Nós, brasileiros, estamos tão acostumados em ver mamilos expostos na TV que até estranhamos quando a mulata Globeleza aparece com os seios cobertos. De memória, posso citar diversos outros momentos em que mulheres exibiram suas partes mais pudendas em horário nobre. Por exemplo, os diversos banhos que Juma Marruá e a Mudinha tomavam na novela “Pantanal” da finada TV Manchete, ao lado dos tuiuiús e do Velho do Rio. Ou os stripteases pra lá de fajutos que as garotas Tutti-Frutti faziam em “Cocktail”, programa pra lá de tosco capitaneado por Miéle todas as quartas-feiras no SBT? E o que dizer da campanha de prevenção do câncer de mama estrelado por Cássia Kiss na qual a atriz fazia exame de toque nos próprios seios, encampada por ninguém menos que o Ministério da Saúde?
Diante dos, hmm, permissíveis padrões tupiniquins, o que dizer de toda a celeuma causada pela exibição do seio de Janet Jackson durante uma apresentação no intervalo do Superbowl? Ainda se fossem os mamilos da Naomi Watts… Mas tergiverso, tergiverso. E o fato é que não é preciso ser um expert em Estados Unidos para discorrer sobre o puritanismo W.A.S.P. e toda a dificuldade histórica que a terra do Mickey possui em falar sobre Sexo, esse tema-tabu da mesma sociedade que abriga a maior indústria de filmes e artigos pornográficos do planeta. Continue Lendo
Só mesmo um fotógrafo como Cristiano Mascaro é capaz de extrair beleza de uma cidade tão embotada, vilipendiada e soturna como São Paulo. Eu, que moro nesta barafunda urbanisticamente desarticulada há mais de 20 anos, já estou mais do que saturado com esta metrópole de estressados que correm pra lá e pra cá feito coelhinhos movidos a inércia, pilhas Duracell e contas a vencer no bojo de seus cheques especiais.
Carlito Maia escreveu aquela que é a melhor definição de meus sentimentos com relação a esta cidade: “Amo São Paulo com todo o ódio”. Não foi difícil passar ao largo de todo esse clima artificial de oba-oba em torno dos 450 anos de Sumpaulo, cuja maior atração foi a inauguração de uma certa “fonte multimídia flutuante” instalada dentro do poluído lago do Parque do Ibirapuera, como se águas que dançam coloridas fossem capazes de amainar esta verdadeira fábrica de ansiosos, taquicardíacos e insones, cuja poluição constipa minhas narinas e faz com que as quatro estações do ano se manifestem num dia só (em um típico dia paulistano, chove, venta, faz sol, depois garoa, esquenta e esfria novamente: minha bronquite agradece embevecida).
Minha ranhetice com relação à efeméride só fez aumentar depois que li a matéria publicada pela Veja São Paulo, que elenca 450 supostos bons motivos para amar esta metrópole. Pudera: segundo a reportagem, a razão 25 é saber que “temos a prefeita mais chique do Brasil, com um interminável guarda-roupa atualizado com o que o mundo da moda oferece de melhor - sapatos Salvatore Ferragamo, tênis Chanel, vestidos Kenzo…”. Que bom: da próxima vez que eu for pagar as próximas prestações das taxas de lixo e IPTU generosamente reajustadas pela gestão de dona Marta Suplicy, certamente me refestelarei consolado em saber o quão elegante é a nossa prefeita… Em tempo: ainda segundo a Veja SP, o motivo 245 para amarmos Sampa City é o fato de que nossas filiais da Tiffany & Co. são as únicas no mundo que possibilitam a aquisição de um colar de 650 mil reais em até três vezes sem juros no cartão de crédito. Ô lôco, meu!
