1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.
P.S. 1: Obrigado, de coração, a todos os leitores que deixaram comentários em meu post anterior. P.S. 2: Taí algo que eu desconhecia, e que só fui descobrir durante a viagem (mais de 13 horas de carro, somando ida e volta) que fiz a Inúbia Paulista: meu avô é nome de rua! Embora eu tenha consciência de que homenagens do tipo possuem valor simbólico, confesso que senti um orgulho danado de saber disso. Meu avô, que migrou do Japão para o Brasil a bordo de um navio em 1935, teve 4 filhos e 10 netos, e viveu neste país até seu falecimento, em 1989. P.S. 3: Lamentei a decisão do prefeito atual de Inúbia, que mandou pintar uma inscrição que havia no portão de entrada do cemitério de lá, uma frase que representava uma espécie de “memento mori” dita de maneira mais direta: “FUI O QUE TU ÉS, TU SERÁS O QUE EU SOU”. P.S. 4: Embora o Blog Action Day tenha sido ontem, nunca é tarde para falar de conscientização ecológica. Recomendação da casa: guardar em seu bookmark o endereço do blog coletivo Faça Sua Parte, que apresenta diversas dicas sobre o que cada um de nós pode fazer para tornar este mundo mais habitável. P.S. 5: Hoje é o dia da padroeira dos pobres e endividados. Você chegou a fazer a oração a Santa Edwiges? :|
Acordei na manhã deste domingo recebendo a notícia de que minha tia Michiko faleceu. Dela, que será sempre lembrada por mim como a “tia de Inúbia” (cidade onde ela morava), guardo inúmeras lembranças alegres. Lembro, por exemplo, dela enchendo nossos copos com Coca-Cola durante as refeições em que eu, meus irmãos e primos estávamos reunidos à mesa. Eu não agüentava mais uma gota sequer de refrigerante, mas mesmo assim minha tia insistia em me “embebedar” de Coca e de falar para que eu comesse mais, porque eu estava muito “magrinho”. Bons tempos nos quais eu era magro, minha tia nos recebia com toda a generosidade do mundo, feliz com nossas visitas ocasionais (íamos a Inúbia Paulista apenas uma vez por ano), e a vida soava menos complicada do que efetivamente é.
Nos últimos anos minha tia padecia de Mal de Alzheimer, talvez a mais cruel das doenças, por carcomer paulatinamente nossas memórias, descolorindo-as até o ponto em que nada mais resta a não ser perguntas cujas respostas são imediatamente esquecidas. Porém, minha tia, minha querida tia de Inúbia não teve tempo de chegar a esse estágio. E hoje, enquanto rascunho estas linhas pouco após ter adiantado em uma hora os relógios da casa por causa do horário de verão, penso na inexorabilidade do tempo e em uma declaração do grande Paulo Autran sobre a “indesejada das gentes”: “Eu acho que a morte é que faz a vida ser tão boa. Você já imaginou que horror viver eternamente? Não poder morrer? Não poder acabar? E é por isso que viver é tão bom, é tão impressionante, é tão prazeroso”.
Nós, que aqui estamos, prosseguimos nossa estada por este mundo com a saudade encalacrada no peito, e a tristeza por saber que mais uma pessoa querida não nos fará mais companhia a não ser em nossas lembranças e pensamentos. Ficam a saudade, um sorriso dolorido e a imensa gratidão que jamais expressei verbalmente por alguém que iluminou e enriqueceu minha vida. Minha tia de Inúbia, que tive a sorte e a felicidade de conhecer.
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P.S. 1: Em 1999, escrevi uma crônica inspirada em algumas reminiscências dos tempos em que eu e meus irmãos passávamos férias em Inúbia Paulista na casa de meus tios Michiko e Tsutomu, intitulada Pombos Urbanos.
P.S. 2: A morte de Paulo Autran originou um belo post do dramaturgo Leo Lama, filho de Plínio Marcos. Recomendo ainda conferir uma homenagem postada no YouTube pela usuária Luka1231, na qual o excepcional ator declama o poema Retrato, de Cecília Meireles.
No começo de outubro, vários materiais relativos às filmagens de Indiana Jones 4 foram roubados do escritório de Steven Spielberg. O (ir)responsável pelo crime foi descoberto graças à ajuda de jornalistas ligados a sites e blogs de cinema, que se recusaram a veicular os materiais roubados que lhes foram oferecidos pelo ladrão. Como forma de agradecimento pelo gesto, Spielberg presenteou alguns blogueiros convidando-os a participar de um almoço no set das filmagens de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Confesso: invejei meus colegas americanos.
