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5 grandes baladas nacionais dos anos 00

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 26 de novembro de 2010

Toda nostalgia é composta por memórias photoshopadas. É por isso que eu automaticamente abstraio afirmações como “no meu tempo as coisas eram melhores” ou “já não se fazem músicas tão boas como antigamente”. É até natural resgatarmos o passado com um certo olhar condescendente, recordando de tudo que ficou para trás com a memória seletiva de quem pinta lembranças com cores bonitas que nunca existiram na realidade (citando Drummond: “nos áureos tempos que eram de cobre”).

Não sou dessas pessoas que ouvem a produção musical atual e dizem que o rock morreu, pautados em bandas que ganham prêmios de popularidade e angariam multidões de fãs histéricos que xingam muito no Twitter. Pois, se as músicas que tocam nas rádios ou na TV não dizem nada de relevante sobre a minha vida (sugeriria Morrissey: “hang the DJ!”), o fato é que com a internet nunca foi tão fácil descobrir novos sons. Quem não tem o hábito de escarafunchar a rede em busca de bandas que não aparecem no Faustão ou no Top 10 MTV não reconhecerá a maior parte da lista de grandes baladas nacionais dos anos 00, feita por Marcelo Costa do Scream & Yell. Não por coincidência, posso apostar que boa parte dessa galera que ainda desconhece a maioria das gravações citadas pelo Marcelo integra o grupo de pessoas que reclama da decadência musical contemporânea. Continue Lendo

10 clipes do rock brasileiro dos anos 90

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 11 de julho de 2008

A onda nostálgica em torno dos anos 90 chegou com tudo. Você já deve ter recebido anexos de Power Point ou o link de algum Tumblr recordando com saudade dos “bons” tempos em que o É o Tchan ainda era chamado de Gera Samba, todo mundo queria morar em Beverly Hills e ser amigo da Kelly, do Brandon e do Steve, o pessoal ia pras baladas dançar poperô ao som de Ace of Base, Jon Secada, Londonbeat, Corona ou Erasure, ápice da tecnologia era ter conta em BBS, depois teclar no mIRC e ficar “invisible” no ICQ, ainda havia Mappin, Mesbla, fichas telefônicas e TV Manchete, objetos de desejo eram Kinder Ovos, tamagotchis e Mega Drives, duplas sertanejas e grupos de pagode invadiram as FMs, as manhãs de domingo eram embaladas pelas vitórias do Ayrton Senna, Astrid, Cuca, Thunderbird e Gastão eram os principais VJs da MTV Brasil e os maiores escândalos da década foram Lilian Ramos sem calcinha ao lado de Itamar Franco, Sharon Stone cruzando as pernas em Instinto Selvagem e Monica Lewinski quase derrubando um presidente dos EUA por causa de um fellatio.

A década da ovelha Dolly, das propagandas de facas Ginsu e meias Vivarina, do movimento grunge, da conversão dos cruzeiros reais em URVs, dos caras pintadas protestando contra Fernando Collor e do ET de Varginha já está sendo recordada em festas temáticas, posts do Fred Fagundes e livros sobre a década. Dentro dessa pegada, segue abaixo uma compilação de 10 músicas que marcaram o Brock tupinambá dos anos 90. Como diria Cissa Guimarães, aquela tal “garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia” (e que saiu na capa da Playboy em agosto de 1994), estes clipes vieram direto do túnel do tempo…

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Chico Science & Nação Zumbi - “Manguetown” - Francisco de Assis França fez história na MPB ao idealizar e liderar, ao lado de outros nomes da cena musical pernambucana como Fred Zero Quatro do grupo Mundo Livre S/A, o movimento manguebeat. Em 1994, Chico Science & Nação Zumbi gravou seu primeiro álbum pela multinacional Sony: Da Lama ao Caos. O disco projetou a banda nacionalmente, revitalizando a cena musical tupinambá com a fusão da guitarra sincopada de Lúcio Maia à percussão que juntou o ritmo do maracatu com o rock. O segundo álbum, Afrociberdelia, saiu em 1996, com uma pegada mais pop e influências da música eletrônica. Seu primeiro single, “Manguetown”, recebeu um videoclipe duca dirigido pelo cenógrafo Gringo Cardia, e a boa recepção de crítica e público indicava que Chico Science & Nação Zumbi teriam uma longa e brilhante carreira ainda a percorrer. Mas, lamentavelmente, em fevereiro de 1997 Chico Science morreu em um acidente de trânsito, devido ao rompimento do cinto de segurança que ele usava no momento da batida. Continue Lendo

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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