Artigos doo ano de: 2010

Promoção Planeta Terra

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 19 de novembro de 2010

Seguinte: estou com 4 pares de ingressos de pista para o Planeta Terra Festival na mão, que me foram dados pela Telefônica. Não irei: na buena, o line-up deste ano não me animou. Ok, sou fã de Girl Talk (que acabou de liberar o álbum novo para download) e Mombojó, gosto de algumas coisas do Phoenix e do Passion Pit e até iria ao show dos Smashing Pumpkins, apesar de constatar que a última música decente deles foi gravada há mais de 10 anos. Mas não é um evento que me deixou pilhado pra ir.

Porém, a julgar pela sondagem que fiz no Twitter, devo ser minoria: logo constatei que tem muita gente boa interessada em se esbaldar no Playcenter. Como o festival já vai rolar neste sábado e preciso entregar os ingressos a tempo de garantir a diversão de quatro leitores do Pensar Enlouquece e seus acompanhantes, resolvi fazer o mais simples e rápido: sorteio.

Se você deseja concorrer a um dos quatro pares de ingressos de pista para o Planeta Terra 2010 que estão dando sopa comigo, preencha os dados do formulário a seguir, clique em “submit” e fique na torcida. ATENÇÃO: você precisará retirar os ingressos comigo no mais tardar até a manhã deste sábado (lá pelas 11 horas viajo para o Rio), por isso estou pedindo número de telefone (se você não for de São Paulo, não se esqueça de informar o código de DDD).

Disclaimer óbvio, mas importante: não me responsabilizo por despesas de transporte e estadia. Portanto, se você não estiver em condições de retirar os ingressos comigo (hoje estarei perambulando pela região da Paulista), melhor deixar esta oportunidade para outras pessoas que estão mais a fim de curtir o festival e já estão com tudo engatilhado para irem ao Playcenter neste sábado, ok? Os resultados serão divulgados neste mesmo post às 14 horas de hoje; entrarei em contato com os ganhadores por e-mail e telefone. E agora, parafraseando o bordão imortal de Antônio Augusto de Moraes Liberato: VALENDOOOOOOO…

* * *

Pronto, já deu 14 horas. INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

* * *

E os vencedores são… Rafaela Matoso, Endrigo Chiri Braz, Mirelle Martins e Fabiele Fabricio, conforme divulguei no Twitter. Parabéns e obrigado a todos os 414 participantes da promoção!

Afinal, o que querem as mulheres?

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 18 de novembro de 2010

Se nem Freud descobriu o que querem as mulheres, oras, o que um pobre leigo feito eu vai saber? Mas enfim, como bem disse Federico García Lorca, “só o mistério nos faz viver”. Será mergulhando de cabeça no universo feminino (e dentro de si mesmo) que o escritor e psicólogo André Newmann, personagem que protagoniza a nova série de Luiz Fernando Carvalho, buscará a resposta definitiva para esse dilema.

A fim de saber mais sobre como a pergunta clássica de Freud virou uma série da Globo, participei de um bate-papo com o trio de roteiristas por trás de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?”: João Paulo Cuenca (um baita escritor que acompanho desde os tempos do Folhetim Bizarro), Cecília Giannetti (outra autora de primeira revelada pela web, mas que também é conhecida por ser serial killer de seus próprios blogs) e Michel Melamed (que também atua e, dizem por aí, exercita dons esquizofrênicos no blog da série). O evento, que contou com a presença de diversos blogueiros convidados, girou em torno de assuntos como deadlines insanos, o desafio de criar uma obra experimental para um veículo popular como a Rede Globo, os bastidores da gravação (Ciça testemunhou uma imagem marcante: Vera Fischer de calcinha) e o que Cuenca descreveu como uma “mitificação masculina e boba”: a tal questão que batiza a série.

