Artigos doo ano de: 2007

De volta com nossa programação normal

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Você anda se penitenciando pois esqueceu de presentear alguém ou de mandar aquela mensagem celebrando o Natal a um amigo próximo? Então siga o meu exemplo e dedique esta tira de Bill Watterson a uma pessoa especial.

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O assassinato de Benazir Bhutto

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 27 de dezembro de 2007

É triste constatar que faço parte de uma minoria neste país que efetivamente se interessa pelo caderno “Mundo” dos jornais. A não ser que a notícia seja sediada nos Estados Unidos, e de preferência tendo como protagonista algum astro hollywoodiano, a repercussão do que acontece em outros continentes é quase pífia. Meu recente post sobre o Soda Stereo, grupo argentino solenemente esquecido pela mídia tupinambá, é apenas um exemplo de nosso ilhamento na área cultural. Também me estarrece o nosso desconhecimento acerca do cenário político, econômico e social de outros países. O resultado: as opiniões recorrentes sobre políticos internacionais como Hugo Chávez, Nicolas Sarkozy, Mahmoud Ahmadinejad ou Vladimir Putin são quase invariavelmente baseadas em estereótipos descontextualizados que desconhecem nuances. E isso na hipótese otimista de que o interlocutor tenha idéia de quem sejam essas pessoas.

Em um cenário no qual nossa população de analfabetos funcionais ou internautas alienados deve crer que “Farc” é uma onomatopéia que reproduz o som de um peido e “Protocolo de Kyoto” possivelmente tenha algo a ver com alguma configuração de rede de computadores japoneses, imagino que a péssima notícia do assassinato de Benazir Bhutto não terá sequer um décimo do impacto de mais um vídeo mostrando Paris Hilton transando com desconhecidos. Benazir, que foi por duas vezes premiê do Paquistão, havia retornado há pouco tempo de oito anos de exílio voluntário do seu país, e estava engajada na campanha pelas eleições parlamentares que ocorreriam em janeiro de 2008. Continue Lendo

São Google, olhai por nós!

Por Alexandre Inagakisábado, 22 de dezembro de 2007

O Google é onipresente. Não é à toa que já criaram The Church of Google, enquanto André Dahmer cunhou a expressão “igreja googlista” para se referir aos adeptos do sistema de buscas, ou melhor dizendo, oráculo que ajuda a responder todas as nossas angustiantes questões sobre a vida, o universo e tudo mais.

Em uma sacada ao melhor estilo ovo de Colombo, a Loja do Bispo, localizada na Rua Dr. Melo Alves, 278, em São Paulo, decidiu presentear seus clientes com fitinhas ao melhor estilo daquela de Nosso Senhor do Bonfim. Eu, como bom nerd que sou, dei um pulo por lá a fim de garantir meu estoque de fitas de São Google e ainda aproveitei para comprar alguns livros do catálogo da Editora do Bispo. As embalagens para presente, diga-se de passagem, são sensacionais. Vide a imagem abaixo, uma verdadeira “marmita literária”.

loja-do-bispo

Fica aqui a dica para este Natal. Caso você, amigo blogueiro, deseje garantir PageRank 7 para o seu site ou presentear seus colegas de blogagem com uma lembrança supimpa, passe na Loja do Bispo ou faça uma encomenda online. Afinal de contas, dizem que São Google é ecumênico e traz a pessoa amada em até três dias!

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P.S. 1: Publiquei mais fotos da Loja do Bispo no blog Nokia Intellisync.

P.S. 2: John Lennon foi um cara bacana que afirmou, em certa ocasião, que “vida é o que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”. É dele a trilha sonora dos votos de Feliz Natal que desejo a todos os meus leitores, uma vez que viajo hoje para um lugar sem internet. Afinal de contas, todo nerd necessita de uns dias desconectado para manter o frágil equilíbrio de sua sanidade.

A propósito, também andei escrevendo sobre o Natal em outros blogs, usando como motes um velho jingle do Banco Nacional e a árvore de Natal de Charlie Brown. Muitos chocotones, meias recheadas de presentes, juízo (ma non troppo), sorte, saúde e amor a vocês que me lêem!

P.S. 3: Dica derradeira: que tal conferir 54 textos sobre o Natal selecionados pelo site Releituras?

