Artigos doo ano de: 2013

Tã-tã-tã-tã-tã

Por Gabriel Loubackquinta-feira, 05 de dezembro de 2013

No final de semana fiquei 30 minutos preso em uma fila de carros para sair do estacionamento de um shopping. Motivos à parte, as pessoas começaram a buzinar depois de uns 10 minutos. Até que demorou, mas quando começou, ficou ensurdecedor. Pais tapavam os ouvidos de seus pequenos enquanto caminhavam pelo estacionamento.

Minha esposa, então, sugeriu: “E se você buzinasse ‘Tã-tã-tã-tã-tã’ e esperasse ver se alguém completa com ‘Tã-tã’?”

[A melodia -- ou ritmo -- é o que vemos no filme do Roger Rabbit quando o Christopher Lloyd quer provocar o coelho a sair de trás da parede.]

Esperei uma pequena pausa no buzinaço e puxei algumas vezes a buzina que convidava os outros carros a completarem.

“Se vai buzinar, que seja pra se divertir, né?” ela comentou comigo. Continue Lendo

Trecho de A Comédia Mundana, de Luiz Biajoni

Por Luiz Biajonisegunda-feira, 02 de dezembro de 2013

ATENÇÃO: você está prestes a ler um trecho de A Comédia Mundana, livro do meu amigo Luiz Biajoni que reúne três novelas policiais com nomes brejeiramente sugestivos: “Sexo Anal (Uma Novela Marrom)”, “Buceta (Uma Novela Cor de Rosa)” e “Boquete (Uma Novela Vermelha)”. Recomendo, pois, a leitores mais sensíveis, que cliquem aqui. Caso contrário, deleite-se com o teaser a seguir e encomende desde já um exemplar de A Comédia Mundana no site da Livraria Cultura.

* * *

Capa de A Comédia Mundana, com ilustração do mestre José Benício Fonseca.O céu estava bem azul, sem nuvens. O clima, quieto. Nem as folhas das árvores balançavam. O sol estava quente, embora não fossem ainda sete da manhã. Ninguém passava por ali, ninguém viu quando Vermelho abriu a porta e saiu de dentro da casa, segurando um balde cheio.

Debaixo do outro braço, ele tinha uma brocha larga e nova. Olhou para os lados, como se procurasse alguém, sentiu o ar fresco entrar em seus pulmões e caminhou até à frente da casa principal. Estava agora bem diante daquele amarelo esmaecido, que lhe causava enjoo. Olhou com cuidado. A cor pálida, toda craquelada, era realmente horrível. Era uma casa sem vida, sem cor, desbotada. O ânimo dele estava assim também.

Há muito tempo que ele queria isso, pintar a casa de vermelho, a sua cor, o seu nome. Não era um pedido complicado, não havia nenhum sacrifício. Sara não queria, gostava do amarelo, tinha trauma de casas pintadas de vermelho. Mas ele ia pintar. Continue Lendo

30 de novembro é #DiaDeDoar

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 29 de novembro de 2013

Comerciais de TV e perfis em redes sociais não param de falar na Black Friday. E, ok, apesar da encheção de saco trazida por tudo que se torna monotemático, não há nada de errado em aproveitar descontos e saciar alguns desejos de consumo. Mas… por que não quebrar a rotina desse ciclo consumista e lembrar de ajudar pessoas que necessitam de algum tipo de auxílio? Afinal de contas, você deve ter 1 real sobrando, provavelmente guarda no armário agasalhos e calças que não usa mais e que possam ser passados adiante, ou talvez possua algum tempo livre que possa ser ocupado com trabalhos voluntários, não?

