As sessões de cinema que marcaram minha vida

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 21 de novembro de 2007

Bernardo e Bianca (The Rescuers, 1977) - Foi o primeiro filme que assisti na tela grande e que, hmm, tirou o meu hímen cinematográfico. Tinha quatro anos e não me recordo de quase nada daquela sessão. Da trama, só sei que é um desenho da Disney; o resto mal foi assimilado pela minha memória. Recordo que fui ao cinema levado pela minha tia Emilia e pelo namorado dela na época, e que após a sessão fomos até a casa dele. Fiquei na sala, distraído com um monte de brinquedos, enquanto eles deviam estar ocupados com outras coisas que eu, infante completamente inocente, mal tinha idéia do que poderiam ser.

Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) - Quem assiste ao constrangedor Turma do Didi, exibido atualmente nas manhãs de domingo da Globo, não é capaz de imaginar que houve tempos em que Renato Aragão, ao lado dos colegas Dedé, Mussum e Zacarias, já foi um humorista engraçadíssimo. Aliás, o primeiro filme dos Trapalhões visto no cinema ninguém que pertença à minha geração é capaz de esquecer. Fomos eu, meu pai e meus irmãos, Carla e Ronaldo, a uma sala que nem existe mais: o finado Cine Hawaii, que ficava localizado na Rua Turiassu, em Perdizes. Na época, já era raro encontrar salas de bairro em São Paulo. Mas, pra ser sincero, não sinto falta desses cinemas. Complexos como Cinemark e UCI substituíram com vantagem esses tipos de salas, caracterizadas por poltronas puídas e som mono digno de rádios AM. Haja romantismo pra sentir falta desse tipo de sala.

A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness of Being, 1988) - Uma das coisas mais bacanas do Colégio Bandeirantes, onde cursei o segundo grau, eram as sessões gratuitas de cinema promovidas aos sábados de manhã no Cine Astor, no Conjunto Nacional. Dureza era ter de acordar cedo para encarar as sessões das 10 da madrugada, um tremendo sacrifício para adolescentes acostumados às baladas das sextas à noite. Mas quase sempre o esforço era recompensado, inclusive porque era comum entrar na sala e se deparar com uma artilharia pesada de rolos de papéis higiênicos, devidamente surrupiados dos banheiros do Astor, jogados para o alto e avante e garantindo o pleno despertar daquele bando de bagunceiros. Daquela época de zoeiras cinéfilas, a adaptação do romance de Milan Kundera foi o mais marcante de todos os filmes que vi. Saí da sala irremediavelmente apaixonado por Juliette Binoche, relevando o fato de que sua personagem não depilava as axilas, em uma cena recebida com risos perplexos por aquela platéia juvenil.

Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso, 1988) - Graças a este filme dirigido por Giuseppe Tornatore, descobri a maior utilidade dos créditos finais: servir para que cinéfilos chorões como eu possam se recompor. Feito eu, que fiquei em estado lastimável depois da torrente de lágrimas derramadas com a cena em que a sala de cinema que marcou a infância de Totó foi derrubada e, logo depois, com a seqüência que reúne os beijos cinematográficos censurados pelo padre do vilarejo. Apenas um filme em toda a minha vivência de espectador foi capaz de me desidratar ainda mais: As Pontes de Madison, o belíssimo filme que Clint Eastwood dirigiu em 1995.

O Indomável - Assim é Minha Vida (Nobody’s Fool, 1994) - Este é indubitavelmente o melhor filme que eu não vi em toda a minha vida. Pelo melhor dos motivos: eu e minha companheira de cinema ficamos nos agarrando durante toda a sessão, entretidos com atividades muito mais interessantes. Aliás, só descobri o nome deste filme graças ao IMDB e à vaga lembrança que tinha de que Paul Newman atuava nele.

