Artigos da categoria: Política

Vale a pena perder uma amizade por causa de política?

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 20 de abril de 2016

Há uma onda de postagens no Facebook de pessoas pesquisando por amigos que são fãs da página do Jair Bolsonaro e desfazendo amizades. Perguntar não ofende, algumas respostas provavelmente sim: será que vale a pena adotar este tipo de atitude em vez de tentar iniciar algum diálogo de esclarecimento? No calor deste momento, lembrei de uma citação do jornalista Alon Feuerwerker sobre o assunto:

Não brigue com seu amigo por causa da política. Depois os políticos se entendem, mas você perdeu um amigo.

Essa convicção, de que não vale a pena desfazer uma amizade por causa de política, tem passado por uma série de abalos nos últimos tempos. Como boa parte dos meus contatos no Facebook, cliquei no link para checar quantos dos meus amigos curtem o Bolsonaro e descobri que 25 estão nessa lista, dentre eles primos, colegas de ofício, amigos de infância e de adolescência. Resolvi, porém, não excluir ninguém do meu perfil. Continue Lendo

Dez notinhas sobre as eleições

Por Henrique Abelquinta-feira, 23 de outubro de 2014

1 - Se você se acha muito consciente e bem informado por ser antipetista, saiba que você é vítima de uma ilusão autolisonjeira. Grande parte dos antipetistas ferrenhos acredita em bobagens e defende besteiras capazes de ser refutadas por dez minutos de estudo sério de história, economia e ciências sociais;

2 - Se você se acha muito consciente e bem informado por ser petista, saiba que você é vítima de uma ilusão autolisonjeira. Grande parte dos petistas ferrenhos acredita em bobagens e defende besteiras capazes de ser refutadas por dez minutos de estudo sério de história, economia e ciências sociais;

3 - Nenhum dos dois partidos que disputam a Presidência da República possui um bom histórico no que diz respeito à ética na política e a corrupção. Você pode tentar convencer a si e aos outros de que está votando em um deles “para combater a corrupção”, mas infelizmente os fatos não corroboram com a sua crença e o mais provável é que você esteja usando essa bandeira para justificar uma postura ideológica que você tem por razões bem diversas; Continue Lendo

Meus três centavos sobre as eleições presidenciais

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 21 de agosto de 2014

Se um candidato defender o fim definitivo e imediato de reeleições para cargos executivos, ganhará o meu voto. Creio que alternância de poder é fundamental para oxigenar as instituições, abrir espaços para a inovação e evitar que órgãos públicos sejam aparelhados por militantes de qualquer partido (algo que ocorre desde que a emenda constitucional permitindo reeleições foi aprovada durante o Governo FHC, diga-se de passagem). Além de todos os problemas citados, um candidato que participa de uma eleição tendo toda a máquina governamental a seu dispor gera disputas desleais e injustas.

Todo mundo tem direito a suas crenças pessoais, sejam elas de caráter ideológico, religioso, filosófico, sexual. Tampouco me importo se um candidato é católico, ateu, muçulmano, evangélico ou adepto da Igreja Jedi, desde que ele tenha plena consciência de que vivemos em uma nação laica, saiba respeitar crenças alheias e jamais misture suas convicções pessoais com seus deveres à frente de uma instituição pública.

Política é um tema fundamental, mas desanima tocar no assunto diante da pobreza e superficialidade das discussões, seja no horário eleitoral gratuito, seja nas redes sociais. Embora eu seja um cara que se interessa muito pelo assunto, acompanhando movimentações partidárias, propostas de governo, pesquisas eleitorais, yada yada yada, os comentários que costumam ser postados, quase que invariavelmente redigidos por pessoas que encaram preferências políticas como se fossem militantes de uma torcida organizada, são embebidos em raiva e insensatez. Diante desse cenário, não é de se estranhar que o cenário político atual seja tão árido.

* * *

P.S.: Deixo a cargo de Carlos Ruas, quadrinista e criador do Um Sábado Qualquer, a celestial observação final deste post.

manifestacaodedeus

Sonho Brasileiro da Política

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 04 de junho de 2014

Sonhos, aspirações, novas formas de engajamento, compreender o que motiva jovens a participarem da política (ou a se esquivarem de uma participação mais ativa na sociedade) é fundamental para pensarmos em um projeto de um Brasil melhor. Como estimular um jovem a se engajar politicamente, em tempos nos quais generalizações crassas fazem com que grande parte das novas gerações concorde com atitudes como a queima de bandeiras de partidos políticos em manifestações de rua, o compartilhamento de postagens de fanpages como TV Revolta ou, simplesmente, com o niilismo desiludido de quem prefere se esquivar de qualquer atitude que não seja individualista?

O infográfico abaixo explica um pouco mais do projeto Sonho Brasileiro da Política, concebido pela Box 1824, cuja fase de captação de recursos, através do Catarse.pt, está a poucas horas de ser finalizada.

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Sopa de letrinhas

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nesta semana o Tribunal Superior Eleitoral autorizou a criação de dois novos partidos: o PROS (Partido Republicano da Ordem Social) e o Solidariedade. Com esta decisão, o Brasil possui agora nada menos que 32 legendas. Uma bela sopa de letrinhas que está mais para gororoba, diante dessa multiplicação de partidos sem um projeto ideológico consistente. Afinal de contas, que leitor será capaz de distinguir o PV (Partido Verde) do PEN (Partido Ecológico Nacional), ou o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) do Partido Pátria Livre (PPL)? Taí uma boa pergunta de jogo de trivia, aliás: quem será capaz de citar todas as trinta e duas legendas (sem contar o Rede da Marina Silva, que ainda não foi homologado pelo TSE) de cabeça?

Mas, afinal, neste ruído de informações trazido por essa confusão digna de controle remoto repleto de botões que a gente sequer sabe para que servem, esse fenômeno da multiplicação de partidos no Brasil tem alguma razão de ser? Uma matéria de Isabel Braga e Paulo Celso Pereira, do jornal O Globo, joga luz sobre uma grande motivação para o singelo pluripartidarismo tupiniquim: “PROS e Solidariedade receberão no mínimo R$ 600 mil antes de disputar qualquer eleição”. Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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