Artigos da categoria: Blogosfera

Por onde tenho andado

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 23 de setembro de 2008

Enquanto olhava distraído as bolas de feno rolando ao fundo deste blog, fiquei matutando acerca de algumas reflexões ao melhor (ou não) estilo papo cabeça. Do tipo: a relação de um blogueiro com o espaço que ele criou espontaneamente, desvencilhado de quaisquer deadlines, pautas pré-definidas ou obrigações com quem quer que fosse, torna-se paradoxal a partir do momento em que ele assume, mesmo que de maneira tácita, um compromisso com os seus leitores.

Se o blog é o meu espaço próprio, o cafofo virtual onde teoricamente eu poderia ficar sentado no sofá, usando cuecas samba-canção e com pés em cima da mesa, por que eu deveria me sentir compelido a pedir desculpas por sumir sem dar maiores satisfações? Como bem escreveu meu camarada Gustavo Jreige: “Não faz sentido algum ter que postar por obrigação. Também não faz sentido se sentir intimidado quando escreve, perder a naturalidade, o gosto da coisa”. Eu, que nunca quis publicar testes online, copiar letras de música ou escrever groselhas quaisquer apenas para bater ponto, preferi deixar este blog em estado de criogenia, feito o tal LHC, o acelerador de partículas que mal foi posto pra funcionar e já vai ficar parado por dois meses.

Mas o fato é que, oras, blogs só ganham sentido se estabelecem conversações com seus leitores e, como bem explica o Bê-a-Blog da Nospheratt, interagem com outras pessoas. Se eu não quisesse dialogar com quem me lê, escreveria notas em um de meus cadernos já amarelados, na caligrafia sofrível, quase hieroglífica, de quem se acostumou até demais a teclar frases em vez de redigi-las de próprio punho.

A quem estiver interessado, pois, em saber por onde tenho andado enquanto este blog anda mais por baixo que a cotação do Lehman Brothers, seguem abaixo alguns links de lugares onde tenho escrito com mais assiduidade.

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Mantenho uma coluna semanal no Yahoo! Posts, publicada toda segunda-feira. Tem sido uma experiência ótima: eu, que sempre fui indisciplinado com a escrita, agora sou obrigado a manter um mínimo de regularidade em algum espaço. Pena que ainda não implementaram espaço de comentários por lá; eles fazem uma falta danada.

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O Blip.fm é uma espécie de microblogging no qual você compartilha músicas que podem ser ouvidas em streaming. Para um cara que não vive sem trilha sonora feito eu, tornou-se vício imediato. Dentre todas as redes sociais que andam proliferando-se por aí feito coelhinhos priápicos, o Blip.fm é uma das melhores sacadas dos últimos tempos; afinal de contas, músicas boas têm mais que serem compartilhadas por aí. Creio que a experiência de se ouvir música com walkmans, iPods e outros aparelhos que, egoisticamente, restringem sons a fones destinados a um único par de ouvidos, não se compara ao prazer de se poder sociabilizar suas faixas prediletas mundo afora.

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A revista Pix é um espaço pra lá de bacana. Escrever uma coluna mensal para ela é um prazer, mas ao mesmo tempo um desafio, já que eu preciso respeitar um limite de 2.000 caracteres ao redigir meus textos. Gosto disso: como bem ensinaram os membros do grupo literário Oulipo, a criatividade é instigada quando é desafiada a transcender regras que lhe são auto-impostas. Bobviamente não chego nem ao dedo mindinho dos pés do apuro de oulipianos como Georges Perec, que chegou a escrever um romance de 290 páginas, La Disparition, sem utilizar por nenhuma vez a letra “e”; preciso pensar muito ainda até chegar a esse nível de sandice.

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Como tenho bem claro em minha mente que este blog deve ser destinado a textos mais longos e pensados, tenho restringido ao meu Twitter a dúbia missão de alojar os links curiosos, pensamentos esparsos e as abobrinhas telegráficas que me vem à cabeça.

