O jingle do Seu Jorge
Por Alexandre Inagaki ≈ segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Nunca fui grande fã de Seu Jorge. E minha avaliação pessoal só fez piorar depois da escabrosa versão que ele e Ana Carolina cometeram de “Blower’s Daughter” de Damien Rice. Mas, quando ouvi pela primeira vez sua música nova (na Eldorado FM), não tive como não passar imune à sua audição. Pudera: a letra de “Eterna Busca”, canção de seu novo álbum (a ser lançado no ano que vem), é uma propaganda de sutileza paquidérmica da marca de cachaça Sagatiba. É um caso que abre precedentes nestas bandas: o carro-chefe do novo disco de um dos mais conhecidos músicos brasileiros é uma canção feita por encomenda. Mais: antes mesmo de ser comercializada em CD, já está disponível para download de forma legal e gratuita no site da Sagatiba (bobviamente).
Anteontem, durante um papo em uma roda de jornalistas, um dos assuntos recorrentes foi exatamente essa música nova. Uns criticaram a atitude de Seu Jorge em vender sua “arte”, outros o defenderam dizendo que ele tem todo o direito de fazer o que quiser com sua música, afinal de contas ninguém paga suas contas. Polêmica que se repete nos blogs, seja em posts ou comentários. Cris Dias, por exemplo, chamou Seu Jorge de “mestre supremo do jabá” e desceu a lenha na campanha da Sagatiba, complementada por ações como a produção de um documentário sobre o Brasil recentemente exibido no Festival de Cannes. Continue Lendo