Todos os artigos com a tag: flor roxa

Amar hemburresce

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 09 de março de 2012

Como todos sabem, homens não são muito providos de inteligência natural. Apaixonados, então, tornam-se mais abobados ainda. Quando Alechandre viu Sessília pela primeira vez, seus olhos foram imediatamente fisgados. Nada como um belo par de pernas, cabelo chanel, mamilos querendo rasgar uma blusa justa e um sorriso sugestivo para ruir toda a racionalidade de um homem. Quando Alechandre encontrou Sessília pela primeira vez na pista de dança daquele barzinho, ele poderia jurar que todas as bocas se calaram, todas as estrelas se apagaram, o mundo todo caminhou na ponta dos pés e todas as rádios interromperam suas programações só para tocar The Killing Moon.

Mas enfim, amar é decretar uma chacina de neurônios. Continue Lendo

O que é amor? O que é romance? (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 08 de junho de 2011

Perguntar não ofende. Já as respostas… Bem, resolvi consultar o grande oráculo de nossos tempos, Mr. Google, a fim de descobrir o que ele tem a dizer sobre as questões que dão título a este post.

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Cartões de Anti-Dia dos Namorados

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 12 de junho de 2007

Eu sou um cara de sorte e não posso reclamar do que a vida tem me proporcionado. Mas sou plenamente solidário aos meus amigos que reclamam de todo o oba-oba em torno do Dia dos Namorados. Em homenagem a eles e a todos os cínicos cênicos, seguem abaixo alguns dos sensacionais cartões do Bald Guy Greetings.

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Ah, o amor. Essa flor roxa.
Seja minha namorada. E por ‘seja minha namorada’, quero dizer: ‘vamos dar uma trepadinha neste Dia dos Namorados?’Continue Lendo

Prólogo para um romance

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Escrevi o texto a seguir como introdução para um livro excepcional: Vestido de Flor, romance de Carlos Eduardo Lima que será lançado dia 19 de março, na Livraria da Travessa em Ipanema. Nele, tergiverso a respeito de um de meus assuntos prediletos: amor.

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Pertencemos a uma geração de cínicos cênicos. De gente que, em público, enche a boca para criticar o sexo oposto e falar jocosamente de casais que andam de mãos dadas (e com os braços balançando), emocionam-se ao assistir a comédias hollywoodianas e tratam um ao outro por apelidos babões como “fofucho”, “gatesouro” e “pudinzim”. São pessoas que vislumbram apenas conotações negativas em adjetivos como “sentimental” e “romântico”, e meneiam a cabeça em claro sinal de concordância ao ouvirem a definição cunhada por um dos personagens de Charlie Kaufman: “o amor nada mais é do que um agrupamento bagunçado de carência, desespero, medo da morte, insegurança sobre o tamanho do pênis e a necessidade egoísta de colecionar o coração de outras pessoas“. No entanto, quem perscrutar os sentimentos ocultos sob as fachadas de ironia saberá que estes mesmos céticos alimentam em segredo toda uma plêiade de esperanças românticas em seus peitos. Continue Lendo

This is love

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 06 de novembro de 2006

Hoje não quero mais pensar, e imagino como seria bom estar na pele daqueles hare krishnas que passam o dia inteiro entoando aqueles mantras hipnóticos, hare hare hare hare, esvaziando a cabeça de qualquer manifestação supérflua dos neurônios, esses bichos amaldiçoados que jogam squash na quadra do meu crânio. Ah, que inveja dos cachorros que sorriem como naquela canção do Roberto, arfando com a língua de fora, despreocupados feito velhos hippies emaconhados, pedindo migalhas de brownie em troca de carinho ilimitado, sem aquelas cobranças exasperantes, “você me ama?”, “você me ama?”, maldito mantra dos amantes inseguros. Elos de ligação, chuvas molhadas, monopólios exclusivos, amantes inseguros, minha mente enfileira uma série de redundâncias pleonasticamente repetitivas, e eu sei que tudo não passa de subterfúgio barato para driblar essa saudade que me come por dentro feito um Alien recém-nascido. Mas eu só sei que nada sei, baby.

O café já esfriou, a piada perdeu a graça e as batatas fritas murcharam. A noite está tão quieta que chego a ouvir o ponteiro dos segundos se arrastando no relógio. Ligo a tevê para abafar o barulho do silêncio, recordando com saudade dos tempos em que assistia a comerciais de facas Ginsu e meias Vivarina, nada poderia ser mais eficaz para desligar as tomadas da minha cabeça, bastava sentar na poltrona, relaxar e acionar o screen saver do meu cérebro. Mas agora está passando um filme do Truffaut, e o que menos quero é pensar no delírio consciente da paixão. Continue Lendo

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.