A Palavra (Ordet, 1955) - Palavras são instrumentos imperfeitos com os quais tentamos, na maior parte das vezes em vão, traduzir nossos pensamentos, sentimentos, experiências. Como expressar, por exemplo, a magnitude da experiência que foi assistir a esta obra-prima? A Palavra infelizmente nunca foi exibido comercialmente no Brasil. Tive, pois, a sorte de assisti-lo graças a uma cópia com legendas em inglês fornecida pela Embaixada da Dinamarca, que viabilizou uma mostra especial dedicada à obra de Carl Th. Dreyer, exibida na Sala Cinemateca, que na época (1991) era localizada em Pinheiros. A Palavra só foi lançado em DVD no Brasil em 2006. Foi quando pude enfim revê-lo, constatando em definitivo que este filme é, em diversos sentidos, um verdadeiro milagre.

* * * * *

P.S. 1: Nota para os mais de dois mil assinantes do feed de Pensar Enlouquece, que recebem meus posts por e-mail ou lêem meu blog por agregadores de RSS: há alguns dias estou destacando, na coluna direita do meu blog, os textos mais interessantes que encontro, em um “post-it” intitulado “O Melhor da Blogosfera”. As atualizações são quase diárias, e para quem não viu ainda os posts que destaquei recentemente, ei-los:

Os destaques são constantemente modificados, de acordo com as leituras e navegações que faço, e por isso deixo aqui a recomendação para que os leitores que optam por receber meus posts via delivery, no conforto proporcionado pelo Feedburner, dêem um pulinho de vez em quando no meu endereço virtual. A casa é simples, mas é limpinha. ;)

P.S. 2: A relação de “blogs da semana”, também localizada na coluna direita do meu template, foi atualizada hoje.

P.S. 3: Ótima definição de Abel Gance: “cinema é a música da luz”.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

Categorias:

Comentários do Facebook

Comentários do Blog

  • http://www.rockpress.com.br CLau

    Inagakidavida, cade você?

    Cláu, eu sumo por vezes, mas nunca desapareço de vez! ;)

  • http://www.ead.feuc.br EAD

    eh a maioria desse filmes eu assiti!!
    mto bom

  • http://tapostado.wordpress.com/ mariana gogu

    Esse post me trouxe várias lembranças… Mas a sessão de cinema que mais me marcou foi Gremlins 2.
    Lembro de tudo. Do cinema, de uns garotos que estavam jogando pipoca,das risadas e de como fiquei impressionada com os mostrinhos, que eram suuuper bem feitos pra época.
    Desde então, fiquei fã do Gizmo e há uns 3 anos achei um de pelúcia, que comprei na hora. Ele fica no escritório de casa (bem longe da água).

  • http://eusoumaria.zip.net Mônica Maria

    assisti a todos os “seus” filmes, exceto o dinamarquês. assim que chegar em são paulo vou direto na 2001 procurar, fã do cinema escandinavo que sou.
    eu poderia te mandar rever bernardo & bianca, mas acho que seria a mesma coisa que ler os infantis de monteiro lobato já adulto. perde-se a validade, afinal.
    tenho uma outra definição de cinema (minha não, da victoria abreu): cinema é tirar férias de si mesmo. ou foi outra? sei lá, mas concordo.
    beijo grande.

    mônica.

    Ótima definição! Vou anotá-la aqui no meu caderninho. :D

  • http://www.digitaldrops.com.br/drops/2007/11/a_semana_na_blogosfera_brasile_13.html Digital Drops

    A Semana na Blogosfera Brasileira
    Após um longo inverno sem escrever esta coluna, nesta semana consegui chegar antes do Dado, que diga-se de passagem tem feito um excelente trabalho nas seleções todas as semanas. E vamos lá: Um dos criadores do Adsense, Gokul Rajaram,…

  • http://anny-linhaozzy.blogspot.com/ Anna

    Oi Alexandre:
    Desculpe, coloquei seu nome errado,no outro comentário.
    Que bom que achei um parceiro para chorar nos filmes. Rs! Choro tanto que fico com vergonha. As Pontes de Madison, Cinema Paradiso…
    Então, coloquei um link seu no Blog Linha e fiz um post Filhos. Para mostrar que ainda existe esperança.
    Abraço.
    Anna

    Anna, não se preocupe com o nome. Até porque meu grande camarada, o mestre Orlando Tosetto Júnior, me alcunhou como Alessandro Nagachi, fazendo referência às minhas obscuras origens italianas. B)

  • http://maximogarcia.wordpress.com Máximo García

    A Insustentável Leveza do Ser figura em primeiríssimo lugar na minha lista de “Filmes que deixarei este mundo sem assistir”, seguido diretamente de Hitchhiker’s Guide to the Galaxy.