O novo capítulo da maior aventura de todos os tempos está previsto para estrear nos cinemas no dia 22 de maio de 2008. Enquanto eu e milhares de fãs do mundo inteiro aguardam ansiosamente para conferir Indy 4 (mais uma vez protagonizado por Harrison Ford, do alto de seus 65 anos de idade), que tal aproveitar para recordar a trama dos três filmes anteriores? Confiram os sensacionais gifs animados criados por um certo FoldsFive, que anteriormente fez versões para filmes como De Volta pro Futuro, Tubarão e a trilogia Guerra nas Estrelas.
O artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher especializou-se em criar imagens que tornam o impossível crível, por meio de ilusões de ótica, engenhosos truques de perspectiva e jogos com padrões geométricos.
O animador japonês Makoto Nakamura, autor do trabalho acima, é um de seus discípulos mais talentosos. Em seu site oficial, há dezenas de outras ilustrações e animações hipnoticamente encantadoras.
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A melhor tira de quadrinhos surgida na Internet junto com os Malvados, The Perry Bible Fellowship, de Nicholas Gurewitch, ganhou versão em português. Boa pedida, pois, para os membros da confraria “the book is on the table”: o blog PBF Brasil.
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Recomendação deixada nos comentários pela leitora Julia Fontelles: assistir a este impactante comercial sobre violência infantil, encomendado pelo governo do Líbano e criado pela agência Saatchi & Saatchi.
Aproveito a ocasião para linkar o site da Unicef, que apresenta vários textos e informações sobre como denunciar e combater a violência contra crianças.
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No post “Você gosta de espiar?”, ao comentar a nova safra de celebridades instantâneas que havia sido revelada pela edição do Big Brother Brasil daquele ano, escrevi: “o que os diferenciará do restante dos mortais, senão o fato de terem aceitado se embebedar, falar palavrões, fazer confissões, dar amassos sob edredons e expor suas fraquezas e sentimentos diante de câmeras de TV?”
Gyselle Soares, modelo de 22 anos residente em Teresina, Piauí, decidiu aproveitar o fato de que a próxima edição do reality show da Globo abriu inscrições em seu site, e resolveu buscar o apoio dos internautas à sua candidatura ao BBB 8. E fez isso de uma maneira de dar inveja a qualquer agência de marketing viral: gravando um vídeo no qual cita alguns dos mais conhecidos sites e blogs brasileiros.
Este blog foi citado por Gyselle ao lado de boas companhias: Xpock, Uêba, Sedentário & Hiperativo, Jacaré Banguela e Chongas. E aproveita a ocasião para informar que, caso você queira apoiar a candidatura da piauiense a uma vaga na casa predileta dos voyeurs de todo o Brasil, basta clicar aqui para dar uma forcinha à conectada dançarina.
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Um dos clipes mais bacanas do ano, e com certeza um dos melhores trabalhos de edição de um vídeo dos últimos tempos: All Through The Night, funk disco que remonta diretamente aos tempos da brilhantina, gravado pelo grupo novaiorquino Escort. O diretor do clipe, Irvin Coffee, trancou-se em casa na companhia de 8 DVDs com os melhores momentos do programa infantil The Muppet Show, e de lá saiu com um vídeo simplesmente sensacional.
Todas as listas são polêmicas e incompletas. Não poderia ser diferente, pois, o caráter desta matéria do site Gigwise: Top 50 Capas de Discos de Todos os Tempos. Segundo o site, a melhor capa da história é a de Nevermind, do Nirvana, descrita como a imagem definitiva dos anos 90: “um inocente bebê que foi corrompido pelo dinheiro”.
Trata-se de uma boa escolha, sem dúvida nenhuma. Mas prefiro a opção feita pela revista Rolling Stone, que em novembro de 1991 (mesmo ano em que Nevermind foi lançado) publicou uma matéria especial com as 100 Melhores Capas de Álbuns, e elegeu como número 1 aquela que é provavelmente a mais conhecida de todas: a capa de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles (que ficou apenas na posição 14 segundo a lista da Gigwise).
Em 2005, a finada revista Bizz também resolveu fazer sua lista. Encabeçando seu top 100 de melhores capas, uma outra boa escolha. The Velvet Underground & Nico, disco de 1967 também chamado de “Banana Album” devido à ilustração que Andy Warhol fez para a capa: uma banana que podia ser “descascada”, revelando uma fruta sugestivamente rosada. Este trabalho ficou em décimo lugar em ambas as listas da Gigwise e Rolling Stone.
O levantamento feito pela Bizz classifica a capa de London Calling, do Clash, em segundo lugar (elencada na posição 4 pela Gigwise e 39 pela Rolling Stone), e cita em seguida dois discos brasileiros. Verde que Te Quero Rosa (1977), de Cartola, é o terceiro lugar.
A seguir, vem a capa do álbum de estréia dos Secos & Molhados, de 1973.
