O primeiro livro que li na vida

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 30 de junho de 2010

Volta e meia surge algum pretexto pra que a gente pegue o pano úmido da memória e remova a camada de pó que já cobriu certas lembranças. E foi assim que comecei a resgatar a época na qual eu chamava minhas professoras de “tias”. Eu devia ter uns 5 ou 6 anos de idade, e cursava o 1o. ano do primário no Colégio Raio de Sol, uma escola particular que ficava em frente ao estádio do Pacaembu.

A classe não tinha mais do que oito alunos. E, embora a maior parte das minhas reminiscências dessa época já tenha se dissipado feito poeira no vento, ainda me lembro dos nomes de alguns dos meus coleguinhas de classe: Ivo, Sumaya, Priscila (minha primeira paixão platônica, da época em que eu sequer imaginava o que significava essa expressão), Richard, Roberta. Mas já me esqueci dos sobrenomes; ou seja, não conseguirei reencontrá-los no Orkut. Quanto ao colégio, eu sei que já não existe mais (ah, a inexorável passagem dos anos).

Mas enfim, tergiverso, tergiverso e quase fujo do assunto deste post. Foi a tia Marta, minha primeira professora, quem me deu o primeiro livro que li na minha vida: A Margarida Friorenta.

Em meio ao Triângulo das Bermudas do meu quarto, em que objetos entram e desaparecem, provavelmente indo parar na mesma dimensão de tampas perdidas de canetas e guarda-chuvas esquecidos, não tenho a menor ideia de onde foi parar o livro. A margarida friorenta, em ilustração de Lila Figueiredo.Não creio, porém, que tinha ido parar no lixo. Por bóbvios motivos sentimentais, meu exemplar de A Margarida Friorenta sobreviveu a diversas mudanças e faxinas ao longo dos anos. Era um volume fino, de pouco mais de 30 páginas. Sua história era singela: o drama de uma flor que à noite tremia e chorava de tanto frio que sentia. No fim, tudo acaba sendo resolvido graças ao carinho de uma menininha, que ao dar um beijo carinhoso na margarida faz com que o frio vá embora.

Ao pesquisar sobre A Margarida Friorenta na Web, me deparei com uma adaptação curiosa, produzida por algumas professoras, que aparentemente conclamaram seus alunos a lerem o texto de Fernanda Lopes e fazerem desenhos ilustrando a parábola. O vídeo, postado no YouTube, não é nenhuma obra-prima da dramaturgia audiovisual, mas é suficientemente curioso para ser embedado neste post.

Mais do que este livro, creio que foram as histórias em quadrinhos de Mauricio de Sousa e Carl Barks que me ensinaram a gostar de ler e, por osmose, de escrever. Contudo, nunca esqueci que A Margarida Friorenta foi o primeiro passo da minha vida de bibliófilo. E o primeiro tijolo das muitas Torres de Pisa de livros empilhados que fazem parte da paisagem zoneada do meu quarto.

* * *

P.S. 1: Este texto foi produzido a partir de uma proposta feita pela Flávia Durante de convidar outros blogueiros a prosearem sobre os primeiros livros que leram na vida. Para dar continuidade à brincadeira, convido: Alessandro Martins, Ana Carolina Moreno, Dani Arrais, Lu Monte e Marcos Donizetti.

P.S. 2: Ana Carolina, a.k.a. @anarina, já publicou seu post: “Meu primeiro livro”. Assim como Alessandro Martins, Flávia Penido, Luiz Pimentel e Lucia Malla, Bruno Pedrassani e Lis Comunello.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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  • http://www.facebook.com/profile.php?id=655946500 Cíntia Citton

    :-) Como dizer que eu acho extremamente fofo você ter essas lembranças carinhosamente guardadas sobre a história de um ser friorento? Quanto ao primeiro livro que eu lembro ter lido acho que foi um da ediçao vaga-lume, chamado “perigos no mar”, onde uma menina fazia o diário de bordo de um barco…

  • http://terceirocaderno.wordpress.com Paulo Galvez

    Puxa, um dos poucos lugares em que vi alguém citar Férias em Shangri-lá foi aqui, em um comentário acima (foi assim que cheguei aqui). Eu já pensava que esse livro nem existia de verdade, que era tudo imaginação minha. Uma bela história de aventura, tipo A Ilha Perdida, Spharion e outros do gênero, muito apreciados pela molecada que gostava de ler na década de 80… Ainda quero reler se encontrar.

