Você pode salvar uma vida: seja um doador de medula óssea

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Há várias doenças que podem ser tratadas com a doação de medula óssea, como leucemia, linfoma e imunodeficiências. Porém, apenas 30% dos pacientes que necessitam de transplante encontram um doador em sua família. Os demais precisam achar esse doador no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). A chance de encontrar uma medula compatível é de 1 em 100.000. Para que as probabilidades de se achar um doador aumentem, é preciso aumentar a quantidade de voluntários cadastrados no REDOME. Quer ajudar a salvar uma vida? Então clique aqui para encontrar o local de cadastro para doador de medula óssea mais próximo de sua casa, e siga os passos a seguir.

Constatei na prática como é simples participar do registro de doadores de medula óssea. Semana passada estive no Hemocentro da Santa Casa de São Paulo: em questão de menos de 20 minutos fui até a recepção, dei algumas informações pessoais e fiz um pré-exame. Foram coletados 10 ml do meu sangue (o equivalente a uma colher de sopa), que serão utilizados para a realização de um exame de compatibilidade. Ah sim: a fim de agilizar ainda mais o processo, já tinha trazido de casa, preenchido, um formulário de cadastro para doação voluntária de medula.

A motivação em me tornar doador voluntário veio por meio da história de Fabiana Ikeda, mãe de dois filhos cujo vida profissional é focada em projetos sociais. Fabiana foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda em outubro deste ano, e a fim de buscar um doador compatível sua família lançou uma campanha online que chegou a mim através de vários amigos que se lembraram de mim e me copiaram em publicações porque o número de doadores de medula óssea de origem asiática no Brasil ainda é pequeno: apenas 3,4% dos 3,5 milhões de cadastrados no REDOME.

No Brasil, cerca de 1.200 pessoas estão à procura de um doador compatível, precisando aguardar meses ou até anos até encontrarem um “anjo da guarda”. Segundo estimativa de especialistas, precisaríamos ter cerca de 10 milhões de doadores cadastrados para atender a todos os doentes. Ou seja, apesar de já termos uma quantidade expressiva de voluntários registrados, precisamos reunir muito mais gente para que pacientes como a Fabiana encontrem a esperança da cura através de um transplante.

A foto acima mostra o momento em que o menino João Daniel, mais conhecido como “João Bombeirinho” por causa da profissão que mais admira, encontrou Kayla Castilho, a estudante de 22 anos que doou medula óssea e salvou a vida do jovem garotinho de 6 anos de idade, que tinha leucemia e passou pelo transplante em 2012. Não creio que palavras possam ser mais convincentes do que essa imagem, para convencer outras pessoas da importância de se cadastrarem como doadoras voluntárias. E não consigo imaginar um privilégio tão bonito nesta vida quanto a oportunidade de salvar uma vida através deste simples ato de doar.

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