Como Internet é um território democrático onde se encontra de tudo, não poderia faltar um site especializado em reunir as piores capas de todos os tempos. Deleite-se, pois, com o Museum of Bad Album Covers. Ou não.
Para encerrar este post, cito aquelas que considero ser as duas melhores capas de álbuns de 2007 até agora: Our Love to Admire (Interpol) e Cease to Begin (Band of Horses). P.S. 1: Segundo matéria do G1, as grandes ausências da lista de melhores da Gigwise foram Horses, de Patti Smith, e Eletric Ladyland, de Jimi Hendrix. E você, citaria qual injustiça? P.S. 2: Já que citei Velvet Underground, aproveito para recomendar uma visita ao podcast Hora de Rock, que nesta edição faz um belo apanhado da carreira desta banda venerada por blogueiros como Idelber e Biajoni.
Hoje, dia 4 de outubro, mais de 5 mil8 mil 11 mil blogs espalhados pelo mundo todo publicarão posts em favor da liberdade em Mianmá (país também conhecido como Burma, a antiga Birmânia). O vídeo abaixo exibe fotos de monges e cidadãos protestando pacificamente contra os desmandos da ditadura que governa Mianmá, e em seguida mostra a violenta repressão dos soldados, ao som de Simon & Garfunkel.
Os membros do Flickr também estão engajados neste movimento de solidariedade ao povo de Burma, subjugado por uma junta militar que há 45 anos governa o país asiático. Mais informações em meu post anterior ou no site da campanha “Free Burma”.
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P.S.: Participarei hoje do evento “A Palavra na Tela: Jornalismo, Literatura e Crítica Depois da Internet”, promovido pela Casa Mario de Andrade com apoio do site Digestivo Cultural, ao lado de Marcelo Tas e Pedro Doria. Caso você queira participar do evento, clique aqui para saber como se inscrever.
Amanhã, dia 4, blogueiros de todo o mundo participarão do “Free Burma!”, movimento de protesto em favor da liberdade no país asiático (também chamado de Mianmá, ex-Birmânia). Se você não sabe do que se trata, saiba que, desde agosto, a população de Mianmá, liderada pelos monges budistas, protesta contra a ditadura imposta por um regime militar, em um movimento catalisado pelo recente aumento dos preços dos combustíveis e da cesta básica. Há anos, porém, o país sofre com a opressão imposta por seus generais: há centenas de prisioneiros políticos, dentre eles Aung San Suu Kyi, líder do movimento democrático e Prêmio Nobel da Paz de 1991. Além disso, casos de escravidão infantil são comuns em Burma.
A repressão às manifestações pacíficas que mobilizaram mais de 100 mil pessoas foi covardemente violenta. Um vídeo da CNN mostra homens desarmados sendo espancados por soldados.
Se você quiser participar do movimento “Free Burma” clique aqui e publique um post amanhã divulgando um dos banners da campanha. Você também pode colaborar com o wiki, acompanhar o Twitter da campanha, assinar a petição online e buscar mais informações no Último Segundo e nos blogs da Gabriela Zago e Tiago Dória.
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Está no ar o Nossa Opinião, iniciativa coletiva de um grupo de blogueiros que pretende discutir a cada semana temas de interesse público. A primeira pauta: doação de órgãos.
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Graças a uma campanha iniciada por Francisco Polo, criador do site Di NO a las bombas de racimo, que contou com o apoio massivo da blogosfera hispânica, o governo da Espanha acaba de anunciar seu comprometimento com a erradicação das bombas de fragmentação; deverá, pois, deixar de armazenar, fabricar e vender esse tipo de arma que vitima civis no mundo inteiro.
No Brasil, a mobilização mais efetiva de tal porte ainda foi a campanha “Xô Sarney”, alavancada pela jornalista Alcinéa Cavalcante, do Amapá, que sofreu seguidos processos judiciais por causa das críticas desferidas ao senador José Sarney em seus posts. Outros blogueiros reconhecidos são Altino Machado, no Acre, e Cleber Toledo, no Tocantins, lidos religiosamente pelos principais políticos de seus estados. Será que um dia teremos a mesma relevância a nível nacional?
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O blogueiro Marconi Leal foi acintosamente plagiado pelo escritor e colunista do Jornal do Brasil Fausto Wolff. Quem comparar a crônica “Assalto”, publicada por Marconi em seu blog no dia 16 de abril, com a coluna “Papo de velho, ladrão e intermediário”, assinada por Wolff em 30 de setembro, fica estupefato com as semelhanças entre os dois textos. Mas triste mesmo foi a resposta de Fausto, publicada em sua coluna de hoje, qualificada como “triste” por Idelber Avelar e catalogada por Milton Ribeiro na categoria “nojo”. Era de se esperar mais de um escritor já consagrado como Fausto Wolff.
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.