Era Uma Vez, o filme de Breno Silveira

Por Alexandre Inagaki ≈ terça-feira, 10 de junho de 2008

A fase atual do cinema brasileiro é muito boa em diversos aspectos. Tropa de Elite ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, repetindo o feito de Central do Brasil em 1998. Tivemos dois representantes da nossa cinematografia integrando a seleção oficial do Festival de Cannes (algo que não acontecia desde 1964, ano de Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos), sendo que Sandra Corveloni ganhou o prêmio de melhor atriz por Linha de Passe. Meu Nome Não é Johnny, primeiro filme brasileiro a entrar em cartaz em 2008, ultrapassou a marca de 2 milhões de espectadores nos cinemas. De quebra, pesquisa do Datafolha mostra que dobrou a aprovação do público ao cinema brasileiro em comparação com levantamento semelhante realizado em 1995.

É em meio a este cenário que estreará, no dia 25 de julho, Era Uma Vez. Trata-se do segundo longa-metragem de Breno Silveira, diretor da quinta maior bilheteria do cinema nacional de todos os tempos: 2 Filhos de Francisco, visto por mais de 5 milhões de espectadores em 2005. A expectativa em torno do novo trabalho de Breno é grande e não poderia ser diferente, já que seu filme de estréia foi o mais bem-sucedido do cinema nacional nos últimos 20 anos. Em sua nova investida, Breno resolveu apostar novamente na emoção, ao narrar uma história de amor entre um jovem morador do Morro do Cantagalo que trabalha vendendo cachorros-quentes em um quiosque na praia de Ipanema e uma menina que mora na Vieira Souto, na região mais privilegiada do Rio de Janeiro.

Assisti a Era Uma Vez em uma cabine de pré-estréia, e posso dizer que uma marca que Breno Silveira deixou em seu primeiro filme, e que permanece presente neste segundo trabalho, é a sua capacidade de desenvolver uma trama com a perícia daqueles exímios contadores de histórias que hipnotizavam pessoas ao redor de fogueiras noite afora. Também fiquei satisfeito em constatar que diversas seqüências de Era Uma Vez possuem o mesmo poder de cativar espectadores mostrado em 2 Filhos de Francisco.

Este é um filme que não tem pudor em buscar emocionar sua platéia. E, assim como na cinebiografia de Zezé di Camargo & Luciano, na qual seqüências como a dos irmãos cantando em uma rodoviária a fim de arrecadar trocados para a família que passava fome ou a descoberta do destino final de Camarguinho fizeram com que platéias derramassem lágrimas catárticas de emoção, a história de amor entre um rapaz pobre da favela (interpretado por Thiago Martins, ator revelado pelo grupo Nós do Morro, que já atuou em novelas globais como Belíssima) e uma menina rica da Zona Sul (personificada por Vitória Frate, ex-blogueira, selecionada após testes com dezenas de outras atrizes) envolve o espectador de tal modo que me flagrei na poltrona da sala de projeção, por diversas vezes, torcendo por um destino mais generoso para o casal.

Há muitos fatores que fazem com que um filme atraia multidões aos cinemas, e seria injusto cobrar de Era Uma Vez bilheterias semelhantes a 2 Filhos de Francisco. Porém, posso dizer que a história desse amor que desafia desigualdades sociais possui qualidades suficientes para ajudar na consolidação de um projeto de cinema popular brasileiro, mostrando na tela todas as delícias, agruras e contradições de nossa sociedade ao mesmo tempo que atrai a atenção do espectador com uma história bem narrada.

P.S.: Dé e Nina, os personagens interpretados por Thiago Martins e Vitória Frate, citam durante o filme uma obra fundamental para a melhor compreensão da crise institucional provocada pelas desigualdades sociais da cidade do Rio de Janeiro: Cidade Partida, de Zuenir Ventura, livro-reportagem no qual o autor retrata uma geração socialmente excluída. Aqueles que leram a obra de Zuenir certamente compreenderão melhor o final de Era Uma Vez.

Pense Nisso!

Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Cinema

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Comentários do Blog

patricia santos de oliveira

Adorei esse filme amei mesmo é realmente uma historia de amor que nunca tinha visto de todos os filme ese marcou amei formaram um belo casa uma bela montagen o menino é lindo e a menina uma primcesa ameei…
http://[email protected] dauane

adoro era uma vez,ja assisti mais de 10 vezes
ROBERTO

Esse filme ERA UMA VEZ.vai ficar pra sempre na minha memoria.bom filme parabens!
ESSE SIM É QUE É FILME DE VERDADE.
joice

adoreiiiiiiiiiiiii foi inesquecivel perfeito….
natalia

hoo filme é ótimo mais eu acharia que os dois não poderiam morrer no final por que eles paresem ser os principais.Mais o aoutor deste filme esta de “parabens”o filme foi um espetaculooo….
http://google ana carla

eu amei esse filme que bom que no final deu td certo
Soster

Nossa amei o filme uma linda hostoria bem fatalisada em casos reais. E o casal uma linda dramaturgia de romance medo, porem um final bastante conturbado e drastico, tinha tudo para alcançar um oscar porem um final bem triste deu um resultado bem daquilo que nóz publico n esperavamos. Uma critica construtiva ao diretor do filme “-na proxima vez inspire os sucessos de filmes realisados por hoolywod ok só assim vc terá mais sucesso” conte um final feliz na proxima vez q vc fizer um filme ok….
Enquanto a nina eu gostaria muito de conhecer ela virei o fãde carteirinha ok.
evellyn souza

esse filme e muito masssa devia ter era uma vez 2 eu nao iaa perde por nada
Fábia Hufnagel

Eu vi esse filme e ele er mto baum eu amei ele da uma liçao de vida para as pessoas e eu chorei mto nesse filme poooq ele er um dos melhores filmes q eu ja vi na minha vida toda…..D:D:D:D:
suelem

amei esse filme é uma historia linda
http://discord thiago

esse foi o 3 ou 2 melho filme quie jah assistir mas acho qui esse filme era uma vez vem em primeiro
o o melhor filme
do
brasil
caralho
porrra
http://07/01/2012 Antonyfelipe

Cara esse filme e massa eu chorei um pouco mas esse filme e nota 10000000
jessica silva costa

EU AMEI O FILME NO COMEÇO EU PENSEI QUE IA ACABAR TUDO BEM MAS NO FINAL QUANDO EU VI QUE O DÉ TINHA MORRIDO EU ENTREI EM DESESPERO E COMESSEI A CHORAR E DEPOIS QUE EU VI QUE OS DOIS TINHÃO MORRIDO EU FIQUEI MALUCA EU COMECEI A FALAR QUE A MENINA ERA IDIOTA PQ ELA NAO TINHA SAÍdO SOZINHA E EXPLICADO QUE ELE NÃO ERA O ASSASSINO…
MAS EU AMEI O FILME APESAR DELE TER CIDO UM ROMANÇE TRISTE EU QUERIA DIZER QUE EU AMO VCS OS ATORES DO FILME E MANDAR UM BEIJAO E ESPERO QUE VCS FASSAO MAS FILMES ROMANTICOS MAS QUE DESSA VEZ TERMINE COM O FINAL FELIZ E ATENÇAO COM OS MESMOS ATORES. GENTE QUANDO NO FINAL DO FILME VC DISSE QUE MORA NA FAVELA DO CANTAGALO EU QUASE FUI AI SO PRA TE CONHECER,MAS QUANDO EU FOR NA PRAIA IPANEMA EU VOU PASSAR NESSA FAVELA SO PRA TE VER ME AGUARDE
UM BEIJAO PRA VCS E ATE O PROXIMO FILME
♥♥♥♥
Kátia Freire

Narrar sobre gerações SOCIALMENTE excluídas, e um dos caminhos que melhor se pode compreender d CRISE INSTITUCIONAL provocada delas Desigualdades Sociais.
Nesta História de Amor, retratada a partir de dois personagens que SOCIALMENTE seriam o OPOSTOS, no entanto une-os nesta narrativa.
Posso dizer que a história desse amor que desafia desigualdades sociais possui qualidades suficientes para ajudar na consolidação de um projeto de cinema popular brasileiro, mostrando na tela todas as delícias, agruras e contradições de nossa sociedade ao mesmo tempo que atrai a atenção do espectador com uma história bem narrada.
Parabéns ao diretor, Breno da Silveira e aos principais atores, Thiago Martins (Dé ) e Vitoria Frates (Nina). Deram um SHOW de interpretação.
http://[email protected] Tereza Cristina Ciqueira Boarque Le Velmonte

fwuei supeer curosa para assistir este filme , aee fui alugar ele , e assisti com as minhas filhaas todas noós adooramos !
é muuuito romaântico ADOREI ta de parabéns
http://www.eraumavezebooks.com Erau uma vez