E como é difícil amar a São Paulo do Minhocão, do Largo 13 de Maio, das fiações expostas, dos outdoors onipresentes, da estátua do Borba Gato, dos muros pichados, das Marginais congestionadas, da Praça do Patriarca ou dos anúncios de fachadas que empesteiam minhas retinas diariamente sem dó nem KY, fomentando uma inveja danada daqueles que vislumbram o Corcovado em vez dos anúncios da Valentina Caran Imóveis (e eu espero que nenhum leitor utilize minhas considerações para tergiversar sobre a acéfala rivalidade entre paulistas e cariocas, assunto mais modorrento na face da Terra depois da vida sexual do papa).
Mas, por incrível que pareça, quem mora em São Paulo tem orgulho do lugar onde vive. Porque, a despeito de nossas 2.018 favelas e dois milhões de desempregados, esta é a cidade das esfihas do Jáber, da pizza do Castelões, da Fnac de Pinheiros, do chope do Pirajá, do espeto misto do Sujinho, dos barzinhos da Vila Madalena, do X-salada do Burdog, do yakissoba do chinês da Paulista, do filé com alho do Moraes, do Extra 24 horas do Itaim, do Masp, dos cinemas do Shopping Jardim Sul, do fim de noite em um Fran’s Café, das luzes amareladas do centro velho, das caminhadas pelo campus da USP, do churrasco no Fogo de Chão, da banca de cachorro-quente em frente ao Teatro Oficina, do pastel da feira em frente ao Pacaembu, dos papos em uma mesa no Café Piu-Piu, Rascal ou na prainha da Paulista, das prateleiras de discos na Galeria do Rock, das noites de solteiro que findavam no Love Story às nove da manhã, das horas pensativo em um banco na Rodoviária do Tietê, do filme visto no bar do Cinesesc, do pôr-de-sol no campus da Faap, da elegância indiscreta das nossas meninas, do jornal de domingo que chega às bancas na tarde de sábado, das pessoas que conheço e que amo e que vivem em meio a esta balbúrdia de prosódias e etnias que compõem a São Paulo que amodeio, odeioamo com todo o meu masoquismo, perplexidade e esperança.
Hoje um dos maiores compositores de toda a história da MPB, o carioca Lamartine de Azeredo Babo, faria 100 anos. Prazer em conhecer? Não seja blasfemo, pequeno gafanhoto! Você certamente já cantarolou alguma das músicas de mestre Lalá, como a junina “Chegou a Hora da Fogueira” (Chegou a hora da fogueira/ É noite de São João/ O céu fica todo iluminado/ Fica o céu todo estrelado/ Pintadinho de balão), a tropicalista avant la lettre “História do Brasil” (Quem foi que inventou o Brasil?/ Foi seu Cabral/ No dia 21 de abril/ Dois meses depois do Carnaval), as sertanejas “No Rancho Fundo” e “Serra da Boa Esperança” (Nós os poetas erramos/ Porque rimamos também/ Os nossos olhos nos olhos de alguém que não vem) ou as marchas carnavalescas “O Teu Cabelo Não Nega” e “Linda Morena” (Teu coração é uma espécie/ De pensão familiar/ À beira-mar/ Ó moreninha/ Não alugues tudo, não/ Deixa ao menos o porão/ Pra eu morar).
Inventivo e irreverente, a influência de Lamartine Babo não se restringe à MPB: cronistas e humoristas como Stanislaw Ponte Preta e José Simão possuem enorme dívida para com essa figura sui generis, expert em criar trocadilhos e compor melodias de grande beleza. De quebra, é o compositor dos hinos dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro (embora Lalá confessasse um carinho especial pelo hino do América, seu time de coração). Ou seja, realmente todo brasileiro conhece ao menos um verso de Lamartine.
Uma vez que todo blog posta uma letra de música ao menos uma vez em sua existência, aproveito o ensejo para publicar os versos da nonsense “Canção Para Inglês Ver”, obra-prima do esculhacho tropical que rima termos em inglês, francês e português. Em tempos de globalização e reciprocidade pra gringo ver, não poderia haver letra mais adequada.
