1. Conde & Drácula. Simplesmente não há como passar desapercebido por uma dupla sertaneja que, além de ter este pitoresco nome, gravou uma moda de viola baseada no poema “O Corvo”, de Edgar Allan Poe. E a música, diga-se de passagem, até que é bacana: clique aqui para ouvi-la. Mais informações sobre esta dupla estão disponíveis no blog Mundo Estranho de PB.
2. Jacklane & Manda Brasa. Quando me deparei com a bela capa logo abaixo (que encontrei no blog Texto Líquido), logo senti que havia coisa boa a ser descoberta. Dito e feito: vale muito a pena ouvir esta dupla incendiária cantando ao vivo “Toco Cru Pegando Fogo”.
Luiz Thunderbird, Cuca Lazarotto e Astrid Fontenelle, VJs que participaram do primeiro dia de transmissões da MTV Brasil, há 23 anos, foram os três últimos apresentadores da primeira reencarnação do canal, que encerrou atividades no dia 30 de setembro de 2013. E, se em 1990 as transmissões da MTV na fase Abril foram iniciadas com o vídeo de “Garota de Ipanema”, na regravação feita por Marina Lima, em 2013 Cuca teve a honra de apresentar o último clipe desta etapa: “Maracatu Atômico”, composição de Nelson Jacobina e Jorge Mautner, na cover gravada por Chico Science & Nação Zumbi. Se você não viu os derradeiros momentos desta primeira fase da MTV Brasil, confira o vídeo a seguir. Continue Lendo
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma/ Até quando o corpo pede um pouco mais de alma/ A vida não pára”
“Paciência” é uma música que soa cada vez mais atual, com versos que se encaixam feito luva nestes tempos destrambelhadamente vertiginosos em que, mesmo sem perceber, aceleramos nossos passos e comemos de modo apressadamente afobado, mastigando mal alimentos e pensamentos, enquanto as horas se dissolvem e a sensação geral é de que estamos continuamente atrasados em nossos compromissos. Em meio a esse cenário, a canção de Lenine e Dudu Falcão soa como um mantra, a versão mais sábia e serena do brado desesperado popularizado por Frank e George Constanza: “Serenity Now“!
Certas parcerias musicais aparentam combinar tão bem quanto batata frita com maionese, bebidas alcoólicas com direção ou fotos de gatos mortos com Facebook. Às vezes essas combinações, surpreendentemente, se encaixam bem, feito peças de Lego. Em outras ocasiões, são perfeitamente descritas por aquela frase clássica do Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo.” A seguir, eis uma lista de 10 parcerias musicais que foram tão inesperadas quanto renúncia de Papa ou proposta de diminuição de ministérios feita pelo PMDB.
Muitos atores, como Bruce Willys e Scarlett Johansson, já se aventuraram no mundo da música lançando álbuns com resultados pífios. Este foi também o caso de Stallone, que como cantor provou ser um bom intérprete de Rambo. Seu dueto com a rainha do country Dolly Parton, que faz parte da trilha sonora do filme Rhinestone - Um Brilho na Noite, resultou em um álbum que é um excelente recomendação de presente de inimigo secreto. O filme não ficou muito atrás. Rhinestone ganhou dois prêmios Framboesa de Ouro em 1984: Pior Ator (para o eterno Rocky Balboa) e Pior Canção Original (uma aberração intitulada “Drinkenstein”, que você pode conferir clicando aqui, caso sofra de curiosidade mórbida). Continue Lendo
Sábado, dia 13, é o Dia Mundial do Rock. Uma data esdrúxula, feito outras efemérides criadas por vereadores como o Dia do Filatelista Brasileiro (celebrado dia 5 de março), o Dia do Disco (de vinil, não o voador, comemorado dia 20 de abril no Rio de Janeiro) e o Dia da Pizza (10 de julho, criado pela secretaria de turismo de São Paulo). Mas enfim, comemoração é comemoração.
A justificativa para a escolha da data: 13 de julho de 1985 foi o dia em que foi realizado o Live Aid, megaconcerto organizado pelo músico irlandês Bob Geldof, em prol dos famintos da África, que reuniu dezenas de bandas em dois shows realizados simultaneamente em Londres, Inglaterra, e Filadélfia, Estados Unidos. Foi um acontecimento marcante, concordo. Mas eu, particularmente, teria escolhido outra data para a celebração do rock: 3 de fevereiro. Continue Lendo
Há apenas dois dias, eu estava voando, sentado em uma cadeira no céu, acessando internet a 10 mil metros de altitude e vendo músicos de uma orquestra tocando composições de Mozart e Beethoven dentro de um avião, em uma viagem de Amsterdam para São Paulo. Há alguns anos, diriam que o evento que tive o privilégio de vivenciar só poderia ter ocorrido em um conto de ficção científica. Mas é como bem afirmou Louis CK, em uma entrevista antológica a Conan O’Brien: estes são tempos maravilhosos.
Assistir aos músicos da Orquestra Real de Concertgebouw tocando no meio de um voo foi um daqueles momentos que, feito a renúncia de um papa, jamais esperaria testemunhar. Algo que, de quebra, pude compartilhar em tempo real, atualizando perfis de Twitter e Facebook graças a um avião equipado com wi-fi. Uma experiência singular, vivida por mim e pelos demais passageiros que embarcaram no voo KL791 da KLM, de Amsterdam para São Paulo, do dia 21 de junho. Continue Lendo
A vida era mais difícil quando ainda não havia internet para resgatar as coisas que a gente quase não lembrava mais que tinham existido. Por exemplo, o jingle das balas de leite Kid’s, que embalou minha infância numa época em que controle remoto de TV era o dedão esticado do meu pé mudando os botões dos canais. Passei anos sem ouvir o arranjo original daquela canção, embora nunca tenha me esquecido dos seus versos:
Roda, roda, roda baleiro, atenção
Quando o baleiro parar põe a mão
Pegue a bala mais gostosa do planeta
Não deixe que a sorte se intrometa
Bala de leite Kids
A melhor bala que há
Bala de leite Kids
Quando o baleiro parar…
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.