Artigos da categoria: Humor
Há 30 anos o SBT exibe no Brasil os episódios de Chaves e Chapolim Colorado. E há três décadas telespectadores de várias gerações assistem com prazer esses programas, mesmo já sabendo de cor as piadas e as situações que se repetem, tais quais gifs animados, abstraindo os cenários simples e o estilo naïf da produção, graças ao humor leve e ingênuo e ao carisma daqueles adultos que se vestiam como crianças ou super-heróis desajeitados, arrancando sorrisos descompromissados e embebidos por uma certa nostalgia de tempos menos complicados.
A maior parte das esquetes que fizeram a fama de Roberto Gómez Bolaños no Brasil foi originalmente produzida nos anos 70. Porém, como retratam experiências universais desatreladas a momentos históricos e pontuais, ganharam um certo ar atemporal que fez com que os episódios de El Chapulín Colorado e El Chavo del Ocho (os títulos originais de Chapolim Colorado e Chaves) possam ser apreciados até hoje por públicos de todas as idades, tornando-se sucesso e fenômeno cultural em toda a América Latina e mais de 100 países que exibiram os humorísticos. E é por isso que, guardadas as devidas proporções, não é difícil de entender porque muitos consideram Bolaños o Chaplin latino-americano. Continue Lendo
“A vida é boa e cheia de possibilidades”. O mantra do Inagaki aqui no Pensar Enlouquece sempre me chamou a atenção. A frase não tem nada a ver com pensar, muito menos com enlouquecer. Mas é bacana. Talvez exageradamente otimista, mas será que não é isso mesmo que um mantra deve ser? Não seriam essas frases, repetidas pra nós mesmos, uma forma de auto-hipnose destinada a nos fazer seguir em frente, confiantes em nosso sucesso? Não sei. Estou só especulando. Mas fiquei curioso. Por isso, resolvi pesquisar sobre o assunto.
O que é um mantra
A palavra mantra vem do sânscrito e designa um som que tem poderes psicológicos ou espirituais. Eles apareceram há 3 mil anos na Índia, criados por hindus. Mas muitas outras religiões curtiram o poder cósmico da bagaça e adotaram seus próprios mantras. Como aconteceu, por exemplo, no budismo.
O mantra “default” ou mais simples de todos é o ॐ, aquele símbolo que muita gatinha que faz yoga tatua nas costas. Esse é o “Om” ou “Aum”. Essa seria a representação do som ou vibração primordial da criação do universo. Ou seja, uma versão mais suave do Big Bang (com certeza, mais agradável e sonora do que ficar entoando “KA-BUUUUUUM!!”, por exemplo). Continue Lendo
Quando vi essa decoração natalina, numa rua de Torres, não pude resistir à compulsão de registrá-la numa foto. Afinal de contas, taí um Papai Noel que combina mais com o Halloween do que com o Natal. E que, convenhamos, é sustentável, mas é horrível.
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Taí um chocolate natalino que não é Kinder Ovo, mas também reserva uma surpresa. :P Continue Lendo
Quem disse que o Brasil nunca teve super-heróis certamente é porque não conhecia ainda este super grupo formado por Princesa Solar, Homem Espacial, Silver Boy, Super Palhaço e Mulher Cósmica. E o melhor: você pode comprar um disco dos Novos Heróis no Mercado Livre e colocar em teste sua super audição.
A julgar só pela singela capa deste disco, Jim Post devia ser como dessas pessoas que postam uma foto no Facebook, curtem sua própria publicação e depois dão um dislike só pra poderem se curtir mais uma vez. Continue Lendo
Guardei, ao longo dos anos, muitas revistas que comprei nos anos 80 e 90, cujas páginas estão naturalmente amareladas e empoeiradas. São exemplares da Bizz, Set, General, Revista da MTV (que fechou muito antes do recente desmanche do canal de TV), Circo, Piratas do Tietê, Chiclete com Banana, Animal e outras revistas que acabaram saindo de cena. Pois bem: vasculhando minha hemeroteca pessoal, eis que achei a edição número 1 do Almanaque Casseta Popular, publicada em 1986 (no auge da empolgação econômica trazida pelo Plano Cruzado), reeditada em 1988 e vendida por Cz$ 160,00.
A Casseta Popular começou a circular em 1978, na escola de engenharia da UFRJ. Naquela época, era rodada em mimeógrafo (e lamento que não exista ainda tecnologia capaz de fazer a internet transmitir aquele cheirinho do álcool nos papéis). Saiu em off-set, tablóide e circulando de mão em mão. Quando a Casseta virou revista, impressa em papel-jornal, era escrita por seis redatores: Beto Silva, Bussunda, Cláudio Manuel, Hélio de la Peña, Marcelo Madureira e Roni Bala (pseudônimo de Ronaldo Balassiano, o único desse grupo que não virou depois redator na Rede Globo). Embora sua fusão com o tablóide de humor Planeta Diário (dos amigos Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva) ainda não tivesse sido sacramentada, as colaborações entre as duas publicações eram bem frequentes. Continue Lendo
Meu primeiro contato com O Pasquim foi um livro de compilação de piadas que achei, quando ainda era criança, no meio da biblioteca do meu pai: “As Anedotas do Pasquim - Volume 1″. Só depois de alguns anos é que fui saber que aquele volume era produto de um jornal que desafiou a ditadura, teve colaboradores do naipe de Millôr Fernandes, Tarso de Castro, Ivan Lessa, Vinicius de Moraes, Henfil, Paulo Francis, Ziraldo, Dalton Trevisan, Sérgio Augusto e Caetano Veloso, tirou o paletó e a gravata do jornalismo brasileiro ao publicar entrevistas antológicas com personalidades como Leila Diniz e Madame Satã, e mesmo tendo passado por pressões constantes do regime militar, durou 1.072 edições e circulou de 1969 a 1991. No fim, creio que a melhor descrição do que foi O Pasquim foi cunhada por Jaguar, um dos fundadores do semanário humorístico que marcou época no Brasil:
Um grupo de jornalistas e cartunistas se reuniu em pleno AI-5 para falar mal do governo. Só tem uma explicação: privação coletiva dos sentidos.”
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Segundo E. L. James, a autora de Cinquenta Tons de Cinza, seu best-seller é essencialmente uma “história de amor”, em meio a parágrafos descrevendo jogos de submissão e sexo sadomasoquista. Na internet, já vi esse romance sendo descrito como “Romeu e Julieta para maiores” e “pornô para mamães”. O mais curioso foi descobrir que 50 Tons de Cinza foi originalmente concebido a partir de uma releitura da saga Crepúsculo, aquela que é protagonizada por vampiros virgens desbotados. E que acabou descambando em um livro com fartas cenas que envolvem brinquedos eróticos, chicotes, algemas, bolas de pompoarismo e outros brinquedos dignos de quem aprendeu 1001 dicas de sexo lendo exemplares da revista Nova. Continue Lendo
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