As melhores músicas de Natal
Por Alexandre Inagaki ≈ sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
7. Count Basie - “Good Morning Blues (The Real Tuesday Weld Clarkenwell Mix)” - Cá está um clássico do blues, gravado pelo legendário jazzista Count Basie nos anos 30 e resgatado para as novas gerações por meio da remixagem do The Real Tuesday Weld, lançada no álbum Verve Remixed Christmas, de 2008. E que deu a versos como “don’t send me nothin’ for Christmas but my baby back to me” um arranjo downtempo para embalar festas natalinas em grande estilo.
6. The Ramones - “Merry Christmas (I Don’t Want To Fight Tonight)” - Quem disse que o punk rock não combina com o Natal? Os Ramones gravaram esta preciosidade em 1984. E entram nesta lista porque, como bem afirma a letra da música, “Natal não é o momento de quebrar o coração um do outro”.
5. Caetano Zamma - Jingle de Natal da Varig - Um clássico da propaganda brasileira é o jingle que foi composto por Caetano Zamma nos anos 60. Seus versos ainda estão impressos na memória afetiva de diversas gerações: “Estrela brasileira no céu azul iluminando de Norte a Sul…” A música, regravada por nomes como Xuxa e Jorge Benjor, tornou-se o mais popular trabalho de Zamma, falecido em novembro deste ano. Uma bela prova de como um bom jingle sobrevive anos a fio, do mesmo modo que ocorreu com o tema de Natal do já extinto Banco Nacional.
4. Marvin Gaye - “I Want to Come Home for Christmas” - Um ano após ter cunhado a obra-prima What’s Going On, Marvin Gaye gravou uma composição de Forest Hairston cujos versos expressam o ponto de vista de um prisioneiro da Guerra do Vietnã. O resultado: um soul melancolicamente emocionante. Além da música em si, vale a pena conferir o relato de Hairston falando dos bastidores da gravação de “I Want to Come Home for Christmas”.
3. John Lennon - “Happy Xmas (War Is Over)” - Não importa que a malfadada versão brasileira cometida por Simone tenha desgastado a composição, que de quebra também foi regravada por nomes como Celine Dion, Jessica Simpson e Diana Ross. A versão original, assinada por John Lennon, Yoko Ono e a Plastic Ono Band e lançada em 1971, ainda é uma música e tanto.
2. Darlene Love - “Christmas (Baby Please Come Home)” - A obra-prima natalina do trio de compositores Jeff Barry, Ellie Greenwich e Phil Spector, que ganhou na interpretação matadora de Darlene Love sua versão definitiva. Registrada, por sinal, naquele que é considerado o melhor disco de Natal de todos os tempos: A Christmas Gift for You from Philles Records. Vale a pena conferir ainda as regravações feitas por bandas como U2 e Death Cab For Cutie.
1. Assis Valente - “Boas Festas” - Os versos deste clássico do cancioneiro de Natal são tristes e desencantados: “Já faz tempo que pedi/ Mas o meu Papai Noel não vem/ Com certeza já morreu/ Ou então felicidade/ É brinquedo que não tem”. E expressam a natureza soturna de um dos maiores compositores da MPB de todos os tempos. Pena que teve uma vida atribulada e repleta de dificuldades financeiras. Ao final, após duas tentativas anteriores de suicídio, Assis Valente se matou, em 1958, aos 46 anos de idade, após ingerir guaraná com formicida. Mas teve tempo suficiente para legar clássicos como “Cai, Cai, Balão”, “E o Mundo Não se Acabou”, “Brasil Pandeiro” e esta “Boas Festas”, que foi gravada pela primeira vez em 1933 por Carlos Galhardo. Minha versão predileta, na voz de Maria Bethânia, faz parte do álbum Natal Bem Brasileiro, de 2008.
P.S. 1: Quer conferir mais músicas natalinas? Não deixe de ouvir o podcast especial de Natal do Maestro Billy.
P.S. 2: Comentei, no Twitter, que precisava de um médium para psicografar meu espírito de Natal, que não sei aonde foi parar neste ano. De qualquer modo, uma data que serve como pretexto para desejar coisas boas às pessoas que nos são importantes não tem como não ser respeitada. Fica aqui o meu desejo, pois, de boas comemorações repletas de abraços, beijos e sorrisos neste Natal pra você que ainda não esqueceu da existência deste blog de atualizações bissextas. :)
Alexandre Inagaki
Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.
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