Apesar da fama e do sucesso, a vida de Norma Jeane Mortenson não foi das mais felizes. Norma, que adotou o nome artístico de Marilyn Monroe pouco depois de assinar, em 1946 (aos 20 anos de idade), seu primeiro contrato com a 20th Century Fox (que lhe pagava US$ 125 semanais), declararia, tempos depois: “Hollywood é um lugar que paga mil dólares por um beijo e cinqüenta centavos por sua alma”.
O sucesso ainda tardaria algum tempo a vir. A ponto de, em 1949, ter posado nua para o fotógrafo Tom Kelley pela quantia de 50 dólares. Questionada sobre por que aceitara fazer a sessão de fotos, Marilyn respondeu: “Estava com o aluguel atrasado e com fome. Tudo que fiz foi me deitar sobre um veludo vermelho“. Em 1953, essas mesmas fotos apareceram publicadas na primeira edição da revista Playboy. Foi o mesmo ano em que Monroe consolidou o seu status de estrela de Hollywood, protagonizando os filmes Como Agarrar um Milionário e Os Homens Preferem as Loiras, comédia na qual aparece cantando “Diamonds Are a Girl’s Best Friend”, música que o American Film Institute elencou como a 12a. mais marcante do cinema norte-americano.
Quando um jornalista perguntou a Marilyn o que ela usou durante as fotos, recebeu a seguinte resposta: “Chanel no.5″. Declarações como esta solidificaram a imagem de símbolo sexual de uma atriz ao qual foi colado o estereótipo de loira burra. Motivo de incômodo para Monroe, que foi estudar teatro com o famoso professor de arte dramática Lee Strasberg. Em meio a casamentos fracassados com celebridades como o jogador de beisebol Joe DiMaggio e o dramaturgo Arthur Miller, Marilyn emplacou sucessos como O Pecado Mora ao Lado, ao mesmo tempo que consolidava a fama de estrela problemática, que sempre chegava atrasada aos sets de filmagens (“consigo chegar no dia, não na hora”, dizia a atriz).
A esta altura do campeonato, todos já devem ter idéia dos sérios problemas com álcool e calmantes amargados por Marilyn. Truman Capote, em seu livro Música Para Camaleões, cita uma afirmação emblemática de Monroe nessa época: “Cães nunca me morderam. Só os homens”. Ao menos o justo reconhecimento de seu talento veio com o lançamento de Quanto Mais Quente Melhor (o título original é “Some Like It Hot”, mas na URSS o longa foi rebatizado como “Só as Garotas Podem Entrar no Jazz”), filme de Billy Wilder que deu a Marilyn o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical em 1960. No entanto, estrelaria apenas duas outras produções após o clássico de Wilder: Adorável Pecadora (1960) e Os Desajustados (1961).
Traumas de um passado que incluiu dois anos morando em orfanatos, dois abortos e uma crescente dependência química foram paulatinamente minando a saúde da estrela. Em 1962, Marilyn foi despedida após chegar inúmeras vezes atrasada às filmagens de Something’s Got to Give, filme de George Cukor que acabou não sendo finalizado. Uma de suas últimas aparições públicas ocorreu em 19 de maio de 1962, no Madison Square Garden, quando Marilyn monopolizou as atenções da festa de aniversário do presidente dos EUA John Kennedy (com quem teve um rumoroso affair) cantando a mais sensual versão de “Parabéns pra Você” de todos os tempos: “Happy Birthday, Mr. President“.
Em 23 de junho, Marilyn aceitou um convite da revista Vogue para estrelar um ensaio fotográfico. Bert Stern tirou mais de 2.500 fotos durante 3 dias no hotel Bel-Air, em Los Angeles, dentre elas as imagens que ilustram este post. Aos 36 anos de idade, Marilyn Monroe, apesar de ter uma cicatriz na barriga, resultado de uma cirurgia na vesícula realizada um mês antes do ensaio, ainda possuía uma beleza capaz de mesmerizar multidões.