    • Fajhjfshjshjsa

      Boa noite Paulo. Vi seu comentário hj, depois de um ano, no mercado livre tem esse livre…. 
      Férias Em Xangri-lá - Teresa Noronha
      Bom proveito!!

  • Marianne

    Já li esse livro quando era criança. Mas aprendi a ler lendo Pele-de-asno.

  • http://www.pop-me-up.blogspot.com Giovana

    Cara, eu acho que também li esse livro! Não foi meu primeiro, mas acho que li. Lembro que foi o primeiro livro que eu… não gostei, rs. :P

    R: Giovana, seja bem-vinda ao clube dos leitores de “A Margarida Friorenta”! :)

  • http://www.visaopanoramica.com Arthurius Maximus

    Meu primeiro livro foi: “O Príncipe Invencível”. Não lembro do autor, mas foi um livro que marcou o início da minha gana de ler cada vez mais. O livro contava a história de Alexandre, O Grande. Foi um presente de aniversário que o meu pai me deu.

    R: Belíssimo presente, hein Arthurius? A história do meu xará é uma das mais fascinantes biografias que conheço.

  • ligia

    Eu lembro desse livro! Um clássico para quem cresceu no fim dos anos 80, né?
    A primeira coisa que chamou a minha atenção para ter vontade de ler foi a Mafalda. Ela era criança como eu e, mesmo não entendendo alguims tiras à época, ainda sou fã!
    Ina, tbm sou mega fã de vc!!!

    R: Ligia, creio que “A Margarida Friorenta” acabou por tornar-se um clássico para várias gerações. Eu, por exemplo, nasci em 1973. :) Em tempo: tenho uma edição da “Mafalda Completa” autografada pelo Quino. Pode me invejar, he he! Um abraço e obrigado pelo comentário!

  • Nelson

    Li meu primeiro livro com 7 ou 8 anos, não me lembrobem; a obra é intitulada Menino de Engenho.

    R: Nelson, você já começou lendo José Lins do Rego? Uau, respeito!

  • Laura

    Não creio! Meu primeiro livro também, seguindo de O menino do dedo verde,Segredo da vitória.. que eu não cansava de reler!

    R: Laura, bem que eu tava comentando que já dava pra criar uma comunidade no Orkut com as pessoas que descobri que também começaram no mundo das letras com A Margarida Friorenta… :D

  • http://prosacaotica.blogspot.com maira parula

    diga lá, inagaki. quanto tempo…e voltei animada com este teu belo post-nostalgia. creio que o primeiro livro que li foi um da série do “Sítio do Picapau Amarelo”, do Lobato. não me pergunte qual, rs. em criança, eu não gostava de ler não. veja só. preferia ficar na praia, pegando onda. naquela época eu devia estar prevendo que leria de tudo mais tarde, por que cansar-me agora? rs eu era má e quando brigava com minha irmã mais velha rasgava os José de Alencar dela, leitura de colégio. mas, o livro pune. hoje são eles que me sustentam. beijão saudoso, kid.

    R: Que bom reencontrá-la por aqui, Maira! E obrigado por compartilhar suas primeiras lembranças de leitora. Mas devo lhe confessar que não culpo sua irmã; com exceção de “Senhora”, achava todos os livros do José de Alencar, em especial “Iracema”, um saco. ;)

  • http://www.desordempublica.com.br Raphael Máximo

    Muito bacana o seu post!

    E eu também li o livro da Margarida Friorenta, e ficava com pena dela, coitada rsrs!

    Abraço!

    R: Obrigado, Raphael. Mais um para a comuna no Orkut da Fernanda Lopes de Almeida! :D

  • http://www.meucerebrodoi.org/ Paulo Torres

    Carl Barks, Maurício de Souza, os mestres Disney italianos - Giorgio Cavazzano, Marco Rota, Daniel Branca - e até aquele gibi dos Trapalhões em formato grandão, li muito disso antes de passar para os livros infantis.