Foi instigante acompanhar de perto o brainstorm de sinapses e abstrações dos três. Como descreveram no encontro, o processo criativo foi uma insanidade total, movida por uma dieta à base de “Red Bull, cigarro e pizza.” Quem assistiu ao primeiro capítulo de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” pôde constatar que a série, exibida às quintas-feiras, espelha esse Big Bang criativo. Afinal, estes são tempos de discursos atravessados, de cacofonia de muitas pessoas falando ao mesmo tempo: uma lógica típica da internet, que se reflete no modo como sentimos e vivemos o mundo. “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” é, pois, o retrato desta era confusa, misteriosa e cheia de possibilidades. Com pessoas que querem tudo ao mesmo tempo agora. E que nutrem, citando Giannetti, “desejos loucos, disparados, com setas para todos os lados”.

Um dos momentos destacados nos bastidores da criação da obra foram as gravações feitas por um Michel Melamed devidamente trajado com os figurinos do seu personagem, quando ele foi às ruas conversar com populares. Michel, que gravou depoimentos com cerca de 300 pessoas como se fosse André Newmann, descreveu esses momentos como “um manicômio no meio de um redemoinho”.

Melamed ainda destacou: “Impressionante como num mesmo metro quadrado séculos separam pessoas. Logo após encontrar meninas espertas e safadas, achei mulheres cabisbaixas acompanhadas por maridos que as impediam de falar.” Se antes era tudo razoavelmente planificável, hoje o mundo é multifacetado. No Twitter, não encontramos ao mesmo tempo gente fascista, homofóbica, liberal, islâmica, preconceituosa, pansexual? Pois é: o Twitter é a vida. Ou, como bem resumiram Cuenca e Melamed: “Toda esquina é um Twitter.”

Não é de se estranhar que a série trabalhe com diversos níveis e camadas de entendimento, enredados por metalinguagens e intertextualidades. Basta pensar que seu blog, que já estava no ar antes da série começar a ser exibida, foi criado por um personagem que ainda não existia, sendo escrito por um autor que também é um ator. E que, a partir do início da exibição em um veículo de mass media, tem a possibilidade de refletir as percepções dos telespectadores e os comentários deixados pelas “pós-popuzudas” e “afrodites blogueiras” (expressões de Melamed). Sendo que o blog, na real, não é necessariamente escrito apenas por Michel/André. Afinal, como resumiu ironicamente Cuenca, a série é o resultado da fusão criativa de “oito mãos, três membros e uma florzinha”.
E agora? Bem, recomendo que você acompanhe o site de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” e fique atento à programação: no total serão seis capítulos, todos eles exibidos por volta das 23:30, às quintas-feiras. Afinal, nem sempre temos a chance de poder acompanhar uma produção sui generis como esta, capitaneada pelo mesmo Luiz Fernando Carvalho de outras jóias como “Capitu” e “Hoje é Dia de Maria”, dando sopa na tevê aberta.

Top TVZ 5 letras de música com melhores versos iniciais (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 16 de novembro de 2010

Entrou no ar TopTVZ.com.br, novo projeto online do Multishow com mais de 1 milhão de letras de cerca de 35 mil artistas. A fim de conhecer melhor o acervo de letras de música do site, decidi fazer algumas pesquisas por canções de meus artistas favoritos. E constatei: apesar de ainda estar na versão beta, o acervo do TopTVZ já é dos mais respeitáveis. Além da quantidade e da variedade de letras, boa parte das páginas também já disponibiliza videoclipes e traduções das músicas.

Aproveitei a oportunidade, pois, para fazer mais um indefectível Top 5: os melhores versos iniciais de músicas. Em 2007, a Spinner elaborou uma lista bem discutível, que colocou no número 1 o verso “she’s a very kinky girl”, que abre a canção “Superfreak”, de Rick James. Eu, pessoalmente, achei esse Top 25 da Spinner decepcionante, com só duas boas lembranças: “Hello, Darkness, my old friend” (de “The Sound of Silence”, da dupla Simon & Garfunkel, número 21 na lista) e “Jesus died for somebody’s sins but not mine” (de “Gloria”, de Patti Smith, classificada em nono lugar).

