Pensamentos aleatórios de uma tarde chuvosa de Páscoa

Por Alexandre Inagakidomingo, 08 de abril de 2007

O coelhinho de Páscoa em uma pose a la Klimt.

Quando eu era criança, nutria sonhos megalomaníacos: queria ser estrela de cinema, cientista maluco, astro do rock, líder revolucionário, presidente do Brasil ou tudo ao mesmo tempo, naquela típica onipotência que garotos mimadamente avoados costumam ter. A concretização desses “projetos” seria uma mera questão de tempo, e assim acalentava utopias debaixo do travesseiro enquanto esperava o sono chegar, fingindo, para meus pais, que já estava dormindo.

Crescer é um processo no qual pouco a pouco vamos nos desvencilhando dessas ilusões. Tornamo-nos “maduros”, “responsáveis”, e assim vamos nos desvencilhando de sonhos ao longo do caminho. O grande perigo é o de acabarmos nos concentrando em apenas um: como arranjar dinheiro para pagar as contas e manter o nome limpo no SPC e Serasa.

Hoje sou um homem mais cínico e cético do que gostaria, mas acredito que dentro da dosagem necessária para sobreviver a um mundo que não possui manuais de instrução ou botes salva-vidas. Sei um pouco a respeito das engrenagens sujas que movem o teatro das coisas, o bastante para acreditar que um pouco de ignorância é pressuposto fundamental para ser feliz no mundo em que vivemos. Mas, acima de tudo, tenho esperanças.

Sim, tenho esperanças. Não que eu seja um daqueles caras que acreditam que basta juntarmos nossas mãos e cantar “Imagine” para mudar o mundo: meu lado cínico não resiste a fazer piadas sobre hippies emaconhados ou pseudo-esquerdistas que guardam suas camisetas com a foto do Che Guevara penduradas ao lado de seus jeans Diesel e tênis Nike.

Minhas esperanças não estão atreladas a nenhum credo ou religião. Não tenho ídolos nem líderes a seguir, que pudessem me guiar em meio à alienação, ao tédio e ao torpor de um mundo devastado por guerras estúpidas, preconceitos acéfalos, desigualdade social e falta de amor. Não leio livros de auto-ajuda, não sigo paradas de sucesso, não faço doações à LBV, não sei qual é o sentido de nossa passagem por aqui e, por favor, não desejo receber nenhum attachment de Power Point com mensagens edificantes sobre a humanidade.

Em ocasiões como esta, nas quais meus neurônios, influenciados por dias melancolicamente nublados (e, provavelmente, pela overdose de chocolates que comi neste domingo pascoalino), começam a viajar na maionese, sou obrigado a recorrer a uma Bíblia particular para mim: “O Poder do Mito“, livro que transcreve as fantásticas conversas entre o jornalista Bill Moyers e seu entrevistado, o professor e escritor Joseph Campbell (1904-1987).

Ao falar sobre a teoria de Abelardo, segundo a qual a morte de Jesus na cruz teria sido um ato de expiação para a humanidade, afirma Campbell: “A idéia de Abelardo era que Cristo veio ser crucificado para evocar no coração do homem o sentimento de compaixão pelos sofrimentos da vida, e assim afastar a mente humana de seu cego interesse nas coisas deste mundo“. Mais adiante, complementa: “Desde que haja tempo, há sofrimento. Você não pode ter um futuro a não ser que tenha um passado, e ainda que esteja apaixonado pelo presente ele se tornará passado, seja como for. Perda, morte, nascimento, perda, morte – e assim por diante. Ao contemplar a cruz, você está contemplando um símbolo do mistério da vida“.

Em um de seus poemas, escreveu minha amiga Christiana Nóvoa: “A cada santo dia/ Eu renasço da dor/ Da paixão e da morte“. Viver é começar de novo, e de novo, e de novo. Que assim seja. Sempre.

* * * * *

P.S. 1: A bela ilustração deste post, que cita “O Beijo” de Gustav Klimt, é de Cecília Esteves.

P.S. 2: Depois de “300″, o próximo projeto do diretor Zack Snyder é a adaptação de “Watchmen“, graphic novel da dupla Alan Moore e Dave Gibbons. Isso explica o porquê da inserção, no trailer R-Rated de “300″, do sensacional easter egg incluso em um frame no momento 1:51 do vídeo: a imagem de Rorschach, um dos personagens principais de “Watchmen”!

