Artigos da categoria: Cotidiano
Dizem que tempo é dinheiro; balela. Tempo vale muito mais do que dinheiro. Afinal de contas, a gente é capaz de arregaçar as mangas, batalhar e tapar os buracos causados por faturas atrasadas, juros para pagar, nome sujo no SPC. Horas perdidas, porém, não se recuperam jamais. A vida é muito preciosa para ser desperdiçada com coisas improdutivas como discussões na internet.
Chega o fim de ano e com ele algumas tradições inevitáveis, como as piadas com aquela música da Simone e as reflexões sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais. E, embora eu mantenha a convicção pessoal de que datas são meras convenções (lembro daquelas palavras de Dickens, que descrevem uma sensação de #tudoaomesmotempoagora que não vem de hoje: “foi a estação da Luz, a estação das Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero”), não posso deixar de sentir um certo alívio por este ano estar acabando. Continue Lendo
“Quando Vera tirou minha blusa, abaixou minhas calças e me deixou nu, eu não pensava em sexo. Também não pensava no fato de que eu não a conhecia nem as outras 18 pessoas que estavam, também despidas, na mesma sala.”
A edição 195 da revista Trip está repleta de destaques. Da entrevista com a figuraça Alexandre Frota até o ensaio sensual com a até então recatada Marjorie Estiano (tem coisas que só as lentes de Autumn Sonnichsen são capazes de revelar), é edição para ser consumido até o talo.
Mas faço uma menção especial à reportagem de Bruno Torturra Nogueira sobre o Centro Metamorfose, que ministra um curso de massagem tântrica com direito a um método de estimulação sexual que, a julgar pela descrição da matéria (“o gozo não para, nem sinto com clareza a ejaculação, um choque elétrico interno corre em meu ombro, o segundo orgasmo vem menos de um minuto depois do fim do primeiro”), deveria virar disciplina obrigatória em todas as universidades a fim de garantir um mundo mais feliz. Continue Lendo
Meu colega Alex Castro publicou uma compilação de tuítes usando como base informações do Favstar, ferramenta que contabiliza os posts mais retuitados e favoritados no Twitter. Bela ideia, huh? Nada como aproveitar a curadoria espontaneamente feita por aqueles que me seguem para resgatar o que andei tuitando de minimamente interessante no ano de 2010. :) Segue a lista, pois.
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30/09/2010, 23:42 - A imagem que imortalizará esse #debateGlobo. /via @comlimao
10/10/2010, 22:22 - Mas o debate seria melhor se, ao invés de espaço para tréplicas, a Band botasse o Plínio para comentar as respostas de cada candidato.
19/10/2010, 18:36 - Citação do Roberto Campos que achei num dos meus arquivos: “A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”.
17/12/2010, 20:27 - Sertanejo universitário, pagode universitário, forró universitário… O que inventarão a seguir? Tecnobrega pós-graduado? Axé com MBA?
04/10/2010, 18:24 - Prêmio de R$ 115 milhões na Mega Sena. Chances de ganhar? 1 em 50.063.860. Mas boto fé na margem de erro de até 2 pontos percentuais.
17/09/2010, 00:05 - Grande @caze deu a real sobre o VMB. “Foram VOCÊS que escolheram os vencedores”. Issaí. E dia 3 de outubro tem mais eleição direta…
13/06/2010, 21:28 - “Brazil: The CALA BOCA GALVAO Phenomenon”: @globalvoices explica a piada interna que o Brasil exportou para o mundo.
26/12/2010, 22:53 - Só quem viu Didi Mocó na época em que ainda era engraçado vai entender porque a Globo produziu esse especial sobre a vida do Renato Aragão.
21/11/2010, 22:52 - Paul tem meu respeito. Mas “Ob-La-Di, Ob-La-Da” é o Ilariê dos Beatles.
05/10/2010, 12:04 - Misturaram religião com política e estão saindo coisas muito piores, a ponto de fazer com que eu sinta saudades daquelas piadas com Actívia.
10/10/2010, 22:28 - Matéria da Isto É sobre Paulo Vieira de Souza, que teria fugido com R$ 4 mi da campanha de Serra, citado pela Dilma.
22/12/2010, 09:04 “- Bebida? - Coca. - Pode ser Pepsi? - Hmm. Me vê um guaraná.” #DialogosCotidianos
19/09/2010, 21:50 - RT @benett_: “Sidney Gusman: - A Turma da Mônica Jovem vende mais exemplares do que a Veja. Eu: - Claro. Tem mais credibilidade.”
22/10/2010, 16:25 - RT @aperteoalt: Se você disser “Globo Repórter” três vezes em frente ao espelho, Sérgio Chapelin aparece dizendo “AÇÚCAR. Amigo ou inimigo?”
