Segundo E. L. James, a autora de Cinquenta Tons de Cinza, seu best-seller é essencialmente uma “história de amor”, em meio a parágrafos descrevendo jogos de submissão e sexo sadomasoquista. Na internet, já vi esse romance sendo descrito como “Romeu e Julieta para maiores” e “pornô para mamães”. O mais curioso foi descobrir que 50 Tons de Cinza foi originalmente concebido a partir de uma releitura da saga Crepúsculo, aquela que é protagonizada por vampiros virgens desbotados. E que acabou descambando em um livro com fartas cenas que envolvem brinquedos eróticos, chicotes, algemas, bolas de pompoarismo e outros brinquedos dignos de quem aprendeu 1001 dicas de sexo lendo exemplares da revista Nova. Continue Lendo
Costumo dizer que você só conhece verdadeiramente uma pessoa entre quatro paredes. Afinal de contas, é só na intimidade que ela se despirá, não apenas das roupas como também das convenções sociais que impedem que a sua até então circunspecta colega da firma jogue você no chão feito um saco de batatas, pedindo para que você a penetre como se fosse um vibrador tailandês duplo de cinco velocidades. Descontando-se a sutileza paquidérmica da comparação, creio que não há nenhum problema em se fazer isso, desde que ninguém lhe peça pra fazer golden shower ou pegar um espanador a fim de se fantasiar de galo. Mas as coisas começam a ficar estranhas quando sua parceira coloca um Toblerone na vagina e pede pra que você faça uma degustação, não?
Pois bem, essa “dica” do recheio de chocolate é só uma dentre tantas bizarrices que encontrei no site 1001 Idéias de Sexo, da revista Nova. É de se ficar pensando: será que as leitoras da Nova que resolvem pôr em prática dicas esdrúxulas como essas perderam seu bom senso no mesmo lugar em que a Britney Spears guarda suas pílulas anticoncepcionais? Como bem afirmou meu amigo Cafa, que bloga no Manual do Cafajeste Para Mulheres, uma matéria como essa deveria se chamar “Como Perder um Homem em Algumas Noites”. Fico imaginando, por exemplo, um casal que vai pela primeira vez a um motel. A mulher, a fim de impressionar o cara, resolve seguir a dica “descolada” da revista, e faz como a leitora Marlene, que enviou a seguinte idéia: “Ele me penetrou por trás, fiz xixi e o cara ficou maluco, tão maluco que a gente reatou o namoro e agora sempre sou convidada a repetir essa prática”. É, eu também ficaria doido se minha parceira resolvesse se inspirar nessa sugestão abilolada. A ponto de pensar: “é, devia estar maluco quando resolvi sair com essa mulher”. Continue Lendo