E eis que finalmente um dos melhores autores de blog do país, o grande Nelson Moraes, tomou vergonha na cara e lançou o seu primeiro livro, organizado por Marconi Leal e editado pela Os Viralata. Um alento para a combalida literatura brasileira, que desde o anúncio da biografia de Geisy Arruda estava precisando receber uma boa notícia.
Sobre os textos do almirante Nelson, disse Fal Azevedo: “O Nelsim tem essa capacidade incrível, esse talento quase imoral de fazer qualquer coisa e nos mostrar ali o que há de ridículo, de humano, de falível. Ele desconstrói (pra usar verbim da moda), unta as peças e refaz, dum jeito novo e fresquinho, surpreendente, inigualável. O humor dele é o humor dos grandes, tem pouca gente no mundo que faz o que ele despeja nas nossas cabeças dum jeito tão generoso, tão displicente, tão genial. Mesmo no deboche mais rasgado do Nelsim há ternura e isso, pra mim, fala muito do homem que ele é.”
E Idelber Avelar, no post que dedicou ao genial blog do Almirante, declarou: “Nelson Moraes talvez seja o único blogueiro brasileiro a ter inventado um gênero. O que você lê em Ao Mirante, Nelson! não é microconto, não é poema em prosa, não é fait divers. É um gênero próprio, burilado ali, algo para o qual ainda não há nome e que poderíamos chamar de post elevado à condição de arte.”
Assino embaixo, em cima e dos lados das palavras do Idelber e da Fal. Quem acompanha o blog do Nelson ou, mais recentemente, segue seu perfil no Twitter, sendo brindado com doses concentradas de wit (exemplo: “Variação mais perversa do Boa Noite Cinderela: você acorda numa banheira cheia de rins e descobre que roubaram o gelo de seu uísque.”), já sabe que coisa boa vem aí. E, para convencer de vez meus leitores a adquirirem seus exemplares de “Os Macacos do Museu Britânico”, pedi ao Nelson para que ele me permitisse reproduzir um de seus textos aqui. Leia a seguir, pois, uma amostra do livro do ano.
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O STAND-UP DE MACHADO DE ASSIS
(…) Quer dizer que em setembro agora faz um século que eu morri? Bem que estranhei o silêncio prolongado: achei que estava era faltando assunto na última reunião da Academia Brasileira de Letras (risos). Aliás, falando na Academia, depois que aquele cirurgião plástico e aquele político maranhense se elegeram lá é que fui ver que meus primeiros sonetos não foram a coisa mais execrável que já criei (risos). Pensando bem, essa é a melhor maneira de um mulato ingressar numa academia sem recorrer ao sistema de cotas: fundando uma! (risos) E não, não procede a tese de que escrevi Memórias Póstumas de Brás Cubas para inaugurar o realismo brasileiro. Na verdade foi laboratório para poder tentar o circuito de stand-up comedy cem anos depois de morto (risos). É que eu tenho que defender uns caraminguás, ora: o que vocês fariam se sua obra caísse no domínio público? (risos) E já estou pressentindo um ou outro aí na platéia impaciente para saber se afinal de contas aquela minha mais famosa personagem foi fiel ou não. Não vejo o porquê do mistério: evidente que foi! O cão é o melhor amigo d… Ah, não é do Quincas Borba que vocês falavam? (risos) E, sim, ouvi dizer que o Harold Bloom me incluiu entre os maiores escritores de todos os tempos. Bom, lista feita por um judeu e que inclui um mulato não é lista: é cardápio para skinheads (risos). Como? O que acho dos filmes baseados em minhas obras? Olha, vi todos e se reforçou mais ainda aquela certeza sobre meus primeiros sonetos, sabe? (risos) Ah, e uma recomendação: quando seus filhos forem fazer pesquisa escolar sobre aquele consagrado membro da ABL conhecido como bruxo e que ostentava um cavanhaque grisalho, expliquem que não, não se trata do Paulo Coelho! (…)
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P.S. 1: Confira um vídeo no qual a crítica especializada analisa o livro de Nelson Moraes. Ah, e não se esqueça de encomendar seu exemplar!
