Artigos doo ano de: 2009

Susan Boyle e Paul Potts: quando a música nos faz chorar

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 14 de abril de 2009

Era visível a incredulidade nos rostos dos jurados e da plateia do programa Britain’s Got Talent (um misto de Show de Calouros com American Idol) quando Susan Boyles, uma senhora britânica de 47 anos, subiu ao palco para cantar “I Dreamed a Dream”, do musical Os Miseráveis.

Pouco antes de exibir sua performance, o programa mostrou uma breve entrevista na qual Susan revelou que vivia sozinha com Pebbles, seu gato de 10 anos de idade. Mais: nunca havia se casado e, pior, nunca havia sido beijada na vida. Sua aparência física certamente não se assemelha ao visual habitual dos popstars, e o seu jeito simples e levemente atrapalhado fez com que júri e audiência aguardassem por um momento supremo de vergonha alheia. Continue Lendo

Festival do Minuto: uma ideia em até 60 segundos

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 19 de março de 2009

Muito antes do advento do Twitter, o Festival do Minuto surgiu em 1991 com o objetivo de instigar nas pessoas a necessidade de serem sintéticas neste mundo repleto de informações, a ponto de conseguirem condensar suas idéias em vídeos com até 60 segundos de duração. A boa sacada foi logo disseminada no exterior; inspirados na ideia original do cineasta Marcelo Masagão, surgiram mais de 50 versões internacionais do Festival do Minuto.

Se antes os vídeos eram enviados em fitas VHS e mini-DVs, por meio de caixas enviadas pelo correio, a pequena revolução causada pelo surgimento do YouTube fez com que o maior festival de vídeos da América Latina naturalmente se adaptasse. Desde o final de 2007 o Festival do Minuto tornou-se permanente e online, passando a receber colaborações diretamente pela internet. Apesar de ainda promover constantemente exibições de vídeos em eventos culturais e universidades, o festival amplificou suas atividades online, mantendo um canal no YouTube e promovendo em seu site diversos concursos temáticos com premiações em dinheiro para os melhores trabalhos audiovisuais escolhidos pela curadoria.

Confiram a seguir cinco dos vídeos mais bacanas que encontrei no canal do YouTube do Festival do Minuto.

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Na Vida de Um Homem Duas Coisas Podem Acontecer” (2000), de Flávio Andrade Meirelles - É bastante evidente a influência, neste vídeo engenhoso, de “Ilha das Flores”, o curta-metragem já clássico que Jorge Furtado dirigiu em 1989. Mas o minuto concebido por Flávio tem seus méritos próprios, a ponto de ter inspirado outras criações derivadas, como o hilário “Na Vida de Um Estagiário”, de Nuno Boggiss e Marcio Iunes.

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Uma Vez” (1993), de André Abujamra e Jarbas Agnelli - Matar dois coelhos com uma “caixa d’água” só, “assustar” o cheque e antena “paranoica” são três das pérolas criadas a partir de expressões cotidianas que ganharam tradução audiovisual neste trabalho a quatro mãos de André, ator, músico (ex-Os Mulheres Negras e Karnak) e produtor, e Jarbas, publicitário e diretor de alguns dos melhores videoclipes já feitos no Brasil, como os de “Anormal”, do Pato Fu, e “Instinto Coletivo”, do Rappa.

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Eva Jones” (1991), de Christiano Metri - De todos os vídeos premiados na primeira edição do Festival do Minuto, que foram exibidos em um especial exibido por alguma TV (Cultura ou Gazeta, não estou certo), este foi o que mais me impressionou. Pela montagem, pela fotografia, pela edição de som e, principalmente, pela narrativa nonsense, que dispensa palavras e trabalha habilmente os recursos audiovisuais a fim de descrever a relação sui generis entre uma lavadeira de roupas e uma barra de sabão de côco.

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Air Guitar” (2005), de Ricardo Santini - Tive uma identificação imediata com este vídeo, embora deva dizer que sou melhor como air drummer. Mas a grande sacada mesmo foi o fato desta produção ter sido feita para participar de um concurso com o tema “Ctrl+Alt+Del”. É apenas uma piada, mas muito bem contextualizada. B)

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A Vida é Uma Só” (2004), de Fernando Bianchi - Com o tema “Mínima Diferença”, Bianchi mostra diversos enquadramentos exibindo imagens que não são exatamente o que aparentam, ilustrando de modo criativo como a realidade é modificada dependendo do ponto de vista de cada espectador.