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Ah sim: vocês também encontrarão textos meus no Virunduns e nos blogs Colectivo, de Kuat, e XpressMusic, da Nokia. Afinal de contas, servimos bem para servir sempre! ;)

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P.S. 1: Espero que vocês já tenham feito sua encomenda de Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite, livro de Fal Azevedo, descrita da seguinte maneira no site da Editora Rocco: “Fal é paulista, escritora, tradutora, professora, blogueira e se acha dona de um cachorro e seis gatos. Na Internet, ela organiza cursos, contribui regularmente para diversas publicações eletrônicas e responde a todos os comentários do Livro de Visitantes do Drops da Fal, onde também é uma requisitada intérprete online de novelas e CPIs, além de oferecer conselhos práticos com a mesma generosidade com que os recebe”.

P.S. 2: Pirão Sem Dono, Eu Acho Eh Poco, Blog do Isaías e 15 Minutos já estão devidamente instalados no InterNey Blogs. E vêm mais novidades por aí…

Projeto Descolagem no NAVE

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 04 de julho de 2008

Não importa o que digam. A despeito de todas as mazelas, de resto comuns a quaisquer metrópoles, o fato é que o Rio de Janeiro continua merecendo com sobras o título de Cidade Maravilhosa, e qualquer ocasião é pretexto para voltar a visitá-la. Pena que o paulistano aqui anda atolado de trabalho, mal consegue atualizar este blog e tampouco poderá estar presente a um evento imperdível para quem tiver a sorte de estar no Rio amanhã, dia 5 de julho, a partir das 14h: a Descolagem.

Mas o que é uma Descolagem? Digamos que possa ser uma apresentação, mas também um workshop, uma performance, uma palestra, uma desconferência ou tudo isso ao mesmo tempo agora. Qualquer pessoa poderá participar da Descolagem, seja in loco ou, como não poderia deixar de ser nestes tempos atuais, assistindo à transmissão ao vivo pela internet no site do Núcleo Avançado em Educação, o NAVE, interagindo e enviando perguntas aos participantes do evento por e-mail, SMS ou Twitter (usando a tag #descolagem).

A Descolagem inicial terá a curadoria de mestre Beto Largman, jornalista e blogueiro. O tema será “Cultura Digital e o Impacto da Tecnologia no Mundo Moderno”, e contará com a participação de um timaço de respeito para desenvolver as conversações, incluindo nomes como Silvio Meira, Cris Dias, Fabio Seixas, Ronaldo Lemos e Marco Gomes. O evento será realizado na Usina de Expressão do NAVE, uma escola pública de alta tecnologia (vide a foto acima) criada com a ajuda do Instituto Oi Futuro, localizada na Rua Uruguai, 204, na Tijuca. Para participar do evento, envie um e-mail para [email protected] ou cadastre-se no site do Nave (o número de vagas, ao menos no evento físico, é limitado). A propósito, você poderá ir à Descolagem de metrô: uma van fará o trajeto entre a estação Saens Peña e o NAVE gratuitamente. De quebra, o wi-fi estará liberado no local. B)

Em tempo: as Descolagens serão eventos quinzenais. Para que você saiba antecipadamente o que rolá nas próximas desconferências arquitetadas por Beto Largman, fique atento ao site do NAVE.

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Cauã Taborda e Rafael Sbarai, dupla de jovens jornalistas, escrevem no De Repente, um dos melhores blogs da atualidade; além de tratar de assuntos como cultura pop e mundo digital, também levanta discussões sobre assuntos como política e ambientalismo. Não à toa, Cauã e Sbarai estiveram presentes ao almoço de lançamento do blog Formigas com Megafones, e foi por intermédio deles que soube que a área de proteção ambiental da Estrada Parque Itu, que abriga uma das mais belas reservas da Mata Atlântica, está sob ameaça de um projeto do governo paulista que intenciona instalar duas barragens na região, que simplesmente inundariam 120 hectares de mata e ainda acabaria com as corredeiras do rio Tietê.

Ajude a barrar esse projeto e fazer com que as autoridades vetem o licenciamento de barragens em áreas de proteção ambiental: assine a petição contra as barragens no rio Tietê e informe-se melhor sobre o assunto no site da S.O.S. Mata Atlântica, difundindo informações e divulgando-as junto aos seus amigos.