23/10/2010, 13:52 - RT @claudiorubio: De tanto ouvir que a política é suja, o brasileiro acostumou-se a votar e lavar as mãos.
14/12/2010, 11:54 - Discutir a sério na internet e pedalar em bicicleta ergométrica: duas atividades que te levam de lugar algum para lugar nenhum.
01/10/2010, 00:07 - Entre o mundo azul do Serra, o mundo cor-de-rosa da Dilma e o verde da Marina, acho que tô ficando daltônico. #debateGlobo
01/12/2010, 09:17 - E os e-mails multiplicam-se em minha caixa postal feito Gremlins molhados. Pena que o dinheiro na minha conta toma pílula anticoncepcional.
04/10/2010, 10:48 - Se debates influenciassem resultados, Plínio não teria menos votos que o Tiririca e a Weslian Roriz não emplacaria 2o. turno no DF.
21/11/2010, 23:29 - Pra quem acabou de ouvir “The End”, recomendo esta animação. De fazer os olhos lacrimejarem.
23/11/2010, 09:50 - Daqui em diante, mande o link deste texto da @lumasantos a todos que te corrigirem por um CORRÃO, monera ou comofas/
23/11/2010, 08:09 - Pra quem não viu ainda a entrevista de @eduardospohr no Jô, que fez #nerdpower chegar ao topo do TT Worldwide: http://j.mp/NerdPower
16/11/2010, 08:03 - Coisa de gênio essa caixa de pizza que bolaram. /via @izzynobre
24/11/2010, 07:29 - Ah, eu amo a internet. O vídeo da plateia alucinada da Oprah só não supera o slide show com gifs animados.
02/10/2010, 11:58 - Pronto. Todos os meus votos decididos, com a ajuda do http://www.votoaberto.com.br/extratoparlamentar e do http://repolitica.com.br
13/07/2010, 00:16 - Cléber Machado narrando suruba. /via @pedrovalente
11/10/2010, 14:03 - Mirian Bottan (@mbottan) arrasadora neste ensaio da @revista_trip. Tem texto meu também, mas esse passará batido. ;)
24/10/2010, 20:49 - Morar no Japão é… http://pdh.co/QC
11/10/2010, 07:56 - A abertura dos Simpsons criada pelo Banksy: http://j.mp/BanksyFox
30/08/2010, 00:48 - O número musical de abertura do Emmy Awards, com Jimmy Fallon, Tina Fey, o elenco de Glee e… Hurley.
13/05/2010, 10:26 - RT @alexprimo: Coletânea com mais de 300 estatísticas de mídias sociais. IMPERDÍVEL.
05/12/2010, 13:10 - Taí o motivo 37.942 para amar a internet. // RT @s1mone: Ser namorada ou ex: é tudo uma questão de TIMING!
15/04/2010, 07:42 - Aproveitando que o LinkedIn agora tem interface em português, dica de leitura: 9 passos para melhorar seu perfil.
31/10/2010, 10:14 - Digam o que disserem, ainda sinto que o ato de sair de casa para ir votar é um prazer e um privilégio para mim. Boa eleição para todos. :)
08/10/2010, 17:57 - RT @alonfe: Não brigue com seu amigo por causa da política. Depois os políticos se entendem, mas vc perdeu um amigo.
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P.S.: Para este post, vale a descrição que deixei em meu perfil no Twitter. Ou seja: RT @inagaki: Não levo a sério pessoas que retuitam a si mesmas.
Hoje Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil. Desejo a ela muito boa sorte, e boto fé no sucesso de sua gestão. Mas devo confessar que o que me motivou a publicar este post foi uma dúvida que voltou a aparecer na minha cabeça quando vi a manchete principal da home-page do iG neste dia histórico, destacando uma bela foto com Dilma e Lula.
Já tinha me convencido a chamar Dilma de “presidente”. Porém, ao ver o iG usando a palavra “presidenta”, fiz uma pesquisa básica a fim de saber qual seria o tratamento mais correto a adotar em meus textos. As respostas, oriundas de especialistas como Cláudio Moreno, Thaís Nicoleti, Sérgio Nogueira e Pasquale Cipro Neto, foram unânimes: ambas as formas são corretas e aceitas do ponto de vista gramatical. Continue Lendo
Embora eu sempre me defina como um “japaraguaio”, devo admitir que ao menos uma boa característica das minhas raízes nipônicas eu herdei: procurar ser prático e racional, em especial nas minhas decisões de cunho profissional. Em outras palavras: busco sonhar com os pés no chão, mirando as estrelas no céu, mas matutando racionalmente como chegar até lá. É por isso que creio que boas ideias de nada valem se não são colocadas em prática. Afinal, erguer castelos nas nuvens é fácil: qualquer um que devaneia com os olhos mais ou menos abertos fazer isso. A prova dos nove é saber como construir os alicerces sob esses castelos de sonhos e trazê-los para o mundo real.