Easter egg no trailer de 300 - um frame com a imagem de Rorschach, de Watchmen!

Por falar em easter eggs, você já clicou no link oculto na animação dos dois elefantes deste blog?

P.S. 3: Este post, uma versão remixada e remasterizada de algumas reflexões que já havia feito em outras ocasiões, foi redigido ao som do magistral trabalho novo do Wilco, “Sky Blue Sky”. Fortíssimo candidato a melhor capa e melhor álbum de 2007.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • http://cabocloletrado.blogspot.com/ Caboclo

    Cara, só pra te dizer que muito bom como sempre. Melhor ainda com os pés no chão. Abraços

  • http://www.laismussarra.zip.net Laís Mussarra

    Eu cultivava sonhos que, com o tempo, vi que eram recorrentes na mente infantil, e que ser normal demais era chato e repetitivo. Tentei inventar, porque enquanto sonho, podemos inventar qualquer carreira, faculdade, ocupação. Queria ser bióloga, pesquisadora, mexer com bichos, mas acabei tomando gosto pelas palavras, pelos livros e deixei de lado os filos e subfilos. Quanto à carreira, bem, também não fui para Letras. Talvez por falta de opção, dinheiro, a primeira pública que entrei “é minha vaga, minha”. Mas tem horas que paramos, pensamos, retomamos!Reflexões que nos renovam a alma! Como um “refresh” no browser.
    Seu 4º parágrafo é um perfeito retrato dos jovens da classe média paulistana! E acredito que anexos power-point deveriam ser extintos.Je destest ça!
    Gostei de teus textos! Muito mesmo.
    (te achei tentando buscar no google o blog da mulher- rs já até esqueci o nome- que caiu do 8º andar, ouvi dizer que ela escreve boas poesias, mas o tropeço pelo seu blog deu certo e prefiro parar por aqui.)Beijos! Lá

    Laís, creio que você procurava pelo blog da Dóris Giesse. Mas fico feliz por você ter vindo parar aqui. :)

  • http://www.talhoseretalhos.blogspot.com Keila Vieira

    Engraçado essa coisa do que a gente queria ser quando crescer…meu irmão queria ter vinte filhos e montar uma companhia de circo com eles - e ainda acho que ele pensa sobre isso, pois faz aulas circenses - e uma prima que queria ser vendedora de picolé para poder chupá-los a hora que bem quisesse. Fantástico o mundo infantil..abraços.

  • http://www.lauravive.blogspot.com laura

    Ina, belo post para o dia de Páscoa.
    O que é viver com atitude, Ina? será que eu sei?…
    bjs laura

  • http://www.urbanopolis.blogger.com.br MizLilian

    Meu querido japaraguaio (veja bem a “intimidade”, só pq te leio há um tempão): mandei um email pra vc, e sabedora que sou da sua dificuldade em lidar com emails, rs, decidi postar um recadinho aqui pq gostaria que vc o lesse, ok?
    Dsculpa a presunção e a invasão, mas quem sabe vc vá gostar do assunto.
    Quanto ao post, continue comendo muitos chocolates. Os seus delírios decorrentes desse consumo rendem bons posts! ;-)
    Abraços!

    Adorei o e-mail! E fico feliz por ter feito a senhorita conhecer o Eskobar. :D O procrastinador aqui promete responder depois à sua mensagem, ok? ;)

  • http://www.contosdebrown.wordpress.com Assessor de Imprensa

    As vezes os sonhos que tinhamos quando crianças se perderam em meio a tanta realidade. Um cosmonauta, um pierrot, um ator de teatros de arena. Todos estes eram meus sonhos quando pequeno. Hoje? Os tenho apenas em bom lugar dentro da minha memória. Mas o mundo ainda nos guarda uma surpresa agradável… Ainda tenho certeza…
    Este mundo não pode ser tão real…
    Abraço..

    p.s.: Nâo consegui entrar nos seus arquivos. Queria ver um post de 19/12/03 que se chama Drops! Lembra dele? Queria reler… mas o seus arquivos redirecionam automaticamente para a página inicial…

    Caro Assessor, o texto do post citado por você foi republicado no Cracatoa Simplesmente Sumiu. []‘s!