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P.S.: Com a palavra, os signatários do manifesto “Eu não sou blogueiro de aluguel”: “Blogueiro de verdade fala a verdade, doa a quem doer. Blogueiro de aluguel é quem não conhece a dinâmica do meio e tenta enganar. (…) Quem censura a livre expressão dos blogueiros não deveria nem participar da discussão. Antes de ser mídia ou veículo, blog é opinião registrada de quem tem voz ativa e diz o que pensa”.

Dia internacional dos comentaristas de blog?

Por Alexandre Inagakidomingo, 15 de junho de 2008

Quando soube que um grupo de argentinos criou o Dia Internacional do Comentarista (DIC), a ser celebrado no dia 15 de junho, corri atrás dessa história a fim de saber por que cargas d’água escolheram essa data. Encontrei no site do jornal El Clarín uma explicação um tanto quanto singela.
Reza a lenda que Orlando Ferrero, 22 anos, e Julián Sequeira, 45, eram dois comentaristas do blog “La Culpa Del Tomate” (escrito por Alicia Páez, que assinava seus posts com o nickname Walquiria) que começaram a se desentender depois de inúmeras discussões no espaço de comentários do blog de Alicia. Julián, que seria evangélico, ficou especialmente irritado com uma observação depreciativa acerca de sua religião feita por Orlando. Após encontrar no Google dados pessoais sobre a vida de seu desafeto, Julián resolveu partir para as vias de fato. No dia 15 de junho de 2004, o descontrolado comentarista invadiu a casa de Orlando, que morava na cidade de Resistencia, e o assassinou com um golpe dado por um cano de ferro. Depois disso, dirigiu-se até uma igreja e confessou seu crime em voz alta. Chocados com o acontecimento, os comentaristas do La Culpa Del Tomate divulgaram a notícia na blogosfera argentina e decidiram declarar o dia 15 de junho “Dia Internacional Del Comentarista”, com o intuito de recordar o pitoresco episódio e homenagear o colega assassinado.
Apesar dessa história ter repercutido em lugares como o El Clarín e um blog da Folha de S. Paulo, ela não tem aquela típica cara de lenda urbana? Pois é. A bitácora La Gran Mentira desvenda todo o chiste, assumidamente uma brincadeira criada com o intuito de dar mais visibilidade para a data. Mas o fato é que, invencionices à parte, os comentaristas fazem por merecer o seu dia. Muito antes de escribas sonharem em ganhar dinheiro com seus blogs, o grande motivo para que blogueiros compartilhassem suas palavras, descobertas, sonhos, frustrações e viagens maionésicas na internet sempre foi o prazer de poder trocar idéias com outras pessoas dispostas a acrescentar pontos de vista, corrigir informações, dividir experiências, fazer, enfim, novas amizades. Pois, como afirma precisamente o blog oficial do DIC, “um comentário diz mais a respeito de uma pessoa do que um mero link em um blogroll”.
Aproveito a ocasião, pois, para agradecer a todos aqueles que contribuem com o conteúdo deste blog com seus comentários. ;)

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P.S.: Este agradecimento, logicamente, não se aplica aos que aparecem aqui unicamente para escrever: “seu blog eh mto loko, topa trocar links e fzr 1 parceria?”.

Quem é vivo sempre desaparece

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 06 de junho de 2008

Sim, eu também detesto posts que começam com explicações nada convincentes de blogueiros que somem sem dar qualquer satisfação. :P

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Nos anos 80, o poeta Paulo Leminski escreveu: “o novo/ não me choca mais/ nada de novo/ sob o sol/ apenas o mesmo/ ovo de sempre/ choca o mesmo novo”. Hoje o cartunista Adão Iturrusgarai publicou uma tira que dialoga com esses mesmos versos.

Vergílio Ferreira, autor de Aparição, um dos romances mais impressionantes que li na juventude, afirmou: “A grande originalidade não é dizer coisas novas, mas ser novo diante das coisas velhas”.

