Cachorros me fazem chorar. Muito. Filmes como Hachiko - Sempre ao Seu Lado e Marley & Eu são garantias certas de que ninjas invisíveis cortando cebolas surgirão repentinamente nas proximidades. Quando eu li a carta que Fiona Apple escreveu, cancelando sua turnê no Brasil por causa de sua cachorra, que está prestes a morrer, também fiquei emocionado. Os quadrinhos de Fábio Coala, como este que ilustra o post, também são garantia certa de olhos suando. Não posso deixar de destacar também o episódio de Futurama mais emocionante de todos os tempos, protagonizado por Seymour, o animal de estimação de Fry. E eu desafio qualquer um a assistir a cena final de “Meu Cachorro Skip”, filme baseado em fatos reais, sem que um cisco maroto caia em seus olhos.
No dia 13 de janeiro de 2001 eu estava no Rio de Janeiro, com o objetivo específico de ver ao vivo, pela primeira vez, um show do R.E.M. As expectativas eram altas, mas foram plenamente cumpridas: Michael Stipe e sua trupe fizeram um dos melhores shows que vi em toda a minha vida (este texto de Marcelo Costa, um dos mais de 170 mil espectadores daquela noite no Rock in Rio III, é um belo relato). Porém, apesar da noite apoteótica, saí de lá com um arrependimento: não ter assistido ao show que Cássia Eller havia feito horas antes. O motivo: eu e meus acompanhantes (Suzi, Ian e meu irmão Ronaldo) decidimos curtir um pouco a praia antes de nos deslocarmos até a Cidade do Rock, e só chegamos a tempo de conferir os shows de Beck, Foo Fighters e R.E.M.
Cássia tinha sido a primeira artista a se apresentar naquele dia, que também teve shows de Fernanda Abreu e Barão Vermelho. Apesar de ter feito a abertura, senti que ela havia feito uma apresentação antológica, só de ouvir os burburinhos da galera que ainda comentava a versão que ela tinha cantado de “Smells Like Teen Spirit”, assim como o momento em que ela levantou a blusa e exibiu seus seios para as milhares de pessoas na plateia daquela edição do Rock in Rio. Uma pena ter perdido aquele show, pensamos, mas não era algo irremediável. Afinal de contas, Cássia Eller estava no auge do sucesso e teríamos muitas oportunidades de assisti-la ao vivo. E, de fato, entre maio e dezembro de 2001, Cássia Eller embarcou numa rotina insana, chegando à marca impressionante de 95 shows, capitalizando o merecidíssimo sucesso do Acústico MTV, lançado em março daquele ano. Continue Lendo
Nos acostumamos ou não queremos ver nossas chagas? É mais fácil fugir dos problemas do que encará-los? Lidar com a extrema pobreza e a desigualdade do nosso país é um desafio que requer força, dedicação e perseverança.
Há muita coisa a se fazer a fim de tornar este mundo um pouco melhor. Felizmente, enquanto há gente ranzinza por aí que passa o tempo reclamando do governo e das grandes corporações, esquivando-se de quaisquer responsabilidades pessoais e limitando-se a espalhar comentários indignados tão úteis e construtivos quanto um botão quebrado de Scroll Lock, outras pessoas decidem arregaçar as mangas ajudando na construção de uma sociedade menos desigual.
O TETO é uma organização não governamental que atua em 19 países da América Latina. Em seus 15 anos de existência, graças ao apoio de parceiros e doações, o TETO construiu mais de 85 mil moradias de emergência, mobilizando mais de 1 milhão de voluntários em todo o continente. Desde novembro de 2006, atua também no Brasil, organizando mutirões de construção e construindo casas de madeira para famílias que vivem em situação de extrema pobreza. Uma matéria do Profissão Repórter, gravada no Chile (país de origem da ONG, que na época ainda era chamada “Um Teto Para Meu País”), retrata bem como é um desses mutirões.
Almocei em um restaurante chinês nesta semana. Até aí, nada de mais. Mas, ao abrir aquele tradicional biscoitinho em formato de meia-lua a fim de ver quais as palavras de sabedoria reservadas para mim naquele dia, eis que me deparei com uma surpresa quase digna de Kinder Ovo: em vez de um, encontrei dois papeizinhos.
Que significado aquele acontecimento trivial poderia ter? Fiz essa pergunta ao oráculo colaborativo 2.0 que é o Twitter. A seguir, algumas das manifestações mais significativas que apareceram por lá. Continue Lendo
Com a internet, todo mundo passou a ser um pouco mais autodidata. Afinal de contas, fuçando aqui e acolá, conseguimos aprender um pouco de tudo, nestes tempos em que não é mais necessário adquirir coleções completas de enciclopédias como a Barsa ou a Mirador para fazer pesquisas escolares. Porém, apesar dessa aparente facilidade de aprendizado, ainda não podemos prescindir de professores e profissionais que já viveram determinadas experiências e têm o know-how necessário para passarem seus conhecimentos adiante. São tempos iluminados, nos quais mesmo quem não possui muito tempo livre pode estudar em horários alternativos e sem precisar sair de casa, graças aos recursos tecnológicos atuais.
Marketing social, introdução à bolsa de valores, LIBRAS básico, aromaterapia, gestão ambiental, teoria musical, Joomla básico, programação neurolinguística aplicada à educação, recolocação profissional, violão popular básico, noções de gestão pública, cuidador de idosos e mecânica automotiva básica: estes são apenas alguns dos muitos cursos de qualificação profissional oferecidos pela Prime Cursos. Uma empresa que integra a Associação Brasileira de Educação à Distância e que mantém atividades desde 2005, já tendo ministrado aulas para mais de 200 mil alunos. Continue Lendo
Gonzaga - de Pai para Filho, filme lançado no ano em que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, faria 100 anos de idade, traz as marcas registradas de seu diretor, Breno Silveira, um cineasta que domina como poucos a arte de emocionar plateias. Mas eu, que já escrevi neste blog sobre os dois longas anteriores dele, 2 Filhos de Francisco e Era Uma Vez, devo confessar que o que mais me marcou, na sessão em que vi o filme, foi uma cena que testemunhei quando já tinha aproveitado os créditos finais para enxugar as lágrimas, e me dirigia à saída. Continue Lendo
Em certa ocasião, a empresa na qual eu trabalhava me ofereceu a opção de vender metade dos 30 dias de férias a que tinha direito. Depois que cometi a ingenuidade de topar fazer esse negócio é que percebi a burrice que havia feito. Porque, enquanto a primeira semana de férias serviu pra que eu pisasse o pé no freio e começasse a me habituar a merecidos momentos de ócio, a segunda semana foi em ritmo de contagem regressiva, comigo sofrendo por antecipação de saber que pilhas de trabalho me aguardavam serelepes ao fim de insuficientes 15 dias de descanso. Mas eu sei que isso também aconteceu porque não aproveitei a ocasião para viajar a fim de escapar um pouco do cotidiano.
Depois de encarar dias de rotinas estressantes, trânsitos dantescos e correrias desabaladas, que fazem com que você se alimente mal e porcamente, ou dormindo sempre preocupado em não perder a hora do compromisso do dia seguinte, causando dores de cabeça e aquele estafante cansaço acumulado, não lhe parece uma bela ideia relaxar em um local com direito a acompanhamento nutricional personalizado, banhos de ofurô e mais de 300.000 m2 de bosques, plantas nativas e ar puro? Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.