  • http://www.blogdonoel.com Romullo Pontes

    Inagaki, são com textos como esse e o de 1º de Abril que você me convenceu que realmente sabe escrever e por isso venho aqui ler todos eles na esperança de aprender um bocado.
    Cara, o convite para o meme “Objetivos x Realizações Após Um Ano de Blogagem” está feito. O link é http://noelnetblog.blogspot.com/2007/04/meme-objetivos-x-realizaes-aps-um-ano.html .
    Faça seu texto quando quiser. Relax.
    Abraço!

  • http://noticiasdomundo.zip.net Bia Cardoso

    É provável que um dos grandes desafios atuais seja mesmo tentar ser menos pessimistas, continuar acreditando que é possível as coisas mudarem.
    Essa idéia de “começar de novo” também é uma maneira de acompanhar o mundo atual, onde várias coisas ligadas a estabilidade perderam sua relevância. O bom é como você diz, é sempre possível recomeçar de novo, não é preciso ficar preso a uma vida infeliz. Esse post tem um clima de samba, daqueles que misturam tão bem esse sentimento de tristeza e de alegria de viver.

    Ótima comparação, Bia. Cartola na vitrola é rima e também é solução. :)

  • http://locutorius.blogspot,com simone iwasso

    inagaki, esse texto, além de me deixar um pouquinho mais esperançosa nesse fim de noite de quarta-feira, me lembrou o que eu ouvi um dia de um entrevistado. era um médico, se não me engano, e depois que eu fiz a entrevista, ele virou pra mim e falou: “toma cuidado nessa sua profissão, porque vcs são muito jovens, mas vêem demais e param de sonhar muito cedo”

    Sábias palavras desse médico, Simone. Jornalistas têm a tendência de se tornarem mais céticos e cínicos ainda, porque vão atrás de fatos que nem sempre gostaríamos de tomar conhecimento, e principalmente porque sabem que nem metade das notícias realmente relevantes chegam às páginas dos jornais e revistas…

  • http://www.aarvoredosdesejos.blogspot.com/ Liliana

    São os sonhos de uma geração. E não estão abandonados por todos, como podes ver. Mas eu acredito em Freya Stark, uma mulher que ignorava os limites: “Não pode haver felicidade se as coisas em que cremos são diferentes das coisas que fazemos.” Eu já tenho 30, mas ainda creio e portanto, continuo fazendo. Bjs

  • http://www.circulando.com Cláudio Rúbio

    Eu, criança, sonhava ser normalzinho, nada especial, mas capaz de voar. De vez em quando eu sonhava que ia pegar o ônibus pelado, também, mas isso é outra história…

  • http://www.interney.net/blogs/filmesdochico Chico

    Acho que “Watchmen” tem tudo para dar muito certo nos cinemas.

    Também creio que sim, Chico. Embora adaptações de Alan Moore, com a exceção de “V de Vingança”, tenham se tornado verdadeiras bombas, vide “From Hell” e, principalmente, “A Liga Extraordinária”. Mas estou esperançoso com relação a “Watchmen”.

  • http://www.oficinadeestilo.com.br/blog Fernanda

    saudades desse blog amarelo. =)

  • Cíntia

    Li o poema na íntegra, soco no estômago que me lembrou de outras duas frases da Clarice Lispector:
    “É preciso que ue tenha a modéstia de viver”

    e essa outra, que está pendurada na minha geladeira junto com seu mantra:
    “cada dia é um dia roubado da morte”

    Adorei seu poema.

    Estou na companhia da Clarice? Uau, agora senti a responsabilidade. :)

  • http://www.oswaldoogink.nl/blog.nsf Maria Bethania

    Só queria escrever um simples “adorei” - tanto o texto quanto o elefante azul.
    Tchau!