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É muito mais fácil blogar em até 140 caracteres. Não é de se admirar, pois, que durante todo o hiato temporal no qual deixei este blog abandonado, recorri a serviços de microblogs como o Twitter enquanto a preguiça me impedia de redigir novos posts aqui. É uma pena, porém, que o Twitter esteja passando por sérios problemas, com constantes quedas de serviço dignas das indigestões causadas pelos donuts do Orkut.
Enquanto vários usuários do Twitter ensaiam um movimento de migração para concorrentes como o Plurk, o Pownce e o Jaiku, recomendo (especialmente por causa das piadas) um outro site com nome proctológico: o Adocu, que leva o conceito de microblogging às últimas conseqüências, permitindo que sejam publicados posts de apenas uma palavra.

Qual será a próxima tendência? Microblogs compostos exclusivamente por siglas ou emoticons? XX(

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Abstrairei quaisquer críticas que forem feitas a Ensaio Sobre a Cegueira, o filme de Fernando Meirelles que foi mal recebido no Festival de Cannes. Ainda pretendo assisti-lo na primeira oportunidade que puder, devido à curiosidade que foi fomentada desde os (ótimos) posts que Meirelles publicou em seu Diário de Blindness, relatando com desconcertante sinceridade os bastidores do processo de criação de seu novo filme. Além disso, como não respeitar um cara que tece reflexões como as copyandpasteadas a seguir, extraídas da entrevista que ele concedeu a Silvana Arantes da Folha de S. Paulo?

“Há uma frase do livro que diz: ‘Não acho que ficamos cegos, acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem’. Diariamente os limites do que chamamos de ‘civilização’ são rompidos, mas parece que não enxergamos isso. A barbárie está instalada e não vemos. Talvez por estar fazendo este filme, cada vez mais vejo gente meio cega ao meu redor; desde o padre Adelir, que se lançou no ar preso a mil balões por não conseguir enxergar as reais condições que tinha ao redor, até as multidões de pessoas com fortes convicções ideológicas que se orgulham de nunca mudarem sua visão do mundo”.

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Em 1984 o sambista Agepê emplacou o grande sucesso de sua carreira, “Deixa Eu Te Amar”, dos antológicos versos “Vou te amar com sede/ Na relva, na rede, onde você quiser/ Quero te pegar no colo/ Te deitar no solo e te fazer mulher”. Renato Gaúcho, atual técnico do Fluminense, certamente deve identificar-se com essa música, a julgar pelas declarações que ele deu para o programa Documento Especial em 1992, sobre suas desventuras sexuais. Renato, que nunca teve firulas para falar de sua vida pessoal, afirma: “No carro, na rua, na lixeira, no elevador, na escada; onde a pessoa menos espera, tô lá fazendo sexo. O que menos faço é sexo na cama”. Figuraça!

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Todo dia recebo pelo menos um e-mail de algum incauto propondo “parceria”, palavra que dentro da blogosfera ganhou uma nova conotação: escambo de links. A estes, costumo indicar dois posts que resumem tudo o que penso sobre o assunto: Parcerias de Verdade, de Edney Souza, e Link Não é Esmola, de Carlos Cardoso. Porém, descobri uma série impagável de selos criados por Valença, do blog Saco de Filó, que merecem citação obrigatória de hoje em diante.

Eis o que Valença escreveu, por exemplo, a respeito do “Eu Topo Com Qualquer Um”: “Selos para blogs que saem pela blogosfera pelo amor de Deus por uma parceria, uma troca de links… qualquer coisa serve, que Deus lhe dê em dobro. Normalmente, o cara tem um blog de esporte ou piadas e sai pedindo parcerias para blogs jurídicos, de medicina, blogs GLS, blogs de política… afinidade é o que menos conta… se é que conta”.

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Após sair da sessão de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a comparação que me veio à cabeça foi do filme com os revivals de bandas dos anos 80 que têm reaparecido com cada vez mais freqüência. Ok, é muito bacana resgatar bons momentos da adolescência, mas será que só isso é o bastante? Sim, o novo filme concebido pela dupla Spielberg & Lucas é divertido. Mas o seu final digno de novela das seis, o excesso de efeitos CGI e o fraquíssimo McGuffin (conceito clássico de roteiro cinematográfico cunhado por Hitchcock, citado em uma resenha que escrevi sobre A Vila) da trama, baseado em aparições alienígenas, fizeram com que eu saísse do cinema com a sensação de que o novo filme de Indy é como um desses álbuns que os Rolling Stones gravaram recentemente: agradável, mas nada além de uma sombra diante de tudo que já foi produzido no passado.