    Eu simplesmente NÃO ACEITO Juliette Binoche como Teresa! Na verdade eu não aceito a idéia desse livro ser filmado. No meu último reencontro com a obra precisei fazer uma força incrível - e olha que eu me protegi, nunca vendo cena alguma do filme, nem trailer, nem nada - para diluir o rosto dessa francesa aguada na minha cabeça e para apagar ocasionais aparições repentinas de Daniel Day-Lewis pelado dando um “oi” em minha projeção mental. Doloroso.

    E agora, por conta da revelação deste post, na próxima ocasião terei que depilá-la mentalmente também!

  • http://www.meiodesligado.com marcelo santiago

    nossa, me surpreendi ao ver o Meio Desligado na lista de blogs da semana, só agora fui perceber.

    Muito bom saber que vc gostou!

    E em relação a filmes marcantes, na minha lista dois são obrigatórios: Curtindo a Vida Adoidado e Donnie Darko.

    Diga-se de passagem, parabéns Marcelo: o Meio Desligado é sensacional. Você citou, aliás, dois filmes que eu adoro. Mas, como não os vi no cinema, e sim na TV, ficaram de fora do post. Um abraço!

  • Cris Carriconde

    Ina com esse post não resisti e tive que vir tagarelar nesse nobre espaço. Aproveito também para dizer com sou uma das rss e recebi o recadinho :) Não posso ler Bernardo e Bianca e não falar porque também marcou a minha vida. Minha e da minha amiga Liz. Pelo comentário da pra ver a diferença de idade. Nos não eramos tão inocentes e resolvemos matar a aula do cursinho. Garanto a você que esse filme passou em Pelotas em 1979 no Cine Rei.

    Não lembro o motivo mas devo ter me desencontrado da turma que saia para tocar violão então pra fazer hora, convidei a Liz para assistir ao filme. Voltar pra casa aquela hora estava fora de cogitação. Entramos no cinema e ele estava bem vazio. Só homens na platéia e as duas futuras universitárias de 17 anos. Nossa entrada causou um certo murmúrio. Isso ainda era no tempo do jornal mas garanto que nao era mais preto e branco. Começa o filme e toca a trilha. Jamais vou esquecer : uón, tiu, tri, é um dois, trêis. Sou brasileiro mas ja sei falar ingrêis. Esqueci o nome da fita mas era O Doador Sexual ou O Atleta Sexual Foi aí que entendemos o publico que estava no cinema. O Bernandinho e a Bianquinha tinham saído de cartaz na sessão anterior. As duas avoadas nao repararam. Quase perdemos o que você perdeu de verdade com o filme pornô. Quando a trilha acabou já tinham dois caras atrás de nos e saímos correndo do cinema. Desconfio que no dia seguinte não matamos aula. Ah! Milagrosamente passamos nos vestibular e eu nunca assisti esse filme. Cada vez que vejo o nome lembro do primeiro e único filme pornô que paguei ingresso pra ver :s

    Ah! Não foi a única vez que entrei para ver um filme e não era o que eu pensava mas com certeza essa foi a mudança mais radical de tema :D

    Cinema Paradiso assisti em um pulgueiro com cadeiras quebradas de madeira e muito mofo da prefeitura em Florianópolis. Sabe quando o filme já deu 10 voltas pelos cinemas e aquela é a última oportunidade pra ver? Virou um remendão arranhado… Era o caso. Só que lá pelas tantas o lugar ficou incorporado ao espírito do filme e até hoje é também uma das sessões inesquecíveis da minha vida.

