Cloverfield, o terror em primeira pessoa

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Nesta que é a semana que antecede a cerimônia do Oscar, estou fazendo uma maratona cinéfila a fim de tentar assistir a todos os principais indicados. Porém, faço um parênteses para escrever sobre um possível indicado aos prêmios de 2009: Cloverfield - Monstro. Um filme que é a representação cinematográfica das mesmas sensações que tomam conta de um incauto andando em um carrinho de montanha-russa: olhares tremidos, vertigens constantes e um certo sentimento de satisfação masoquista ao final do trajeto.

O filme mostra o que aconteceria se a cidade de Nova Iorque fosse atacada por um monstro digno daqueles que destroçavam as construções de Sim City. Porém, esqueça ameaças como King Kong, Godzilla ou George W. Bush: trata-se de algo muito mais arrasador. A grande sacada deste blockbuster dirigido por Matt Reeves e produzido por J.J. “Lost” Abrams está no modo como a trama é exibida: através da câmera de vídeo na mão de um dos personagens que corre destrambelhadamente pelos destroços da “Big Apple”.

O roteiro, acertadamente, não busca dar explicações pseudo-científicas para o surgimento do monstrengo. Ele simplesmente está lá, e você tem que se virar pra conseguir escapar vivo dessa. Outro ponto eficiente é a maneira como são apresentados ao espectador os personagens do filme, um grupo de amigos reunidos para a festa de despedida de Rob, que viajaria para assumir a vice-presidência de uma empresa no Japão, terra natal do Godzilla. As imagens da festa são gravadas em cima de uma fita com registros antigos de Rob ao lado de Beth, seu grande caso de amor mal resolvido, e por meio desse artifício narrativo o espectador passa a saber de informações que serão utilizadas adiante com o devido impacto dramático. A partir do momento em que o monstro começa a tocar o terror em Nova Iorque (na companhia de “amiguinhos” menores que dão o ar de sua desgraça na seqüência do metrô), a câmera passa a registrar a angústia esbaforida dos personagens em fuga, enquanto imagens entrecortadas do bicho são vistas apenas de relance em um e outro enquadramento tremido. E aí está outro mérito da direção e roteiro de Cloverfield: entender que sugerir é um ato muito mais instigante do que escancarar.

Uma das cenas mais significativas de todo o filme é a seqüência na qual a cabeça da Estátua da Liberdade é arremessada pelo monstro, vai parar no meio de uma rua e é logo cercada por diversos transeuntes que começam a filmá-la e fotografá-la com seus celulares e câmeras digitais: Cloverfield é o típico produto de uma era de produtores de conteúdo que não estão mais satisfeitos em ver um acontecimento diante de seus olhos: eles desejam registrar seus pontos de vista fazendo fotos, vídeos, posts.

Não perca tempo questionando a inverossimilhança de uma câmera digital cuja bateria é mais resistente que coelhinho da Duracell ou o estômago do Jack Bauer que em 24 horas nunca para pra tomar um lanche sequer. Cloverfield é um filme angustiantemente divertido, que reflete o zeitgeist desta época na qual registramos nossas lembranças através do suporte de smartphones e câmeras digitais. Produto típico desta era de convergência de mídias, não à toa foi precedido por uma campanha viral na qual cada imagem de seus trailers foi analisada por espectadores que congelaram frames e criaram blogs expondo suas teorias a respeito do filme.

Encontrei na Web vídeos que analisam o áudio quase ininteligível que surge após o final dos créditos e um objeto que cai no mar em determinada cena do filme. Mas só recomendo que você clique nesses links após ter assistido a Cloverfield. Que, ao lado da estupenda produção coreana O Hospedeiro, de Bong Joon-ho (IMHO, o melhor filme de 2007), faz com que eu seja obrigado a dizer que o gênero “filme-de-monstro” nunca esteve tão revigorado e criativo.