    E ainda hoje me lembro mais das versões Disney de algumas histórias do que de suas versões “oficiais” (sempre imagino o Leonardo da Vinci com as feições do Pateta, graças àquela série “Pateta Faz História”).

    R: Paulo, aquele gibi dos Trapalhões citado por você era o produzido pelos estúdios do Ely Barbosa, não? Era fã daquelas HQs… Em tempo: comprei todas as edições que encontrei de Mestres Disney e ainda tenho pelo menos umas duas edições de “Pateta Faz História”.

  • Fabiana Sig. L.

    Que nostalgia, Ina…
    O primeiro livro que li foi ‘Lúcia já vou indo’, sobre uma lesminha que precisava da ajuda dos amigos pra chegar em tempo nas festas.. Está comigo até hoje!

    R: Fabiana, excelente o plot desse livro! :D

  • http://doctorvictor.wordpress.com Victor

    Pôxa, não me lembro do primeiro livro que li.. Mas gostaria, taí uma coisa que me divertia muito quando criança!
    E claro, Maurício de Souza formou meu caráter! Hehehe!

    R: Victor, acrescente mais um membro à comunidade “Maurício de Sousa formou meu caráter”! :)

  • http://www.samba-choro.com.br Eugenia

    Eu me lembro desse livro. Quem tem 35 anos e boa memória deve lembrar. A Fernanda Lopes de Almeida tinha vários que foram sucesso entre a gente. Lembro tb de “Lila e Sibila”, “Zero Zero Alpiste”, “Flicts”, “João Teimoso”… todos da mesma época. Q saudade!

    R: Eugenia, dos livros citados por você só li “Flicts”, infelizmente. Sou adepto da filosofia de Brás Cubas, mas não posso deixar de apontar ao menos esse bom motivo para ter filhos: ler para eles muitas das boas obras que foram escritas especialmente para o público infantil.

  • Anônimo

    Grande Ina, querido, Flávia LadyRasta me convocou e tb respondi à brincadeira:
    http://www.interney.net/blogs/malla/2010/07/06/meus_primeiros_livros/

    Meus livros têm a ver com minhas viagens na maionese, claro… :D

    Beijão e saudades docê!

    R: Êba! Bom ler sua participação, Lucia. Beijabraço procê! :D

  • http://blogdalitynha.blogspot.com/ Thalyta

    Não conheço… mas deve ser interessante..

    R: Vale a pena conhecer o livro, Thalyta. :)

  • http://ladyrasta.com.br Flavia Penido (@ladyrasta)
  • http://www.alcinea.com Alcinéa Cavalcante

    me comentário sumiu? :(

    R: Claro que não. Você, mais do que ninguém, deveria saber que blogueiros precisam se precaver, né? Todos os comentários do meu blog passam por pré-aprovação, como expliquei neste post: “Porque os comentários deste blog passarão a ser pré-aprovados antes da publicação”.

  • http://www.alcinea.com Alcinéa Cavalcante

    Acho que o primeiro livro é como o primeiro beijo, o primeiro sutiã, a gente nunca esquece.
    Meu primeiro livro (ganhei do meu pai) era uma coletânea de contos de fadas. Formato bolso e papel jornal. Eu tinha 5 anos. Li e reli inúmeras vezes, inclusive na adolescência.
    Não sei que fim levou. Só sei que sumiu enquanto eu estava no RJ fazendo faculdade.

    R: Alcinéa, é uma pena constatar que, assim como aconteceu comigo, muitos dos objetos que fazem parte da nossa memória afetiva acabam sumindo, de um modo ou de outro, ao longo dos anos. Mas aí recordo dos sábios versos do Drummond: “As coisas tangíveis/ tornam-se insensíveis/ à palma da mão./ Mas as coisas findas,/ muito mais que lindas,/ essas ficarão.”

  • http://apenasumavez.wordpress.com Sandra Oliveira

    depois de 36 anos..hehehe…eu realmente não consigo lembrar qual o primeiro livro, mas os que não me saem da memória e me levam direto à minha infância são alguns da série Vagalume…e em especial um outro, que eu nem mesmo me recordo se pertence a essa série.. Férias em Shangri-lá!
    Ah, que saudades!

