Entenda a diferença entre dengue, zika e chikungunya

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 03 de fevereiro de 2016

Como sempre costumo dizer, informação é poder e desinformação é p(h)oder. Em tempos nos quais as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm se disseminado com a mesma facilidade com que boatos e informações desencontradas espalham-se por redes sociais e contatos de WhatsApp, é imprescindível compartilhar dados que venham de fontes seguras. O momento atual não é de brincadeira: em 2015, o Brasil amargou o registro de 1.649.008 casos prováveis de dengue, sendo que 843 mortes foram confirmadas pela doença. Além disso, a Organização Mundial de Saúde alertou que o zika vírus - notório por ser a possível conexão entre infecções durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia - poderá infectar de 3 a 4 milhões de pessoas nas Américas, incluindo 1,5 milhão no Brasil.

Uma das informações mais importantes diz respeito ao diagnóstico correto das doenças. Afinal, ser tratado com remédios que combatem um mal, quando o verdadeiro problema é outro, pode representar a diferença crucial para que um doente tenha uma recuperação plena e rápida. O infográfico a seguir, preparado pelo Hospital São Camilo com base em informações dadas pelo Dr. Ivan Marinho, que trabalha como infectologista no Hospital São Camilo de São Paulo, sintetiza as principais diferenças entre dengue, zika e chikungunya.

Como se proteger das picadas do Aedes aegypti?

Antes de mais nada, é bom destacar que a ingestão de vitamina B, assim como produtos caseiros, velas ou pulseirinhas à base de óleo de citronela não são considerados eficazes na tentativa de se afastar o Aedes aegypti, vide estas matérias:

- Repelentes e inseticidas: Perguntas & Respostas (Anvisa);
- Receitado por médicos, complexo B não faz mal, mas não afasta mosquitos (Folha de S. Paulo);
- Que métodos funcionam contra Aedes? Veja diferença entre repelentes (Bem Estar);
- Repelente não basta para evitar mosquito (Gazeta do Povo).

Qual é a recomendação feita pela Organização Mundial de Saúde?

A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso de repelentes feitos à base de DEET, IR3535 e icaridina. Antes de comprar um produto, pois, procure ler a sua composição no rótulo e consultar a lista completa dos repelentes aprovados pela Anvisa.

O que fazer, afinal, para me prevenir de dengue, zika e chikungunya?

Além de todas as informações citadas acima, procure evitar a proliferação do mosquito: retire o excesso de água dos vasos com plantas, não deixe objetos como garrafas, copos e pneus dando sopa no seu quintal de casa e limpe periodicamente o reservatório de água da geladeira, comum em modelos frost free. Se você estiver em locais com alta incidência de doenças ligadas ao Aedes, use roupas de manga longa e calças. Use os repelentes recomendados pela OMS e aprovados pela Anvisa seguindo à risca as instruções veiculadas em seus rótulos: fique atento especialmente para informações como a forma correta de usá-los, os melhores locais para sua utilização, as precauções de uso e os cuidados em caso de acidentes. E, por favor, evite espalhar boatos sobre vacinas vencidas, mosquitos geneticamente modificados e outras histórias que só espalham mais desinformações e confusão.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

Categorias:

Comentários do Facebook

Comentários do Blog

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

Parceiros

Mantra

A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.