* * * * *

P.S. 1: Tenho um par de ingressos do filme dando sopa por aqui. Se você quiser assisti-lo de graça com direito a acompanhante (afinal de contas, sessão de cinema fica mais bacana quando você tem alguém com quem compartilhar os sustos e impressões), deixe um comentário neste post dando um novo título em português para Cloverfield - Monstro. Todos os comentários dando sugestões de nomes só serão liberados para publicação na meia-noite desta sexta-feira, dia 22, quando também divulgarei o nome do vencedor de acordo com a comissão julgadora deste blog (leia-se: eu). Em tempo: os ingressos que tenho aqui são válidos em qualquer cinema localizado no território brasileiro, de segunda a quinta, exceto no Cinemark do Shopping Iguatemi em Sampa City e nas salas do Grupo Estação.

P.S. 2: Locutório, Roda Presa e Saloma do Blog, sejam bem-vindos ao InterNey Blogs!

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Facebook

Comentários do Blog

  • Daniel

    Alexandre,
    em algum momento aparece o tal monstro, no filme ?

    Sim, Daniel. E em várias cenas!

  • Samara Horta

    Que bom que alguém gostou do título… rsrs
    mau e-mail é [email protected]. Me passe por esse e-mail o seu para que eu mande o endereço. Ou me fale para onde posso enviar meu endereço.
    Obrigada!
    Um abraço ^^

    Acabei de lhe mandar um e-mail, Samara. Um abraço!

  • Anônimo

    Obrigado a todos que participaram da promoção, já encerrada, dos ingressos para ver “Cloverfield”! O ganhador do par de ingressos foi Demas, e a leitora Samara Horta receberá um kit Pensar Enlouquece em sua casa. Um abraço a todos!

  • http://pensamentosequivocados.blogspot.com Dragus

    Assisti o filme.

    Superou minhas expectativas.

    Mas ele tem a cena da mulher desesperada chorando com o nariz escorrendo.

    Quando vi a cena quase berrei “monstro de blair!”… Deve ser uma referência forçada, só pode ser. =p

    Podiscrer, Dragus. Tinham que fazer alguma alusão à “Bruxa”. :D

  • http://www.amenidadesebobajadas.blogspot.com Daniel F. Silva

    Acho difícil um filme que estreou logo no comecinho do ano ser indicado a um Oscar…

    Daniel, antigamente isso até poderia ser um problema. Mas filmes como “Crash” e “Os Infiltrados”, que estrearam no 1. semestre nos EUA e venceram o Oscar, desmentem essa afirmativa.

  • Dennis

    “…a inverossimilhança de uma câmera digital cuja bateria é mais resistente que coelhinho da Duracell…”

    Ao contrário que muitos pensam, a câmera não ficou filmando 8h direto (tempo transcorrido entre o início da festa e a explosão no central park). Lembre que o filme é o registro da câmera. Por isso, o tempo de gravação é a duração do filme, ou seja, por volta de 80 min. Tempo perfeitamente cabível para uma câmera portátil.

    Agora, a câmera utilizada é bem mais que uma simples câmera digital amadora. Ótima qualidade de som e imagem. Uma câmera portátil assim eu também quero.

    Hmm! Boas ponderações, Dennis. Mas ressalte-se que a câmera do filme, logicamente, apenas simula o que seria uma câmera amadora. Até por questões de qualidade de som e imagem para que o filme seja devidamente apreciado em um multiplex da vida. Também gostaria muito de ter uma câmera portátil dessas. :D []‘s!

  • http://pixinxa.blogspot.com/ carlos

    Hum, não assisti o filme, ainda.Mas, já ouvi falar mal bocados.
    Quando vi o “treiler”, achei interessantissimo, a filmagem em 1 pessoa.
    Agora que vejo a sua positiva crítica, fiquei mais curioso ainda.
    Quanto ao titulo vai aí:
    “Two girls,one cup”

    *(hahahaha, tô sem criatividade, só consegui pensar nisso.)

    Carlos, esse filme é daqueles que o pessoal ama ou odeia. Feito “A Bruxa de Blair”, com quem tem sido bastante comparado inclusive por causa das polêmicas entre aqueles que o assistiram. Quanto à sua sugestão de título… Sem comentários, ha ha!

  • http://philogroky.blogspot.com Nicolau Werneck

    Peraí, dia 21 é hoje, quinta feira! Quando afinal vai sair o resultado do concurso?…

    Pois é, Nicolau. Sexta-feira é dia 22, mea culpa. Tô soltando daqui a alguns minutos o resultado!