    Adorei ler tuas memórias e agradeço por ter feito eu lembrar as minhas fitas. Lembra quando filme era fita? ;-0

    Beijão

    Cris, obrigado por ter compartilhado suas experiências e ter causado umas boas gargalhadas por aqui. Você definitivamente ainda faz jus ao prêmio iBest de melhor comentarista de blogs. Pena que suas participações são tão bissextas… ;)

  • http://nao2nao1.com.br Gustavo Gitti

    Fala Inagaki!
    Valeuzaço por mencionar meu texto!
    Abraço!

  • http://www.amenidadesebobajadas.blogspot.com Daniel F. Silva

    Tenho com o cinema uma relação intensa. Lembro-me de uma sessão de Os Trapalhões e o Mágico de Oroz, no extinto Imperator do Méier, no distante 1984, quando eu contava cinco anos de idade. Foi uma sessão, por si só, traumatizante, de tão medonha era a película (o Zacarias fantasiado de espantalho povoou meus pesadelos infantis por muitos anos).

    Apesar disso, continuei freqüentando as salas de cinema. Até que me cansei de ver tudo em tela grande. Depois de Uma Cilada para Roger Rabbit (1988), excelente filme por sinal, fiquei onze anos sem assistir filmes nos cinemas. Não achava atraente, não gostava de tumulto. Contentava-me em esperar lançamentos em vídeo.

    Só voltei a fazê-lo em 1999, quando me interessei em saber sobre o tão comentado final de O Sexto Sentido. Desde então, vou ao cinema mais de cinco vezes por ano. Redescobri esse prazer, com gosto.

    Daniel, valeu pelo seu relato. Só uma ressalva: “mais de cinco vezes por ano”? Espero que sua média seja bem maior, eu fico insatisfeito se só consigo ir ao cinema cinco vezes por mês. ;)

  • http://http:www.verbeat.org/blogs/eporaqui Marco Aurelio Brasil

    Jovem, Top tops subjetivos de pessoas inteligentes como tu sempre me aprazem. Especialmente porque somos contemporâneos e também eu fui torpedeado por Insustentável Leveza do Ser e Cinema Paradiso.

  • http://www.bebel-cestlavie.blogspot.com Bel

    Adoreii o mantra de hj…risos!
    Sempre venho aqui e add ‘o blog no meu blog’, certo?
    Beijão!

    Obrigado pelo retorno, Bel. Um beijo!

  • http://bitpop.wordpress.com mari

    o primeiro filme que vi no cinema foi Batman 2 com meu pai e meu irmão.

    Mari, me senti tão velhim agora… :roll:

  • http://netocury.com Neto Cury

    Bernardo e Bianca foi o único filme que assisti no cinema da cidade de Araras, onde morei por 2 anos e meio.
    Filme dos trapalhões me lembram que eu era um idiota! :D Como eu só ía nas sessões vespertinas, eu não me conformava que lá dentro era de noite e quando eu saía tava de dia ainda… que vergonha! :D

    Abração

    Caro Neto, eu encarava essa sensação “noturna” de entrar em uma sala de cinema e imergir em uma outra realidade como parte da magia que até hoje me atrai. Ótimo o seu comentário, um abraço! :P

  • http://www.uebbemais.com Rui Nelson

    Sem dúvida a Turma do Didi não chega nem perto do que já foram um dia Os Trapalhões. A minha infância foi marcada pelos filmes desses quatro palhaços de cara limpa.
    Infelizmente não assisti “A Palavra”. Será que encontro facilmente nas locadoras?

    Abraço,
    Rui Nelson
    http://www.uebbemais.com

    Rui, temo que não seja fácil encontrar “A Palavra”, a não ser que você recorra a locadoras mais especializadas como a 2001 Vídeo ou encomende uma cópia pela internet.

  • http://www.ead.feuc.br EAD

    Olá blog com bons temas.Gostei mto legal
    Parabéns

  • TOTAL ALIEN

    Os infames e mediocres trapalhões na Serra Pelada!!!
    Voce tem um mau gosto do cacete!!

    Obrigado por seu comentário qualificado e bem articulado! Tenho absoluta convicção de que você possui um gosto cinematográfico bem diferente do meu. Ainda bem!