Gostei da anlise. Interessante conclusão.
Diogo

Cara! que filme BOM !!! eu chorei, simplesmente maravilhoso!
Jaynne

muito bom,
cara me deixou alucinada, adorei o triste fim deles =/
http://www.perderpesoemagrecer.com Perder Peso Emagrecer

Porque pensar enlouquece? era uma vez é muito bom!
http://jifnao Rafael

Mano essa mina e Chou depois qui assiti o filme so penso nela jae moro na tijuca
thalita

gostei muito quero veer de novo
http://alexandre alexandre

oi sou alexandre gostri muito do filme quando vi na escola fui direto a um locado alugal para ver de novo vi a semana toda e pidi para meu pai comprar e ele compro e vejo todos fim de semanas e nao é pirata é original pois pira é crime..
Renata

Eu assisti o filme e adorei.No final do filme toca uma música do grupo Revelação que eu gostaria de saber o nome.Desde já agradeço a atenção.

R: Renata, por acaso seria “Talvez” o nome da música?
Pedro Henrique

Assisti o filme a alguns dias. Mostra realmente como no Brasil existe um preconceito muito maior com pobres do que com negros e afins. É um filme muito bom. Cativa do começo até o final, onde o espectador se sente familiarizado com os personagens. Vale a pena assistir!
Diego

invisibilidade do espaço geografico mostrado no filme
João Pedro

Como é que eu faço para encontrar a trilha sonora?
http://massa Ramon

Eu achie esse filme muito legal,foi o melhor filme que eu ja asisti na minha vida…..O melhor ator desse filme que eu achei foi o dé….
Marcela

Assisti ao filme Era Uma Vez, e adoreeei! É ótimo, envolvente, vale a pena assistir. Pena que o final não é bem o esperado por todos…
renata lima

EU TE AMO MUITOOOO THIAGO, COMO FAÇO PRA TE CONHECER….ME DA ESSA OPORTUNIDADE POR FAVOR…EU PROMETO QUE É SÓ PRA CONVERSAR
allyson

Eawe alguem ja sabe quando sai o Dvd?
willian de jesus

estive no cinema assistindo esse maravilhoso filme,e quero parabeniza voces da equipe,e quero dizer que e um espetaculo de filme.esse filme mostra para nos a realidade de hoje.
também queria aproveitar como que faço para adquirir esse belissimo dvd?
Suellen

Alguém sabe me dizer quando sairá em DVD o filme - Era Uma Vez ???

R: Pelo andar da carruagem, deve sair em fevereiro.
Marcelo P.Cabreira

Gostaria de olhar esse filme ! Como faço ?

R: Olá Marcelo, o lançamento do DVD de “Era Uma Vez” está previsto para o final de janeiro de 2009.
http://robsongarciafreire.blogspot.com Robson Garcia Freire

Olá

Adorei o seu site e o seu comentário sobre o filme, que me deixou muito curioso com relação ao filme.

Realmente fase é muito boa do cinema nacional, mas acho que mais produções do norte?nordeste e do sul do brasil deveriam ter mais mercado nos cinemas ou haver projetos de distribuição desse material também muito rico.

Levar cinema aonde não há cinema, teatro onde não há teatro são ações como essas que fazem a diferença entre nações bem resolvidas coma sua identidade cultural.

Vou reproduzir o seu texto(lógico citando a fonte)para os leitores do meu blog, que assim como eu gostam muito de cinema e educação.

Abraços e continue o maravilhoso trabalho desenvolvido aqui.

