Artigos da categoria: Egotrip

Yada yada yada

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma tira:

Charlie Brown explica porque eu gosto tanto de músicas tristes.

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Uma música:

“Será Que Eu Vou Virar Bolor?”, minha música predileta de Lóki?, a obra-prima que Arnaldo Baptista gravou em 1974.

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Um poema:

Paulo Leminski.

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Uma cena:

A serenata de JJ para Lara em um episódio de Skins. A música: “True”, o clássico dos anos 80 gravado originalmente pelo Spandau Ballet, desta vez na versão da Ukulele Orchestra of Great Britain (dica da Renata Correa).

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Um vídeo:

A entrevista que dei para Bia Granja, para a revista Pix deste mês.

O primeiro livro que li na vida

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 30 de junho de 2010

Volta e meia surge algum pretexto pra que a gente pegue o pano úmido da memória e remova a camada de pó que já cobriu certas lembranças. E foi assim que comecei a resgatar a época na qual eu chamava minhas professoras de “tias”. Eu devia ter uns 5 ou 6 anos de idade, e cursava o 1o. ano do primário no Colégio Raio de Sol, uma escola particular que ficava em frente ao estádio do Pacaembu.

A classe não tinha mais do que oito alunos. E, embora a maior parte das minhas reminiscências dessa época já tenha se dissipado feito poeira no vento, ainda me lembro dos nomes de alguns dos meus coleguinhas de classe: Ivo, Sumaya, Priscila (minha primeira paixão platônica, da época em que eu sequer imaginava o que significava essa expressão), Richard, Roberta. Mas já me esqueci dos sobrenomes; ou seja, não conseguirei reencontrá-los no Orkut. Quanto ao colégio, eu sei que já não existe mais (ah, a inexorável passagem dos anos).

Mas enfim, tergiverso, tergiverso e quase fujo do assunto deste post. Foi a tia Marta, minha primeira professora, quem me deu o primeiro livro que li na minha vida: A Margarida Friorenta.

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Músicas bacanas, links, desaforismos, yada yada yada

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 08 de janeiro de 2009

Em um oferecimento do Blip.FM, para mim o melhor novo site que surgiu no ano passado, confiram a seguir cinco das músicas que mais chicletaram meus ouvidos no ano passado devidamente embedadas, com os respectivos links para os assinantes do feed deste blog.

[blipfm]629868[/blipfm]

Kings of Leon - “Sex on Fire”

[blipfm]1886021[/blipfm]

Cérebro Eletrônico - “Pareço Moderno”

[blipfm]112753[/blipfm]

Nada Surf - “See These Bones”

[blipfm]1886169[/blipfm]

Wado - “Melhor”

[blipfm]2031179[/blipfm]

Zoé - “Reptilectric”

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P.S. 1: Todo ano novo é ocasião para que eu me faça a mesma promessa: passar a atualizar meu blog com maior frequência. Será que desta vez a promessa vinga?

P.S. 2: Estranho escrever “frequência” sem usar trema, o sinal gráfico assassinado por decreto com a mais recente reforma ortográfica. Agora, para saciar as saudades dos viúvos do trema, só mesmo recorrendo a citações de músicas da Björk ou do Motörhead. :P

P.S. 3: Nada como começar um ano novo virando personagem das tiras geniais dos Irmãos Brain, criados por Geraldo Neto. B)

P.S. 4: As três colunas mais recentes que escrevi para o Yahoo! Posts: “As piores músicas de 2008″, “Sobre humanos e animais” e “Maysa, uma cantora solitária em uma multidão de amores”. E a última do ano passado que enviei para a revista Pix: “A vida é curta e a Lua é bela”.

P.S. 5: Usando uma expressão pra lá de clichezenta, desde que me conheço por gente vejo notícias sobre judeus e palestinos se desentendendo. Parece ser utópico ver um dia o Oriente Médio em paz, mas então me recordo de que há alguns anos havia apartheid na África do Sul, e insisto em ter alguma esperança de que um dia as lideranças mundiais encontrem uma solução para esse maldito impasse. Enquanto isso, recomendo duas fontes de informação e opinião: as coberturas sobre as tragédias em Gaza realizadas pelos blogueiros Idelber Avelar e Pedro Doria.

P.S. 6: Muito boa a seleção de 50 cenas com efeitos especiais no cinema feita pelo site Den of Geek. Destaco em especial um dos mais impactantes assassinatos cinematográficos, no qual o espectador não vê uma gota sequer de sangue: o plano-sequência de Frenesi, do mestre Alfred Hitchcock, que mostra um mundo alheio ao crime que está ocorrendo naquele exato instante da cena.

P.S. 7: Marco Antonio Araujo, meu ex-professor na Cásper Líbero, é um exímio autor de aforismos, desaforismos, poemetos e desprovérbios devidamente compartilhados em seu blog Por um Prato de Comida. Eis alguns dos exemplos mais, hmm, familiares que encontrei por lá:

- Se a vida é mesmo um milagre, por que a minha insiste em ser tão banal?

- O cafajeste é o homem que não tem medo de fazer uma mulher feliz. A biscate é a mulher que não tem medo de fazer um homem infeliz.

- Ficam os dedos nos vãos dos anéis.

- Amigos são bons para beber. Amigas, para comer.

- Não somos responsáveis por aquilo que cativamos, mas sim por aqueles que mantemos em cativeiro.

- Ser normal é cada dia mais absurdo.