  • http://attu.typepad.com/universo_anarquico/ tina oiticica harris

    Apesar de levar os meus sobrinhos aos teus primeiros filmes (Disney e Trapalhões), temos dois chororós em comum: o Cine Paradiso e As Pontes de Madison County, oqual me faz chorar só de me lembrar dele ou contá-lo para alguém.
    Cinema é a música da luz é uma das frases que queria ter bolado, embora vá estar escuro para filmes futuros se a greve do sindicato dos escritores seguir e emendar com a possível dos atores.

  • http://alcilene.zip.net Alcilene Cavalcante

    Nossa!!! Adorei esse post.

  • http://metamorfosepensante.wordpress.com _Maga

    “Para mim, o cinema deveria ser como a vida. Fluido, orgânico, fragmento. Mas ele é como a morte: insiste no eterno”.
    Jim Kleist (1941-1992) (Do curta “Satori Uso” de Rodrigo Grota).

    Os cinemas de bairro que ainda existem hoje tem uma função importante: passar filmes fora de circuito. Pelo menos aqui em Londrina é assim.. rs

    beijos

    Putz Marcela, seu comentário me fez lembrar que escrevi pautado na realidade de uma cidade como São Paulo. Em cidades do interior cinemas de bairro são realmente imprescindíveis. Em tempo: bela citação do Jim Kleist, thanks!

  • http://www.fisicomaluco.com Daniel Rizzo

    Inagaki, quando você falou alí do filme dos trapalhões, sinto uma grande saudade, infelizmente alguns morreram e o Didi já não é mais o mesmo…
    Saudades da época de infância…

  • http://www.papeldepao.com.br Sergio Fonseca

    putz. essa mania de escrever, editar e reaproveitar partes de palavras dá nisso. Tudo isso para dizer que escrevi capas ao invés de capaz. O pior é que tenho certeza que muita gente que nem perceberia a burrice. :P

    Sergio, toda vez que deixo comentários em blogs me remôo por não poder editá-los, depois que os leio e vejo que repeti palavras em excesso ou cometi algum erro de digitação. Aliás, vivo editando meus posts…

  • http://www.papeldepao.com.br Sergio Fonseca

    algumas pessoas me perguntavam por que eu não usava feeds no papel de pão. fui ver que história era essa e só então me dei conta de que, irritado com as limitações impostas pelas ferramentas blog disponíveis, como todo o mecanismo do meu blog foi desenvolvido por mim, em cima de uma base de dados e páginas dinâmicas, não havia um produto capas de criar feeds que me “entendesse”. Aí, dia desses de ócio, criei meu próprio feeds generator. hehehe
    http://www.papeldepao.com.br/rss/news.xml

    abraço!

  • http://koalabala.blogspot.com Natália

    Ops, feed reader dando as caras. :)

    Vou tratar de alugar Pontes de Madison.
    Obrigada pela dica dos posts também. Fui, claro, ler o que arrasa com a Veja, quase que um esporte meu. Vou catar mais sobre a polêmica, que não tinha chegado até mim.

    Um abraço!

    Seja bem-vinda, feed reader Natália! ;)

  • aninha

    “Snoopy, come home”. Em português chamava-se “Snoopy, volte para casa”. Vi no cinema com meu pai. O filme é de 72, mas chegou ao Brasil em 74. Imagine você que o Snoopy foge de casa e toda a turma cai em depressão. Entre cenas do Snoopy se ferrando pela estrada com o Woodstock e as memórias dos Minduins em flash-backs - mostrando momentos felizes de outro desenho - eu me DEBULHEI de chorar. Lembro até hoje da frase que era repetida (na verdade, cantada feito assinatura musical) toda vez que os bichinhos tentavam entrar em algum hotel ou pedir abrigo na casa de alguém: “Cachorro não!…Nem pássaros!”

    Aninha, nunca assisti a esse filme. Procurá-lo-ei!