Marilyn foi encontrada morta, em sua cama, no dia 5 de agosto de 1962. Embora oficialmente tenha sido declarado suicídio provocado por uma overdose de tranqüilizantes, até hoje persistem rumores de que a estrela de O Pecado Mora ao Lado teria sido assassinada, em conspirações ligadas aos irmãos John e Robert Kennedy, com quem Monroe teve casos. Nada foi provado, e a atriz precocemente falecida tornou-se mito. Em uma entrevista concedida a Patricia Newcomb para a revista Life, publicada dois dias antes de sua morte, Marilyn fez um pedido à jornalista: “Por favor, não faça de mim uma piada. Termine a entrevista falando no que acredito. Não me importo em fazer piadas, mas não quero parecer uma. Quero ser uma artista, uma atriz com integridade”.
* * * * *
P.S. 1: Hoje é o dia do I Encontro BLS - Blogueiros, leitores e simpatizantes, organizado por
Beto Largman. A partir das 19 horas, no Armazém Digital do
Shopping Rio Design, no Leblon. Estarei por lá.
P.S. 2: André Dahmer, que lançará amanhã seu segundo livro na
Livraria da Travessa, em Ipanema, acabou de publicar o
Grande Mapa Dahmer da Blogosfera Brasileira. Estou lá.
Ok, há aqueles que não dão a mínima para a audiência. Criam blogs públicos a fim de manter parentes e amigos geograficamente distantes a par de suas vidas, fazem experimentações hermeticamente literárias, escrevem desabafos como se estivessem em um divã online. Eles não ligam para a quantidade de visitas, e fazem muito bem; principalmente se você se identifica mais do que deveria com a relação de efeitos colaterais elencados por Alê Félix no post “O Blog Começa a lhe Fazer Mal Quando…“, publicado em 2003, mas impressionantemente atual.
Porém, se você é um viciado em conferir as estatísticas de visitação do seu blog, que escreve posts com o intuito declarado de atrair pára-quedistas de Google, ou deseja simplesmente descobrir como divulgar seu blog e fazer com que mais pessoas conheçam seus textos e idéias, aqui vão algumas dicas, testadas e aprovadas na cozinha experimental do Inagaki, para quem pretende incrementar suas visitas:
a) Enviar permalinks de seu blog para o Uêba, maior site colaborativo do Brasil, com cerca de 25 mil visitantes diários. Não requer prática nem tampouco habilidade: basta clicar aqui e, claro, mandar um link que seja interessante. Uma chamada na página principal do Uêba é capaz de gerar até 2 mil visitas extras a um site. Conforme explica o criador do Uêba, Gilberto Knuttz, a inserção de um link na home-page ou na aba de blogs dependerá do seu conteúdo. Outras excelentes opções para a divulgação de seu site: Ocioso e LinkLog.
b) Enviar notas para o Minha Notícia, canal de jornalismo colaborativo do portal iG aberto para a participação de internautas que enviam textos, fotos e vídeos, sempre ligados a um fato ou notícia, vide as regras de uso. Uma vez submetida a nota, caso seja selecionada pelos editores de conteúdo do Minha Notícia (que dão dicas e tutoriais de redação neste blog), ela pode ganhar chamada de capa em um dos portais mais visitados do Brasil. Foi o que aconteceu comigo: redigi um texto com base em um post sobre o Pan 2007, com o título “Conheça o Galvão Bueno da patinação artística” (com um link para meu blog, é bóbvio), e submeti ao Minha Notícia. Hoje, ao checar minhas estatísticas de visitação, percebi que elas haviam bombado. Não deu outra: minha nota estava na home-page do iG.
Vários outros blogs, o Brogui.com, já fizeram o mesmo que eu e bateram recordes de visitas. Iniciativa bem-vinda do iG, portal que disponibiliza outras funcionalidades interessantes como o Meu iG (site “powered by Google” no qual você personaliza sua página inicial de acordo com suas preferências de sites e assuntos) e o Eu Na Web (que centraliza páginas com conteúdo produzido por seus usuários: blogs, fóruns, murais de fotos).
c) Blogs são conversações. Deixe comentários relevantes em outros blogs (confira, aliás, as dicas de Bruno Alves), participe de fóruns de discussão, publique links de outros blogueiros. Mas, ressalva importante, evite fazer escambos do tipo “me linka que eu te linko”. Na comparação feita por Edney Souza, linkar um site é como indicar uma loja para um amigo. Explica Edney: “Se a loja lhe trata mal, se os produtos são caros, se ele não encontra o que procurava ou se depois da compra apresentam defeitos ele reclamará contigo, e se você indicou com muita ênfase talvez ele não fale nada para não te irritar ou magoar, ele prefere simplesmente sumir, não fala mais contigo, não te visita mais“.
d) Criar um perfil e cadastrar seu blog nos principais diretórios e comunidades do Brasil e do exterior: BlogBlogs, Technorati, MyBlogLog, BlogCatalog.