  • http://estrovengacombacon.blogspot.com Julio Makimori

    Bom, não sou muito criativo…
    E geralmente só penso em coisas retardadas. Pior ainda por só ter visto o vídeo do seu post.
    Então lá vão algumas sugestões:
    Com a onda tropa de elite: “Bope II - Cap. Nascimento visita Bush”

    Julio, creio que esse seu título faria bastante sucesso nas bancas de camelô que vendem DVDs piratas! :D

  • Pato

    Que tal o nome: Cloverfield - O Monstro monstruoso de estimação do Lago Ness perdido em Nova Iorque

  • http://www.onada.com.br Smackpot

    Inagaki, recomendo a vc a assistir um filme espanhol no mesmo estilo “bruxa de Blair”, o filme chama-se REC, ainda sem data de exibição no Brasil, mas q já esta rolando uma adaptação norte-americana.
    procure no youtube, muito bom o filme.

    Valeu pela dica, Smackpot. Procurá-lo-ei!

  • http://anamangeon.mus.br Ana

    Até assistir Cloverfield eu achava que nenhum filme conseguiria ser pior que aquele do Talking Heads, cujo nome minha memória traumatizada bloqueou.

    Vejamos… “Stop Making Sense”, o documentário do Jonathan Demme?

  • http://www.joepopstar.blogspot.com Joe Bass

    “O Monstro dos Campos de Clóvis”

    …eu sei, foi péssimo

    Joe, valeu pela tentativa. Por polidez, não direi que concordei com a sua observação, he he!

  • Romani…

    Pô, só eu não vi esse filme ainda???

    Minha sugestão seria “Cloverfield - Um Godzilla quase perfeito” hehehe

    Romani, devo lhe dizer que, pelas risadas proporcionadas, sua sugestão ficou em segundo lugar. Pena que não tenho um segundo par de ingressos pra descolar. XX(

  • http://d--mentes.blogspot.com/ GR

    Gostei muito da sua resenha sobre o Cloverfield! Agora, basta surgir um tempo pra ir assisti-lo.
    Me surpreendi com o filme coreano “O Hospedeiro”. Não encarei como terror ou suspense, mas algo tipo ‘TragiCômico’.. :P
    Eu aconselho todos a assistirem!

    Bom..
    é isso.

    ps.: o vídeo do Youtube não tá “funfando” :-/
    ps.2: td bem.. pq eu ainda não vi o Cloverfield msm!

    GR, acabei de visualizar o trailer do YouTube. Tá funcionando direitim!

  • http://aleatorioealienado.blogspot.com Priscilla

    Sem ver o filme é difícil arriscar títulos, mas aí vai:
    Terror em Nova York
    Metrópole do caos
    O monstro de Nova York
    Fuga desvairada
    Monstro maldito
    Nova York X Monstro
    Uma cidade do barulho
    Um monstro muito louco

  • http://www.adivertido.blogspot.com Gabriel Jacob

    Grande Ina!

    Antes de tudo gostaria de agradeçer por vc ter inserido o ADivertido na sua lista dos blogs da semana.

    Agora, pode ter certeza q com a chegada do novo blog, em breve, uma boa parceria entre nós poderá ser concretizada de fato.

    Vou hoje tbm assistir o Cloverfield.
    Sempre curti filmes do gênero. Estou apostando nele.

    Abração e até a próxima!!!

    Servimos bem pra servir sempre, Gabriel. ;) Um abraço e valeu pelas palavras!

  • lucio

    Cloverfield - um monstro do barulho da pesada aprontando em Nova Iorque
    Agora (mais) sério:
    Cloverfield - Nova Iorque sob Ataque

  • Diogo

    Eu colocaria o nome em português semelhante ao original, pois este deve ter sido pensando com carinho…rsr
    Seria “Campo de trevos”.
    Abraços
    Diogo

  • http://o-ocio.blogspot.com/ Maurício Pitta

    Cloverfield - Um Saurópode Bom de Briga

  • Samara Horta

    Meu interesse não são as entradas. Aliás, nem sei se ainda valem.
    De qualquer maneira, queria deixar registrado o quanto gostei do filme, diferente da maioria das pessoas que comentaram no cinema. É impressionante como estamos acostumados a um único formato, com inicio, meio e fim.. quase como uma redação no colégio. O legal do filme a justamente não dar informações e mesmo assim prender sua atenção, é “você” correndo do monstro.
    E o nome que eu daria, por vários motivos, é “Sayonara New York”. E deixo aberto para imaginar o porque.

