seu humor negro, e do seu pessimismo.

    Belo post, adorei conhecer mais um quadrinista!

    Abraços!

    R: Camila, vendo essas versões recém-criadas para adolescentes, como as que fizeram para a Turma da Mônica e a Luluzinha, de fato sou levado a pensar que você tem razão: há menos HQs destinadas para crianças do que há alguns anos. Mas isso se a gente levar em consideração apenas o mercado editorial; nas webcomics, há quadrinhos para todos os públicos e gostos.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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