  • http://que-som-e-esse.blogspot.com Marcelo Velludo

    Olá Alexandre, descobri seu blog há quase 1 mes pelo iGoogle e hoje sou frequentador assíduo, parabéns pelo blog! O cinema é realmente uma coisa fantástica, escrevo um blog de música e hoje resolvi escrever sobre um filme que marcou a minha vida, coincidência.
    Poxa, não sabia que vc estudou no Band, tenho vários amigos de lá (apesar de ser do interior) alguns devem te conhecer com certeza.
    Ahh, a propósito, o filme é As Bicicletas de Belleville, se ainda não assistiu corra na locadora, vale a pena.
    Novamente parabéns pelo blog!
    Um abraço!

    Valeu pelo feedback, Marcelo! Pois é, o Band teve uma importância fundamental na minha formação. Fomentou o meu gosto por leituras, promovia essas sessões de cinema, me deu uma ótima base. Bons tempos, definitivamente. :D

  • http://blogsantaum.wordpress.com Santaum

    Cara,

    Os Trapalhões sempre tiveram filmes muito fóda. Didi era um mito. Mussum, Zacarias. Nossa velho!!! E comé que chama aquele filme dos trapalhões com a Xuxa cara? Em outro planeta parece? Tipo, só lembro de uma cena dele dando uns pega na Xuxa (no filme) rolando na areia. Coisa antiga e das braba!

    Grande abraço.

    Santaum, agora você cavoucou fundo lá no baú da memória! Lembro de um filme, “Os Trapalhões no Reino da Fantasia”, que além da Xuxa ainda contava com seqüências em desenho animado. Mas esse do planeta que você citou deve ser “Princesa Xuxa e os Trapalhões”. Só que ambos os filmes não têm nem um pingo da graça das produções dos anos 70 e 80. Pra mim, o melhor filme deles foi “Os Saltimbancos Trapalhões”, com uma Lucinha Lins belíssima e, principalmente, a trilha sonora antológica do Chico Buarque.

  • http://rodrigosantiago.net/blog Rodrigo

    Caramba, tem gente que não sabia que o Zacarias morreu? Concordo com você que Didi era um humorista engraçadíssimo, mas, também, “os Trapalhões” eram imbatíveis! Tinham uma química perfeita, meu preferido continua sendo o Mussum. De vez em quando, muito raramente, o Didi solta uma engraçada. Mas realmente, é constrangedor para o “monstro” que ele já foi.

    Assisti a “Trapalhões na terra dos monstros” também em um cinema de rua, em Florianópolis, o Cine São José, que depois virou igreja evangélica e hoje está abandonado. O ser humano tem uma tendência romântica, saudosista, como aqueles que já começam a sentir falta da película com o advento do cinema digital. Se for para melhorar, para que ficar ruminando? Enfim, coincidência ou não, li esta semana um post em um blog português de cinema, sobre o fechamento de um cinema deste tipo, ilustrando muito bem a problemática:

    “A questão que deve ser colocada é: será que o rico historial cultural do Quarteto e todas as memórias cinéfilas que deixou são razão suficiente para continuar a lutar contra as sessões abandonadas, as projecções barulhentas e, muitas vezes, a falta de condições higiénicas nas estranhamente odoríferas salas?”
    (cinemanotebook.blogspot.com)

    A questão é que os hábitos mudaram, mesmo quem vai a um complexo Cinemark ou do tipo para assistir a um filme não vai apenas assistir ao filme, vai passear, olhar umas lojas, comer algo, etc. Se esse comportamento surgiu em função da criação dos cinemas nos shoppings, é a mesma questão do ovo e da galinha, embora suspeite que sim.

    Rodrigo, creio que esses cinemas caíram feito luva nos centros urbanos contemporâneos porque eles integram a tendência de congregação de diversas formas de entretenimento em um lugar só e, ao mesmo tempo, teoricamente mais seguro. Já eu, na minha condição de cinéfilo, caí de amores pelos cinemas multiplex por apresentarem boa qualidade de som, telas maiores e poltronas mais espaçosas e confortáveis. Lembro dos tempos em que ía a cineclubes como os finados Oscarito e Veneza, naquelas poltronas toscas, até com uma certa nostalgia. Mas hoje salas como o Frei Caneca Multiplex apresentam as mesmas programações alternativas com muito mais qualidade de projeção e conforto.