  • Cíntia

    Alexandre,

    Fiquei uns dias sem vir aqui e de repente já tinha tanta coisa que eu queria comentar que é provável que esse meu post seja meio confuso…

    Acho que pra começar, vou sugerir espaço para comentar essa sua coluna da direita, porque definitivamente o post do dia 27 de março da Bel Seslaf cai como uma luva (e provavelmente por isso só vou saber o que devia ter escrito aqui depois de publicado o post…paciência). Além do mais, o trecho da Rita Apoena que está nessa coluna igualmente merecia espaço de comentários, será que nao?

    Com relaçao à perda de ilusoes e ao post da insônia, como sou dorminhoca e sonhadora, nao me sentia apta para comentar, até que ontem recebi uma chamada de uma pesquisa de opiniao sobre política e vi como estou ficando cínica pouco a pouco. Por isso, se houver o encontro para cantar imagine de maos dadas, também me somo à iniciativa-mico, nem que seja para resgatar um pouco de idealismo (porque como diria Galeano, a utopia serve para fazer a gente caminhar).

    Quanto à poesia que você pôs num comentário aqui e que é de sua autoria, queria dizer que a última frase é simplesmente preciosa (“… instantes que valeram por uma vida inteira, rastro de estrelas num céu poluído e aparentemente vazio”).

    E já finalizando, e voltando ao tema da insônia, sugiro além do bom livro um bom chá de frutas do bosque(bom, na verdade ia sugerir chocolate quente com amaretto, mas devido à overdose citada achei melhor sugerir algo mais light…)e, se tudo falhar, um bom relaxante muscular deixa a pessoa meio nocauteada até o dia seguinte, só recomendo que seja só de vez em quando, senao vicia.

    E que a sua semana seja boa e cheia de possibilidades…

    Abraço

    Oi, Cíntia! Os post-its da coluna à direita não permitem comentários por impossibilidade técnica. Mas quaisquer observações sobre os “mini-posts” são bem-vindos aqui. :) A íntegra do poema que citei en passant nos comentários está disponível no site Paralelos. Ando com sono atrasado e ilusões perdidas, mas sou um cara que não esconde um certo viés otimista. Experimentarei o chá de frutas recomendado pela senhorita. E que a sua semana também seja sensacional, Cíntia. :) Um beijabraço!

  • http://www.cinefiladeplantao.blogger.com.br Carol

    Oi Nipônico Querido!
    Pois é, a Páscoa veio e se foi e eu não comi nem um mísero chocolatinho… (mimimi)
    Bom, pra compensar, fui ao cinema vi As Tartarugas Ninja - o Retorno (cawabanga!)e li “Pierre Menard - autor de Quixote” de Jorge Luis Borges, texto que, por sinal, achei a sua cara. Já leu?
    Saudades e beijos da
    Carol

    Ôpa. Li o “Ficções” de Borges. Mestre, definitivamente. Um beijo!

  • http://www.superfluo.com.br Jot

    Gostei bastante desse texto. É a primeira vez que comento aqui, eu acho.
    Bom, cresci mas não cresci.
    28 anos nas costas e com empresa, emprego e um casamento a serem mantidos, ainda mantenho muitos dos sonhos da infância - com seus devidos upgrades, claro.
    Vejo desenhos animados, compro revistinhas em quadrinho, assisto filmes bobos e não tenho pena de comprar um saco de 1Kg de bombom serenata ou um potão de sorvete ou um encher a mão de balas e chicletes no balcão da padaria (coisas que eu, quando criança, havia prometido pra mim mesmo: quando eu crescer e ganhar dinheiro eu vou comprar um monte de balas, doces e bombons e comer tudo sozinho).
    Lendo meus livros, quadrinhos, mangás ou vendo desenhos e outras coisas, ainda fico matutando na cabeça os mesmos “se eu pudesse fazer isso, como seria?”, ou simplesmente me imaginando “dentro da história”.
    Eu preciso disso todo dia, senão minha vida se torna somente gráficos, fluxogramas e sintaxes de programação. Um mundo seco, todo preto-e-branco.
    Pra que ser adulto se ser criança é tão bom?! :)

    Valeu pela participação, Jot! Mas olhe, não reclamo de ser adulto. As brincadeiras mudam, mas algumas são até mais prazeirosas. :D O problema são as contas e, é claro, a perda progressiva das ilusões. Porém, mantenho uma filosofia pessoal de saber assimilar os socos na alma, manter os pés no chão e os olhos voltados para as estrelas. Não posso reclamar, no final das contas. []‘s!