Listas, de qualquer modo, são feitas para serem discutidas e questionadas, fazendo com que cada um que discorde delas remexa seu baú de memórias resgatando preferências pessoais. Segue abaixo, pois, o meu Top 5 de melhores começos de músicas (a propósito, lembranças de outros versos iniciais marcantes serão muito bem-vindas nos comentários). Continue Lendo

Boa sorte, Presidente Dilma Rousseff

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 02 de novembro de 2010

Pouco depois do anúncio oficial dos resultados finais do segundo turno, postei o seguinte no Facebook:

“Ufa, fim das eleições. Agora, duas torcidas: que Dilma Rousseff faça um excelente governo e que todo o tiroteio cruzado entre militantes xaatos de ambos os lados finalmente acabe. Afinal, estamos todos no mesmo barco, porra!” Continue Lendo

Entrevista com Arnaldo Jabor e promoção do filme “A Suprema Felicidade”

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 29 de outubro de 2010

Foi um longo hiato. Após ter passado duas décadas sem filmar, eis que finalmente Arnaldo Jabor está de volta aos cinemas brasileiros com seu novo longa-metragem, “A Suprema Felicidade”. Ou seja: toda uma geração sequer imagina que aquele colunista ranzinza do Jornal Nacional, que ficou mais conhecido por suas opiniões polêmicas sobre política, antes era conhecido como o diretor de filmes como “Toda Nudez Será Castigada”, provavelmente a melhor adaptação cinematográfica de toda a obra de Nelson Rodrigues, ou “Eu Sei Que Vou Te Amar”, filme de 1986 que levou 5 milhões de espectadores aos cinemas e rendeu a Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

Pois bem: ao sair da sessão de “A Suprema Felicidade”, um filme em que as músicas incidentais e a trilha sonora composta por Cristovão Bastos fazem parte essencial da trama, e a sexualidade com todos os seus conflitos e descobertas, também perpassa toda a história, lembrei de uma frase cunhada pela jornalista Lola Felix-James: “A vida é movida a porra e música”. Continue Lendo

Ler faz crescer (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os primeiros livros que devorei com gosto durante minha infância nunca foram publicados. Tratam-se dos diários que meu pai escrevia, de forma sistemática, durante a juventude. Neles, seu Shiguehiko relatava a época em que morava em Mogi das Cruzes junto com meus avós e seus seis irmãos. Meu avô paterno, seu Fumio Inagaki, fazia carvão e depois o vendia, de porta em porta. Nas horas vagas, escrevia hai-kais; e eu, seu neto japaraguaio e analfabeto de ideogramas, infelizmente até hoje desconheço sua obra. Minha avó, hoje octagenária, desconhece o paradeiro de seus versos. Continue Lendo

As músicas que fazem a gente chorar até pelo chifre que não levamos

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um dia ainda hei de botar no papel minha teoria a respeito da capacidade única que a música sertaneja possui de prover a trilha sonora para corações combalidos em busca de catarse. E ainda possuo a convicção de que um dia Zezé di Camargo terá o mesmo status cult merecidamente conquistado por Roberto Carlos: poucos compositores na MPB possuem a mesma capacidade de, sem necessitar recorrer a maiores firulas metafóricas, conseguir traduzir musicalmente todas as alegrias, dores e angústias que o tal do Amor nos faz sentir.

Enquanto não redijo minha tese sobre os fragmentos do discurso amoroso nas canções de Zezé Di Camargo & Luciano, a entrevista que concedi a Eva Uviedo, para o site da revista Trip, já adianta algumas das minhas observações sobre este gênero musical injustamente subvalorizado. Em tempo: recomendo que ela seja lida ao som do playlist com meu Top 10 Sertanejas. :)

Top 10 Sertanejas by Alexandre Inagaki on Grooveshark'}" alt="" data-recalc-dims="1"/> Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
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