P.S. 2: Este blog permanece num ritmo errático de atualizações, inclusive porque esqueço de avisar quem me acompanha por aqui das colunas que escrevo para o Yahoo! ou de entrevistas como as que dei para o Movebla ou o site do jornal O Povo. Ê lerê. Mas, ó, todos os links são postados na fan page do Facebook. :)
P.S. 3: Você tem até o dia 7 de outubro para se inscrever no TEDxAmazônia. Eu, que estive no TEDx São Paulo e saí de lá com milhões de ideias ricocheteando na quadra de squash do meu cérebro, posso dizer com tranquilidade: será um evento antológico.
Volta e meia surge algum pretexto pra que a gente pegue o pano úmido da memória e remova a camada de pó que já cobriu certas lembranças. E foi assim que comecei a resgatar a época na qual eu chamava minhas professoras de “tias”. Eu devia ter uns 5 ou 6 anos de idade, e cursava o 1o. ano do primário no Colégio Raio de Sol, uma escola particular que ficava em frente ao estádio do Pacaembu.
A classe não tinha mais do que oito alunos. E, embora a maior parte das minhas reminiscências dessa época já tenha se dissipado feito poeira no vento, ainda me lembro dos nomes de alguns dos meus coleguinhas de classe: Ivo, Sumaya, Priscila (minha primeira paixão platônica, da época em que eu sequer imaginava o que significava essa expressão), Richard, Roberta. Mas já me esqueci dos sobrenomes; ou seja, não conseguirei reencontrá-los no Orkut. Quanto ao colégio, eu sei que já não existe mais (ah, a inexorável passagem dos anos).
Mas enfim, tergiverso, tergiverso e quase fujo do assunto deste post. Foi a tia Marta, minha primeira professora, quem me deu o primeiro livro que li na minha vida: A Margarida Friorenta.
Anthony Burgess, autor de Homem Comum Enfim, muito provavelmente a melhor introdução à obra de James Joyce, escreveu: “Ulisses é um livro para se ter, para se conviver com ele. Tomá-lo emprestado é provavelmente mais do que inútil, porque a sensação de urgência imposta pelo limite de tempo de leitura luta contra o lento andamento do livro, uma música pausada que exige um ouvido sem pressa e oferece pouco ao olho ligeiro, nutrido pelo jornal”. Relendo estas palavras, penso na aparente contradição que representa a celebração do Bloomsday na Internet, este meio fomentador de leituras em diagonal e portadores do Distúrbio de Déficit de Atenção.
De todos os beijos literários, creio que não há nenhum que seja capaz de bater a descrição feita por Julio Cortázar no capítulo 7 de O Jogo da Amarelinha. Se alguém souber de outro beijo mais arrebatador na literatura, por favor, deixe a transcrição do trecho nos comentários. A tradução para o português é de Fernando de Castro Ferro.
Não deixe de conferir o texto original em espanhol de Cortázar, meu escritor predileto. E de ouvir esta preciosidade na voz do autor de outras obras-primas como As Armas Secretas e Todos os Fogos o Fogo (que contém um de meus contos favoritos, “A Auto-Estrada do Sul”).
Foi graças à antologia 26 Poetas Hoje, publicada nos anos 70, que tomei conhecimento pela primeira vez dos versos de nomes como Cacaso, Ana Cristina César, Francisco Alvim e Roberto Piva, dando destaque a uma geração de poetas que recorriam a mimeógrafos e fanzines para difundir suas obras, até então ignoradas pelo mercado editorial. Esta coletânea, organizada pela ensaísta, escritora e professora Heloisa Buarque de Hollanda, cunhou o termo “poesia marginal”, que denominou aquela geração de autores que, em meio ao auge do regime ditatorial, arregaçou as próprias mangas para autoeditar seus versos coloquiais, desaforados e desengravatados.