Faça uma doação e compartilhe seu ato usando a hashtag #DiaDeDoar.Não dá para ignorar os problemas sociais, as consequências da falta de acesso a saúde e educação de qualidade, a poluição e os efeitos que as mudanças climáticas causam no nosso cotidiano, enfim, todos os indícios de que a sociedade e este planeta precisam de ajuda. Ok, podemos até fazer um cosplay de avestruz que esconde a cabeça debaixo da terra, fingindo que não temos nada a ver com todos esses problemas. Ou dar a nossa parcela de contribuição para que este mundo se torne um pouco melhor. Continue Lendo

Lulu: uma das maiores ferramentas de atraso social que eu já vi

Por Mirian Bottanquarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nem vou comentar sobre a 3ª guerra mundial que começaria se rolasse uma versão inversa do aplicativo ou sobre o fato de que se você acha massa classificar os caras que já pegou automaticamente sua idade mental vai para -15.

Que pena. O ano em que eu vi tantas mulheres se mobilizando, vi o feminismo subindo à superfície das discussões sociais diárias e mulheres perdendo o medo e erguendo a voz contra o fiu-fiu, se encerra com uma inversão de bullying de gênero bizarra, que coloca uma parede de ferro no meio da estrada onde o orgulho pela tomada de rédeas feminina vinha caminhando.

Eu carrego a bandeira do feminismo declaradamente, não porque sou mulher e defendo “a minha raça”, mas porque, antes de tudo, eu defendo o RESPEITO. E se eu ficaria imensamente puta da cara ao me ver nessa situação de, como bem definiu o meu namorado, “estupro da intimidade”, eu também fico puta ao ver qualquer pessoa nessa.

Mas mais que puta, eu fico decepcionada e temerosa. Continue Lendo

Como um vídeo de 2008 fez uma música de 1986 do Bon Jovi chegar ao Hot 100 da Billboard em 2013?

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 26 de novembro de 2013

Em 26 de dezembro de 2008, um torcedor do Boston Celtics, chamado Jeremy Fry, ouvia “Livin’ on a Prayer”, hit do Bon Jovi que estava sendo tocado nos alto-falantes durante o intervalo de um jogo da NBA. Quando se viu flagrado pelo telão do ginásio, se empolgou e começou a dançar ao som da música, de um jeito animadamente descoordenado.

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Breve ensaio da pizza como alimento social

Por Publieditorialsegunda-feira, 25 de novembro de 2013

Uma pizza poderia ser definida como um disco de massa assado, aquecido num forno com alguns ingredientes em cima. Mas é uma definição fria, que não faz jus a um alimento que é comido e apreciado pelos quatro cantos do mundo e por todas as classes sociais, e que em cada região ganha ingredientes típicos que fazem com que a pizza seja um alimento universal e, ao mesmo tempo, local.

Sempre que penso em pizzas, lembro das noites de domingo em que toda a minha família se reunia para se deleitar com triângulos recheados de mussarela e calabresa. E assim, no meu imaginário pessoal, comer aquela massa achatada acabou virando sinônimo de congregação, de pessoas reunidas para dividir fatias enquanto riem e colocam os papos em dia, tendo aquela iguaria saborosa como pretexto para que se unissem ao redor de uma mesa. Afinal de contas, são poucas as pessoas que encaram comer oito fatias em uma só refeição: acabam sobrando alguns pedaços, e nem todos são entusiastas da arte de apreciar uma pizza requentada na chapa no café da manhã do dia seguinte. Meus pais, por exemplo, não pedem delivery sem que eu, meu irmão, outros parentes e amigos estejam na casa deles para ajudá-los a deixar apenas restos de cebola e azeitonas ao fim de uma refeição. Continue Lendo

As mais (ou menos) inesquecíveis capas de álbuns de todos os tempos

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 20 de novembro de 2013

OsNovosHerois

Quem disse que o Brasil nunca teve super-heróis certamente é porque não conhecia ainda este super grupo formado por Princesa Solar, Homem Espacial, Silver Boy, Super Palhaço e Mulher Cósmica. E o melhor: você pode comprar um disco dos Novos Heróis no Mercado Livre e colocar em teste sua super audição.

A julgar só pela singela capa deste disco, Jim Post devia ser como dessas pessoas que postam uma foto no Facebook, curtem sua própria publicação e depois dão um dislike só pra poderem se curtir mais uma vez. Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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