De volta com nossa programação normal
Por Alexandre Inagaki ≈ quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
A despeito das politicagens e das balas perdidas, dos juros altos e do despertador nas manhãs de segunda, das manchetes de jornais e das porradas que o mundo continuamente nos dá no estômago da alma, a cada novo ano que surge reencontro sorrisos e pequenos milagres ao meu redor que me fazem constatar, com convicção teimosamente firme, que a vida é doce e cheia de possibilidades.
Eu sei que fazer um balanço de 2005 quase no final do primeiro mês de 2006 é algo que soa tão anacrônico como se a pauta do próximo Globo Repórter fosse uma reportagem sobre ioiôs e bambolês, mas o fato é que meu timing é péssimo, a ponto de eu costumeiramente cumprimentar meus amigos por seus aniversários muito depois de as formigas terem levado a última migalha do bolo. Nos estertores de 2005, uma das resoluções bestas de fim de ano que fiz foi esta: independer do Orkut para lembrar dos aniversários de meus camaradas. Não posso me levar a sério: outra de minhas resoluções é passar a atualizar o blog com maior constância, ho ho ho! Mas enfim, que se foda a descontextualização temporal, até porque uma das melhores coisas de se manter um blog é a liberdade de escrever desvencilhado de pautas.
Neste primeiro post de 2006, não posso deixar de olhar para o retrovisor e saudar 2005, esse ano do caralho em que conheci novos lugares e pessoas, amei, desamei, levei muita porrada, também dei as minhas, fiz novos amigos de infância e não perdi nenhum, fiquei mais próximo de minha família, escrevi para diversas publicações bacanas, mantive minha conta bancária longe do vermelho, ganhei a maior parte das batalhas que travei e, enfim, vivi uma porção de momentos absolutamente sensacionais, que carregarei no bojo de minhas lembranças até o dia em que não estarei mais por aqui.
Cada dia é um novo parágrafo ansioso por ser escrito, cada nova manhã que testemunho me dá vontade de dizer para o sol: agora que você nasceu, não tem mais como se esconder. E que bom, que bom que seja assim.
Embora tenha abandonado o blog, a ponto de ter sido citado por meu colega Alex Castro em um post sobre a morte da “Velha Guarda” blogosférica (estou tão velho assim?), passei as últimas semanas fazendo pequenas participações em lugares bacanas com os seguintes textos:
- “A Eterna Arapuca” no pra lá de cool Cracatoa Simplesmente Sumiu;
- “Top 5 Filmes de 2005” em minha coluna de cinema no site da Antena 1.
- “O Primeiro Texto a Gente Nunca Esquece” no Alma em Punho da minha amiga Roberta de Felippe;
- “Pombos Urbanos” na edição 2 da revista Cortante, capitaneada por meu colega de Gardenal Flávio.
Ah, também estou nas bancas de jornais, assinando uma matéria sobre Neil Gaiman na edição 10 da revista Flashback, e participo como um dos 92 votantes da lista de melhores do ano organizada pelo Scream & Yell (minha relação de prediletas de 2005 está aqui).
2006 será o melhor ano de nossas vidas.
Alexandre Inagaki
Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.
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