Uma ideia sem execução é como um castelo que a imaginação da gente concebe e que fica vagando no ar. No sonho, é lindo, imponente, impressionante. Mas basta acordar e, pfuf, em questão de segundos ele se dissipa. Na teoria, qualquer ideia que concebemos em nossa frutífera imaginação. Mas só a prática é capaz de dizer se essa semente seria capaz de germinar e de se transformar em algo digno de menção.
Segundo uma parábola conhecida de Derek Sivers, ideias são como multiplicadores. Cito aqui sua explicação (em tradução feita por Ibrahim Cesar):
IDEIA TERRÍVEL = -1
IDEIA FRACA = 1
IDEIA MAIS OU MENOS = 5
BOA IDEIA = 10
GRANDE IDEIA = 15
IDEIA BRILHANTE = 20
SEM EXECUÇÃO = $1
EXECUÇÃO FRACA = $1000
EXECUÇÃO MAIS OU MENOS = $10,000
BOA EXECUÇÃO = $100,000
GRANDE EXECUÇÃO = $1,000,000
EXECUÇÃO BRILHANTE = $10,000,000
Para fazer um negócio, você precisa multiplicar os dois. A ideia mais brilhante, sem execução, vale $20. A ideia mais brilhante precisa de uma grande execução para valer $20,000,000.
Você acha que possui uma boa ideia capaz de se transformar em um projeto que use tecnologia como ferramenta para a transformação social? Bem, então certamente você precisa se inscrever na segunda edição do Social Good Brasil Lab. Continue Lendo
Vivemos tempos de opiniões bastante intransigentes na internet. Cada assunto potencialmente polêmico gera manifestações exaltadas, dentro daquela (i)lógica triste na qual cada voz que se ergue é respondida com berros mais altos ainda, até chegar ao ponto em que se torna quase impossível ouvir algum argumento minimamente ponderado.
O vídeo sobre o qual escreverei foi postado no YouTube há mais de três semanas, período que para a internet parece uma eternidade. Não me importo com isso, porém: o tema é mais do que relevante, e a abordagem do vídeo foi impecável. Mas, antes, é preciso assistir a um outro, que causou toda a controvérsia. Trata-se de um comercial da marca de snacks Honey Maid, cujo slogan diz: “Não importa o quanto as coisas mudem, o que nos torna saudáveis nunca muda”. O vídeo, que mostra cenas de famílias felizes como nas tradicionais propagandas de margarina, passaria desapercebido, se não fosse pelo seu casting: casais homoafetivos, interraciais, tatuados, espelhando a saudável diversidade contemporânea.
A recepção ao comercial da Honey Maid passou longe da unanimidade. E, infelizmente, não faltaram reações fomentando ódio e intolerância, seja através da manifestação de ONGs acusando a marca de fazer uma “tentativa de normalizar o pecado”, seja pela postagem de comentários no YouTube repletos de críticas repugnantes. Como a Honey Maid respondeu a tanta raiva e incompreensão? De uma maneira exemplar. Continue Lendo
Desde que deu seus primeiros passos no universo dos quadrinhos, com a publicação das primeiras tiras do Bidu e Franjinha em 1959, Mauricio de Sousa permanece mantendo uma incrível capacidade de conceber novos universos e realizar projetos criativos e surpreendentes. Os gibis da Turma da Mônica foram algumas de minhas primeiras leituras, e assim como eu diversas gerações de brasileiros começaram sua alfabetização se divertindo com os personagens concebidos por este mestre de 78 anos de idade meramente cronológica.
A Mauricio de Sousa Produções (MSP) há muito tempo não se resume a HQs, sendo responsável pela produção de livros, animações, espetáculos, eventos temáticos, exposições, projetos institucionais e licenciamento de produtos. Suas revistas são consumidas por cerca de 10 milhões de leitores por mês (conquistando aproximadamente 86% do mercado brasileiro na área de quadrinhos), e os personagens de Mauricio aparecem em cerca de 3.000 produtos de mais de 150 empresas parceiras. São números que fazem da MSP o quarto maior estúdio do setor no mundo: um exemplo de sucesso e um genuíno motivo de orgulho para qualquer brasileiro.
Mas como manter a relevância e a curva de crescimento em um mundo cada vez mais diversificado, volúvel, fragmentado? Continue Lendo
É uma pena que, quando o assunto é dança, minha desenvoltura é equivalente à de uma centopeia com cãibras. Está nos meus planos futuros fazer aulas de dança de salão, mas enquanto isso não acontece, minha especialidade em se tratando de coreografias é ficar timidamente sentado enquanto olho pessoas sacolejando na pista, apontando indicadores para cima e para baixo ou tamborilando numa mesa.
Boa inspiração é o Snoopy, que dança com a desenvoltura descompromissada de quem não dá a mínima para o que os outros podem pensar sobre seus passos (embora fique acanhado quando flagrado, vide sua reação diante dos olhares de Lucy e Schroeder no vídeo a seguir). Continue Lendo
O calor que tem feito no Brasil nas últimas semanas quase faz com que eu tenha vontade de ir a uma balada, levar o golpe do boa noite cinderela e descobrir no dia seguinte que roubaram um de meus rins, só para que eu possa acordar em uma banheira cheia de gelo. Mas enfim, o fato é que dias como estes fazem com que a gente aprenda a valorizar o pequeno grande prazer que é poder tomar um banho de chuva sem se importar com a roupa molhada, entrando em contato com a natureza e deixando de lado convenções sociais que acabam oprimindo a gente feito um nó de gravata apertado.
Um vídeo que se popularizou na internet nos últimos dias mostra a primeira vez em que Kayden, uma garotinha de 1 ano e 3 meses de idade, se deleita com uma chuva. Ela sorri, estende os braços, corre pra lá e pra cá e se encanta com este fenômeno da natureza que hoje em dia recebemos com pensamentos rabugentos de quem já imagina ruas entupidas de engarrafamentos. Se você ainda não viu Kaiden sentindo a chuva pela primeira vez, assista ao vídeo a seguir (e não duvido que alguma gota de chuva respingue em seus olhos enquanto você o assistir). Continue Lendo
Javier Pérez é um ilustrador e animador equatoriano que se tornou conhecido no mundo todo graças à maneira com que transforma objetos comuns, como prendedores de roupa, grampeadores ou cachos de uva, em instrumentos musicais, animais e monstros de ficção científica, através de desenhos simples e criativos.
Comerciais de TV e perfis em redes sociais não param de falar na Black Friday. E, ok, apesar da encheção de saco trazida por tudo que se torna monotemático, não há nada de errado em aproveitar descontos e saciar alguns desejos de consumo. Mas… por que não quebrar a rotina desse ciclo consumista e lembrar de ajudar pessoas que necessitam de algum tipo de auxílio? Afinal de contas, você deve ter 1 real sobrando, provavelmente guarda no armário agasalhos e calças que não usa mais e que possam ser passados adiante, ou talvez possua algum tempo livre que possa ser ocupado com trabalhos voluntários, não?
Não dá para ignorar os problemas sociais, as consequências da falta de acesso a saúde e educação de qualidade, a poluição e os efeitos que as mudanças climáticas causam no nosso cotidiano, enfim, todos os indícios de que a sociedade e este planeta precisam de ajuda. Ok, podemos até fazer um cosplay de avestruz que esconde a cabeça debaixo da terra, fingindo que não temos nada a ver com todos esses problemas. Ou dar a nossa parcela de contribuição para que este mundo se torne um pouco melhor. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.