  • http://www.danielaraujo.net Daniel

    Acho que esse frame é do “The Mindscape of Alan Moore”, documentário inglês sobre o eremita barbudo que tem umas recriações de alguns trechos de HQs com atores. O Zack Snyder deve ter pego lá e escondido no vídeo do 300.

    Daniel, segundo a revista Set a imagem de Rorschach foi extraída de um teste de iluminação e cores que o Zack Snyder fez para mostrar aos executivos dos estúdios.

  • http://myinfiniteprivate.blogspot.com/ Maria Luiza Magalhães

    Simplesmente foda o seu blogger!

    e concordo plenamente com sua amiga q afirma q a vida deve ser vivida um dia de cada vez!

    posso adiciona.lo em meus favoritos?

    :)

    Thanks, Maria Luiza! Sinta-se à vontade, por favor. A casa penhorada agradece. ;D

  • http://coisasdemanauara.wordpress.com Menina Eva

    Come chocolates, Inagaki, ´cause you´re not only one.

  • Laise

    Quando eu era criança, também tinha sonhos megalomaníacos..e inspirada nesse clima “pascoalino”, de coelhinho, me recordo que fui uma criança que viveu numa linha tênue, explico-me:
    Um época, criamos 7 gatos em casa, todos achados nas ruas, eles ficavam todos dentro de um viveiro de mais ou menos 1x1m, MAS EU GOSTAVA tanto dos bixos que eu abraçava, abraçava, e apertava os bixinhos, quando não , eu os rodava pelo rabo..rs, quando algum deles morria, nós fazíamos o velório e os enterrava no quintal do vizinho, com direito a túmulo, lágrimas, convidados e tudo mais.rs..

    As crianças hoje não vivem e não sabem nada do que sabíamos na nossa época(diga-se de passagem, minha época, meus amigos, primos e irmão).

    PS: Atendendo a pedidos cliquei no link da animação dos 2 elefantes.rs..o que não faz o Marketing viral e a guerrilha!
    rs
    Bjaum!!!

    Ôpa! Além de clicar na animação a senhorita participou da sensacional promoção que oferece 10 Mp3 players?? Não basta clicar, tem que participar, he he! :) Um beijo, Laise!

  • http://www.lovelygabi.blogger.com.br Gabi

    Klimt e Wilco num post só… puts…
    Tive que comentar…
    Engraçado como eu pensava isso ontem indo pra casa…
    Sobre todo esse mistério da vida…
    Beijos menino!

    Sincronicidade. Jung explica. ;)

  • http://rosebud-nyc.blogspot.com Andréa N.

    Tô contigo nesse desconsolo, meu amigo. E adorei os coelhos Klimtianos- MUITO fofos.
    Beijos solidários.

  • http://eugeniainthemeadow.blogspot.com Silvia Chueire

    É incrível o que um dia nublado e uns chocolates podem fazer com a gente, não é? Uma reflexão sensata, amadurecida.
    Ainda hoje coincidentemente eu pensava (ainda que estivesse um calor danado) como nós, humanos passamos a vida a nos conformarmos com as coisas ( sempre há exceções, claro, de humanos e de coisas ). Conformação no melhor sentido, aprendemos a tolerar a frustração, a adiar, a procurar o equilíbrio entre o que é possível , o que pretendemos e o que nunca será. E vamos pela vida afora assim. Crescemos conhecendo aos poucos(espera-se)nossos limites e nossas possibilidades. Até que um dia o impensável acontece, e o que parecia algo que tirava da vida o sentido, a nossa morte, passa a ser uma idéia, um destino, natural . Nesse meio tempo vive-se. Usufrui-se o que é possível. E uns chocolates elevam-se à categoria de vida. Ou um mergulho, ou um chop gelado, ou o nascer do sol sobre o mar, ou um beijo, para não falar de coisas mais importantes.
    E que venham os dias!

    Um abraço.

    Silvia, há um poema meu em que escrevo:

    “Carrego dentro de mim sonhos e sentimentos que morrerão comigo,
    momentos que não existem em nenhum lugar mais
    além do meu coração:
    pôr-de-sol, brisa no rosto, conversa com amigos, sorriso de mulher.
    Instantes que valeram por uma vida inteira,
    rastro de estrelas num céu poluído e aparentemente vazio.”