Com o objetivo de discutir essas e outras questões relacionadas ao universo da comunicação em tempos de redes sociais, será realizado em São Paulo, no dia 25 de novembro, o Quanto Vale Uma Ideia?, um evento que recomendo com tranquilidade. Afinal, reunirá cinco palestrantes que, mais do que fomentar boas ideias, já demonstraram sua capacidade de colocá-las em prática.
Pois bem: estou com 25 pares de convites para leitores do Pensar Enlouquece que puderem aproveitar esta bela oportunidade de ouvir nomes do naipe de Marcelo Tas, Bob Wollheim, Alexandre Hohagen, Gilberto Dimenstein e Fernando Martins, saber como a internet ajudou a disseminar grandes ideias e fazer aquele networking esperto. Quer ganhar um desses 25 pares de convites? Sussa! Basta preencher o formulário a seguir para participar do sorteio que farei hoje, às 18 horas.
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Os resultados serão divulgados logo mais: todos os 25 vencedores serão contatados por e-mail e por telefone. Bora participar? Tomando emprestadas as palavras de Joey Ramone: “HEY HO, LET’S GO!”
Em tempo: o evento será realizado às 19:30, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, n° 2235.
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PROMOÇÃO ENCERRADA! E eis os nomes dos 25 sorteados: Marina Miranda, Natália Iglesias, Stephanie Jorge, Flavio Augusto Muniz, Regina Prieto Colon, Marcos Masini, Valeria Stefanie Villas Boas Cintra, Claudia Chow, Danilo de Araujo Miranda, Fabiana Rocrigues de Carvalho, Taciana da Silva Dias, Luciana Picoli, Maria Carolina de Araujo Cintra, Vanessa Xavier, Filipe Carvalho de Barros, Fabio Takashi Hirano, Marina R. Mello, Paulo Fava, Larissa Leal, Allan Marcel Diogo da Silva, Pedro Felipe Almeida Moreira, Marcela Klein Martins, Juliana Piotto Simões, Bruna Pedroso Esteves e Danilo Sousa. A iThink, que está trabalhando na organização do evento, entrará em contato com vocês para confirmar a presença de vocês, ok? Obrigado a todos os 94 leitores que participaram desta promoção relâmpago. :)
1) Na primeira vez em que fui a uma praia, ainda na época em que minha família morava em Salvador (em idos de 1977), as ondas levaram o baldinho azul que eu usava para brincar. Nunca o devolveram para mim.
2) Quando estudei geografia no primário, conheci países como a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Passei uma noite inteira acordado depois que assisti a The Day After. Meu vocabulário incluía palavras como “vitrola”. Havia um televisor Telefunken P&B aqui em casa que, quando desligado, permanecia com um ponto branco brilhando no meio do monitor por uns 15 segundos. Controle remoto era um cabo de vassoura. O primeiro computador que tivemos foi um TK-85, cujos programas eram gravados em fitas-cassete. Todos os meus avós estavam vivos.
3) Aprendi a ler e a escrever com Fumio, meu avô paterno, antes mesmo de entrar na escola. Fiz o pré-primário em um colégio estadual chamado Santos Dumont. Depois, cursei o primário no colégio Raio de Sol, que ficava na rua Monte Alegre. Idílico, não? A foto abaixo, na qual apareço numa pose irremediavelmente nerd, registra minha turminha da 2a. série: a professora Maria Amélia e seus alunos Ivo, Priscila, Sumaya, Richard, Luciana e eu.
Conheci as primeiras paixões platônicas de minha vida no Raio de Sol: Priscila (a mais baixinha da foto acima), Maria Carolina (na 3a. série) e Ilana Muller (na 7a.). Por onde será que anda esse pessoal? Infelizmente perdi contato com todos eles.
4) Minha irmã Carla nasceu em Salvador; um raro caso de japonesa soteropolitana. :) Um ano depois, quando já morávamos em São Paulo, nasceu o meu irmão caçula, Ronaldo. A foto a seguir, segundo meus cálculos pouco precisos, deve ter sido tirada no Natal de 1984, no apartamento em Perdizes no qual minha família morou até 2001. O brinquedo no colo da minha irmã é um Ursinho Carinhoso. Nhóin!