Soda Stereo, o maior grupo argentino do qual você sequer ouviu falar

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Lamentavelmente são poucas as pessoas no Brasil que conhecem esta excepcional banda argentina chamada Soda Stereo. Hoje o grupo fará o último show de uma turnê que passou por nove países e que, em 22 apresentações, vendeu mais de 1 milhão de ingressos por toda a América Latina. Mas nós, brasileiros, passamos incólumes pelo retorno de uma banda que esteve separada por dez anos e voltou agora para uma impressionante turnê que mereceu inclusive cobertura especial da Rolling Stone latino-americana, por causa de uma inexplicável e estúpida barreira que ainda mantemos com relação ao rock cantado em espanhol.

O retorno aos palcos do trio formado por Gustavo Cerati, Zeta Bosio e Charly Alberti comoveu a Argentina. Para que aqueles que nunca ouviram falar em Soda Stereo tenham uma vaga noção do tamanho do grupo, saibam que ontem seus integrantes foram recebidos pela presidente Cristina Kirchner na Casa Rosada. Além disso, nesta turnê o Soda lotou cinco vezes a capacidade do Estádio Monumental do River Plate, sendo que sua sexta apresentação no local, que promete ser a derradeira de toda a carreira vitoriosa da banda, será na noite de hoje. Vale a pena citar ainda um comercial-tributo no qual várias bandas tocam “De Musica Ligera”, hit do Soda regravado no Brasil pelo Capital Inicial e pelos Paralamas do Sucesso, que obteve grande repercussão nas tevês argentinas.

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Sugestões de presentes literários para o Natal

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Vida Dupla - Rajaa Alsanea. A capa esclarece o tema desta obra: um romance sobre o Oriente Médio hoje, escrito pela saudita atualmente residente nos Estados Unidos Rajaa Alsanea, de 26 anos. O livro, à primeira vista, lembra a trama da série Sex and the City, uma vez que fala da vida social, amorosa e sexual de quatro amigas pertencentes à classe alta. Porém, essas mulheres vivem na Arábia Saudita, um país cuja sociedade convive diariamente com o dilema de, arraigado em um patriarcalismo milenar sustentado pela crença no islamismo, ser cada vez mais influenciado pela modernidade trazida a galope da globalização. Não à toa, Rajaa estrutura seu enredo na forma de e-mails trocados em um grupo de discussões no Yahoo, em uma narrativa que soa como uma versão pós-moderna de Ligações Perigosas, o romance de Choderlos de Laclos escrito no século XVIII, cujos capítulos são todos na forma de cartas trocadas entre os personagens.

O livro chegou a ser proibido na Arábia Saudita, devido à forma despachada e sincera com que Rajaa fala da vida amorosa de suas personagens, incomodando os setores tradicionais de seu país. Para nós, ocidentais, não há nada de demais, até porque o livro não descreve nenhuma cena mais picante. O grande interesse, pois, está em conhecer melhor o mundo islâmico, sem que estejamos atrelados a estereótipos como mulheres que dançam como odaliscas, submissas aos caprichos de seus xeiques, ou homens que são meros discípulos de Bin Laden. Vida Dupla possui esse grande mérito de ajudar a desvendar o que se esconde sob os véus e túnicas negras que costumam cobrir as jovens sauditas. Em tempo: existe realmente no Yahoogroups uma lista Seerehwenfadha7et, conforme citada no romance de Alsanea. Aparentemente não foi criada pela autora, mas a lista acabou por congregar leitores e admiradores de Vida Dupla espalhados por todo o mundo.

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A Love Supreme - A Criação do Álbum Clássico de John Coltrane - Ashley Kahn. Este é um livro dedicado a descrever todos os bastidores em torno da criação de um dos álbuns de jazz mais importantes da história, gravado em uma noite de dezembro de 1964. Produto de uma exaustiva pesquisa feita por Ashely, jornalista colaborador de publicações como Mojo, Rolling Stone e New York Times, que é ao mesmo tempo um retrato e uma celebração à obra de um saxofonista celebrado 40 anos depois de sua morte como um músico que possuiu a capacidade rara de transformar sua música em uma manifestação espiritual do mais alto quilate. Não à toa, existe até uma Igreja São John Coltrane, localizada em São Francisco, na Califórnia.

