Comerciais de TV e perfis em redes sociais não param de falar na Black Friday. E, ok, apesar da encheção de saco trazida por tudo que se torna monotemático, não há nada de errado em aproveitar descontos e saciar alguns desejos de consumo. Mas… por que não quebrar a rotina desse ciclo consumista e lembrar de ajudar pessoas que necessitam de algum tipo de auxílio? Afinal de contas, você deve ter 1 real sobrando, provavelmente guarda no armário agasalhos e calças que não usa mais e que possam ser passados adiante, ou talvez possua algum tempo livre que possa ser ocupado com trabalhos voluntários, não?
Não dá para ignorar os problemas sociais, as consequências da falta de acesso a saúde e educação de qualidade, a poluição e os efeitos que as mudanças climáticas causam no nosso cotidiano, enfim, todos os indícios de que a sociedade e este planeta precisam de ajuda. Ok, podemos até fazer um cosplay de avestruz que esconde a cabeça debaixo da terra, fingindo que não temos nada a ver com todos esses problemas. Ou dar a nossa parcela de contribuição para que este mundo se torne um pouco melhor. Continue Lendo
Nem vou comentar sobre a 3ª guerra mundial que começaria se rolasse uma versão inversa do aplicativo ou sobre o fato de que se você acha massa classificar os caras que já pegou automaticamente sua idade mental vai para -15.
Que pena. O ano em que eu vi tantas mulheres se mobilizando, vi o feminismo subindo à superfície das discussões sociais diárias e mulheres perdendo o medo e erguendo a voz contra o fiu-fiu, se encerra com uma inversão de bullying de gênero bizarra, que coloca uma parede de ferro no meio da estrada onde o orgulho pela tomada de rédeas feminina vinha caminhando.
Eu carrego a bandeira do feminismo declaradamente, não porque sou mulher e defendo “a minha raça”, mas porque, antes de tudo, eu defendo o RESPEITO. E se eu ficaria imensamente puta da cara ao me ver nessa situação de, como bem definiu o meu namorado, “estupro da intimidade”, eu também fico puta ao ver qualquer pessoa nessa.
Mas mais que puta, eu fico decepcionada e temerosa. Continue Lendo
Em 26 de dezembro de 2008, um torcedor do Boston Celtics, chamado Jeremy Fry, ouvia “Livin’ on a Prayer”, hit do Bon Jovi que estava sendo tocado nos alto-falantes durante o intervalo de um jogo da NBA. Quando se viu flagrado pelo telão do ginásio, se empolgou e começou a dançar ao som da música, de um jeito animadamente descoordenado.
Uma pizza poderia ser definida como um disco de massa assado, aquecido num forno com alguns ingredientes em cima. Mas é uma definição fria, que não faz jus a um alimento que é comido e apreciado pelos quatro cantos do mundo e por todas as classes sociais, e que em cada região ganha ingredientes típicos que fazem com que a pizza seja um alimento universal e, ao mesmo tempo, local.
Sempre que penso em pizzas, lembro das noites de domingo em que toda a minha família se reunia para se deleitar com triângulos recheados de mussarela e calabresa. E assim, no meu imaginário pessoal, comer aquela massa achatada acabou virando sinônimo de congregação, de pessoas reunidas para dividir fatias enquanto riem e colocam os papos em dia, tendo aquela iguaria saborosa como pretexto para que se unissem ao redor de uma mesa. Afinal de contas, são poucas as pessoas que encaram comer oito fatias em uma só refeição: acabam sobrando alguns pedaços, e nem todos são entusiastas da arte de apreciar uma pizza requentada na chapa no café da manhã do dia seguinte. Meus pais, por exemplo, não pedem delivery sem que eu, meu irmão, outros parentes e amigos estejam na casa deles para ajudá-los a deixar apenas restos de cebola e azeitonas ao fim de uma refeição. Continue Lendo
Quem disse que o Brasil nunca teve super-heróis certamente é porque não conhecia ainda este super grupo formado por Princesa Solar, Homem Espacial, Silver Boy, Super Palhaço e Mulher Cósmica. E o melhor: você pode comprar um disco dos Novos Heróis no Mercado Livre e colocar em teste sua super audição.
A julgar só pela singela capa deste disco, Jim Post devia ser como dessas pessoas que postam uma foto no Facebook, curtem sua própria publicação e depois dão um dislike só pra poderem se curtir mais uma vez. Continue Lendo
Fotografias são momentos que capturamos de um tempo presente, cristalizando-o em uma imagem que sempre guardará a emoção daquele instante. E, embora aquele momento esteja aparentemente recortado no tempo e espaço, dentro de uma moldura limitada, retendo apenas a breve fração de um cenário ou paisagem, o fato é que um retrato é capaz de transcender tais fronteiras dentro de nós, expandindo lembranças, sons, cheiros, sentimentos no baú das memórias que é aberto cada vez que revemos determinada imagem.
Dear Photograph é um site que foi criado pelo publicitário canadense Taylor Jones em maio de 2011, com um conceito simples e brilhante: tirar a foto de alguma outra fotografia do passado, sobreposta ao momento presente. Desde então, recebe colaborações de pessoas que enviam suas contribuições, acompanhadas por um breve relato descritivo, contextualizando fotografias e recordações. E assim, nesta era de câmeras digitais, Taylor estimulou os visitantes de seu site a tirarem de gavetas e álbuns seus retratos antigos, transportando-os para estes tempos de selfies e instagramadas.
É difícil não se emocionar com as fotos compartilhadas no Dear Photograph. Não estranhe, pois, se ninjas invisíveis cortando cebolas ou soprando ciscos em seus olhos subitamente aparecerem do seu lado durante a leitura deste post.
“Siga a sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só havia paredes.” Esta frase, de Joseph Campbell, me fez pensar na importância de dar uma sacolejada na vida, de tempos em tempos, buscando fugir da inércia e da zona de conforto, que acabam por nos deixar acomodados. Essa citação de Campbell, por sua vez, me fez lembrar desta matéria: “O segredo da felicidade segundo a ciência”. Que, dentre várias informações interessantes, cita uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, que atesta que 40% de nossa capacidade de ser feliz está ligada ao poder de mudança.
Eu, filho de uma família de descendente de japoneses, cresci aprendendo que estabilidade e segurança eram requisitos importantíssimos para a felicidade, e ter um emprego estável era condição sine qua non para ter um futuro garantido e sossegado. Não à toa, pois, o primeiro trabalho que tive na vida, com recém-completados 18 anos de idade, foi de bancário devidamente aprovado em um concurso do Banco do Brasil. Mesma atividade exercida por um primo meu, que tem 57 anos e está prestes a se aposentar, após ter passado a vida inteira no mesmo emprego. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.