    =)

    R: Oi Sandra, desse livro citado por você eu não lembro. Mas, de fato, creio que a série Vaga-Lume é consenso. :)

  • Fernanda Martins

    Olá,
    é a primeira vez que entro aqui e vejo esse post…confesso que meus olhos encheram de lágrimas, pois esse também foi um dos primeiros livros que li e mesmo tendo apenas 20 anos…me recordei dos bons momentos de infancia e me deu uma grande saudade!

    Obrigada, por me proporcionar uma nostalgia tão boa…rs..

    um beijão,
    Fernanda

    R: Olá Fernanda, que bom que você gostou do post. Espero que volte mais vezes!

  • http://www.twitter.com/jony_silva Jonathan

    Esse também foi o primeiro livro que eu “li”, já tinha tentado lembrar o nome dele várias vezes, sem sucesso. Foi só ver a capa que lembrei até da história.

    R: Pois é, Jonathan. Blogs também servem para, dentre tantas coisas, ajudar a deixar registradas nossas memórias. Aquelabraço!

  • http://naoseavexenao.blogspot.com/ Mariana Pereira

    Ah lembrar do meu primeiro livro é lembrar do meu primeiro medo, eu como muitas crianças tinha um medo absurdo de escuro, toda noite pertubava meus pais com isso,e meu pai, espertalhão que é, me deu o livro “Medo do escuro” da editora ática.E que realmente ajudou muito, conta a história de uma estrela que tem tanto medo do escuro que não deixa sua luz brilhar.E não lembro se cheguei exatamente a essa conclusão nessa época, mas sei que fez bem, tanto que nunca esqueci.E meus pais também ficaram felizes com isso, rs.

    R: Bela história, Mariana. Obrigado por compartilhá-la por aqui. :)

  • Alana

    Falando em nostalgia.. nada a ver com o post(apesar dele ser realmente adorável)me lembro de quando essa vontade inquietante de escrever começou a fazer parte da minha rotina e por isso o comentário… cara, você tem um blog incrível e tenho que te dizer que eu realmente te invejo pois não consigo me lembrar do meu primeiro livro (isso é frustrante!!)bom essa foi a melhor oportunidade que achei para pedir ajuda: entro no mundo dos blogs hoje (decisão já há muito adiada…) e já me deparei com a primeira dor de cabeça, sim a provavel dor que todos sentem no início EU NÃO CONSIGO ACHAR UM NOME PARA O MEU BLOG! e você tem toda a razão pensar enlouquece.. mas ainda tenho essa esperança de conseguir a ajuda do meu blogueiro preferido… alguma dica? queria um nome com humor e inteligência para um blog com assuntos bem variados. Nossa eu escrevo tanto quanto falo!!
    Desde já agradeço e mais uma vez te parabenizo.

    R: Obrigado, Alana, pelas palavras generosas. E, desde já, seja muito bem-vinda ao mundo dos blogs. :) Quanto ao nome, o caso é o seguinte: ele precisa, essencialmente, expressar algo que tenha a ver com a sua filosofia de vida, até porque penso que um blog bacana espelha a personalidade de quem escreve nele. O nome do meu, “pensar enlouquece, pense nisso”, nada mais é do que uma frase de pára-choques de caminhão que encontrei numa antiga seção da revista Quatro Rodas quando eu ainda era moleque. Mas foi bater meus olhos naquela frase para rolar identificação imediata com um cara que, desde pequeno, já matutava demais e já intuía que um pouco de insanidade é fundamental em um mundo tão doido como este em que vivemos. E aí lhe pergunto, Alana: há alguma frase que sintetiza o seu ponto de vista sobre a realidade? Por exemplo: te digo que, além do pára-choques de caminhão, outro aforismo que poderia batizar algum outro blog meu seria este provérbio basco - “viver bem é a melhor vingança”. Pense no que disse e me conte depois se você encontrou algum possível nome bacana para seu blog. :)

  • http://netocury.posterous.com Neto Cury

    Coincidências à parte, esses dias meu enteado de 7 anos apareceu com esse livrinho em casa trazido da escola.
    abração

    R: Grande Neto, bom revê-lo por aqui e de volta à blogosfera! :)

  • http://http:/www.2siweb.blogspot.com Mêlanie

    O primeiro livro que li na vida, se me lembro bem, foi na verdade uma coleção com 5 livros. A Bela Adormecida, Branca de Neve, Rapunzel, O gato de Botas e o outro não lembro o nome, afinal não era meu preferido.