    Obs: é a primeira vez que comento nosse blogo, mas não é a primeira vez que o leio. Te acompanho e gosto muito de acompanhar xD

    Um abraço

    Samara, achei a sua sugestão ótima. Mas, como recebi dezenas de comentários de leitores que efetivamente queriam muito os ingressos e que não assistiram ao filme feito você, acabei escolhendo um outro leitor para ganhar o par de ingressos. A senhorita, porém, tem direito a ganhar um “kit Pensar Enlouquece”. Me manda depois o seu endereço. Um abraço! :D

  • Carlos Roberto Teles Jr

    Disse tudo, nunca os filmes de monstro estiveraum tão revigorados. Na minha humilde opnião de leitor do P.E outro filme que assusta sem mostrar eh o SINAIS do Mel Gibson.

    sugestão para o nome do filme:

    ( Os Visitantes )

    Supimpa seu blog, leio todos os dias..

    Abs
    Carlos

    Carlos, taí um cineasta que desperta polêmicas, mas que aprecio bastante: M. Night Shyamalan. Se bem que “Sinais” não está na minha lista de prediletos: gosto mais de “Corpo Fechado”, “A Vila” (sobre o qual escrevi esta crítica) e, é claro, a obra-prima “Sexto Sentido”. Um abraço e valeu pelas leituras!

  • http://weRgeeks.wordpress.com Tato weRgeeks

    Eu gostei bastante do filme. Partindo da premissa que é um filme para empolgar e que é um filme de monstro, é fantástico! Tão fantástico que fiz até um podcast sobre ele.
    Minhas sugestões para o nome do filme:
    Que tal “O campo de trevos” ou até mesmo “Um monstro no campo de trevos”….rs…
    Talvez, analisando a história das distribuidoras no Brasil, poderia sair até “Cloverfield - Um monstro da pesada no campo de trevos”!
    Rs….

    Tato, vendo suas sugestões, pensei em fazer alguma brincadeira com aquele livro clássico do J.D. Salinger, “O Apanhador no Campo de Centeio”. Mas depois a razão voltou a dominar meus pensamentos. B)

  • http://reviewsquadrinhos.blogspot.com/ Rodrigo Galhano

    Novo título:”O filho de Godzilla vai à américa”

    Narrador de sessão da tarde: “Aprontando altas confuões que não estão no gibi”.

    Rodrigo, eu diria que ninguém segura esses comentaristas, uma turma da pesada aprontando todas. Muita ação e adrenalina na Tela Quente do seu monitor!

  • http://www.nucleodeoportunidades.net Douglas

    Vou assistir logo. A emoção de uma boa aventura é preponderante sobre o sentido ou não das coisas.
    :)

  • André

    e a cabeça voou….

  • Nélio D. Vieira

    O monstro de Nova Iorque

  • Marcio Pareto

    Só uma info: eles comeram, sim, no metrô.

  • http://www.saberebomdemais.com Ester Beatriz

    Eu fiquei curiosa pra ver! Seu texto me animou ainda mais! Se tem o mesmo molde de “A Bruxa de Blair” vou gostar. E como você mesmo disse, a sugestão impõe muito mais suspense e tensão e eu gosto de filmes que me prendam por isso. Mas pelo jeito é preciso levar alguns vidrinhos de Plamet na bolsa. :D
    Abraço querido!!

    Ester, eu qualificaria “Cloverfield” como um “Bruxa de Blair 2.0″. :D Um beijabraço!

  • http://www.torcidaflamengo.net Thiago

    sem assistir o filme é difícil, mas aí vai:
    Se for passar na sessão da tarde poderia ser:
    Um monstro do barulho!
    Esse monstro vai aprontar as maiores confusões na cidade de nova york!
    Se for na HBO poderia ser:
    Perigo em Nova Yorque (ou algo assim), falando com aquela voz sinistra do cara do HBO fica r0x.

