Carnaval: luxo, lixo, folia e sustentabilidade
Por Alexandre Inagaki ≈ sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Insônia é uma companheira fiel que me acompanha há anos. E uma das lembranças mais remotas de minhas noites acordado remonta da época em que eu assistia aos desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, antes mesmo da criação do Sambódromo, quando todas as principais escolas de samba se apresentavam num dia só. Era uma época na qual canais de TV passavam as madrugadas fora do ar, só exibindo estática e barulhos de chiado (como bem lembrou o Kid em um post sobre sons da nossa infância que não existem mais). O desfile das escolas de samba era, pois, um evento único do ano no qual minha insônia era preenchida por imagens fantásticas de alegorias luxuosas, passistas batucando e mulheres alegremente desinibidas.
Tendo guardado em minhas memórias infantis esses sons e imagens, é fácil de entender meu costume de acompanhar todo ano os desfiles, e de ter me tornado fã de carnavalescos como Joãosinho Trinta, Fernando Pinto, Renato Lage e Paulo Barros, e mestres de bateria como Odilon, Jorjão (criador da paradinha funk) e Ciça.
O Cristo Redentor censurado no desfile da Beija-Flor de Joãosinho Trinta em 1989. Continue Lendo