Quem ouviu A Love Supreme compreende bem que Coltrane foi um músico iluminado, daqueles que são capazes de modificar vidas com sua arte. Recordo Louis “Satchmo” Armstrong respondendo o que era o jazz a um incauto: “Se você precisa perguntar, nunca vai entender”. Diga-se de passagem, Paulo Leminski fez uma associação insolitamente precisa, que conecta música a religião: “Zen é que nem jazz. E humor. Dessas coisas que não se explicam”. Sabiamente, Ashley Kahn não ousa, com seu belo livro, esgotar o assunto em torno de A Love Supreme. É preciso ouvir Coltrane para poder embarcar em sua viagem transcendental, que une Deus à melhor música produzida no século XX.

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Os Viralata. Uma iniciativa de Albano Martins Ribeiro que visa a divulgação do trabalho de escritores independentes, ajudando a intermediar o contato entre autores e leitores distribuindo com títulos que não encontraram abrigo no circuito convencional. Uma iniciativa que transporta para a Web o mesmo espírito da Geração Mimeógrafo, que nos anos 70 revelou autores como Cacaso, Ana Cristina César e Paulo Leminski, com escritores que não aguardaram pelo “sim” de grandes editoras pra botar seus blocos literários na rua.

Dentre os escritores publicados pela Viralata, nomes como Alex Castro, Olivia Maia e Marcos Donizetti. Tal qual a literatura independente dos anos 70, seus livros são disponibilizados para venda em edições a baixo custo, porque o que importa realmente é fazer com que suas obras cheguem às mãos dos leitores. E devo confessar que dá até vontade de ser publicado, especialmente por causa dos comerciais que Albano Ribeiro prepara para os autores que publica. Um bom exemplo: o vídeo promocional para Meias Vermelhas & Histórias Inteiras, do Doni.

P.S.: Para encerrar este post, mais uma dica literária: a Copa de Literatura Brasileira. Lucas Murtinho, idealizador do site, explica o conceito desta premiação sui generis: “Um prêmio que se vende como capaz de escolher regularmente o melhor livro do ano não pode expor ao público nem os gostos dos seus jurados, nem as falhas do seu processo. Mas se a idéia é, como acredito que sempre seja, simplesmente falar de livros, por que não mostrar o processo por inteiro? Por que não dar voz e espaço a cada jurado para explicar sua escolha? E, se escolher o melhor é estatisticamente impossível, por que não tornar o prêmio mais emocionante com um regulamento em que, como nos torneios esportivos, os livros se enfrentam um ao outro até que reste apenas um? Essa é a idéia da Copa de Literatura Brasileira”. Quem ler às excelentes resenhas dos romances que participaram da primeira edição da Copa se surpreenderá com o alto nível das críticas tecidas. Agora a CLP está na fase de eliminatórias para a edição de 2008: participe da escolha dos próximos oponentes.

Vírus no Orkut: todo cuidado é pouco!

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Atenção: nesta madrugada de terça para quarta-feira surgiu o que aparenta ser um novo vírus tocando o horror no Orkut. E saiba que, por enquanto, a única maneira de você não ser infectado é não acessando o seu perfil. Aparentemente, a outra maneira de escapar da contaminação é evitar que aplicativos em Flash sejam rodados em seu navegador (se você usa Firefox, instale o aplicativo Flashblock).

Agora, se a esta altura do campeonato você já viu o seu scrapbook e estranhou vê-lo entuchado por dezenas de recados com os dizeres “2008 vem aí… Que ele comece mto bem para vc…”, sinto muito: você já deve estar com o tal vírus instalado em sua máquina. O que ele faz? Teorizou Thiago Borbs: “É um Flash que executa um javascript. Ele envia scraps pra sua lista e te enfia numa comunidade”. A tal comunidade, intitulada “Infectados pelo Vírus do Orkut”, reuniu mais de 300 mil usuários em apenas meia hora, conforme relatou Flávia Durante. Há usuários que afirmam ainda que o tal vírus impede que um usuário envie ou responda scraps, embora ainda seja possível apagar os recados.