5) Outra reminiscência dos meus tempos de Raio de Sol foi a minha primeira e única experiência em um palco de teatro. Numa daquelas apresentações de “talentos” que escolas costumam promover com seus alunos, fiz o papel de uma abelhinha que dançava ao som das músicas de A Arca de Noé, álbum infantil com composições de Toquinho e Vinícius de Moraes. Para o bem das artes cênicas, jamais paguei um outro King Kong desses num palco. Felizmente, não há registros em fotos ou vídeos dessa performance.
6) O primeiro disco que tive: Thriller, do Michael Jackson. O primeiro filme que assisti num cinema: Bernardo e Bianca, aquele desenho da Disney. O brinquedo mais marcante que tive: uma bola colorida de plástico que ganhei no Playcenter. Perdi-a graças a um chute mais empolgado que dei, jogando futebol dentro do apartamento em Perdizes. A bola saiu voando pela janela, e espero que ainda esteja flanando por aí. Se bobear, está numa dimensão paralela fazendo companhia ao balde azul da praia de Salvador.
7) A primeira vez em que tive um texto publicado foi numa coletânea de melhores textos dos alunos do Colégio Bandeirantes, no qual cursei o colegial; uma crônica que parafraseava alguns versos do Caetano Veloso. De lá para cá, tive contos publicados nos livros “Blog de Papel” e “Retratos Japoneses no Brasil“, fui um dos autores selecionados em “ENTER - Antologia Digital“, coletânea organizada por Heloisa Buarque de Hollanda, e escrevi prefácios para livros dos meus amigos Carlos Eduardo Lima e Marcos Donizetti. Já recebi alguns convites para publicar um livro só com textos meus. Mas, sinceramente, creio que ainda preciso comer muito feijão antes de ousar dar um passo desses. Textos precisam envelhecer e passarem pelo teste do tempo, a fim de que a gente consiga saber o que é vinho de boa safra e o que não passa de vinagre.
8) Meu primeiro emprego foi de bancário concursado no Banco do Brasil, na época em que um trabalho desses ainda possuía algum status, em 1991. Era o caçulinha da agência da Avenida Paulista, na esquina com a Augusta: quando comecei a trabalhar lá, tinha 18 anos e 2 meses de vida. Meu segundo emprego foi na Blockbuster, em tempos nos quais locadoras de vídeos ainda eram um negócio rentável (fato: estou realmente ficando velho).
Em tempo: a singela foto acima foi publicada no jornal interno da Blockbuster, quando este incauto que vos escreve havia acabado de ser promovido (em 2000). Foi uma época divertida: via vídeos de graça todo dia, indicava filmes para a clientela e até mesmo me arrisquei a tocar bateria em um grupo junto com alguns colegas de loja. A banda, na verdade, foi criada mais por causa do trocadilho do nome: Newest Kids on the Block. O grupo, obviamente, não vingou; o mundo não estava preparado para o nosso som.
9) A foto abaixo é da época em que eu, Ian Black e André Rosa de Oliveira, a.k.a. Marmota, concedemos diversas entrevistas para revistas e jornais por conta do sucesso que o Virunduns, blog que criamos em março de 2003, fez quando foi lançado.
Essa foto, da época dos blogs-moleque (quando usávamos Blogger Brasil e postávamos com mais tempo e descompromisso) e do meu rosto sem barba, foi tirada para uma matéria que saiu no Correio Braziliense.
* * *
P.S. 1: Este post faz parte de um meme para o qual fui convidado pela Gabi Bianco. Para dar prosseguimento à brincadeira, pensei em nove blogueiros que fariam posts muito bacanas com um mote desses. Ei-los: Aline Lima, Ana Carolina Moreno, Conceição Oliveira, Fal Azevedo, Flavia Penido, Gilberto Knuttz, Gustavo Gitti, Humberto Oliveira e Roberto Camara Jr. Mas o meme é aberto a qualquer um que quiser aproveitar a ideia e prosseguir com a prosa: basta publicar seu texto e deixar o link nos comentários deste post. :)
P.S. 2: Já aproveitaram o mote e escreveram textos muito bacanas inspirados no meme: Aline, Roberta, Carol, Mônica, Diogo, Nina, Ariane, Mariana e Roberto. :)
Muito antes do surgimento do Twitter ou daquelas frases de status do MSN, os para-choques de caminhão me chamavam a atenção pelos insights instantâneos: mensagens que, em poucas palavras, sintetizam as lições que este mundo, implacável e irremediável, nos ensina mundo afora. Afinal de contas, “na escola da vida não se tira férias”.
Não à toa, o nome deste blog (“pensar enlouquece, pense nisso”) foi extraído de uma foto de para-choque que encontrei numa antiga seção da revista Quatro Rodas, que todo mês compilava as melhores contribuições enviadas por seus leitores.
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