Roda Viva, Blogumentário e cidadania na internet

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 20 de maio de 2008

Participei ontem do programa Roda Viva, da TV Cultura, convidado pela produção para fazer uma espécie de cobertura online, via Twitter, dos bastidores da entrevista realizada com o coreógrafo e educador Ivaldo Bertazzo. Assistir in loco a um programa que já legou entrevistas históricas com personalidades como Ayrton Senna, Leonel Brizola, Oliviero Toscani e Orestes Quércia foi uma experiência ímpar. Durante o programa, procurei relatar o clima no estúdio (enquanto Ivaldo falava, todos ficavam em silêncio compenetrado e respeitoso - quase não me mexia na cadeira, a fim de evitar os rangidos) e garimpar os melhores insights da entrevista, em paralelo às twittadas das minhas colegas de bancada Helena Nacinovic e Ana Carmen.

Como bem observou Pedro Markun ao comentar essa experiência pioneira da TV Cultura, há diversos layers paralelos de informação, tanto para o espectador que acompanha o Roda Viva pela TV e pela internet, quanto para o twitteiro encarregado de fazer a cobertura paralela da entrevista. Naquela hora, eu mantinha um olho no Ivaldo, o centro das atenções, mas também observava os entrevistadores, meus colegas de bancada e os posts que o pessoal do Twitter escrevia naquele momento. Coisas da nossa geração Alt + Tab.

Enfim, a oportunidade de participar do Roda Viva foi bastante enriquecedora. Só lamento pelo fato de os twitteiros não terem a oportunidade, ainda, de interagirem diretamente com o convidado do programa ou com os entrevistadores. Fica aqui a sugestão, pois, para que nos próximos programas, os posts escritos pelos twitteiros de plantão apareçam na forma de legendas na tela da Cultura. Também julgo interessante o uso de uma aplicação que, nos mesmos moldes do Twemes.com, permita aos internautas que assistem ao Roda Viva no site do programa acompanhar toda a repercussão do programa no Twitter.

Em tempo: você tem conta no Twitter e também deseja ter a oportunidade de participar de uma cobertura online do Roda Viva? Então envie um e-mail para [email protected], dizendo quais são suas áreas de interesse, ou acompanhe o Twitter da TV Cultura. B)

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Durante o programa de ontem, twitteiros como @renatotarga, @neitor_now, @uatafoc e @bodas comentaram os meus bicos e caretas quando a câmera da Cultura focou o meu rosto. Meus caros, não posso fazer nada: é mais forte do que eu. Não é do meu feitio aparecer na TV ou em fotografias.

Imaginem, pois, minha situação quando fui convidado para dar um depoimento para o Blogumentário, documentário sobre blogs produzido pela Live AD, Zeppelin Filmes e Gafanhoto. Aceitei participar do Blogumentário, é lógico, mas até agora não tive a pachorra de assistir ao vídeo abaixo.

Gravado durante a Campus Party Brasil, o Blogumentário em breve estará disponibilizado na íntegra. Enquanto isso, acompanhem o blog oficial do documentário.

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P.S. 1: Iniciativas como o projeto Formigas com Megafone, precisam ser divulgadas. O blog, idealizado por Miguel Abuhab, fundador da Datasul, é um espaço colaborativo criado para a discussão de iniciativas que visam melhorar este país e fomentar o espírito de cidadania na internet.

Recomendo em especial a entrevista realizada com a consultora tributária, Maria José Paulin, na qual ela fala dos impostos no Brasil.

P.S. 2: E por falar em iniciativas bacanas envolvendo cidadania, você já visitou o site Ação Global 2008, do Sesi? Confiram mais informações sobre este projeto no blog do Edney.