    Ah, eu tenho a impressão de que o Mussum é como uma espécie de George Harrison do quarteto trapalhão: é o integrante com aura mais “cult” de todos. Mas é um status merecido: ele foi mestre sim.

  • Mariângela de POA

    Na minha lista ainda acrescentaria “A fantástica fábrica de chocolate”,que foi meu filme cult da infância.Eu não perdia nenhum dos Trapalhões e achava o máximo, hoje acho o mínimo, crianças tem outro olhar para tudo. Bernardo e Bianca também adorei e os do Super-Homen,bueno..acho que minha geração toda se apaixonou loucamente pelo C.Reeve,pelo menos eu e todas minhas amigas sofremos por este amor não correspondido,tsc tsc..Beijo!

    Mariângela, nunca vi “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, com o Gene Wilder, no cinema; só o assisti nas enésimas reprises da Sessão da Tarde. Quanto ao Christopher Reeve, citado pela segunda vez nestes comentários, escrevi um texto na época de sua morte intitulado A diferença entre Super-Homem e Clark Kent, que talvez lhe interesse. Um beijo!

  • eduardo

    “já foi um humorista engraçadíssimo”.

    Hummm. Não penso que era engraçadissimo, mas sim que eramos crianças. Mas vlw.

    Obs: Que fim teve o Zacarias ?????

    Eduardo, não sei quanto a você, mas eu ainda acho estas esquetes excelentes.

    Quanto ao Zacarias, nome artístico de Mauro Faccio Gonçalves, ele morreu em março de 1990. Foi o primeiro dos Trapalhões a falecer. Em julho de 1994, foi a vez de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, bater a caçuleta.

  • http://www.slothsam.wordpress.com Guilherme Amorim

    Pior fui eu achando que Cinema Paradiso era igual a Cine Majestic.
    Até hoje eu me puno por tamanho absurdo ‘pensamental’, ainda que tenha sido ANTES de saber até do que se tratava.
    Em todo caso, nada justifica ter visto Cine Majestic antes, né? Abafemos…

  • mone

    Achei perfeita a tua escolha pelo termo “constrangedor”, em relação ao Didi atual. Concordo com você.

    Então lembrei da minha infância… e realmente, “os trapalhões” era bááásico para a pivetada, que naquela época, tinha bem menos acesso a coisas interessantes (bem, sou provavelmente de uma geração antes da tua). Deu saudade.

  • Luciana

    Bernardo e Bianca?
    Também não lembro….Mas lembro o legítimo assombro com que assisti ao “Superman”, sim aquele primeiro, em que Cristopher Reeve dá uma piscadinha para a câmera no final do filme, destruindo milhões de pequenos corações adolescentes…o meu também , no alto de meus nove anos!
    Agora, as Pontes de Madison …é cruelmente maravilhoso, arrebenta qualquer um…
    Só por curiosidade, fui pegar um cinema com o namorado, hoje meu marido. Era nosso primeiro cinema juntos, então escolhemos um filme ao acaso: SEVEN.
    Bem…acabamos assistindo o filme que de tão envovente e terrível abalou a nós dois…Um filme primoroso: Kevin Spacey está ótimo…no entanto um péssimo filme para namorar…que choque!

    Luciana, de fato assistir a um filme que acaba com a cabeça de uma esposa dentro de uma caixa não é exatamente a opção mais romântica… :P

  • http://catatau.blogsome.com Catatau

    Não sei se vc utiliza o del.icio.us para os destaques, mas talvez já saiba: caso convenha, o feedburner permite também divulgar os destaques do delicoius no mesmo feed (em lançamentos diários ou a cada acréscimo).

    A propósito: obrigado pelo link!

    um abraço,

    Catatau, já conheço sim. Mas valeu pela dica anyway. Um abraço!

  • http://www.meuemagrecimento.net Larissa Bertani

    Adorei !
    Cinema é a música da luz !

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

Parceiros

Mantra

A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.