  • http://philogroky.blogspot.com Nicolau Werneck

    Bia, um vergalhão de ferro pode atravessar seu corpo sem atingir nenhuma parte vital, ou nenhuma artéria muito grande!… Se aquela garota sobreviveu até aquela hora, era certamente o caso. E ela não saiu correndo logo depois, pô… E a adrenalina ainda faz coisas incríveis!… :) Pode ser também que ela tenha sido afetada pela coisa que tem na ilha do Lost e fez o Locke voltar a andar. :D

    Não entendo porque vc diz que o pessoal no metrô “não sofreu nenhum arranhão”, sendo que aparecem aqueles cortes bem feios, e este ataque das aranhas bizarras ainda valeu a vida da valorosa paixão do nosso cameraman… Os dois da frente sim, não sofreram, mas não há nada mais natural do que apenas os da retaguarda sofrerem mais.

    Ops. Nicolau, cuidado aí com os spoilers, rapá!

  • http://mariosergio.blogspot.com/ mario sergio

    eu tbm preciso fazer a minha maratona, mas o começo do ano já está passando e não estou tendo tempo algum para qqr outra atividade exceto, trab. e faculdade…

    :|

    Podiscrer, Mario. Também ando mais enrolado do que linha de pipa, mas na medida do possível estou tentando assistir a todos os ótimos filmes que estão atualmente em cartaz. Ontem, por exemplo, vi o romeno “4 Semanas, 3 Meses e 2 Dias”, uma paulada na alma: filmaço que ainda estou digerindo pra ver se consigo escrever algo à altura dele. Boa sorte na gestão das atividades aí!

  • http://deixoler.blogspot.com Bel

    Ai, como eu queria ser criativa o suficiente pra arrumar um título e ganhar os ingressos…
    Mas, nem ligo. O filme só vai chegar aqui (em Ilhéus) depois que chegar - certamente - no piratão, e eu vou assistir provavelmente duas vezes (uma no DVD pirata, outra no cinema, se for bom mesmo, como imagino que seja). E, apesar do fato de que ganhar prêmios é sempre legal, o único cinema da minha cidade tem promoção nas 4as e 5as, de “meia para todos”, e estudante (ainda tenho a carteirinha do ano passdo) paga meia da meia, isto é, R$2,50. Então… dá pra pagar e ainda financiar o acompanhante!!!

    Em tempo… Você fez quase uma “análise videográfica” do filme… Se minha professora de “Produção e Direção” lesse seu post, ela provavelmente lhe daria uma nota boa…

    Bjo!

    Bel, depois de ter recebido notas 10 do Marcelo Coelho, do saudoso Mestre Aloysio Biondi e do Matinas Suzuki Jr. na época em que fiz Jornalismo na Cásper Líbero, posso dizer que já cumpri minhas metas acadêmicas. ;)

  • Mobi

    Cloverfield, um monstro muito louco de verão.

  • Anônimo

    Só para enfatizar a informação que dei no primeiro P.S. deste post: apenas os comentários que não derem sugestões de títulos para o filme, e que portanto não concorrem ao par de ingressos, serão liberados para publicação. Os demais só serão publicados neste blog a partir da meia-noite do dia 22/02/08 (quando também divulgarei o resultado da promoção).

  • http://pensamentosequivocados.blogspot.com Dragus

    Ainda não vi o filme, não porque não queira, mas porque quando cheguei ao cinema aqui no RJ optei por assistir o musical de Tim Burton, que por suas características nada populares (é um musical, é um filme de pseudo-terror, é um musical, tem quase o elenco adulto todo de Harry Potter e é um musical, coisa que o público brasileiro não assiste) vai acabar saindo do circuito mais rápido que o filme do “Terror de Cloverfield”, ou sei lá que nome poderia sugerir… Talvez “Documentário do Medo” ou algo assim… Não assisti, que tipo de nome poderia dar?