Anos depois, Heloisa organizou uma nova coletânea de autores: Esses Poetas - Uma Antologia dos Anos 90. Na introdução à obra, que reúne autores do porte de Antônio Cícero, Augusto Massi e Cláudia Roquette-Pinto. Na introdução ao livro, publicado em 1998, afirma Heloisa: “Diante de qualquer formação de consenso a respeito de quedas de vitalidade na produção cultural, sinto-me impelida a organizar uma antologia de novos poetas. De tempos em tempos, portanto, me surpreendo engajada no processo de identificar sinais do que poderia ser um novo momento literário ou poético.”
Pois bem: Heloisa Buarque de Hollanda acaba de coordenar, com o auxílio de colaboradores como Ramon Mello, uma nova seleção de autores, intitulada ENTER – Antologia Digital. São 37 nomes, reunidos dentre poetas, prosadores, quadrinistas, rappers, músicos, produtores culturais e cordelistas; dentre eles, este que vos escreve. Em entrevista concedida a Luiz Felipe Reis para o Jornal do Brasil, Heloisa fala sobre a nova compilação e as relações entre internet e literatura: “A antologia observa como todos esses autores encaram e exercitam diferentes práticas da palavra. Assumem essas novas modalidades e as expõem na web e nas ruas. Quero jogar luz sobre todos esses novos formatos que a palavra toma. Isso que é incrível. A palavra, nessas novas formas, apodera-se do estatuto da literatura e da prática literária. Isso é muito novo. É um momento de mudança na prática da palavra.”
Aproveito a ocasião, pois, para convidar os leitores deste blog que estiverem no Rio de Janeiro a participarem do lançamento de ENTER – Antologia Digital: dia 11 de agosto, às 20 horas, no Cinemathèque Jam Club (Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo). Divirtam-se por mim. ;)
Que outro livro é lançado com uma promoção na qual você profere a palavra “pudim” na fila de autógrafos, ganha um desconto de 10% na aquisição de 2 mil exemplares e mais um par de pantufas na forma de brotoejas gratinando picles? O prego, como bem afirmou Manoel de Barros, é uma coisa indiscutível. Da mesma maneira, sequer me passa pela cabeça a possibilidade de que existam pessoas incapazes de vislumbrar sentido nas crises de apendicite e desperdiçar a chance de conhecer pessoalmente Vanessa Barbara e Emilio Fraia, gênios bivitelinos que compartilharam as aulas da Nanami na Cásper Líbero, nasceram no ano da graça de 1982 e acabaram de lançar o livro O verão do Chibo.
Emilio e Vanessa, autores profícuos com diversas obras publicadas pela Editora Google, tiveram passagens conturbadas pelas redações da revistas como Trip e Piauí antes de sucumbirem à tentação de buscar escrever o Grande Romance de Formação Ambientado em um Campo de Milho. Isto posto, cabe a mim compartilhar a informação de que esta dupla do barulho, após aprontar altas confusões na Sessão da Tarde gravando covers das guarânias dodecafônicas de Honorio Bustos Domecq, receberá amiguinhos & inimiguinhos para a sessão de autógrafos de O verão do Chibo na quinta, dia 26 de junho, a partir das 19 horas, na Livraria da Vila. Vanessa e Emílio informam ainda que receberão amigos, familiares, penetras e hortifrutigranjeiros para um convescote na Flip 2008, dia 3 de julho, na companhia de Michel Laub e Adriana Lunardi.
Com absoluta exclusividade mundial e após sucessivas e progressivas chantagens emocionais, disponibilizarei, após os indefectíveis cinco asteriscos que dividem os posts deste blog, um trecho de O verão do Chibo, como uma espécie de acepipe caramelizado e coberto com flocos chocantes do livro escrito por Vanessa Barbara e Emilio Fraia.
