Super simples: menos impostos, menos bur(r)ocracia, mais empregos

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 28 de abril de 2014

Para um empreendedor no Brasil, selos, carimbos e impostos são o equivalente a tiro, porrada e bomba. Quem já enfrentou a luta de abrir ou fechar uma empresa neste país entende bem o que digo, pois teve de amargar um processo que pode durar até mais de 100 dias, diante das trincheiras intrincadas da bur(r)ocracia tupiniquim. Kafka daria um sorriso amarelo se soubesse da existência de um país no qual uma pessoa é obrigada a abrir firma em um cartório, pagar taxas e autenticar assinaturas a fim de provar para o governo que ela é ela mesma.

A situação é ainda pior para quem tem uma pequena ou micro empresa e está começando a trilhar o caminho do empreendorismo, porque amarga a tremenda carga tributária brasileira recebendo o mesmo tratamento das grandes. Não é à toa, pois, que vemos muita gente qualificada investindo meses ou anos em cursos preparatórios para concursos públicos: em vez de abrirem seus próprios negócios, optam pela comodidade de um ofício estável, com 13º salário e assistência médica, abrindo mão de investirem em seus sonhos e gerarem mais empregos. Nada contra quem escolhe esse caminho, mas me bate certa melancolia pensar na quantidade de profissionais qualificados que buscam abrigo no Estado, dentre outros motivos, por causa do nosso manicômio tributário e da burocracia kafkiana que justifica a medíocre 116ª posição do Brasil, dentre 189 países, no ranking do Banco Mundial que mede a facilidade de se fazer negócios em uma nação.



A fim de começar a reverter essa história, foi lançada uma campanha para acabar com essa desigualdade, buscando fazer com que novos empreendedores, que começam pequenos, recebam um tratamento diferente dos grandes, que têm bala na agulha para encararem maiores dificuldades. E você pode ajudá-la participando de um abaixo-assinado solicitando aos nossos congressistas a aprovação de um projeto de lei, que será votado em breve, simplificando a vida das micro e pequenas empresas através de dois grandes benefícios:

- Toda micro e pequena empresa poderá se encaixar no Simples Nacional. De bate-pronto, a implementação desse #supersimples beneficiará mais de 400 mil empresas. E que, apesar de terem faturamentos anuais ainda modestos, pagam cargas tributárias de empresa grande.

- O processo de abertura de uma nova empresa será desburocratizado e ficará bem mais rápido. Hoje, este processo chega a demorar surreais 120 dias.

O vídeo a seguir resume bem a ópera-bufa desta história.

O objetivo desta campanha é chegar a 100 mil assinaturas até o dia 29 de abril. Depois, elas serão encaminhadas ao Congresso Nacional através do Sebrae, pressionando os deputados a estimularem o empreendorismo no Brasil. A Bora participar?

P.S.: A petição está encerrada momentaneamente, mas você pode pressionar os deputados a votarem e aprovarem este projeto de lei o mais breve possível usando o formulário de contato do site da Câmara.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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