    Um abraço!

  • http://www.amenidadesebobajadas.blogspot.com Daniel F. Silva

    Lendo o início desta mensagem, lembrei-me de uma coisa do qual me esquecia à medida que crescia: quando eu tinha cinco ou seis anos de idade, o que eu queria ser quando crescesse era ser… gigante. Sim, aqueles gigantes do tamanho do Godzilla, passando por cima de cidades etc. Obrigado por me fazer lembrar de um detalhe de minha infância! :-D

    Gigante? Minha megalomania não chegava a esse ponto literal, Daniel. :D

  • http://olivrodasmanhas.blogspot.com Vinicius B

    Que a coragem (leia-se cara de pau) abençoe a todos nós, que vivemos com o sorriso improvisado do dia a dia, mesmo com canela e cotovelos ralados quase-sempre.
    Amém.

  • http://vidamediocre.blogspot.com/ Fabio

    Inagaki, me ofereço para cantar Imagine de mãos dadas. Como uma criança onipôtente que fui parabéns pelas palavras, que a Páscoa sirva disso: reflexão sobre a vida. ;-)

    Ôpa! Já somos dois voluntários pra pagar mico! :D

  • http://www.interney.net/blogs/guloseima Lu Mastrorosa

    Ina, esse texto era tudo o que eu precisava ler nesta segunda-feira cinza. E o Campbell, eu tenho que dizer, era muito, mas MUITO, fodão. beijos!

    Adjetivo preciso para definir o Mestre Joseph Campbell: fodaço. Nas horas que preciso alimentar meus neurônios de forma balanceada e nutritiva, os livros de J.C. são leitura mais do que obrigatória. :*

  • http://www.azaroseuquerida.wordpress.com ju

    estou deprimida por ter estar pensando muitos em algumas das coisas que te moveram nesse poste, só que de uma forma mais pessimista que vc. Então vou pular essa parte e dizer que a capa do novo do wilco é de fato linda, mas eu ainda não sei se gostei do disco…por que hein? tá, vou ouvir de novo.
    beijo inagaki, pena vc não ter podido vir na minha festinha da paixão.

    Pois é Ju, ando trabalhando demais, tanto em meu emprego quanto em minhas atividades “extracurriculares”. Definitivamente preciso de uma mecenas que me possibilite pisar no freio de tanto trabalho! Sobre sua fase deprê, espero que ela passe em breve. A vida, Ju, é definitivamente boa e cheia de possibilidades, e eu não afirmo isso da boca pra fora. Quanto ao Wilco, me disseram, mais de uma vez, que é um álbum que necessita ser ouvido mais de uma vez para ser realmente apreciado. Mas, em meu caso, foi amor à primeira audição! Beijos, mocinha!

  • http://www.acontecedentro.blogspot.com Renata

    Inagaki, concordo contigo quanto à ignorância ser, de certa forma necessária. Mas é preciso mais, é preciso ter esperança - sem utopias, sem ilusões.
    Por que só notícia ruim dá ibope? A gente costuma focar muito no que está errado, mas tem coisas boas acontecendo por aí tb. Vc já ouviu falar do movimento décroissance? Um tempinho atras recebi um email com uma matéria da Valor sobre esse tema. Abstraindo os radicalismos, é bem interessante. Trata-se de um movimento de resgate, de renovação de certa forma.
    Beijos

    Renata, eu me identifiquei bastante com o movimento décroissance, principalmente pela crítica ao consumismo desenfreado e pela busca do bem-estar individual sem deixar de lado o todo. Mas não comungo com as alas mais radicais do movimento, que pregam o não-uso da televisão. Ainda sou incapaz de viver sem tevê. :P

  • http://www.literatus.blogspot.com Andréa Augusto

    Em qual maternidade vc nasceu, Alexandre? Desconfio que fomos separados ao nascer! Eu pensava as mesmas coisas, a única diferença é que continuo no mesmo quarto da infância/adolescência onde adesivos ainda povoam a janelinha colonial e no starfix do teto brilham planetas e estrelas que ainda me fazem sonhar.
    Que coisa, preciso pensar sobre isso ;)

    bjimm
    Andrea

    Nasci na Maternidade de Campinas, Andréa, há trinta e três anos. Meu quarto nunca teve adesivos ou starfix, mas sempre gostei de buscar estrelas brincando de esconde-esconde no céu poluído de Sampa City. :)

