O amor, esse labirinto
Por Alexandre Inagaki ≈ sexta-feira, 11 de março de 2005
Assim, pelos olhos, o amor atinge o coração:
Pois os olhos são os espiões do coração.
E vão investigando
O que agradaria a este possuir.
E quando entram em pleno acordo
E, firmes, os três em um só se harmonizam,
Nesse instante nasce o amor perfeito, nasce
Daquilo que os olhos tornaram bem-vindo ao coração.
(poema de Guiraut de Borneilh citado no livro "O Poder do Mito", de Joseph Campbell e Bill Moyers)
Uma pessoa racional, frente ao desafio da edificação de um labirinto, cartesianamente chegará à conclusão de que ele deverá ser construído de dentro para fora. Caso contrário, o arquiteto correrá o sério risco de se ver perdido dentro de sua própria criação.
Pois bem, o que faz o tal do amor? Contraria todas as regras mais básicas, inclusive essa.
Amar é construir um labirinto de fora para dentro. Continue Lendo