Robson Freire

R: Olá Robson, obrigado pelo generoso comentário. E sinta-se à vontade para reproduzir meu texto em seu blog. Um abraço!
Aline

esse foi o melhor filme que ja asistir,ele,em todo o momento nos deixa fixo a cadeira do cinema e a história.
No final do filme chorei muito, e ao sair da cabine do cinema vi muitas pessoas com os olhos cheiam de lágrimas…(então isso ja pode dizer que o filme muito bom mesmo)
a quem não asistiu …perdeu um ótimo filme .. bjOo
Helena

Assiste ao filme era uma vez ontem, e tenho que admitir que nunca chorei tanto durante e após um filme. A minha reação a esse filme é realmente indiscritível. Todos trabalharam muito bem, e acho que conseguiram provocar diversas reações nas pessoas que vivem nessa nossa “cidade partida”. Hoje entrei na internet, e como ainda estou pensando muito no filme, resolvi pesquisar mais sobre ele, e acabei encontrando esse site. Acho que muito bom que o cinema brasileiro esteja avançando tanto, e acho que o nosso cinema ainda vai “revolucionar” o mundo. :)
Outro filme brasileiro muito bom que assisti semana passada é os desafinados.
Enfim, é isso..
beijos
Luciana Silva

Amei o filme porque sou fã de histórias de amor e até o meu marido que não é gostou também porque o filme tem conteúdo e nos leva a algumas reflexões.
CAMILA SIQUEIRA

PO assisti o filme no Domingo e não tenhp palavras para descrever o quanto maravilhoso é o filme, ele mostra a realidade de forma clara e compreendida por todos, no decorrer do filme Nina lê um livro que em seguida Dé começa a ler alguém poderia me dizer o nome???/ Desde já agradeço e parabenizopelo maravilhoso filme. E em especial ao cinema brasileiro que a cada ano nos proporciona filmes de qualidade.
Odilon Branco

O filme possui um excelente roteiro… É simplesmente um marco do cinema nacional, a vontade que se tem é de querer assistir outras vezes. É tão real que dá a impressão do telespectador estar vivenciando as situações expostas… Parabéns para o excelente trabalho do Thiago Martins e da Vitoria Frate…Bravo!!! Sem mais palavras para descrever o que assisti.
Valeu!!! Assistam e vivam a estreita barreira entre o fictício e o real.
roger

ai o filme e show sem sombra de duvidas
quem for assistir com serteza não vai se arrepender
http://menteeletronica.zip.net Lucca Cardoso

Sinceramente não esperava muito do longa “Era Uma Vez”, mas só ao sair do Cinema pude conter minha emoção.
A violência e a pobreza, recursos muito utilizados pelo cinema Nacional, ganharam uma cara nova e tudo parece muito centrado, correto e verdadeiro. Belíssimas atuações trilha sonora impecável e uma fotografia extraordinária.
Minha Sexta-feira 25 de Julho foi salva pelo contagiante Era Uma vez.
Bismarck Ribeiro

Tive sorte de assistir a pré estréia ontem, adorei o filme, o atores, até o Paulo Cesar Grande, a mãe do Dé , então nem se fala… Parabéns Breno ! É um filme comercial sem dúvidas, porém, uma história muito bem contada, as vezes tinha vontade de ir embora da sala, porque imaginava um final trágico e aquilo me agoniava, mais Breno te hipnotiza na cadeira com a história e vc não em coragem de ir . Amei o filme…
juliete

nesse estante eu vi um treiler no video show,e adorei vai ser show de bola esse filme…
Eduardo Sobreira

Olá amigo, quero parabenizar seu blog em primeiro lugar…Aos críticos de plantão aviso, vcs podem esperar vão morder a lingua…pois existe “plogs” dentro do filme que relata outras histórias…esse longa foi rodado no morro onde meus pais nasceram e eu tb…pois vivi na péle o que Dé vive no filme quando namorei uma menina da Barra e eu nem podia subir em seu apto no Barramares…mais novo fui preso injustamente, porem tive uma educação maravilhosa e suportei tudo..fui vender guaravita na rua para pagar meu curso de câmera no SENAC, quando encontri alguem da produção e perguntei se poderia fazer um estágio na produtora, lá estava eu na equipe de câmera do filme Era uma vez…e hoje trabalho com Fabrício Tadeu, pois me chamou para trabalhar com ele..estou ancioso para ver o filme que vai abrir os olhos do povo brasileiro…um forte abraço…