    Monstro de Blair talvez? =p

    No mais a cada comentário que vejo sobre o filme mais eu quero vê-lo. =)

    Dragus, eu admito que tenho um problema com os filmes do Tim Burton. Já dormi no meio de três deles, dentre eles “O Estranho Mundo de Jack”. Detestei “Marte Ataca” e os dois Batmans que ele dirigiu, achei “Peixe Grande” decepcionante, uma frustrada tentativa de emular Fellini e Terry Gilliam, e até hoje só apreciei mesmo “Edward Mãos-de-Tesoura”, um belo conto de fadas pós-moderno. Não foi diferente com “Sweeney Todd”: apesar de ter um ótimo final sem concessões, também é filme ao qual faço sérias reservas. Quanto a “Documentário do Medo”, isso parece nome de filme do Michael Moore! :D

  • http://philogroky.blogspot.com Nicolau Werneck

    Primeiro uma pequena correção: o filme em português não se chama “Cloverfield — O Mostro”, mas sim “Cloverfield — Monstro”. Nada desse artigo convencional e ultrapassado aí; é um novo conceito em subtítulos de nomes nacionais de filmes gringos! :D

    Minha sugestão segue a mesma linha de Abrams. “Cloverfield” é o nome de uma saída numa rodovia que ele freqüenta.
    http://en.wikipedia.org/wiki/Cloverfield#Development

    Eu pegaria portanto a saída de rodovia mais famosa do Brasil, na Fernão Dias… O filme deveria se chamar:

    “Perdões — Saída 666”

    Nicolau, valeu pela correção do meu post. Sua sugestão foi certamente a mais original, e gostaria que inspirasse alguém a produzir algum remake caseiro com um E.T. de Varginha ou coisa do tipo atacando a aprazível cidade mineira. :D

  • http://menteemcaos.blogspot.com Caleydoscope Eyes

    Acho que aqui em Goiânia esse filme chega só em abril…jehehehe

    Caleydoscope Eyes, caso você queira dar uma sugestão de título e concorrer ao par de ingressos, saiba que os convites que tenho aqui são válidos enquanto o filme estiver em cartaz, e para qualquer estado brasileiro, viu?

  • http://senhoritarosa.wordpress.com srta. rosa

    … Assista ‘the man from earth’, não sei com que nome vai chegar aqui. Mas é bom demaisssssssssssssssss!!!

    Valeu a dica. :*)

    Bezzos

    Ôpa, ficarei de olho. Gracias, Srta. Rosa! B)

  • http://maroma.wordpress.com/ Marília

    Ai, sou péssima pra nomes…
    “Era uma vez Nova York”
    (foi o melhor que consegui pensar)

  • http://salada.caioruman.com Caio J

    Cara, eu adorei o filme. Muito bom mesmo.

    Só que quando eu assisti, na saida do cinema, com a sala cheia, eu só ouvia gente dizendo que tinha odiado o filme! =/

    vai entender o gosto do povo

    Caio, também gostei pacas do filme, mas, como já deu pra perceber inclusive nos comentários deste post, há controvérsias. :roll: Enfim, gosto é gosto e vice-versa, como diria o saudoso Vicente Matheus.

  • Érica

    Olá!!

    Hj assisti “Juno”, que tbm está concorrendo ao oscar. Eu recomendo, achei mto bom!!! :]

    Beijos,

    Érica

    Érica, também gostei bastante de “Juno”. E de sua trilha sonora, que é sensacional!

  • http://ide4life.wordpress.com Ivan Niero Miranda

    O título deveria ser Cloverfield - o grande spoiler
    Já que o filme é um ninho de spoiler, nada melhor do que um spoiler gigante invadindo NY!

  • http://estou-sem.blogspot.com Emilio

    Pow, depois de ler o seu post deu vontade de ver o filme de novo.

    Não vou sugerir um nome, mas um slogan: Cloverfield - tudo o que o Godzilla queria ser quando crescesse. =P

    Emilio, assino (literalmente) embaixo das suas palavras: excelente slogan! :p

  • http://www.mytho.com.pt/blog mytho

    Vi o filme e gostei. Apesar de ser um “Blair Witch meets Godzilla”, como já vi muita gente falando por aí, acho que o Cloverfield conseguiu ser tudo o que a Blair Witch poderia ter sido e não foi. Mais que aquilo em um filme naquele estilo “primeira pessoa” é complicado.

    Abraço

    Mytho, eu diria que se trata de um “Bruxa de Blair 2.0″, por conta da ênfase dada aos “produtores de conteúdo” na trama do filme. Nem dá pra comparar “Cloverfield” com “Godzilla” porque o primeiro é muito, mas MUITO melhor.

