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Nine

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Bloqueio criativo. Eu, que por tantas vezes me vi diante de um papel em branco ou de um documento no Word, lutando para encontrar palavras represadamente encalacradas em algum lugar do meu cérebro, sou bem mais familiarizado do que gostaria com os sentimentos de angústia e frustração de alguém martirizado pelo writer’s block. E o problema nem é de falta de idéias; elas surgem aos borbotões. O grande drama, ao menos para mim, está em me organizar a fim de alinhar todos os impulsos criativos em fila indiana e explorar as possibilidades de cada idéia até o final, ao invés de abandoná-las após rascunhar um ou dois parágrafos e tweets e largá-las, como um amante que ejacula precocemente e não liga no dia seguinte. Mas enfim, tergiverso, tergiverso.

Marion Cotillard interpreta Luisa, atriz que deixa de lado a carreira por causa do marido cineasta.Nine, o novo filme de Rob Marshall, diretor de Chicago, é uma releitura de Oito e Meio, clássico de Federico Fellini cujo tema é metalinguístico até a medula: um cineasta em crise criativa e existencial que não sabe como começar seu próximo filme, mergulhado no impasse de um bloqueio criativo. Continue Lendo

A homenagem de Daniel Day-Lewis a Heath Ledger

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Enquanto acabo de organizar os resultados da promoção Coração de Pedra, aproveito para compartilhar o momento mais emocionante da cerimônia de premiação do SAG Awards, o Sindicato de Atores dos EUA, ocorrida ontem. Trata-se do belo discurso de Daniel Day-Lewis, talvez a maior barbada do Oscar 2008, que ganhou o prêmio de Melhor Ator graças à sua atuação em Sangue Negro de Paul Thomas Anderson. Nele, Day-Lewis faz uma homenagem a Heath Ledger, ator que, como bem definiu o crítico do NY Times A.O.Scott, infelizmente não teve tempo para tornar-se “o ator surpreendente, estranho e definidor de uma era que sempre teve o potencial de ser”.

Eis a tradução do site Cinema em Cena para o discurso do grande ator de filmes como A Insustentável Leveza do Ser e Em Nome do Pai:

Estou muito, muito orgulhoso desse prêmio. Muito obrigado por darem-no a mim. E estou muito orgulhoso por estar incluído no grupo composto pelos atores maravilhosos deste ano. Sabem, desde que me entendo por gente, a coisa que sempre me despertou um senso de deslumbramento, de renovação, que me levava a perguntar como tal coisa era possível, e que me desafiava a entrar na arena mais uma vez, com expectativa e auto-questionamento, tentando me equilibrar, sempre foi o trabalho de outros atores. E há muitos atores hoje aqui, incluindo meus colegas indicados, que me despertaram este sentimento de rejuvenescimento e… (pausa). Heath Ledger me despertou isso.

A homenagem a Heath Ledger no SAG Awards 2008.

Em A Última Ceia, aquele personagem que ele criou, que parecia um ser deformado, escondendo-se de si mesmo, de seu pai, de sua vida, escondendo-se até mesmo de nós… e mesmo assim queríamos segui-lo, mas tínhamos medo de fazê-lo. Foi ímpar. E, claro, O Segredo de Brokeback Mountain, no qual ele estava inigualável, perfeito. Aquela cena no trailer no final do filme é tão comovente quanto qualquer outra coisa que eu consiga me recordar. E quero dedicar [este prêmio] a Heath Ledger. Muito obrigado.

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P.S.: Seja bem-vindo ao nosso condomínio, Gravatai Merengue. E parabéns antecipados pelos cinco anos de blog, Chico Fireman! B)

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Jé plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantêm este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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