R: Eduardo, obrigado pelas ótimas histórias ligadas ao filme. E creio que você gostará muito da nova produção de Breno Silveira. Um abraço!
João

Desculpe, não queria faltar com o respeito a ninguém. Só estou dizendo que eu realmente não tenho paciência pra assistir a filmes com histórias como essa, mas isso é uma coisa minha, assim como gostar das “pancadarias hollywoodianas”. Não sei se você gosta ou não de filmes de ação, mas queria saber o que você pensa sobre essa falta de bons filmes nacionais do gênero.

R: Caro João, eu sou um cara que não alimenta qualquer preconceito, e que aprecia desde as comédias românticas ao melhor estilo megryaniesco até os blockubuster schwarzneggerianos. E que, portanto, não vê o menor sentido em criticar um gênero de filme só porque prefiro outros. Há público e lugar pra todo tipo de filme neste mundo: drama iraniano, comédia trash, suspense erótico, adaptação de videogame, documentário em P&B. Sobre o seu comentário acerca da falta de bons filmes brasileiros de ação, creio que “Tropa de Elite” mostrou que o cinema nacional é capaz de produzir, com base em bons roteiros e técnicos talentosos, seqüências de ação que não fazem feio ao que Hollywood produz habitualmente. Ainda assim, necessitou de um orçamento consideravelmente acima da média dos outros filmes brasileiros. Mais do que produções de ação, sinto falta mesmo é de mais produções baseadas em bons roteiros.
João

Que me perdoe quem gosta, mas não agüento mais essas historinhas melosas de amor entre a dama e o vagabundo. Quero mais produções nacionais como “Tropa de Elite”, mais ação. Por que não temos grandes filmes de ação nacionais? Que tal o Rambo brasileiro contra os madeireiros criminosos na Amazônia? Podíamos também ter o 007 brasileiro contra o Congresso Nacional, ou uma versão daquele filme “Um Dia de Fúria” passada nas filas dos hospitais e transportes públicos cariocas. Não seria demais?

R: Oras João, há produções para todos os gostos. O que eu acho de lascar é ver gente que não assistiu a um filme e já o critica, desrespeitando inclusive aqueles que gostam de ver produções que não sejam meras imitações das pancadarias hollywoodianas que costumam ser desovadas nas sessões de “Domingo Maior” da vida.
http://ladyrasta.wordpress.com/ Flavia

só pra assinar embaixo também do “batido é ponto de vista acomodado”. Pessoalmente, acho que alguns temas são recorrentes (e não batidos) porque o ser humano na essência não mudou tanto assim, e gostamos de ver histórias sobre esses temas (como amor entre duas pessoas de classes sócio-econômicas diferentes, como é o caso).
O importante é que a história seja bem contada, o resto é chateação de crítico que não tem o que fazer…

R: Exato, Flavia. Os dilemas existenciais e os grandes temas como amor e morte são eternos e permanecerão relevantes até o fim dos tempos. E eu prefiro mil vezes assistir a uma história bem contada, mesmo que ela seja “apenas” uma história de amor a uma obra pretensiosa que almeja os píncaros da originalidade, mas que conta de trás para frente a trama de um cabrito albino que cacareja em sânscrito, tem como amante uma filósofa muda que engatinha usando pantufas do Garfield, e pretende bater o recorde mundial de segurar uma vela acesa, em uma trama originalíssima filmada em super slow motion com 7 horas e 43 minutos de duração.
http://http:www.aroundvenus.blogspot.com Emiliano

Sou um daqueles que, quando estreou nos cines, torceu o nariz para “2 Filhos de Francisco” sem ao menos o ter assistido. Tempos depois, vi na Globo e mordi a língua. Já que estamos em momento confissão, lá vai: e me emocionei!
A propósito: nada a ver, mas podiam filmar o “Verdade Tropical”, do Caetano, hein?! Tem histórias sensacionais. Sem contar que a trajetória de Caê é de emocionar tb. Abraço!

