Meu Ibira: um aplicativo para conhecer melhor o Parque do Ibirapuera
Por Alexandre Inagaki ≈ terça-feira, 05 de maio de 2015
Quem vive na metrópole cinzenta que é São Paulo sabe bem da importância que o Parque do Ibirapuera possui para esta cidade. Não à toa, cerca de 220 mil pessoas visitam semanalmente a área verde mais querida pelos paulistanos, inaugurada em agosto de 1954. As redes sociais ajudam a constatar essa popularidade: em dezembro do ano passado, o Instagram divulgou uma lista com os 10 lugares nos quais seus usuários mais fizeram check-ins no Brasil. Mesmo em ano de Copa, o Parque do Ibirapuera foi o campeão de marcações, à frente de locais como o Maracanã, a Avenida Paulista, o Aeroporto de Cumbica e a Praia de Copacabana.
O Ibirapuera possui uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, espaço suficiente para abrigar três museus, uma escola de astrofísica e outra de jardinagem, um banco importado do Central Park de Nova Iorque, um mausoléu com 804 combatentes mortos na Revolução Constitucionalista de 1932, um jardim de esculturas projetado por Burle Marx, uma pista de cooper com 1.500 metros de distância, um herbário com cerca de 12 mil espécimes de ervas, árvores nativas e plantas ornamentais, 18 monumentos, um pavilhão japonês e a lápide de um cachorro chamado Pinguim que faleceu em 1946. Como saber de todas essas curiosidades, localizá-las dentro do parque e ainda ficar por dentro de toda a movimentada agenda de exposições, atividades culturais e esportivas que movimentam o Ibirapuera? A fim de facilitar a vida de seus frequentadores, a Globo lançou o aplicativo Meu Ibira, disponível para iOS e Android.
Inspirado na vocação do Ibirapuera de ser um ponto de encontro e de relacionamento de quem mora em São Paulo ou está de passagem pela cidade, o app não se limita a ser um mapa do parque ou agenda cultural, listando 116 atividades que podem ser feitas por lá: desde práticas esportivas como praticar slackline ou jogar hóquei de patins até experiências diversas como correr com a Guarda Civil Metropolitana, visitar a feira orgânica aos sábados, conhecer os cursos gratuitos da Universidade Aberta do Meio Ambiente localizada perto do portão 7A ou retirar uma muda de árvore no Viveiro Manequinho Lopes e levar um pedacinho do parque para a sua casa.
Além disso, os próprios usuários do aplicativo podem sugerir outras atividades além das descritas no Meu Ibira. Rollers, por exemplo, já estão usando o app para marcar encontros e treinos de patins dentro do parque. O aplicativo, que foi lançado no mês passado, chegou a ter cerca de 80 mil usuários conectados simultaneamente em seus servidores enquanto era exibida uma matéria no SPTV sobre ele.
Eu, que já entrevistei algumas pessoas relatando suas histórias relacionadas ao parque em um texto que escrevi em 2004, quando o Ibirapuera havia chegado aos 50 anos de existência, não poderia deixar de destacar o lançamento deste aplicativo. Grandes parques mundo afora como o Central Park já possuem um app, e o Meu Ibira é uma ferramenta que certamente ajudará a valorizar um dos mais belos cartões postais de São Paulo, auxiliando seus frequentadores a explorarem melhor suas inúmeras atividades e possibilidades.
Alexandre Inagaki
Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.