Por último, mas não menos importante: crie conteúdo original, que não se limite a simplesmente reproduzir o que já foi publicado em outros sites e portais. De nada adiantarão os mais diferentes esforços em divulgar seu blog se ele não trouxer nada que seja capaz de diferenciá-lo de outros tantos na folha de papel quase infinita que é a Internet. Um blog importa pelo que ele traz de pessoal; deve ser o espelho da personalidade, das idiossincrasias, das opiniões de quem o faz. Seu blog é sua casa virtual. Como aqui, por exemplo: meu recanto é simples, mas é limpinho. Servimos bem para servir sempre. ;)
Matéria publicada no caderno de empregos do jornal O Estado de S. Paulo atesta: 40% dos candidatos aprovados para as vagas existentes surgem por meio de networking. Mas quem busca por um novo emprego não necessita de mais dados estatísticos ou relatos de profissionais de RH para constatar isso. Quem nunca foi contratado graças à indicação de um colega, jamais pediu referências a um conhecido ou sugeriu nomes para uma vaga a pedido de alguém que estava à procura de um profissional, que atire o primeiro currículo.
Como explica Max Gehringer, colunista da revista Época e da rádio CBN, networking é “uma teia de relacionamentos que vai sendo tecida com muita paciência e nunca para fins imediatos. Como uma árvore, ele só vai dar frutos depois de consolidada“. Complementa Mario Persona: “Um verdadeiro networking é uma via de mão dupla. Eu ajudo você e você me ajuda, ainda que eu não lhe peça isto como condição. A melhor maneira de se começar um networking é começando a descobrir necessidades e necessitados e tentar ajudá-los“.
Internet é uma excelente ferramenta para o aumento de sua rede de relacionamentos. Ter um blog, por exemplo, foi fundamental para que eu conseguisse meu emprego atual e vários free-lancers como jornalista. Redes sociais também são ótimos meios de incrementar seu networking com o objetivo de aprimorar sua vida profissional. No exterior, o LinkedIn é o site de relacionamento corporativo mais difundido. No Brasil, a principal rede de contatos profissionais é a Via6, que já conta com mais de 100 mil usuários e quase 30 mil empresas cadastradas.
Eu, que assim como outros blogueiros fui procurado pela Via6 para escrever um review patrocinado, felizmente constatei que há mais aspectos positivos do que negativos no site. Após criar meu perfil e explorar os recursos do Via6, destaco em especial a possibilidade de publicar em meu perfil artigos, vídeos e apresentações em Powerpoint (via SlideShare), permitindo o compartilhamento de informações e tornando os perfis de usuários fontes preciosas para quem procura por clientes, empregos ou novos conhecimentos aplicáveis para sua vida profissional: muito melhor do que simplesmente a publicação de um currículo online.
Outro aspecto positivo é a transparência dos mantenedores do site, que através de seu blog informa aos usuários da Via6 as últimas novidades. Por exemplo, o incentivo para que usuários incrementem seus perfis com conteúdo relevante (os mais interessantes ganharão destaque na capa da Nova Via6) e a promoção para convidar amigos a inscreverem-se no site, com distribuição de 90 vales-compra do Submarino no valor de R$ 100.
Só espero que os problemas com servidores tenham sido resolvidos em definitivo. No dia 25 de julho, quando Bruno Alves, Celso Júnior, Duquian Lioncourt, Edney Souza, Mauro Amaral, Rodrigo P. Ghedin e Tiago Dória publicaram seus reviews, acessar a Via6 tornou-se tarefa árdua. O site passou a carregar lerdamente, como em meus piores tempos de Internet discada. Depois, simplesmente saiu do ar por excesso de acessos, conforme explicou Renato Shirakashi, um dos fundadores da Via6. Nada que seja capaz de tirar a impressão positiva que tive, tanto da Via6 quanto das outras páginas interligadas à rede social: o Rec6, agregador de notícias, e o Indica6, site de divulgação e pesquisa de vagas de emprego e busca de parcerias e fornecedores.