R: Emiliano, eu te confesso que não tive coragem de encarar o tijolaço de sei lá quantas vantagens do livro do Caê. Mas é bem possível que renda um bom filme. Ou não. :P
http://www.falandodeinformatica.net Dakota

Eu realmente vou gostar de assistir este filme… sempre gostei do cinema brasileiro. e meu gosto sempre foi meio alternativo…

Embora prefira mais os cyberpunk, filmes brasileiros como o homeme que copiava, tropa de elite, central do brasil e o homem do ano me marcaram muito, principalmente mudando o meu conceito que filme bom é filme gringo

R: Dakota, boa seleção de filmes nacionais! E o mais bacana é que há vários outros filmes brasileiros que poderiam ser acrescentados à sua lista: “Saneamento Básico”, “Cão Sem Dono”, “Os Doze Trabalhos”, “Santiago”, etc etc…
http://www.jefferson.blog.br JLM

Vou arriscar ver o filme. Falando em novas produções, vc já tem alguma opinião sobre a nova série da Fox, 9mm: São Paulo, filmada no Brasil?

R: Ainda não assisti essa série, JLM. Mas o Blog na TV, o Sériemaníacos e o Poltrona.TV escreveram resenhas positivas sobre ela, vou ver se consigo pegar a reprise do primeiro episódio.
http://cavacada.blogspot.com Cavacada

Que notícia interessante!…
http://clindenblog.blogspot.com Carol

fiquei com vontade de ver depois do que vc escreveu! =)

R: Bacana, Carol. Quero ler depois a sua opinião após ter assistido ao filme!
aninha

Comentando um comentário: Brasileiro tem esta mania boba de avaliar o filme só pelo tema. Não pode ser só isso, né? “Tema batido” - Já ouvi esta expressão tantas e tantas vezes. Acho meio irritante. E quando o cinema nacional faz filme sobre ditadura? Aí ninguém tem coragem de falar que é batido, né? Porque é feio achar discussão histórica um troço batido.
Em contrapartida, parece que ficou “cool” dizer que outros temas são batidos (amor e diferenças está entre eles). Batido… Batido é ponto de vista acomodado. Bjos

R: Aninha, creio que esse papo furado de “tema batido” não é algo exclusivo dos brasileiros, essa mania besta é universal. De qualquer modo, você disse tudo, e eu assino embaixo, em cima e dos lados de suas palavras: “batido é ponto de vista acomodado”. :P
http://saravahsara.blogspot.com/ Sara Marinho

Aqui em São Luís inicia este mês o festival guarnicê de cinema. E resgatando o assunto do teu post, só afirmo que o cinema brasileiro cada vez me agrada mais. ATé!

R: Sara, seu comentário me fez lembrar que o Maranhão é um estado que eu gostaria de ver mais vezes retratado nas telas. Eu, como espectador, gostei muito de assistir na tela as ruas do centro de São Paulo em “Otávio e as Letras”, reconhecer as ruas de Ipanema em “Era Uma Vez”, rever os bares de Belo Horizonte em “Cinco Fragmentos de uma Quase História”, ver a cidade de Recife em “Amarelo Manga”. Um abraço!
http://cantodovladimir.zip.net Vladimir

Oi, Ina,
Vi o trailer e me pareceu bem promissor, anotado! A estória é original? Se sim, só isso já me soa louvável, pois infelizmente na maior parte das vezes, somente roteiros adaptados tem chances no Cinema do Brasil, né?
Abração, Vladimir

R: Fala, Vladimir! O roteiro original de “Era Uma Vez” foi escrito por Breno Silveira e Paulo Lins (autor de “Cidade de Deus”), e contou também com a colaboração de Patrícia Andrade. []‘s!
http://attu.tyepapd.com/universo_anarquico/ tiina oiticica harris

Puxa vida. Fiquei com tanta vontade de ver este filme. Apesar de você contar muito do filme, nada como a experiência de ver o filme por si mesmo. E mais, Ipanema, favela, tudo pra dar certo.
Vou esperar atentamente pra ver se rola por aqui.
Obrigada, Alexandre Inagaki.