Aqui é o meu lugar, eu vim

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 06 de agosto de 2008

O ano era 1993. Após ter passado quatro anos sem gravar um álbum de canções inéditas, Chico Buarque pensou que havia perdido a mão para compor. O fato de ter dedicado boa parte desse hiato musical escrevendo seu primeiro romance, Estorvo (publicado em 1991), fez com que ele tivesse perdido o hábito de pegar o violão e compor novas letras e melodias com a naturalidade de outros tempos. E, se antes os acordes vinham quase que de bate-pronto, dessa vez a busca pela inspiração musical foi acirrada; versos e sons surgiam meio que arredios, como um gato de estimação que não lhe vê há tempos e arranha suas mãos na primeira tentativa de carinho.

Porém, ninguém se torna um Chico Buarque à toa. Após algumas semanas de labuta, eis que o Mestre compôs uma nova fornada de canções registradas no álbum Paratodos, metaforizando todo o tempo que passou distante da música em “De Volta ao Samba”, na qual diz: “Pensou que eu não vinha mais, pensou/ Cansou de esperar por mim/ Acenda o refletor/ Apure o tamborim/ Aqui é o meu lugar/ Eu vim”. Continue Lendo

Um japaraguaio nos 100 anos de imigração japonesa

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 18 de junho de 2008

Volta e meia digo que sou um cara “japaraguaio”, uma vez que prefiro pizzas e hambúrgueres a sushis e sashimis, só namorei gaijins, do idioma só sei falar bonsai, Honda, sayonara, Yoko Ono e olhe lá, e das minhas raízes nipônicas só devo ter herdado mesmo meus olhos puxados. Lamento, porém, esse afastamento de minhas origens. Me incomodava muito, por exemplo, a dificuldade que eu tinha em conversar com meus avós, comunicação feita aos trancos, barrancos e mímicas, nas quais um tentava adivinhar o que o outro queria dizer, sem muito sucesso. E me ressinto, em especial, de não ter conseguido conversar mais a respeito das histórias que eles teriam para compartilhar acerca dos primeiros anos em que, distantes da terra natal, meus avós se aventuraram por um país muito diferente do Japão que eles deixaram para trás a fim de buscar uma vida melhor.

Não foi fácil, em especial naqueles tempos em que “globalização” era uma palavra que sequer existia, adaptar-se a uma língua diferente, costumes muito diversos, o clima, hábitos alimentares e as dificuldades financeiras daqueles que, feito os meus avós, vieram para o Brasil buscando novas oportunidades em uma terra ampla, sem os estreitos limites geográficos do arquipélago japonês ainda incapaz de propiciar as chances necessárias para todos os seus habitantes. Continue Lendo

Hoje é 29 de fevereiro, e a vida não pára

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Hoje é uma data que, feito os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo ou as eleições presidenciais, só ocorre de quatro em quatro anos. Esta singularidade me fez pensar no que eu estava fazendo da vida no último dia 29 de fevereiro, do mesmo modo que fez meu camarada Alex Castro.

Em 29 de fevereiro de 2004 eu tinha 30 anos. Passava seis horas do meu dia trabalhando em um banco, não conhecia ainda a minha namorada nem muitos dos meus amigos com quem compartilho projetos e os planos de conquistar o mundo, incluindo-se aí os territórios de Vladivostok, Dudinka, Vancouver e Omsk. Hoje consigo ganhar algum dinheiro com blogs, trabalho full time em casa prestando consultorias ou frilas jornalísticos, me enredo em vários projetos ao mesmo tempo e, parando para pensar no que eu estava fazendo há exatos quatro anos, mal consigo resgatar um passado relativamente recente, tantas foram as mudanças na minha vida e no mundo durante todo este período.

Não tenho a menor idéia de como será minha vida no dia 29 de fevereiro de 2012, do mesmo modo que há quatro anos, se eu vestisse minha carapuça de Pai Dinahgaki e tivesse tentado profetizar meu momento atual, provavelmente não acertaria uma previsão sequer. Tudo parece mudar de modo cada vez mais vertiginoso. É como Lenine descreveu de maneira mais lírica: “O mundo vai girando cada vez mais veloz/ A gente espera do mundo e o mundo espera de nós/ Um pouco mais de paciência”.

A vida não pára, por mais que fosse desejável que houvesse uma tecla pause a que pudéssmos recorrer em certas ocasiões. Quanto a mim, agora que já consegui finalizar minhas pendências profissionais, reservarei o restante do dia extra deste ano bissexto para ir na valsa. Afinal de contas, a vida é rascunho definitivo. ;)

Todo carnaval tem seu fim

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

Nunca a quarta-feira de Cinzas fez tanto jus à denominação, embora o dia hoje em Sampa City, macambúzio e melancolicamente nublado, tenha sido digno daquelas sebundas-feiras tão odiadas pelo Garfield. Sei que estou numa ressaca pós-carnavalesca braba, e olhem que eu nem enchi a cara. Em compensação, meu déficit de horas insones é claramente denunciado pelas olheiras que se acumulam em meu rosto, fazendo com que meus pensamentos mal consigam ser claramente balbuciados pela gelatina na qual meu cérebro se transformou (se for verdade a história de que dormir pouco mata neurônios, não queiram imaginar as chacinas diárias que cometo dentro da minha cachola). Não consigo evocar, pois, de trilha sonora mais adequada para o momento atual do que o grande sucesso do segundo álbum do Los Hermanos.

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.