I love you, forget iskaine
Maine Itapiru
Forget five Underwood
I shell
No bonde Silva Manuel
I love you to have Steven Via Catumby
Independence lá do Paraguai
Studebaker, Jaceguai!
Oh yes, my glass
Salada de alface
Fly Tox my till
Oh Standard Oil
Forget not me!
I love you
Abacaxi, uísque of chuchu
Malacacheta Independence Day
No street-flesh me estrepei…
Elixir de inhame
Reclame de andaime
Mon Paris je t’aime
Sorvete de creme
Oh yes my very goodnight
Double fight, isso parece uma canção do oeste
Coisas horríveis lá do far-west
Do Tomas Veiga com manteiga!
My sanduíche, eu nunca fui Paulo Escriche
Meu nome é Lasky and Claud
John Philip Canaud
Light and Power
Companhia Limitada…
I… You!
The boy scout avec boi zebu
Lawrence Tibbett com feijão tchu tchu
Trem de cozinha não é trem azul!
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Uma frase:
“Bem-aventurados os caolhos, porque só vêem a metade da maldade”.
(Rogério Sganzerla, cineasta falecido ontem aos 57 anos, diretor de filmes como “O Bandido da Luz Vermelha” e “Nem Tudo é Verdade”.)
Duplo twist carpado. Lula tomou posse. Romário bateu no torcedor. Belo, que coisa feia. Você participou de uma flash mob? Mataram Marcinho VP. Tô nem aí, tô nem aí. O Papa não morreu. Haroldo de Campos desnasceu. Espetáculo do crescimento? A pomada de Maurren Maggi. Saddam Hussein saiu do buraco. Freedom fries. Schwarzenegger governador da Califórnia. O Brasil conheceu Sérgio Vieira de Mello. A Columbia explodiu. Terremoto no Irã. Preta Gil ficou pelada. Dóris maltratava os avós. Crazy in Love. Meligeni ganhou a medalha de ouro. Michael Jackson foi algemado. Silvio Santos não morreu, Roberto Marinho sim. Hebe Camargo mataria Champinha. A Sars assustou o mundo. Jogaram uma galinha preta na Martaxa. Jayson Blair inventava notícias. Rodrigo Santoro entrou mudo, saiu calado. Quer pagar quanto? Marc-Vivien Foe morreu no meio do jogo. Quem chega em Windhoek não parece que está em um país africano. Alexandre Pires chorou na Casa Branca. Ali Ismael Abbas perdeu o pai, a mãe, o irmão e os dois braços. Al-Sahaf, Ministro da Desinformação. Farah Jorge Farah esquartejou a amante. O resgate de Jessica Lynch foi forjado. Maria Rita foi hypada. Luana Piovani fuma e traga. Paris Hilton, musa pornô da Web. Celulares também servem pra telefonar? Michael Moore ganhou o Oscar. Explosão na Base de Alcântara. Tríplice coroa para o Cruzeiro. Experimenta, experimenta! Descobriram o THG. Morreu o chinês espancado na cadeia. Egüinha Pocotó. David Kelly foi suicidado? Operação Anaconda. 130 mil desempregados queriam ser garis. Os juros vão baixar? Ricardo Berzoini não gosta de velhinhos. Palmeiras e Botafogo não viraram a mesa. Maluf foi detido em Paris. Benedita da Silva viajou para a Argentina. Júnior amarelou no Corinthians. Britney e Madonna se beijaram, Clara e Rafaela também. Dhomini ganhou o Big Brother. Schumacher hexacampeão. Justin Timberlake popstar. Chineses vão ao espaço. O alemão comeu literalmente seu amigo da Net. O domingo ilegal do Gugu. A onda dos fotologs. João Gordo brigou com Dado Dolabella. Luciana Vendramini voltou. Heloisa Helena foi expulsa do PT. Gabeira sonhou errado? ACM grampeou o telefone da ex-namorada. Morreu Rolando Lero. Faltou luz em Florianópolis. O presidente da Bolívia renunciou. Ronaldo se separou da Milene. Onde estavam as armas de destruição em massa? Bush Jr. trouxe peru no Dia de Ação de Graças. A Parmalat faliu. William Bonner chorou no Jornal Nacional. Johnny Cash, the man comes around. Gabriela, sou da Paz.