Erick Xavier, do site 1 Minute in My Life, publicou o código completo do vírus. E Gustavo Jreige, ao lado de Flávia Durante, foi um dos usuários que rastrearam na internet os dados do criador do script que infestou o site mais acessado do Brasil. Seu nome é Rodrigo Lacerda de Melo, também conhecido pelo nickname de Rodlac. Ele escreve no Blog do CTRL+C, e recentemente havia divulgado uma maneira de como espiar recados bloqueados no Orkut.

Pouco depois que sua identidade foi revelada no Twitter, o próprio Rodrigo tratou de se manifestar em seu blog, por meio do post “Como baguncei o orkut em um dia”. Eis a explicação do (ir)responsável por toda a confusão sobre sua engenhoca:

“Funciona assim:

- Você lê o scrap com o código;

- Ele injeta um código javascript no seu navegador;

- O código faz você entrar na comunidade;

- Coleta a sua lista de amigos;

- Envia o recado com o código para eles.”

Thiago Velloso, do Blog Rio Temporada, publicou uma maneira de impedir que esse script malicioso ataque o seu computador. Eis as dicas divulgadas por Thiago:

1. Clique na aba “Ferramentas” do seu Internet Explorer. Se a sua versão é a 7, ela só aparece se você apertar o botão “Alt”.

2. Em seguida, abra “Opções da Internet” e clique na aba “Segurança”.

3. Surgirá um ícone intitulado “sites restritos”. Clique nele e em seguida em “sites”.

4. Digite na caixa “files.myopera.com” sem as aspas, e clique em “Adicionar”.

5. Pronto. Você já pode navegar no orkut sem espalhar esse vírus.

A esta altura do campeonato (agora são 02:30 da madruga), o pessoal do Orkut já pode ter começado a solucionar o problema. Segundo Cris Dias, os scraps contaminados começaram a desaparecer, indício de que, embora o blog oficial do Orkut ainda não tenha publicado nenhum manifesto sobre o assunto, pessoas perderam o sono lá no Google.

Felizmente soube do problema, antes de ser infectado com o tal vírus que andou atacando todos os usuários do Orkut nesta madrugada, graças aos recados deixados no Twitter. Eu, que gosto de manter meus três pés atrás em imbróglios como este, não vou pagar pra ver, e escrevi este post baseado exclusivamente nos relatos das “vítimas” deste caso. O caso recorda muito o episódio do roubo das comunidades do Orkut (inclusive citado por Rodrigo Lacerda em seu blog), ocorrido em dezembro de 2004, no qual Vinícius K-Max pegou emprestado o controle de algumas das maiores comunidades com o intuito de denunciar falhas de segurança no site. Como diria Marx, mais uma vez a história se repete como farsa…

Bem, por enquanto é isso. A qualquer momento o Plantão da Globo retornará com novas informações sobre este caso. ;)

P.S. 1: Conforme esclareceu Rodrigo posteriormente em seu blog, não há “de Melo” em seu sobrenome. Aliás, segundo a descrição na comunidade (vide print screen tirado às 05:01), seu nome completo seria “Rodrigo Lacerada”, mas creio que se trata de um erro de digitação cometido pelo mesmo. Outro momento mea culpa: enganei-me sobre o episódio envolvendo K-Max e o Cocadaboa que foi citado por Lacerda. Na verdade, foi outro.

P.S. 2: Vinícius K-Max, referência obrigatória quando o assunto é falhas no código do Orkut, deixou um comentário bastante esclarecedor neste post:

Bom, o Lacerda fez um código impecável. Só pecou em usar o nome “VÍRUS”, o que assustou muita gente e com razão. O estudante de veterinária ou a dona de casa não são obrigados a saber o que é um Vírus e o que é um Worm.

Aliás, Worm seria o nome mais adequado pra esse código do Rodrigo, pois se auto-prolifera via web através de uma vulnerabilidade XSS (cross site scripting) e não atinge a máquina do usuário, portanto não destrói nem rouba dados. Nada de vírus aqui então!

P.S. 3: O blog oficial do Orkut manifestou-se sobre o assunto na quinta-feira, dia 20.

Quem é vivo sempre desaparece

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O hino oficial de todo membro da confraria dos possuidores de déficit de atenção e hiperatividade deveria ser “Nada Tanto Assim”, composição de Leoni e Bruno Fortunato cujo refrão diz: “Eu tenho pressa/ E tanta coisa me interessa/ Mas nada tanto assim”. Não à toa, essa canção do Kid Abelha batizará um dos meus novos projetos que entrará no ar em breve.