R: Tina, eu me limitei a descrever apenas o plot inicial: uma história de amor entre dois jovens de classes sociais distintas. O resto da trama, só conferindo o filme nos cinemas. :D
http://www.saltitandouniversos.blogspot.com Vitória Frate

Alexandre,

Você não faz idéia de como é gratificante ler sua visão sobre o filme. Muita gente tem torcido o nariz só por ler o argumento, dizem que é batido…
Engraçado, falamos logo sobre a incapacidade de olharmos uns aos outros, sobre essa nossa visão tão viciada e distorcida da realidade que nos cerca. E irônicamente somos vistos pelo mesmo olhar, do preconceito…
Mas, isso perde a importância quando percebemos que tocamos alguém.
Esse filme me modificou profundamente.
A emoção tem um poder muito grande no nosso tempo de cega razão. (ainda bem)
Tomara que outras pessoas se sintam tocadas também.
Na verdade é por isso que vale tanto trabalho!

Obrigada.

E vê se você vai ao cinema assistir a cópia pronta!

R: Olá Vitória, que bom encontrar seu comentário aqui! Aproveito a ocasião para lhe parabenizar por sua bela atuação no filme. :D Sobre as críticas de que o argumento de “Era Uma Vez” careça de originalidade, elas me parecem ser totalmente injustificadas. Oras bolas, importante mesmo é o modo como uma história é contada; vide “Ulisses”, o romance de James Joyce que narra um dia na vida de um irlandês. É considerado pela crítica o melhor romance de todos os tempos, e no entanto é uma recriação de “A Odisséia”, poema épico de Homero. Uma mesma história pode ser contada de muitos modos, e “Rashomon”, uma das obras-primas de Akira Kurosawa, é um belo exemplo. Espero, Vitória, que essas pessoas que lhe disseram que o argumento é batido, pensem duas vezes, deixem seus pré-conceitos de lado e atestem, com seus olhos e coração, que “Era Uma Vez” é um filme que faz seus espectadores vibrarem, identificarem-se, emocionarem-se, deixarem-se levar pela história. Em tempo: vê se você volta a escrever no blog! ;)
http://marcuspessoa.net Marcus

Ótima notícia.

Venci meu preconceito, fui ver 2 Filhos de Francisco e gostei — exceto a inclusão de algumas músicas chatas na segunda metade, mas isso era quase inevitável.

O cinema brasileiro precisa de bons contadores de histórias, que consigam se comunicar com o público sem macaquear os truques das novelas globais.

R: Marcus, eis um bom ponto que você levantou: ao contrário de algumas produções apadrinhadas pela Globo Filmes, que parecem muito mais telefilmes (com direito ao mesmo tipo de enquadramento utilizado em novelas e humorísticas), “Era Uma Vez” é daqueles filmes que assistimos percebendo nitidamente que há um olhar de cineasta por detrás de cada take, cada corte, cada enquadramento de câmera. Torço muito pelo sucesso de público deste filme de Breno Silveira, que não pretende com este longa revolucionar a sétima arte ou amealhar prêmios, e sim comunicar-se com espectadores que apreciam histórias bem contadas e que reflitam o zeitgeist do nosso país.
http://simplesmentedevaneios.blogspot.com/ Léia Carvalho

Se via comentários que li e ouvi por ai já queri assistir Era uma vez, pós “pensar enloquece” sinto vontade de sair correndo a 1am para ver o filme

R: Léia, segura as pontas aí até a estréia do filme, no dia 25 de julho! B)
Diego Goes

Fiquei curioso para assistir… O cinema nacional já reservou, na minha opinião, alguns dos melhores filmes dos últimos tempos: O Céu de Suely, Madame Satã, Cidade de Deus. E este Breno Silveira promete ser dos bons.
Abraços!

R: Diego, nessa boa fase que o cinema brasileiro está vivendo, eu destacaria em especial mais um longa: “Jogo de Cena”, o estupendo filme de Eduardo Coutinho que, como seu próprio título insinua, brinca com a estrutura clássica dos documentários, ao reunir depoimentos de mulheres anônimas e atrizes conhecidas como Fernanda Torres e Marília Pêra, até chegar uma hora na qual não sabemos quem está relatando as histórias de sua própria vida e quem está simplesmente atuando. Aquelabraço!

Era Uma Vez, o filme de Breno Silveira

Alexandre Inagaki

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