2004 será melhor. Feliz Ano Todo!
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P.S.: Post resgatado via Internet Archive.
Love Actually
Existem dias em que você precisa desencanar das buzinas que ressoam em seu ouvido no meio do trânsito, do colega de trabalho que por algum motivo misterioso acha que você está interessado no problema de próstata do tio dela e lhe dá mais informações do que você gostaria de saber, da conta bancária que, feito o Pólo Norte, vive abaixo de zero… Enfim, você entendeu. Nesses dias, você vai ao cinema como quem mergulha em uma piscina num dia de calor senegalês, simplesmente porque merece curtir seu quinhão de ócio despreocupado e precisa sentir-se melhor em um mundo que não lhe dá tréguas ultimamente.
Pois bem, o que você precisa é de uma boa dose de “cinemão tarja preta”: ou seja, aquele tipo de filme que faz você sair do cinema anestesiado, como se tivesse injetado Prozac na veia, sonhando com um mundo mais amoroso e beijos escandalosos em meio ao público, com pessoas batendo palmas à sua volta como numa daquelas comédias da Meg Ryan. Só que, em vez de Ms. Ryan, o filme em questão possui em seu elenco quase todos os atores britânicos conhecidos (e isso porque não arranjaram papéis para Judi Dench, Kenneth Branagh e Sean Connery).
Simplesmente Amor é a estréia na direção de Richard Curtis, roteirista de todas as comédias românticas inglesas bem sucedidas dos últimos tempos (Quatro Casamentos e um Funeral, Um Lugar Chamado Notting Hill, O Diário de Bridget Jones). Forjado pela escola de roteiristas da BBC e calejado pelo sucesso de suas obras anteriores, Curtis cercou-se de um elenco repleto de estrelas e cunhou um roteiro que entremeia oito ou nove histórias de amor em meio a gags que quase sempre funcionam. De quebra, embrulhou tudo em uma trilha sonora que reúne diversas pepitas pop, arrematando com a obra-prima God Only Knows, dos Beach Boys. Tinha como dar errado? As salas de cinema lotadas no mundo inteiro provam que não.
Simplesmente Amor é um filme que deve ser desfrutado deixando-se o senso crítico de lado. Não ligue para as situações inverossímeis, apenas mergulhe em um mundo paralelo em que é possível a um inglês aprender o idioma português em apenas uma semana, ou no qual um primeiro-ministro inglês resolve ignorar décadas de subserviência britânica aos interesses dos Estados Unidos tão somente porque o presidente norte-americano assediou a funcionária por quem está secretamente apaixonado. O filme de Richard Curtis está aí para nos lembrar que tudo que necessitamos é de Amor, e frente a isso os cânones que movem o universo são totalmente reconstruídos. Reitero meu conselho: não cobre realismo. Simplesmente permita-se sair do cinema com um sorriso nos lábios. :)
Para encerrar, uma curiosidade inútil: a piada em que o garçom chavequeiro fala mal da comida do bufê do casamento é reciclagem de uma gag que Curtis havia criado para o roteiro original de Quatro Casamentos e um Funeral que não havia sido aproveitada por mera falta de contexto no filme (só quem possui em casa o livro que a Editora Rocco publicou com o script original sabe disso). Cinema, assim como em toda arte contemporânea, vive disso: uma constante reciclagem de idéias.