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P.S.: Se você mora em São Paulo, recomendo fortemente que você dê um pulinho no MASP, onde está sendo realizada a mostra 1000 Minutos de 80 Países, organizada pela versão holandesa do Festival do Minuto, com uma seleção de vídeos brasileiros feita por Marcelo Masagão, e direção e produção executiva a cargo de Gustavo Steinberg. A exposição estará no MASP até o dia 29 de março.

Amor e sexo com… robôs?

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 16 de março de 2009

Encontrei nesta semana um texto que me chamou a atenção: “Robô programado para amar tem ‘ataque obsessivo’”. Segundo a matéria, o robô Kenji, programado para simular emoções humanas e criado pela empresa japonesa Robotic Akimu, teria perdido o controle após passar um dia no laboratório ao lado de uma pesquisadora. Quando ela estava saindo do recinto, Kenji recusou-se a deixá-la ir embora, bloqueando a porta de passagem e exigindo abraços, em um súbito ataque de carência emocional. A história, que repercutiu em blogs como Gizmodo e acabou por ser reproduzida em dezenas de sites brasileiros, seria sensacional; pena que é falsa. A lorota do robô que amava demais foi criada pelo blog MuckFlash, cujo lema, sugestivamente, é uma citação de Mark Twain: “Consiga os fatos primeiro; depois, distorça-os como quiser”.

Não pretendo, porém, escrever mais um texto sobre como blogueiros e jornalistas são facilmente ludibriados pelo que encontram na internet, até porque já fiz isso no post “Sobre vídeos engraçados, risadas fora de hora e um ceticismo necessário”. A leitura deste hoax acabou, na verdade, tornando-se o mote para que eu recordasse de um singelo livro escrito por David Levy, especialista em inteligência artificial, que, em sua obra Amor + Sexo com Robôs - A Evolução das Relações entre Humanos e Robôs, vaticinou a seguinte previsão: humanos começarão a fazer sexo com autômatos daqui a 5 anos, e os primeiros casamentos, hmm, interespécies serão realizados em meados de 2050. Continue Lendo

Por aí

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 09 de março de 2009

Filmes, músicas, séries de TV, livros. Cultura pop é um tema que inspira apaixonadas e intermináveis discussões, em especial na Web. Qualquer um que já fez uma lista dos cinco piores seriados sobre advogados, dez músicas para curtir fossa ou sete melhores adaptações cinematográficas de livros certamente se deparou com comentários indignados sobre a citação ou o esquecimento de algum “injustiçado”. Não à toa, pois, o gráfico The Trilogy Meter, de Dan Meth, foi visualizado mais de 140 mil vezes em duas semanas.

A ideia é genial. Porém, como não poderia deixar de ser, discordo em ao menos uma avaliação: não acho que O Poderoso Chefão 3 seja tão ruim quanto se apregoa por aí. Acho magníficas tanto a sequência na ópera quanto a cena final mostrando o destino de Michael Corleone. Mas sei que faço parte de uma minoria que abstraiu o desempenho dramático de Sophia Coppola no filme.

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Peter Sebastian especializou-se em dar forma gráfica a frases e aforismos extraídos de filmes e de suas experiências pessoais. Por conta disso, tornou-se o autor de ilustrações fartamente reproduzidas em blogs e, especialmente, no Tumblr, embora nem sempre com os devidos créditos dados, tornando-se mais um caso de “autor desconhecido” na internet. Uma pena: Peter Sebastian faz por merecer todo reconhecimento possível.

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Brock Davis, além de ser autor de algumas das estampas mais bacanas das camisetas da Threadless, possui um currículo dos mais respeitáveis. Mas ele veio parar neste post por causa de uma de suas atividades mais recentes: ilustrar, usando M&Ms, piadas de… pontinhos.

Eu, como membro da comunidade Infâmia Lovers no Orkut, não poderia deixar de destacar a imagem acima, justamente intitulada “Papai Smurf fica bravo e transforma-se no Incrível Hulk”.

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Dos “memes” que pululam por aí, um dos mais interessantes, surgido originalmente no Facebook, é aquele que conclama internautas a postarem 25 coisas aleatórias a seu respeito. Enquanto não publico a minha lista, destaco uma tira do genial David Malki satirizando esse meme.

