Uma das letras mais intrigantes de Herbert Vianna é a de “Dois Elefantes”, faixa 10 do álbum Bora Bora, de 1988. Nela, Herbert canta: “Não sei se hoje é ontem ou anteontem/ E do seu telefonema eu não vi nem a cor/ Existe uma coisa que me dói perder, existe/ Uma coisa que custei a ganhar/ Meu rosto e teu rosto, rindo/ Dois elefantes no fundo do mar“. Se alguém puder me dar uma explicação cabível para a metáfora dos paquidermes se afogando, quase tão enigmática quanto a dos segredos de liquidificador, por favor, não se acanhe: deixe sua leitura nos comentários deste post. Continue Lendo
Em 1985 Cazuza gravou “Exagerado” seu primeiro álbum solo após a saída do grupo Barão Vermelho. Além da faixa-título, o grande destaque do disco foi “Codinome Beija-Flor“, música composta junto com Reinaldo Arias e Ezequiel Neves. Esta belíssima canção, além de surpreender os roqueiros da época com seu arranjo a la bossa nova, chamou a atenção por alguns versos que até hoje intrigam os ouvintes: “Que só eu que podia/ Dentro da tua orelha fria/ Dizer segredos de liquidificador“. O que cargas d’água Cazuza queria dizer com a expressão “segredos de liquidificador”?
Teses e teses a respeito do seu significado pululam pela Internet. Segundo Valdir Mengardo, é uma metáfora que pretende mostrar a “incompatibilidade entre a sociedade de consumo e a poesia“. Já Fernando Toledo considera que a expressão é o “equivalente urbano/industrializado para ‘segredo de polichinelo’“. E explica a sua viagem: “simplesmente não existem liquidificadores sutis. Os bichos fazem um barulho dos diabos quando acionados. Logo, seria um segredo que não seria um segredo“. Continue Lendo