Dez anos de blogs em português

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 31 de março de 2008

Há exatos dez anos o santista Renato Pedroso Júnior, ao narrar sua mudança para a cidade de São Paulo no dia 31 de março de 1998, criou o primeiro blog escrito em português, intitulado Diário da Megalópole. Atualmente residente nos EUA, Renato, melhor conhecido na internet pelo pseudônimo de Nemo Nox, prossegue firme e forte em suas atividades como blogueiro escrevendo no Por um Punhado de Pixels.

Embora Nemo não tenha sido o primeiro blogueiro brasileiro (um mês antes a gaúcha Viviane Vaz de Menezes havia criado o White Noise, há tempos fora do ar), ele foi o pioneiro a escrever em português. Em Portugal, os primeiros blogs surgiram em 1999, conforme relatam artigos como Da Pré-História ao Futuro - O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal”, de Leonel Vicente, e 25 Momentos na História da Blogosfera (inspiração para um texto meu publicado no site da revista Época). Macacos Sem Galho, de Pedro Couto e Santos, é apontado como o primeiro blog português, no ar desde 30 de março de 1999.

Em homenagem ao dia de hoje, Ibrahim Cesar, que escreve no 1001 Gatos de Schrödinger, criou o vídeo abaixo, que reúne print screens de dezenas de blogs em português.

A gente está apenas começando. ;) Parabéns a todos que estão construindo esta história!

“Significa!”

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 25 de março de 2008

Ter passado alguns dias offline foi fundamental para que eu pudesse resgatar o pleno restabelecimento de minhas faculdades mentais. Isto posto, retomemos à programação (a)normal deste blog. B)

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Custe o Que Custar, o novo programa da Band capitaneado por Marcelo Tas e alguns dos melhores humoristas revelados por espetáculos de stand-up comedy, já está aumentando a audiência do canal no Ibope. Um dos principais motivos do sucesso do programa são as matérias do “repórter inexperiente” interpretado por Danilo Gentili. Confiram a seguir sua humilde entrevista com o padre Marcelo Rossi.

Mas o melhor momento do CQC até agora, ao menos para mim, foi o resgate que o programa fez de um momento antológico da televisão brasileira: a resposta que Ronnie Von deu a um telespectador que estava com dúvidas acerca de sua sexualidade. Extremamente significativa!

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Duas boas novidades apareceram na rede nestes dias. A primeira foi a Rede Ecoblogs, um agregador de feeds de blogs que discutem questões ligadas ao meio ambiente e compartilham dicas e informações sobre ecologia e sustentabilidade. Uma bem-vinda iniciativa da qual fazem parte nomes como minha colega de faculdade Carol Costa, o escriba Jorge Cordeiro e a joaninha Lucia Freitas. Lucia, diga-se de passagem, também integra a equipe de um projeto que inaugurou nova fase: Desabafo de Mãe, portal colaborativo idealizado pela dupla Ceila Santos e Sueli Sueishi, que reúne leitores trocando experiências, esclarecendo dúvidas de mães, discutindo idéias sobre a formação de seus filhos e, last but not least, fazendo novos amigos. Um belo projeto, cujo blog em breve estará hospedado aqui no InterNey Blogs. ;)

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Quadrinhos para nerds. Você ainda não conhece as ótimas tiras de Nerdson e seus amigos, criação de Karlisson de Macêdo Bezerra? Diversão garantida, mas só para aqueles que já passaram do estágio de newbies

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Com vexaminoso atraso, eis que enfim divulgo os vencedores da promoção “O Poder da Ignorância”: o ganhador de um exemplo do livro publicado pela Editora Matrix é Gustavo Piratello. Resolvi premiar cinco leitores levarão um kit com prêmios como um exemplar da revista Pix e outro do jornal O Samba. São eles: Vinícius Genovesi, James Honorio do Prado, Lidor B., Gabriela Fonseca e Nelson Corrêa. Aos ganhadores, parabéns! E obrigado a todos que participaram de mais esta promoção. Outras virão em seguida. ;)

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Minha caixa de e-mails me olha com uma cara ressabiada. Pudera: sabe bem do meu jeito relapso com que lido com as mensagens que recebo. Ao menos já sabe que não tenho jeito, e deixou de nutrir maiores ilusões. Ambos nos desentendemos bem, em um entrosamento afiado ao longo de anos de contumaz displicência.

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.