    R: Bom primeiro passo, Mêlanie. Nada como os clássicos. :)

  • http://www.floresnajanela.com Nathália

    com a minha quase celebridade no mundo dos blogs, fico ofendida com a falta do convite para participar! haha

    brincadeiras à parte, adorei seu post nostáugico. no meu caso, o primeiro livro que li foi “O Patinho Feio” hehe tenho até hoje!

    mas quem marcou minha infância mesmo foi Lygia Bojunga. também li muito de Ruth Rocha, Ziraldo e, é claro, Maurício de Souza. êta tempo bom!

    R: Ô Nathália, não carece de convite não pra participar da brincadeira. Mande o link do seu post que eu divulgo por aqui! ;)

  • http://Barbara-Ivo.blogspot.com Barbara Ivo

    Marcelo, marmelo, martelo, da ruth Rocha. foi o primeiro que li. Fiquei desde então, desde os seis anos, fissurada com o significado das palavras. Viajei pacas lendo os comentários aqui: o barquinho amarelo foi o livro da alfabetização; o menino do dedo verde; meu pé de laranja lima minhanossinhora, como chorei qdo o portuga morreu (ixi - foi mal, spoiler); pollyana e o insuportável ” jogo do contente”… O amor dos elefantes, fantástico Ziraldo; o ursinho que tinha música na barriga; toda a coleção vaga-lume… Saudade.

    R: Pois é, Barbara. Um pouco de arqueologia literária pra gente resgatar alguns bons momentos da infância nunca é demais. :)

  • http://maraichage.blogspot.com @anarina

    Mister Inagorski, aqui vai o meu post devidamente pesquisado e ilustrado! http://maraichage.blogspot.com/2010/07/meu-primeiro-livro.html

    (Que legal, agora vi que “Lúcia Já-vou-indo” fez escola jejeje)

    Um beijo e valeu pela tarefinha! Eu e mamis curtimos viajar ao passado =)

    R: Muy bién, senhorita Anarina! 5 estrelinhas pelo dever devidamente cumprido e pela ótima redação! :)

  • @srtarozz

    O primeiro que eu li foi “A Garota Rebelde”, da Emmy Von Rhoden (tenho até hoje) que conta a história de uma adolescente problemática que é mandada pro internato. Minha mãe me deu porque… bem, porque eu era uma criança rebelde e ela não sabia se me vendia ou me botava num internato. O livro é cheio de lições edificantes e momentos tocantes, que me fizeram chorar à beça. Depois do primeiro, embarquei nas viagens da Coleção Vagalume e não parei mais.

    R: Puxa, bacana saber que você ainda guarda o primeiro livro da sua vida até hoje. E, importante, sabe onde ele está. :)

  • http://www.lafloufa.com Jacqueline Lafloufa

    Interessante ver que tem mais gente que lembra dos primeiros livros que leu.
    Isso porque sempre tem aquele livro especial da sua infância, mas o primeiro que vc consegue, capengando, ler por completo sozinho (e que normalmente não passa de 30 páginas) merece também o seu lugar na memória.

    Li o meu primeiro livro na segunda série, numa ‘rodada’ de leitura onde cada aluninho comprava um livro e depois emprestava para o coleguinha.

    Minha mãe provavelmente deve tê-lo guardado em algum lugar, dessas primeiras coisas da vida do filho que a maioria das mães faz questão de perpetuar.