  • Mariana

    uem uCloverfield

  • aninha

    Muito bom. Várias referências e o coração acelerado até meia-hora depois da sessão. E eu que entrei achando que ia ver “mais um filme de monstro”. Na frente dele (categoria “Monstro Contemporâneo”) só fica o Hospedeiro. Ou melhor: não dá para comparar, né? É outra proposta.

    Aninha, “O Hospedeiro” é um filme maravilhoso que mescla diversos gêneros, como filme de monstro, tragicomédia familiar e drama político na mesma trama, com uma habilidade e imaginação simplesmente desconcertantes. E, olhe, a primeira aparição do monstro em “O Hospedeiro” é uma das melhores cenas que vi nos últimos anos!

  • Flávio H.

    Ok, vamos as sugestões estilo sessão da tarde!
    - O Monstro do Campo dos Trevos
    - Um monstro da pesada.
    - Um monstro em Nova York.

  • http://blogdopedrox.wordpress.com/ Pedrox

    Que tal “O MISTERIOSO MONSTRÃO FEROZ”?

    Aceito o meu prêmio em dinheiro, título de capitalização ou qualquer outro brinde, pois Belém fica muito longe de São Paulo. Não chegarei a tempo para a sessão.

    Grande Pedrox, só pra informar: os ingressos eram válidos para todo o Brasil. Portanto, fique atento para as próximas promoções que ainda virão por aí. ;)

  • Anônimo

    aê, tava carente já, achando que justamente o senhor, responsável por essa mudança, não tinha nem percebido!

    ah, outra coisa, fiquei sabendo que andou dando as caras no meu recinto de trabalho e nem se incomodou em ir passar me falar um oi!

    beijos!!!

    Srta. Iwasso, tem e-mail lhe aguardando na sua caixa postal… ;)

  • http://www.cinedemais.blogspot.com Demas

    Inagaki,
    como ainda não fui ver o Cloverfield, essa promoção vem a calhar. Minha sugestão de título em português: “Cloverfield - uma câmera na mão e um monstro na cabeça”.

    Abração

  • http://groselha.wordpress.com Bia Cardoso

    rs… Inagaki, depois de ler esse texto fiquei achando que vimos filmes diferentes com o mesmo nome. Detestei Cloverfield, dei graças a Deus que fui no dia da promoção do cinema. A mistura de “A Bruxa de Blair” com “Godzilla” tinha até alguma chance de dar certo, mas com aquele elenco terrível, fazendo caras ridículas e parando a ação para dizerem que se amam… eu torcia o tempo todo para o monstro aparecer e matar todo mundo.
    E convenhamos, Ina, não é só a bateria da máquina. Aquela menina highlander que depois de ter um ferro retirado do corpo estava correndo e todos que foram atacados no metrô sem sofrer nenhum arranhão praticamente? Por mais que eu seja boazinha, nem rir dessas coisas toscas eu conseguia, torcia mesmo com força para o monstro aparecer e matar todo mundo…rs.

    Bia, eu simplesmente desligo o botão “verossimilhança” quando assisto a blockbusters. Se ficasse imaginando na implausibilidade de certas situações, não me divertiria vendo Bruce Willys sozinho matar dezenas de terroristas na série “Duro de Matar”, não me deleitaria com as aventuras de Indiana Jones mundo afora e acharia um absurdo o som se propagar no vácuo espacial nos filmes da série Star Wars. Convenhamos, situações plausíveis eu vou exigir em documentários ou suspenses dramáticos. Há filmes para serem fruidos em cineclubes com concentração total, e outros que caem bem com pipoca, refrigerante e descompromisso. ;)

  • http://brontossauros.blogspot.com Carlos Hotta

    Muita gente na sessão na qual assisti o filme não gostou. Isso que só havia jovens assistindo. Será que é necessário ter crescido assistindo Ultraman e Spectroman para realmente apreciar a película?

    Pois é Carlos, também notei, em especial na internet, que o filme está longe de ser unanimidade. Como “A Bruxa de Blair”, aliás, outro filme que me deixou angustiado até o final. Será que o problema da recepção de público está no fato de ambos os filmes serem narrados na primeira pessoa?

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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