  • http://aesperanajanela.blig.ig.com.br AnaB

    Alexandre, tbm tenho muitas esperanças de dias melhores. Se não pra toda a humanidade, mesmo apesar do meu esforço, pra mim e boa parte das pessoas q convivem comigo, pq acredito q a felicidade de um pode gerar a satisfação de outro, e assim por diante se propagar.
    Sonhar é bom. Realizar é melhor ainda. Cabeça nas nuvens e pé no chão. Ter esperanças em coisas boas, realizadoras, e manter a clareza das idéias pra poder colocar tudo em prática. Viver, e não sobreviver apenas.
    Grande beijo. Boa ressaca pascoalina(esta deve ser deliciosa - eu não a tive por conta da minha fase ‘boca fechada’) e tudo de bom.

    A vida é boa e cheia de possibilidades, Ana. Tudo de bom para a senhorita também!

  • http://www.euemimesma.blogspot.com Mônica

    Ina;
    Melhor que um bom pingado de manhã, é ler seus inspirados e inspiradores posts para começar a semana com uma baita reflexão. Como eu admiro você, guri. Demais da conta mesmo. Suas palavras são um acalento nestes dias acelerados.
    Beijo!

    Puxa, obrigado pelas palavras gentis, Mônica! :roll:

  • http://morior.wordpress.com Orlando

    Off-topic: quando você fizer um Virunduns visual, inclua esta. Demorei trinta segundos para perceber que o coelhinho menor está segurando um ovo embrulhado de vermelho. Eu estava achando que era uma galinha pescoçuda, abençoando orgulhosa a beijoca.

  • http://lulu-diariodalulu.blogspot.com lulu

    uma vez, um educador bem querido, que admiro um monte, falou que os adultos mais felizes que ele conhecia eram aqueles que não haviam abandonado nem esquecido os sonhos de suas adolescências.
    acredito em poucas metafísicas, mas acho que esse cara tem razão.
    um abraço,
    Luana.

    Ótimo comentário, Luana. Me fez lembrar de um dos maiores poemas de todos os tempos, a “Tabacaria” de Fernando Pessoa. Em especial, a estrofe quase pascoalina em que ele relaciona metafísica a chocolates:

    “(Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)”

  • http://www.interney.net/blogs/hedonismos Donizetti

    Sky Blue Sky já é o melhor disco de 2007, e olha que estamos num bom ano de lançamentos. Como diz um amigo meu, pode mudar a folhinha para 2008!

    Doni, eu ainda não fecho questão quanto ao melhor álbum de 2007 porque gostei muito dos novos lançamentos do Air, Grant-Lee Phillips e Black Rebel Motorcycle Club. A única certeza que dou até o presente momento é de que Wilco estará no meu Top 5.

  • http://www,engenharia.nelsonbiagiojr.com Nelson Biagio Junior

    Obrigado, meu caro, por seu comentário lá no MacMagazine.
    Abraços,

  • Mariângela de POA

    Que post lindo neste finzinho de páscoa,agora que “saí do armário” pois há tempos te leio mas nunca comentava quero dizer o quanto me divirto e me torno mais reflexiva cada vez que passo por aqui, e não é exagero, beijinhos prá ti.

    *sair do armário significa só comentar teus posts,não vá pensar bobagem..(hehehe).

    Agora que a senhorita já saiu do armário, espero que permaneça do lado de fora e manifeste-se mais vezes. :) Um beijabraço!

  • http://www.novoaemfolha.com christiana

    Pois é, meu querido, renascer é preciso, que amanhã é segunda e a primeira já passou.
    Agradecida pela citação.
    Imagine um beijo como um bombom de cereja da Kopenhagen (aproveitando que imaginar é de graça, o que não se pode dizer do referido bombom).

    Bom reencontrá-la por aqui, Chris! Para a senhorita, deixo um beijo sabor alfajor da Havanna. ;)

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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