Como afirmou Cícero, o melhor tempero da comida é a fome. Imagine, pois, a cara que uma pessoa é capaz de fazer quando seu estômago começa a roncar e sua boca saliva, especialmente enquanto aguardamos a chegada do pedido de um restaurante, ou quando nosso olfato é estimulado pelos cheiros de um prato sendo preparado na cozinha, ou quando assistimos a um programa de culinária e o que vemos na tevê estimula toda uma série de sensações sinestésicas.
Comer é bom demais. Não à toa, apreciar uma boa gastronomia tornou-se sinônimo de estilo de vida. E eu, que admiro quem domina a fina arte de cozinhar (coisa que não é exatamente o meu ponto forte, como provei quando postei sobre minha especialidade gastronômica), encarei como um excelente desafio a tarefa que me foi delegada pelo Food Network Brasil: selecionar uma das receitas disponíveis no site do canal para ser preparada por mim. Continue Lendo
Meus filmes e livros favoritos são histórias nas quais, em meio ao enredo, um e outro detalhe que pode passar desapercebido na verdade era uma pista de algum desdobramento futuro que acabou por surpreender os mais desatentos. Mas, no final, tudo fazia sentido e as peças do quebra-cabeça enfim se encaixavam.
A vida real também é assim? Talvez. Não tenho certeza, e isso é bom: dúvidas são o que levam a gente a pensar, refletir, questionar decisões e instigar ideias. E, embora eu acredite muito na teoria do caos e na tese do efeito borboleta, segundo a qual cada pequeno incidente ou decisão aparentemente trivial pode resultar em grandes consequências - como a história de que o bater de asas de uma borboleta catalisaria um efeito dominó de acontecimentos capazes de criar um tufão no outro lado do mundo -, o fato é que a gente nunca sabe que resultados aparecem nos dados que o destino joga o tempo todo em cima do papel em branco que é o futuro.
Até que ponto as pessoas são capazes de seguir o tal do destino? Continue Lendo
Não é fácil a vida universitária. Afinal de contas, nem tudo são festas, paqueras e liberdade. Quem saiu da casa dos pais e aprendeu a se virar sozinho numa quitinete ou república sabe muito bem disso, recordando de dias e noites comendo miojo e empilhando pratos sujos na pia. Isto se aplica também a todos que já passaram noites insones por conta de uma monografia ou o TCC, tomando café com Coca e tendo pesadelos com normas técnicas e leituras atrasadas. A volta às aulas traz outra preocupação na nada mole vida de um estudante: a grana que precisará gastar com todos os livros exigidos durante o semestre.
Eu, que durante a minha vida acadêmica cursei quatro faculdades (Administração, Letras, Cinema e Jornalismo), para no fim acabar trabalhando com publicidade, enchi várias estantes com os livros que acabei comprando. Muitos deles ainda me acompanham, como fontes de consulta às quais recorro frequentemente. Algumas das obras que permanecem comigo desde a época em que cursei Jornalismo são A Regra do Jogo, de Cláudio Abramo, A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord, e Ética na Comunicação, do meu ex-professor Clóvis de Barros Filho. Já outros títulos foram parar em sebos, e é pena que na época em que me desvencilhei desses exemplares ainda não havia a Estante Virtual, site que reúne sebos de todo o país, e através do qual você pode comprar e vender livros usando PayPal.
Recebi um Samsung Galaxy Tab 3 de 10.1 polegadas com a missão de testar sua performance, avaliar seu uso no dia a dia e conferir se seria um tablet capaz de aguentar o tranco das minhas atividades diárias. Eu, tendo a oportunidade de poder experimentar um brinquedinho bacana desses, aceitei com prazer o desafio de testar seus recursos. Como estava viajando, só ontem pude pegar o Galaxy Tab 3 10.1”, mas o pouco tempo para testá-lo não foi problema para mim: em pouco mais de uma hora mexi nas configurações básicas, fiz a integração do tablet com minha conta do Google, baixei livros, músicas e jogos, instalei Netflix e Instagram, fucei seus vários recursos e me diverti bastante com o lançamento mais recente da Samsung. Continue Lendo
Uma pizza poderia ser definida como um disco de massa assado, aquecido num forno com alguns ingredientes em cima. Mas é uma definição fria, que não faz jus a um alimento que é comido e apreciado pelos quatro cantos do mundo e por todas as classes sociais, e que em cada região ganha ingredientes típicos que fazem com que a pizza seja um alimento universal e, ao mesmo tempo, local.
Sempre que penso em pizzas, lembro das noites de domingo em que toda a minha família se reunia para se deleitar com triângulos recheados de mussarela e calabresa. E assim, no meu imaginário pessoal, comer aquela massa achatada acabou virando sinônimo de congregação, de pessoas reunidas para dividir fatias enquanto riem e colocam os papos em dia, tendo aquela iguaria saborosa como pretexto para que se unissem ao redor de uma mesa. Afinal de contas, são poucas as pessoas que encaram comer oito fatias em uma só refeição: acabam sobrando alguns pedaços, e nem todos são entusiastas da arte de apreciar uma pizza requentada na chapa no café da manhã do dia seguinte. Meus pais, por exemplo, não pedem delivery sem que eu, meu irmão, outros parentes e amigos estejam na casa deles para ajudá-los a deixar apenas restos de cebola e azeitonas ao fim de uma refeição. Continue Lendo
“Siga a sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só havia paredes.” Esta frase, de Joseph Campbell, me fez pensar na importância de dar uma sacolejada na vida, de tempos em tempos, buscando fugir da inércia e da zona de conforto, que acabam por nos deixar acomodados. Essa citação de Campbell, por sua vez, me fez lembrar desta matéria: “O segredo da felicidade segundo a ciência”. Que, dentre várias informações interessantes, cita uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, que atesta que 40% de nossa capacidade de ser feliz está ligada ao poder de mudança.
Eu, filho de uma família de descendente de japoneses, cresci aprendendo que estabilidade e segurança eram requisitos importantíssimos para a felicidade, e ter um emprego estável era condição sine qua non para ter um futuro garantido e sossegado. Não à toa, pois, o primeiro trabalho que tive na vida, com recém-completados 18 anos de idade, foi de bancário devidamente aprovado em um concurso do Banco do Brasil. Mesma atividade exercida por um primo meu, que tem 57 anos e está prestes a se aposentar, após ter passado a vida inteira no mesmo emprego. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.