Como sempre costumo dizer, informação é poder e desinformação é p(h)oder. Em tempos nos quais as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm se disseminado com a mesma facilidade com que boatos e informações desencontradas espalham-se por redes sociais e contatos de WhatsApp, é imprescindível compartilhar dados que venham de fontes seguras. O momento atual não é de brincadeira: em 2015, o Brasil amargou o registro de 1.649.008 casos prováveis de dengue, sendo que 843 mortes foram confirmadas pela doença. Além disso, a Organização Mundial de Saúde alertou que o zika vírus - notório por ser a possível conexão entre infecções durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia - poderá infectar de 3 a 4 milhões de pessoas nas Américas, incluindo 1,5 milhão no Brasil.
Uma das informações mais importantes diz respeito ao diagnóstico correto das doenças. Afinal, ser tratado com remédios que combatem um mal, quando o verdadeiro problema é outro, pode representar a diferença crucial para que um doente tenha uma recuperação plena e rápida. O infográfico a seguir, preparado pelo Hospital São Camilo com base em informações dadas pelo Dr. Ivan Marinho, que trabalha como infectologista no Hospital São Camilo de São Paulo, sintetiza as principais diferenças entre dengue, zika e chikungunya.
Um longa animado, de 1 hora e 20 minutos de duração, produzido em 2013 e que já conquistou 45 prêmios mundo afora, incluindo os prêmios de melhor longa-metragem e de público no Festival de Cinema de Animação de Annecy, considerado o mais importante da área. Dirigido por Alê Abreu, O Menino e o Mundo foi vendido para 80 países e, neste ano, já havia conquistado 3 indicações para o principal prêmio de animação do cinema americano, o Annie Awards (Melhor Longa Independente, Trilha Sonora e Design de Produção, tendo vencido na primeira categoria), quando recebeu o mais midiático de todos os seus reconhecimentos: a inédita indicação para o cinema brasileiro ao Oscar de Melhor Longa de Animação. Continue Lendo
Na manhã em que descobri que o homem que caiu na Terra voltou para as estrelas, é difícil colocar em palavras todo o impacto que sua obra trouxe em minha vida.
E, embora eu ainda nutre alguma esperança doida de que, assim como Lázaro, David Bowie retorne após quatro dias, o melhor que temos a fazer é aproveitar o incrível legado deixado por alguém que nos ensinou que todos nós podemos ser heróis, nem que seja por apenas um dia.
Antes da cena final com Andy e os brinquedos em Toy Story 3, ou dos 10 minutos iniciais de Up, houve um desenho animado que fez com que ninjas invisíveis cortando cebola aparecessem subitamente ao meu redor, fazendo meus olhos suarem bicas: A Estrelinha Mágica, um especial de Natal da Turma da Mônica, de 1988, sobre uma estrelinha que cai na Terra e precisa de ajuda para voltar ao céu. Imaginem, pois, a minha alegria quando revi este desenho no YouTube.
O desenho marcou toda uma geração, assim como o brinquedo lançado pela Tec Toy, que quando colocado na palma da mão acendia, tal qual a estrelinha neste curta-metragem clássico. As crianças daquela época, que pegaram a fase áurea das locadoras de vídeo, também certamente fizeram com que seus pais alugassem o VHS do desenho várias e várias vezes.
Pois bem: inspirada no enredo de “A Estrelinha Mágica”, a Mauricio de Sousa Produções criou o quiz game Magia de Natal, no qual, ao mesmo tempo que os fãs da Turma da Mônica testam seus conhecimentos, ajudam a estrelinha a voltar para casa. As estrelinhas estão espalhadas no site da Turma da Mônica e em outras páginas de fãs da Turma pela internet. Como o Pensar Enlouquece, por exemplo. :) Continue Lendo
Em que momento educação se tornou algo tedioso, como aprender matérias que não possuem aplicação prática em nossas vidas, retendo jovens dentro de uma sala de aula por horas a fio, enquanto temos um mundo inteiro de conhecimentos ao alcance de alguns cliques em sites? Em que momento escolas e professores priorizaram fazer com que estudantes sejam bem-sucedidos no Enem e em provas de vestibulares, em vez de orientarem seus alunos a serem cidadãos preparados para os desafios bem mais complicados e instigantes da vida? Quantas crianças e adolescentes encaram a escola como uma tortura a fogo lento, assistindo a aulas desinteressantes ministradas por professores desmotivados, bitolando conhecimentos e apelando a decorebas, enquanto sua curiosidade e sua criatividade são tolhidas diante de fórmulas escritas em uma lousa? Ken Robinson, escritor, educador e conferencista, em uma de suas participações no TED, resume bem estes questionamentos:
O papel de um professor é facilitar o aprendizado. A cultura dominante da educação, porém, tem colocado esforço não no ensinar e aprender, mas no testar. Testes, provas padronizadas têm seu espaço, mas não deveriam ser a cultura dominante da educação. Deveriam ser um diagnóstico, ajudando a embasar o ensinamento em vez de obstruí-lo. Então, no lugar da curiosidade, o que temos é uma cultura da conformidade. Nossas crianças e professores são encorajados a seguirem algorítimos de rotina em vez de incitarem o poder da imaginação e da curiosidade.
Outra referência na área, o professor Paulo Blikstein, que leciona na Universidade de Stanford, também questiona o modelo atual, afirmando que a era da educação de massas, na qual são ensinadas as mesmas coisas para todo mundo, precisa acabar. Paulo, que hoje é reconhecido mundialmente como um dos maiores especialistas na aplicação de novas tecnologias aplicadas à educação, questiona fortemente o modelo em que alunos decoram fórmulas de química, de física, datas históricas e outras informações que podem ser buscadas no celular, quando deveriam estar sendo motivadas a construírem conhecimentos novos. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.