Informação é a arma mais eficiente no combate a qualquer tipo de tabu. Doação de órgãos, por exemplo, é um assunto que não deveria ser tabu. Assim, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e a Novartis uniram-se a fim de promover uma campanha estimulando conversas sobre o tema. Afinal de contas, para que uma pessoa se torne um doador de órgãos e tecidos, ela só precisa informar a sua família. Seus parentes são os únicos que podem autorizar a operação, não sendo necessário deixar nenhum documento por escrito.
Pois bem: a fim de divulgar a campanha deste ano, intitulada Doar Não é um Tabu, foram enviados bonequinhos personalizados para alguns blogueiros feito eu (e, ôpa, agora já posso gravar vídeos da série Inagakinho Lendo Contos Eróticos).
Meu primeiro contato com O Pasquim foi um livro de compilação de piadas que achei, quando ainda era criança, no meio da biblioteca do meu pai: “As Anedotas do Pasquim - Volume 1″. Só depois de alguns anos é que fui saber que aquele volume era produto de um jornal que desafiou a ditadura, teve colaboradores do naipe de Millôr Fernandes, Tarso de Castro, Ivan Lessa, Vinicius de Moraes, Henfil, Paulo Francis, Ziraldo, Dalton Trevisan, Sérgio Augusto e Caetano Veloso, tirou o paletó e a gravata do jornalismo brasileiro ao publicar entrevistas antológicas com personalidades como Leila Diniz e Madame Satã, e mesmo tendo passado por pressões constantes do regime militar, durou 1.072 edições e circulou de 1969 a 1991. No fim, creio que a melhor descrição do que foi O Pasquim foi cunhada por Jaguar, um dos fundadores do semanário humorístico que marcou época no Brasil:
Um grupo de jornalistas e cartunistas se reuniu em pleno AI-5 para falar mal do governo. Só tem uma explicação: privação coletiva dos sentidos.”
A esta altura do campeonato, você já ouviu falar em dezenas de lugares sobre o feito obtido por Felix Baumgartner, paraquedista austríaco que, há dois dias, saltou de uma cápsula presa a um balão a 39 mil metros de altura, tornando-se o primeiro homem a romper a barreira do som num salto livre. Mas a novidade é descobrir como foi o ponto de vista de Felix durante o salto.
Dizer que educação é a base de tudo virou lugar comum. Mas, mais do que a grade curricular ultrapassada que faz com que alunos passem anos estudando matérias que não terão uso prático, em vez de aprenderem noções de cidadania e educação financeira, creio que o maior calcanhar de Aquiles está na falta de estímulo à pró-atividade. Afinal de contas, em tempos nos quais a internet disponibiliza todo um dilúvio de informações muito mais amplo do que a minha coleção completa de enciclopédias Barsa e Mirador era capaz de oferecer, quem souber procurar conseguirá encontrar os conhecimentos que mais lhe interessam.
Contudo, parafraseando aquele provérbio chinês, quantas pessoas estão preparadas para pescar em vez de mendigar peixes? E, mais do que isso, quantos terão a capacidade de articular os diversos conhecimentos adquiridos para, a partir das faíscas causadas por esses atritos de pensamentos, serem capazes de construir alicerces sob os castelos de ideias, transformando abstrações em realizações concretas?
Crescemos em um ambiente no qual fomos educados a estudar muito (sendo orientados a não contestar professores e autoridades) para conseguirmos bons empregos. E, com isso, atingir um certo status econômico e social, realizar o tal “sonho da casa própria” e, enfim, obter a tal da estabilidade. Mergulhamos na sociedade do consumo e, agindo de forma quase automática, compramos coisas que não precisamos. Afinal, somos estimulados a ter a versão recém-lançada de iPhone, o carro cool que se conecta às redes sociais, o antitranspirante que deixa as axilas mais bonitas ou o desodorante que oferece 48 horas de proteção (perguntar não ofende, algumas respostas sim: quem usa um desodorante desses pretende passar dois dias sem tomar banho?).
Você pode falar de desilusões amorosas, corações partidos e a solidão oriunda dos desencontros da paixão com versos embebidos em tristeza e saudade. Mas, se essas músicas dociamargas são cantadas com o ritmo malemolente de um pagode, no mínimo consolam o corpo. Que, ao fim, acaba por se deixar levar por meio de requebradinhas e batucadas, acompanhando a ginga e o balanço atemporais do samba. Continue Lendo
Saiu enfim o line-up oficial da próxima edição do Lollapalloza Brasil, que será realizado nos dias 29, 30 e 31 de Março de 2013, no Jockey Club de São Paulo. Os headliners serão The Black Keys, Pearl Jam, The Killers, Deadmaus, Planet Hemp e Queens of The Stone Age.
Outros destaques: Franz Ferdinand, Two Door Cinema Club, The Hives, Flaming Lips, Of Monsters and Men, Passion Pit, Toro y Moi e Cake. Nos shows nacionais, teremos nomes como Criolo, Gui Boratto, Vanguart, Vivendo do Ócio, Stop Play Moon, Lirinha e Eddie, Agridoce e Copacabana Club. Preparem-se: o LollaPass, que dá direito aos três dias de shows, custará R$ 900,00. A programação completa está disponível em http://lineup.lollapaloozabr.com/, e o anúncio das bandas que tocarão em cada um dos dias será realizado no dia 15 de outubro. Continue Lendo
Pense Nisso!
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.