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“Lembro da primeira vez que vi a plantação. O Chibo me trouxe pela mão, me colocou sentado numa pedra. Pediu para eu não sumir de vista, nem sujar a bermuda, e foi com o Bruno para a beira do laguinho apostar corrida de besouro. O sol, alto e mole, castigava o Cabelo que tinha o nariz coberto de pomada. Ele era o juiz e me olhava desconfiado entre um grito e outro da torcida. Tão logo os cascudos cruzaram a linha de chegada (vitória do Chibo sob vaias do Bruno), o Cabelo veio e perguntou se eu sabia o que era uma bolha de sabão. Fiz que não e ele achou graça. Depois me ensinou sua careta favorita, a boca um pouco mais torta, o olho virado, assim, e em pouco tempo eu e o Cabelo tínhamos nosso próprio besouro, que era o mais rápido e desbancou todos os outros do milharal.
“Com o Bruno foi diferente. No início ele mal falou comigo, não me queria por perto. Ou então duvidava que eu pudesse entender o que ele dizia (daí ficava quieto). Depois isso melhorou, mas não muito. Tinham coisas que ele só contava ao Chibo ou em voz alta quando saía entre os pés de milho. O Cabelo também era carta fora, mas a verdade é que ele não dava a mínima: estava ocupado demais com o nosso besouro campeão. O Cabelo era dedicado: adestrava o cascudo Bob falando enrolado. Botava o bicho na parte de cima da mão, prendia uma pata pra ele não fugir e começava a pregar a palavra: bloash-bloblo-bloarshbloblof. Aproximava o rosto para ouvir a resposta e retrucava bloarsh como se estivesse ensinando o besouro a separar as sílabas. No verão em que descobrimos o Bob cochilando debaixo de uma folha, o Cabelo passava as tardes em longos colóquios besourais, levava o mascote para conhecer o Bruno, botava o bicho perto das coisas a fim de ensinar o que eram. Um dia, enfim, parou de segurá-lo pela pata e fez dele o coleóptero mais rápido do milharal. Bob passeava pelos ombros e costas do Cabelo reclamando da vida, o Bob era nosso, o Bob era de nós dois e conquistou todo o mundo (além das competições de triatlo): lembro do Bruno deixando farelo de pão na modesta residência bobiana que ficava num vão da casa da árvore, lembro do estoque de recheios de bolacha que o Chibo e eu juntávamos pra ele, uma pilha em ziguezague de chocolate e morango. Nunca houve um besouro como o Bob. O Bruno e o Chibo viravam dias catando cascudos e testando um por um nas corridas, mas nenhum era tão bom. Além disso, o Bob brilhava no sol, era muito verde e redondo, parecia uma joaninha do submundo. O Cabelo ensinou o Bob a esfregar as patas quando queria comer, treinou o Bob em sessenta centímetros rasos com e sem obstáculos, levantamento de migalhas, natação na poça de cuspe, salto com vara. O Cabelo tornou o Bob sociável: ele ficava paradinho na mão da gente, tomava sol do lado do Bruno, vinha abanando o rabo quando abríamos o pote.
“Engraçado pensar que o Bob quase não voava. Às vezes ele planava, tranqüilo, mas não gostava muito. Preferia praticar atletismo ou apreciar (antes de dormir) a canção ‘Eu Sou um Bolinho de Arroz’, interpretada pelo Cabelo. O Bob, quando descansava direito, fazia um tempo de seis segundos e oitenta décimos, marca inédita em toda a história da plantação. Os demais concorrentes corriam em círculos, afundavam na terra, saíam voando ou chegavam anos depois, molengos e com cheiro de mofo. Bob atravessava a pista com elegância, batia em falso as asinhas e jogava pra lá e pra cá a carapaça imponente. O Cabelo esperava no fim com uma toalha, eu com cinco tipos diferentes de berros, a gente ficava pulando e gritando enquanto o Bruno e o Chibo olhavam feio para a equipe deles — um amontoado de bichos com a mesma cara de pedra, verão após verão.