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P.S. 1: Qualquer efeméride perde seu sentido se não resgatamos o motivo pelo qual determinada data está sendo celebrada. Não vejo diferenças, pois, entre a criança que ganha um presente de Natal sem saber o que a data tem a ver com Jesus Cristo, ou entre a mulher que ganha uma rosa murcha no dia 8 de março, acompanhada por um chavão do tipo “parabéns pelo seu dia”, em geral pronunciado por um homem que desconhece os motivos da criação do Dia Internacional da Mulher e sequer sabe quem é Maria da Penha Maia, a biofarmacêutica que empresta seu nome à lei federal 11.340/2006, que endureceu as punições a quem comete violências físicas e psicológicas contra mulheres.

P.S. 2: Recomendo dois textos em especial sobre o Dia da Mulher: Dispenso Esta Rosa!, de Marjorie Rodrigues, e Mensalão do Aborto, de Marcelo Rubens Paiva. E a quem interessar possa, alguns posts que escrevi anteriormente: Dia internacional das homenagens infames às mulheres e Entre o moderno e o eterno.

“Ditabranda” é o escambau

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 06 de março de 2009

No dia 17 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo cunhou o termo “ditabranda” para se referir ao regime militar brasileiro que ceifou a democracia no Brasil de 1964 a 1985. Definir como “ditabranda” uma época na qual cidadãos como Rubens Paiva, Antônio Henrique Pereira Neto, Stuart e Zuzu Angel, Nilda e Esmeraldina Cunha, Vladimir Herzog e outras centenas de pessoas foram barbaramente perseguidos, torturados e assassinados, é um insulto à memória deste país. E um desastre para a credibilidade de uma empresa jornalística cujo maior compromisso deveria ser com a Verdade.

A charge que ilustra este post, impactante paráfrase visual criada por Carlos Latuff, já foi divulgada por blogs como O Biscoito Fino e a Massa, Maria Frô e O Escriba, mas precisa ser mais divulgada. Mas creio que a questão principal aqui não é de, pela enésima vez, fomentar as repetitivas brigas entre “direitistas” ou “esquerdistas”, que transformam qualquer discussão política em rixa de torcidas organizadas de futebol. O que gostaria de ressaltar é o fato de que um veículo jornalístico, cuja principal matéria-prima é a palavra, não poderia jamais relativizar fatos históricos e fartamente documentados como todos os crimes cometidos pela ditadura brasileira, banalizando tantas mortes e torturas com um trocadilho estúpido e inconsequente.

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P.S. 1: Links recomendados: A “ditabranda” da Folha (Igor Ribeiro), De [email protected] para [email protected] (Hipopótamo Zeno), Quem foi Vladimir Herzog (Instituto Vladimir Herzog).

P.S. 2: A quem interessar possa: um ato público de protesto foi marcado neste sábado, dia 7 de março, às 10 da manhã, na Alameda Barão de Limeira, em frente ao prédio da Folha.

Quem é Rei nunca perde a majestade

Por Alexandre Inagakisábado, 28 de fevereiro de 2009

Carnaval é legal. E não afirmo isso só por causa do feriado prolongado ou das farras orgiásticas. Em meio ao corre-corre desenfreado da vida nas metrópoles, creio ser cada vez mais necessário conseguir viver um momento de tecla pause, com direito a dias de ócio descompromissado. Ignoro, pois, os chatonildos de plantão que entoam monocordicamente a ladainha de que há muitos feriados no Brasil, de que por conta disso o país não vai pra frente, blá blá blá. Lamento por esses workaholics resmungões, e a eles recomendo doses contínuas de Máscara Negra, marcha composta por Zé Keti e Pereira Matos em 1967, cujo refrão é uma das melhores traduções deste espírito leve, banhado em confete e serpentina, que toma conta daqueles que sabem como se divertir: “Vou beijar-te agora/ Não me leve a mal/ Hoje é carnaval”.

Foi bacana ver a animação saudável do carnaval de rua em vários lugares do país, que, embora não chamem tanta atenção da mídia, que prefere paparazzar celebridades siliconadas por aí, promoveram arrastões de foliões reunidos anarquicamente em blocos com nomes impagáveis como “Largo do Machado, Mas Não Largo do Copo”, “Tudo Certo pra Dar Merda”, “Suvaco de Cristo” (que quase foi chamado de “Divinas Axilas”), “Se Eu Não Lembro Eu Não Fiz”, “Regula Mas Libera”, “Simpatia é Quase Amor“, “Sou Hetero, Mas é Carnaval”, “Apôis Fum”, “Cordão Agoniza Mas Não Morre”, “Se Melhorar, Afunda” e “Não Trema na Linguiça“. E a criatividade não parou na hora de batizar blocos, vide as fantasias originais flagradas pela câmera de Bruno Natal, do blog URBe, durante a passagem do bloco Cordão do Boi Tatá.

