Gostaria de questionar o axioma máximo do cinema novo! Chega de ideias na cabeça, câmeras na mão e merdas na tela. Essa postura já nos foi útil, foi. Tecnologia disparou e trouxe a popularização de câmeras funcionais para a realização cinematográfica, forçou um aumento na velocidade da narrativa e Hollywood reforçou as novas modalidades, com grande qualidade e o esmero habitual. A realidade do cinema atual é: sem qualidade visual, nada vai para a frente. Sem a pluralidade narrativa e a mentalidade descaradamente comercial, nosso cinema continuará no mesmo lugar. Às vezes agradando ao público brasileiro, às vezes ganhando prêmios, mas nunca se estabelecendo como linguagem e, acima de tudo, produto rentável. Quebrar esse ciclo mortal, sempre reabastecido por cineastas deslumbrados e com aquela vontade tresloucada de fazer crítica social, de usar o cinema como arma contra o sistema, é algo que o Brasil precisa. Mas só o trabalho de base é capaz de mudar. Só o surgimento de uma nova geração, treinada com a mentalidade comercial, disposta a contar histórias variadas, a servir o roteiro pelo que ele é, ou seja, cineastas capazes de transformar essa prática de extremos – entre os robustos filmes independentes e a força Global – em um verdadeiro negócio. Já tem gente fazendo isso. Quero ser um deles e liderar pelo exemplo.
Estudar cinema em Hollywood reforçou algumas certezas, quebrou vários castelinhos de cartas e abriu os olhos para nossa grande falha. Cinema aqui é negócio, gira uma cidade inteira com seus vídeo clipes de rap, boybands, curtas-metragens e uma enormidade de longas indies. O cinema nunca pára, pois não é opção, é algo lucrativo. As grandes produções dos estúdios de cinema e TV são relevantes, entretanto, perdem em número e volume para esse miolo habitado por diretores, cantores, atores, técnicos e roteiristas promissores (ou não). Com orçamentos bem menores, ou inexistentes, todo mundo precisa gastar uma coisa e aí entra a estrutura ideal de Los Angeles. Centenas de empresas alugam equipamento, fornecem extras (parece pizzaria, você pede o número desejado, vem o orçamento, você paga e as pessoas aparecem para, simplesmente, fazer nada no seu set), serviços de iluminação, alimentação, transporte, segurança, absolutamente tudo. Continue Lendo
Todo dia fazemos escolhas, das mais triviais até as mais complexas, que acabam por guiar os rumos de nossas vidas. Tantas opções podem nos levar aos caminhos mais inesperados, como mostra a teoria do caos, segundo a qual pequenos acontecimentos podem desencadear consequências enormes e completamente surpreendentes no futuro, como naquela história de que o bater de asas de uma borboleta seria capaz de causar, tempos depois, um furacão em algum lugar do mundo. Há um trecho de “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, que também remonta a essa teoria, mostrando como pequenos “acasos” podem fazer com que duas pessoas se encontrem e se apaixonem.
Pois bem, pensando nesses pequenos grandes acontecimentos, a FecomercioSP lançou um site - http://www.simeusei.com.br/ese - que simula como seria um dia absolutamente fora da rotina. E que mostra que, mesmo se você vivesse um dia na companhia de tubarões, carros explodindo ou barracas de lanche espaciais, ainda assim você estaria colaborando com o comércio e, por tabela, com todas as atividades sociais, culturais e educacionais apoiadas pela FecomercioSP, que administra, no Estado, o Senac e o SESC.
A internet é uma maravilha. Se antes eu precisava consultar dezenas de livros e enciclopédias a fim de conseguir me inteirar sobre um assunto, hoje em dia temos uma biblioteca quase infinita à nossa disposição. Vídeos raríssimos dão sopa no YouTube, bandas de todo o mundo frequentam meu Winamp graças a rádios online e arquivos mp3. E isso pra não falar do aspecto maravilhoso que é o fato de que as fronteiras se dissipam, me tornando mais próximo de amigos de todos os cantos do planeta.
Mas, mais importante ainda, a internet e a World Wide Web se popularizaram depois que os vexames que protagonizei do alto da minha infância fossem registrados nestes tempos wikileakizados em que quase tudo que fazemos ou deixamos de fazer é capturado por alguma foto ou câmera de vídeo.