“Depois que o Bob morreu de doença nas coronárias, ou problemas abdominais a esclarecer (simplesmente parou e não se mexeu mais), a gente abandonou as corridas porque perdeu a graça. Ainda tentamos cutucar o Bob com um pauzinho, sussurrar bloarsh-boblof com um tom de impaciência (os braços abertos), mas ele tinha ido dormir. Estava cansado. Assim que o Bruno confirmou o passamento do nosso cascudo, confortando o Cabelo com a mão no ombro, observamos um minuto de silêncio. O Chibo não deixou ninguém ficar triste, e o que se viu em seguida foi o funeral mais suntuoso que houve nos lados de cá da árvore toda vermelha: meu irmão fez um discurso comprido, eu virei o meu short do avesso para parecer limpo e o Cabelo cantou ‘Eu Sou um Bolinho de Arroz’, alto e sem chorar, guardando todo o respeito que só as grandes personalidades inspiram. Hasteamos a bandeira e fizemos uma inscrição ao lado da árvore onde o Bob foi enterrado, dentro de uma caixa de chocolates: ‘Aos grandes homens, a pátria reconhecida’.
“Durante o discurso o Chibo falou muitas coisas bonitas, o destino, a pátria, a dura lei das estrelas (e outras que eu não entendi também), mas foi interrompido por um barulho de gafanhotos que crescia e nos cercava. Hoje, quando meu braço ardeu e eu peguei soluço, aconteceu igual. Os gafanhotos. Não dava pra saber de onde vinha o zumbido, vinha de toda parte e de parte alguma. Pensei numa combinação de inimigos; índios, piratas, lagartixas. Ou não é nada disso também, e corri sem saber direito por quê (talvez o Chibo e o Bruno estejam no escuro, do lado de lá, rindo de mim), ou porque eu estivesse exposto e atingido pelas estrelas. Ou perseguido pelo Cara Morto, que não está sozinho, é parte de uma organização invisível; o Cara Morto que manipula as estrelas”.
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P.S.: Volta e meia recebo e-mails de leitores do Pensar Enlouquece que me enviam dicas culturais através de [email protected]. Por conta disso resolvi criar um espaço, na coluna à direita deste blog, dedicado para a divulgação de shows, CDs, lançamentos de livros, estréias de filmes e peças de teatro, eventos & afins.
Inteligência combina com felicidade? Há tempos essa questão se debate no trapézio dos meus pensamentos. Por vezes penso que ignorar todas as engrenagens que movem as sujeiras deste mundo é condição imprescindível para ser feliz, e que o ideal é ser alienado feito um participante de Big Brother ou uma dançarina de axé, ignorando notícias sobre cartões corporativos, chacinas na África ou os embates entre judeus e palestinos, como se vivêssemos no mundo edulcorado de uma propaganda de margarina. Em outras ocasiões, lembro da ilusão dessas felicidades etéreas, tão fantasiosas quanto as risadas forçadas das claques de programas de TV. Mas enfim, tergiverso.
Bem, o caso é que me deparei com um livro com o provocador título de “O Poder da Ignorância”, que afirma, logo na sua capa: “Seja mais feliz, seguro, confiante e amado. Esqueça suas limitações. Aumente a sua ignorância e promova o bem-estar geral”. Achei excelente a provocação, inclusive porque tem tudo a ver com o nome deste blog (se pensar enlouquece, por que pensar?), e comecei a ler um volume que poderia despertar dúvidas acerca de sua verdadeira natureza. Trata-se de uma contundente sátira a toda a, hmm, “literatura” de auto-ajuda, ou é uma obra que fala sério ao batizar capítulos com títulos como “Da Ignorância Nasce a Confiança”, “Inspiração é 99% Ignorância e 1% Transpiração” e “Declare a Falência da Mente”? Mas enfim, o que pensar nestes tempos estranhos em que a nação mais poderosa do mundo é presidida por um consumado imbecil? Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.