    R: Pois é, Jacqueline. Até hoje lembro bem tanto do livro quanto das ilustrações mostrando o sofrimento da margarida até receber o acalanto de um beijo. Não foi o melhor livro infanto-juvenil que li (Stella Carr e Pedro Bandeira foram meus autores prediletos nessa época da minha vida), mas foi uma bela maneira de iniciar minha vida de leitor. :)

  • Edgard Freitas

    A sra. nostalgia bate na porta de cada um que lê o post, tirando a primeira experiência literária de dentro da memória.
    Sou mais um que aprendeu a ler com “A Margarida Friorenta”.

    R: Pois é, Edgard. Demos os primeiros passos no mundo dos livros graças a essa margarida!

  • http://twitter.com/patybortolotto Paty Bortolotto

    Ah, Inagaki. Recordar é viver.

    Você me fez vasculhar minha memória bibliográfica (empoeirada, confesso)pra lembrar do 1º livro que li.

    O mais antigo que consegui resgatar foi “Marcelo, Marmelo, Martelo” da Ruth Rocha.

    Senti uma baita saudade da estante de livrinhos que tinha no meu quarto.

    Suspirei.

    R: Paty, ainda tenho diversos livros da coleção Vaga-Lume da Ática, assim como algumas obras da Stella Carr como “Eu, Detetive”, guardados em um lugar da minha estante. :)

  • http://anny-linhaozzy.blogspot.com/ Anny

    Inagaki:
    Tenho a impressão que você já escreveu sobre este livro.
    Sabe, adoro livros infantis e fiquei com muita vontade de ler. Certo?
    Me diz se estou enganada.
    Pois é, lembro que o primeiro livro que li. Tinha duas historinhas e duas poesias que lembro até hoje delas…
    Ah, mexer na poeira das lembranças boas, pode nos fazer muito bem. Boas lembranças nos ajudam a viver melhor.

    Muito bom poder comentar aqui de novo.
    Bjs.
    Anny,

    R: Anny, na mosca: citei o livro nesta entrevista que dei para a revista Capitu. Bom te ver por aqui novamente! :)

  • http://anamangeon.com/blog Ana

    O livro que me veio em mente foi “Lúcia já-vou-indo”, história de uma lesminha que chegava sempre atrasada. mas o que mais marcou minha infância foi “A fada que tinha idéias” - acho que quero ser a Clara-luz até hoje…

    R: Ana, e esse “A Fada que Tinha Ideias” também foi escrito pela mesma Fernanda Lopes de Almeida de “A Margarida Friorenta”. Queria que ela de alguma maneira soubesse o quanto influenciou, de uma forma bacana, crianças que quando adultas tornaram-se bibliófilos. :)

  • http://meuveneno.com.br Carol

    Quando eu tinha 5 anos minha mãe me deu “Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias” da Ruth Rocha de presente de aniversário. Eu achei um péssimo presente, porque não tinha muitas figuras e não dava pra entender a história por elas, então minha mãe me deu as orientações básicas da alfabetização e, um belo dia sentada pra tomar café, vi no pacote de pão “panificadora”. Depois disso, li a história do Marcelo e as outras duas histórias do livro e não parei mais. O segundo livro que li - e o primeiro que me fez chorar - foi “O Menino do Dedo Verde” - que eu não lembro o nome do autor… No final, vejo que o presente da minha mãe foi o mais maravilhoso possível, porque me fez uma leitora assídua de tudo que tenha letrinhas.

    R: Carol, sabe que ainda não li “O Menino do Dedo Verde”, apesar de ainda ter em casa um exemplar que era do meu pai? Mas posso dizer o primeiro livro que me fez chorar: “Coração de Vidro”, do José Mauro de Vasconcelos. Cotação 10 caixas de Kleenex!

  • http://www.filosofianerd.com.br Eduardo Spohr

    Fala, rapaz!

    Adorei este post. Extremamente lúdico, excelente.

    O primeiro livro que li na vida foi “De Onde Vêm os Bebês”. Pois é, bizarro, mas é verdade :-)

    Abraços,

    Eduardo

    R: Mr. Spohr, uma honra receber por aqui o comentário de um autor da Editora Record! :) Mas que leitura singela pra começar sua vida de literato, hein? :D

  • http://www.italytex.com.br/blog tecido vestido

    Sabe que não me lembro o nome, mas da capa não me esqueço era uma lagarta saindo de uma maça bem vermelha!!!!