Sei que há tempos estou acostumado a abrir inúmeras abas e janelas do meu Firefox, pesquisando diversos assuntos simultaneamente. O resultado é que, no meio do processo de criação de um post para o Pensar Enlouquece, me deparo com um assunto que se encaixa perfeitamente no Nokia WikiTrends, um link interessante para ser compartilhado no Twitter, e assim por diante. Um comportamento típico de quem está imerso no universo TDAH há tempos, e convive cotidianamente com a avalanche de informações a que somos submetidos em enésimos sites, canais de TV, revistas, bate-papos.

Muito antes da internet eu já era um tanto quanto agitado e disperso, uma espécie de membro da geração Alt + Tab avant la lettre. Em vez de comer refeições na mesa da cozinha, ia até a sala para almoçar ou jantar em frente da TV, ao mesmo tempo que folheava os quadrinhos ou a página de esportes do jornal, e isso, creiam-me, com nove anos de idade. Na época em que ainda mantinha o hábito saudável de ler quatro a cinco livros por mês em vez de passar horas em frente ao computador, sempre lia vários volumes simultaneamente, revezando capítulos de um e outro livro. Posso dizer, pois, que antes de inventarem a navegação por abas, eu já fazia isso com minha pequena biblioteca.

Mas tergiverso, tergiverso, como de habitual. E quase me esqueço de escrever sobre o motivo principal deste post: dar um sinal de vida aos leitores deste blogs antes que pensem que eu já tirei férias antecipadas de final de ano. ;) Só que, em vez de remover a fina camada de pó que já se acumulava sobre os posts do Pensar Enlouquece, publiquei textos em diversos lugares por aí. Por exemplo, tive a honra e o prazer de escrever “Os Tempos, Eles Estão Sempre Mudando”, reportagem de abertura da revista Continuum Itaú Cultural deste mês, em que falo das transformações da difusão da arte e cultura nos últimos 20 anos graças aos avanços tecnológicos. Também estreei um novo blog que desenvolvi para o portal Blogamos, projeto que visa agregar conteúdos de qualidade na blogosfera brazuca. Trata-se do Pop Cabeça, que inicia atividades com posts sobre Gugu Liberato e a Semana do Presidente, a revolta de Johnny Cash e a música mais triste de todos os tempos, dentre inúmeros assuntos ligados a cultura pop.

No Nokia WikiTrends, site do qual sou responsável pela editoria de arte, escrevi sobre fotos encontradas e caixas de leite customizadas. No blog da Samsung, falei da volta do Portishead, o descarrilhamento do Bonde do Rolê e o Rock in Rio em Madrid. No Virunduns, meu post mais recente é sobre os 60 anos de Rita Lee.

Se eu acho ruim escrever em tantos lugares? Muito pelo contrário. Algo que estive comentando com o Edney outro dia foi o seguinte: não entendo quando vejo algum blogueiro se queixar da falta de assunto para postar. Comigo ocorre o contrário: há tantas coisas curiosas e instigantes neste mundo que o problema é arrumar tempo para pesquisar tais temas e escrever algo minimamente relevante sobre elas. Felizmente hoje em dia posso me dar ao luxo de trabalhar full time em casa e pagar as contas com meus escritos. É claro que, nesse tumulto todo, um e outro blog acaba sendo temporariamente abandonado. :roll: Mas aos poucos vou aprendendo as manhas de manter vários sites ao mesmo tempo com o mestre Nick Ellis

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P.S. 1: Pensar Enlouquece foi eleito o Melhor Blog de 2007 e o Melhor Blog Pessoal pelos eleitores que participaram das votações promovidas pelo Best Blogs Brazil. Agradeço a todos que votaram em mim, mas com dedicatórias especiais a Cynara Peixoto, idealizadora da premiação, e à implacável Liga dos Blogueiros de Saco Roxo.

P.S. 2: A ilustração deste post, uma tira da série Piled Higher and Deeper, de Jorge Cham, foi uma sugestão deixada nos comentários por Marcela Ortolan. Obrigado! ;)

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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