Eu devia estar no 2° ou no 3° ano do ensino fundamental quando a escola em que estudava, o Colégio Raio de Sol, organizou uma daquelas indefectíveis apresentações de alunos num teatro qualquer. A turma da minha classe foi encarregada de preparar uma apresentação tendo “As Abelhas”, de Vinícius de Moraes e Toquinho, como trilha sonora. A coisa foi toda muito tosca. Minha “fantasia” consistia em um maiô preto (ornado com algumas listras de fita adesiva amarela na altura da barriga, daquela de fechar caixas de papelão), uma meia-calça preta e duas agulhas de tricô, com bolas amarelas nas pontas, fazendo as vezes de antenas da abelha. A minha sensação usando aquilo foi mais ou menos à expressão do cachorro da imagem a seguir, com a diferença de que a fantasia que ele está usando ficou muito melhor que a minha.
Não é fácil ser empreendedor no Brasil. Impostos e taxas por todos os lados, muita burocracia, juros altos e encargos trabalhistas são só alguns dos fatores que fazem com que eu respeite a lúcida insanidade de quem se arrisca a ter um negócio próprio.
É muito bom ver, pois, uma campanha que mostra um outro lado, contando as histórias de comerciantes que estão apostando em seus sonhos e ajudando no crescimento deste país. A série de vídeos da campanha Sim Eu Sei mostra isso: como as compras que fazemos colaboram com o crescimento da economia, e como uma das contribuições que são pagas pelo comércio ajudam a financiar as centenas de atividades organizadas pelo SESC e pelo Senac (através da FecomercioSP). O vídeo a seguir, em que Serginho Groisman conversa com três comerciantes (uma lojista que vende presentes e acessórios, um florista e o dono de uma farmácia), mostra um bom exemplo de como as atividades desses profissionais ajudam a manter entidades como o SESC e o Senac.
Muito se ouviu falar sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, mais popularmente conhecida como Rio+20. 188 países foram oficialmente representados neste encontro, a fim de discutirem o futuro do planeta e quais medidas devem ser adotadas para assegurar um mundo capaz de garantir vida digna a todos os seus habitantes, com desenvolvimento sustentável e a busca pela erradicação da fome e da pobreza. Mas, além de reclamar que a Rio+20 não serviu para nada, será que a sociedade mostrou genuíno interesse e engajamento nessas discussões? E os jovens e futuros líderes que herdarão este planeta tão maltratado, o que têm a dizer sobre o assunto?
Quem aqui sabe ,Pra que exatamente serve o Rio + 20? Tempo para a resposta …..
No século passado, eu andava por todos os lugares com meu companheiro inseparável: um walkman da Sony, no qual ouvia fitas K-7 gravadas com músicas que ouvia em rádios FM como Cidade, Manchete e Jovem Pan. Era o começo dos cada vez mais distantes anos 80, época em que minhas bandas prediletas eram Blitz e Turma do Balão Mágico. Minha memória ainda recorda com precisão qual foi a primeira fita cassete que ganhei de minha mãe, comprada nas Lojas Americanas: Thriller.
A primeira vez que ouvi Michael Jackson foi num programa de videoclipes. Não sei exatamente se foi no Realce, da TV Gazeta, no FM TV, da Manchete, ou no SuperSpecial, da Bandeirantes. Só sei que aquela música, “Billie Jean”, ficou colada em meus ouvidos; era simplesmente genial. Algum tempo depois, o Fantástico exibiu um vídeo mais expressionante ainda: a apresentação que Michael Jackson fez em um show de comemoração dos 25 anos da gravadora Motown, em 1983. Foi uma apresentação histórica. Afinal de contas, foi nessa performance que MJ apresentou pela primeira vez um passo de dança que todas as crianças da minha geração já tentaram fazer: o moonwalking. Mais especificamente, aos 3 minutos e 39 segundos deste vídeo no YouTube.
Você já deve ter lido algumas resenhas sobre “Prometheus”, algumas com o (in)evitável trocadilho dizendo que o novo longa de Ridley Scott não cumpre o que Prometeu. Outros textos preferem não deixar claro se o filme é bom ou ruim. A verdade é que os críticos – e mesmo o público – se dividiram sobre o filme. Em todo caso, se você quer uma opinião que o impulsione a ver esta tão badalada produção, aí vai a minha: vi o filme há mais de uma semana e quase todo dia me lembro de alguma cena. Eu gostei muito.
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.