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The Barbarian Invasions
Ao contrário de Simplesmente Amor, As Invasões Bárbaras, filme franco-canadense dirigido e roteirizado por Denys Arcand, é voltado a platéias mais restritas. É uma obra talhada para exibição nos Espaços Unibancos e Mostras de Cinema da vida: pretensiosamente artística, discorre sobre o inefável tema da morte, e a partir desse pressuposto aborda outros assuntos como conflito de gerações, o soçobramento das utopias comunistas e a correspondente crise da intelectualidade a partir dessa crise ideológica. No entanto, ao fim da sessão, pessoas saem dos cinemas com olhos marejados, exatamente como em Simplesmente Amor. E o fato é o seguinte: As Invasões Bárbaras, a despeito do seu verniz intelectual, não passa de mais uma obra destinada a arrebatar platéias.
Muito longe de ser uma obra-prima, é um filme extremamente conservador e conformista, que narra, basicamente, as últimas semanas de vida de um professor universitário que sofre de um câncer terminal. Amedrontado diante da proximidade da morte, olha para trás e constata o fracasso de seus ideais socialistas, ao mesmo em que aceita o amparo financeiro de um filho com quem nunca se deu bem: um yuppie que ganha dinheiro especulando com commodities, a personificação do capitalismo que sempre combateu.
Bobviamente pai e filho acabarão por se reconciliar no final, com direito a cenas proibidas para diabéticos. Nesse ínterim, veremos o bom garoto especulador subornando o sindicato dos funcionários da instituição médica no qual seu pai está internado, custodiar melhorias exclusivas para seu leito hospitalar (e os outros pacientes que se virem com o sistema público de saúde) e ainda financiar a heroína que dopará seu velho a fim de poupá-lo das dores da morte (afinal de contas, dinheiro não é problema: é solução).
Você pode (deve) me perguntar: oras, mas o que há de tão diferente entre Simplesmente Amor e As Invasões Bárbaras, que faz com que você releve o universo edulcorado pelo primeiro, enquanto mostra certa indignação com as situações retratadas pelo segundo? Simples: enquanto o filme de Richard Curtis é explicitamente uma obra de entretenimento (com piadas notadamente burlescas, vide as seqüências do inglês metido a Don Juan nos EUA), o segundo almeja ser um retrato artisticamente realista do quadro ideológico contemporâneo. Entretanto, por trás de seu roteiro bem ajambrado, o filme de Arcand traça um quadro assustador de conformidade com o individualismo de nossos dias: enquanto o sonhador comunista aguarda pela morte dopado o tempo inteiro, o capitalista bem-sucedido observa com complacência as idiossincrasias “bestas” do pai, enquanto resolve quaisquer imbróglios que surgem com uma propina aqui e ali (Filipe Furtado, em sua crítica para o site Contracampo, não me deixa sozinho nas ressalvas que faço a Invasões Bárbaras).
“Oras, mas é apenas um filme”, você me diz. Não sei, eu realmente não sei. Afinal, enquanto um filme discorre a respeito da importância do Amor em nossas vidas, o outro parece tentar afirmar a todo instante que o neoliberalismo é a resposta mais adequada aos dilemas filosófico-ideológicos da contemporaneidade, e que as lutas travadas pela geração dos 60s caíram em um vazio anestesiado por drogas e destinado à aniquilação. Não posso deixar de me sentir incomodado pelo discurso por trás de As Invasões Bárbaras, filme tão semelhante (na capacidade de entreter e comover seu público) e tão distinto (nas ambições artísticas e no discurso ideológico) de Simplesmente Amor. Entre a ridicularização desqualificante de toda uma geração de utópicos engendrada pelo primeiro, e o escapismo descompromissado do segundo, opto sem dúvida nenhuma pela comédia inglesa.
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P.S. 1: texto originalmente publicado em 15/dez/2003.
P.S. 2: dedico a republicação deste post à cativante Luciana, que é pra ver se eu a convenço enfim a ver Simplesmente Amor, filme que sempre me fará lembrar dela desde o dia em que eu, ela, Ian, Patrícia e Juá encontramos as passistas da Vai-Vai no aeroporto de Cumbica. ;)