Assim, pelos olhos, o amor atinge o coração:
Pois os olhos são os espiões do coração.
E vão investigando
O que agradaria a este possuir.
E quando entram em pleno acordo
E, firmes, os três em um só se harmonizam,
Nesse instante nasce o amor perfeito, nasce
Daquilo que os olhos tornaram bem-vindo ao coração.
(poema de Guiraut de Borneilh citado no livro "O Poder do Mito", de Joseph Campbell e Bill Moyers)
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Uma pessoa racional, frente ao desafio da edificação de um labirinto, cartesianamente chegará à conclusão de que ele deverá ser construído de dentro para fora. Caso contrário, o arquiteto correrá o sério risco de se ver perdido dentro de sua própria criação.
Pois bem, o que faz o tal do amor? Contraria todas as regras mais básicas, inclusive essa.
Amar é construir um labirinto de fora para dentro. Continue Lendo
À guisa de introdução: o texto a seguir foi criado a seis mãos, por Renata Parpolov, Ian Black e este que vos escreve, e publicado originalmente na edição 004 do Spam Zine. O texto, descompromissado feito uma boa conversa numa mesa online de bar, aguarda por novos pitacos no espaço destinado aos comentários. =)
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Inagaki: Ainda bem que depois que cresci deixei de alimentar meu coração com a pobre dieta das paixões platônicas, que só têm graça para filósofos gregos e adolescentes cheios de espinhas e dúvidas existenciais.
Parpolov: Que nada, Inagaki, amor platônico é muito legal! Tem amor que sem dúvida é pra ser vivido, sentido, com todas as suas bocas, beijos, e fluidos. Mas tem amor que você sabe que não é pra você, mas mesmo assim insiste em sentir. Amores que você só fica pensando na pessoa, imaginando como será que ela beijaria, ou faria sexo. E, claro, você imagina que a pessoa é perfeita, absurdamente perfeita em tudo, e que saberá te agradar da maneira mais detalhista que você jamais imaginou. Continue Lendo