    R: Hmm… Teria algo a ver com Alice?

  • http://jornalistamasini.wordpress.com Marcos Masini

    Grande Inagaki…

    Não me recordo ao certo, sinceramente, mas acho que foi “O Cachorrinho Samba na Floresta”. O livro é sobre um cachorro chamado Samba que vai para a floresta e por lá ele encontra vários amigos que o ajudam a se proteger das onças. Faz parte da coleção O Cachorrinho Samba, de Maria José Dupré. Editora: Ática.

    [ ]‘s

    R: Maria José Dupré é ótima, Marcos. Meu livro favorito dela é “A Mina de Ouro”, que devo ter lido e relido umas 8 ou 9 vezes.

  • Daniel Cancelier

    O meu foi um tal de BARQUINHO AMARELO..rs

    R: Daniel, nada a ver, mas seu comentário me fez lembrar que a primeira música dos Beatles que ouvi e curti foi “Yellow Submarine”. :P

  • http://www.casadochico.blogspot.com chico

    Acho que o meu foi “as aventuras da borboleta atíria”, que agora se chama “o caso da borboleta atíria”. É publicado até hoje em uma série que também tem “o escaravelho do diabo”. Apesar de lembrar, não me marcaram muito. Ao contrário de “chamado selvagem” de Jack London, lido alguns anos depois.

    R: Deve ser da coleção Vaga-Lume, Chico. Em tempo: Jack London é um dos meus contistas prediletos até hoje.

  • Aninha

    O primeiro livro que li na vida chama-se “Por que?”. Meu pai deu este livro para minha irmã, que vivia perguntando por que o céu é azul, por que os gatos dormem no sol, por que o mar tem ondas, enfim… O livro era uma coletânea de curiosidades infantis e tinha um monte de ilustrações legais. :]

    R: Aninha, taí uma pergunta que eu, como péssimo aluno que matava aulas pra ir ao cinema, não sei responder até hoje: por que o céu é azul? O.o

  • Dani

    Sem dúvidas livros nos marcam. Meu primeiro livro chamava-se “Lúcia-Já-Vou-Indo” de Maria Heloísa Penteado…inesquecível. Porém grande parte da minha alfabetização realmente é mérito do Maurício de Souza (sou leitora assídua até hj).

    R: Dani, também devo muito ao Maurício. Um dos grandes responsáveis por eu ter me tornado um leitor voraz. :)

  • Sandro

    O meu Primeiro livro era (eram) na verdade dez… uma coleção de 10 livrinhos: átomos e moléculas, o som, o magnetismo, as galáxias, a gravidade, a luz, a eletricidade, a radioatividade, estrelas e planetas, as ondas… acho que eram esses os títulos.Li isso aos 7 anos de idade, pode? Bom começo não é? Depois ainda perguntam porque estudei Física e me tornei professor.

    R: Sandro, você me fez lembrar das tardes que passava na casa de meus avós, folheando os volumes da Enciclopédia Disney que ficavam na estante da sala. :)

  • http://luzdeluma.blogspot.com luma rosa

    Nostalgia. Tudo passa menos aquilo que aprendemos e os livros que alimentam o nosso lado lúdico, quanto mais alimentam, mais se tornam inesquecíveis. Meu primeiro livro foi “O menino do dedo verde” e na ocasião, minha irmã lia “Floradas na Serra” que não li na época, mas que rendeu um paralelo imaginativo muito doido com o “Menino do dedo verde” :D Beijus,

    R: Gozado como funciona a memória afetiva, não? “Floradas na Serra”, por exemplo, não li o livro, mas assisti à minissérie adaptada baseada nesse livro da Dinah Silveira de Queiroz, exibida na finada TV Manchete.

  • http://fabricioteixeira.blogspot.com Fabricio Teixeira

    Caramba, o mesmo livro que eu.
    Na minha escola virou até peça de teatro :)

    R: Rá! Na minha época de primário interpretei (cof, cof) uma abelha em uma encenação da “Arca de Noé” do Vinícius de Moraes.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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