Porém, creio que o grande destaque foi mesmo a passagem do bloco Exalta Rei, que desfilou pelas ruas do bairro da Urca, no Rio, cantando em altos brados as composições de mestre Roberto Carlos. As fotos tiradas por Dodô Azevedo e os posts emocionados escritos por pessoas de sorte como Liv Brandão, Claudio de Souza e Renata Victal, que testemunharam in loco o momento em que o Rei acenou para seus súditos da varanda de seu apartamento, documentaram esse instante histórico do carnaval de rua carioca.

Em seu site oficial, Roberto Carlos ainda publicou uma nota agradecendo pela homenagem calorosa do bloco Exalta Rei: “Vocês me deram uma alegria muito grande. Que coisa maravilhosa! Fiquei emocionado com tanto carinho e com tanto amor”.

Quem optou por ver o carnaval pela televisão teve de aturar a cobertura monótona que a Band fez dos eventos em Salvador, ou a transmissão que a Globo fez dos desfiles das escolas de samba no Rio e em São Paulo, e que me fez sentir saudades dos tempos em que a finada Rede Manchete televisionava os eventos do Sambódromo, com locução de Paulo Stein e comentaristas do naipe de Fernando Pamplona, Mestre Marçal e Roberto da Matta.

Em meio ao modo um tanto quanto burocratizado com que a Globo transmitiu os desfiles, o destaque na TV ficou por conta da cobertura trash que a Rede TV! fez dos bailes, em especial do Gala Gay. O destaque ficou por conta da participação de Nelson “ok, ok” Rubens como o âncora das transmissões, fazendo o merchandising das camisinhas Gózzi (pronuncia-se “Gódzi”), melhor nome de produto de todos os tempos da última semana. E isso pra não citar a gabaritada equipe de repórteres da Rede TV!: Léo Áquila, Monique Evans, Tatiana Apocalipse (alcunha que me fez lembrar de chacretes como Leda Zeppelin, Fernanda Terremoto e Regina Polivalente), Robaldo Ésperman e Christian Pior.

Mas enfim, como diz aquela música, todo carnaval tem seu fim. Feliz ano novo! ;)

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P.S. 1: Enfim tirei a camada de pó que já cobria os posts deste blog, fazendo com que muitos pensassem que eu já havia trocado em definitivo este espaço pelo meu Twitter. Não darei desculpas. Afinal de contas, elas soariam tão sinceras quanto aquelas justificativas surradas que participantes do Big Brother dão ao indicarem alguém para o paredão: “Bial, não tenho nada contra essa pessoa. Eu só vou votar nela porque é com quem eu tenho menos afinidade aqui dentro da casa”. :P

P.S. 2: Vem aí o youPIX, um evento que trará o melhor da web para o mundo real. Confira toda a programação que rolará no Espaço Gafanhoto, não deixe de assegurar a sua inscrição e reserve desde já sua agenda para os dias 9, 10 e 11 de março!

P.S. 3: Seria bom se criassem um Gerador Automático de Desculpas aos moldes do sensacional Excuse-O-Mat

Campus Party 2009 - balanço final

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Foram dias agitados, estressantes, divertidos, (im)produtivos e gratificantes. A Campus Party 2009, que no ano passado foi realizada no prédio da Bienal no Ibirapuera, mudou para o Centro Imigrantes em busca de mais espaço físico e melhor infraestrutura, mas na prática o que se viu foi um ambiente de acústica execrável, que se assemelhava a uma enorme praça de alimentação de shopping, com um burburinho insuportável de milhares de pessoas conversando ao mesmo tempo em que os palcos das diversas palestras que ocorriam simultaneamente faziam com que o local se tornasse uma desenfreada cacofonia.

Menos mal que, por residir em São Paulo, sequer cogitei a ideia de acampar durante o evento. Até porque seria um enorme desrespeito optar por desprezar anos de progresso e descobertas científicas que resultaram nos confortos e comodidades da vida moderna, preferindo ficar acampado em um lugar frio, barulhento e sem chuveiros com água quente. Não sou hippie o suficiente, não tenho mais 18 anos de idade nem humor o suficiente para encarar essas roubadas com a disposição de quem topa tudo por diversão descompromissada. Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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