SpamZine_________________
067
21 de
junho de 2002
são
paulo curitiba joão pessoa shiojiri-shi rio de janeiro
campos
>>>
editorial
O
Spam Zine tem dessas: de quando em quando, nossas edições chegam pontualmente
atrasadas. Esta semana, cumpadi Sabbag, que seria o editor da vez, teve
uma crise de hipertensão, causada pelo ritmo maluco da profissão de jornalista,
e agravada pela zaga da nossa Seleção. Infelizmente, será obrigado a renunciar
a alguns prazeres que dão sentido à nossa passagem pela Terra, como assaltar
a geladeira no meio da madrugada ou reclamar da teimosia do Felipão. Mas o
importante é que ele se recupera bem. Também tive alguns problemas, mas não
sou do tipo que exterioriza minha vida pessoal (vocês jamais me verão em um
reality-show ou weblog confessional). Por enquanto, basta saberem que,
dentro do possível, está tudo zen.
Na
falta de idéias para um editorial decente, deixo-lhes com um de meus poemas
guardados na adega dos meus inéditos. Muitos versos, durante o decorrer destes
anos, viraram vinagre. Outros envelheceram mais ou menos decentemente, e talvez
seja o caso deste. Aos leitores, peço o seu veredicto: vocês sabem onde me
encontrar.
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sete faces
I
Amar fragiliza
Mais do que eu gostaria de sentir
Mais do que eu me permitiria
Admitir.
Antes eu era mais
livre
Mais estúpido
Mais inocente
Quiçá mais feliz.
Agora estou em tuas
mãos:
Sentes o peso?
Sentes minhas aflições?
Minhas angústias caladas?
Estou em tuas mãos:
Estou tão frágil,
Estou mais feliz,
Mais temeroso deste mundo.
Cuida bem de ti,
Cuida bem de mim.
Porque já não sei me cuidar.
Cuida bem do meu
coração
Que está atrelado ao teu riso;
Quando vigio teu sono
Tenho toda a paz do mundo.
Cuida bem de ti,
meu amor,
Que já não sei mais
Viver sem teus olhos.
Amor tem sete faces,
e todas me amedrontam.
O mundo, sete mil faces,
e só uma me ilumina.
II
Vida:
piada amarga que ri de nós.
Amor:
válvula de escape à qual recorremos com desespero e esperança.
III
Três palavras tão
repetidas,
tão banalizadas.
Por que me é tão difícil dizê-las?
IV
Somos náufragos
do mesmo barco
Anjos traídos em busca da mesma cruz
Duas cabeças ocas que não pensam
Que buscam pela mesma efêmera bênção
Gestos gastos e
mal fingidos
Sempre as mesmas rimas e metáforas
Piadas ridas, beijos babados
Como ecos vagos, vácuos de passado
Nossos olhos estão
prenhes de farpas
Faíscas que rebrilham em gumes de frases
Vagas rompendo com falésias e mares
Traduzidas em francas ironias lapidares
Com amarga sabedoria
e dissabor
Constatamos quão vãs foram nossas palavras
Míticas mímicas, joguetes do amor
Que nos enredou em trevas e trovas
Compositores da
mesma canção
Dançarinos da mesma coreografia
Amantes no mesmo colchão
Sorrisos na mesma fotografia
Parceiros da mesma
eterna solidão
V
Noites de insônia
e ciúmes estúpidos.
Promessas, promessas voláteis e inúteis.
Flores. Bombons. Jantares. Motéis. Traições.
Vozes enferrujadas:
- Você me ama? Você me ama? Você me ama?
O terror indelével das desculpas decoradas:
- Você merece alguém melhor. Não quero estragar nossa amizade.
O sofrimento descascando, despojando o coração.
Amor é um disco
riscado de blues.
Amor arma a arapuca, esfrega as mãos, afia os dentes.
Amor faz de nossos corações marionetes,
e gelatina de nossos cérebros.
Amor é foda.
O mundo não foi
feito para inocentes.
VI
Eterno o tempo inscrito
no centro do teu olhar verde prata e céu
Beleza que ao tempo desacata o teu sorriso sombra de um véu
Desenho de giz o vento apagou mas e a cicatriz de um amor?
Restrito jogo sem regra ou juiz que fere alegra seduz desnorteia
Feliz de quem resistir decifrar tua teia estrela em noite negra
VII
Amar é jogar os
dados na mesa.
Uns querem apenas amizade.
Outros, sexo.
Alguns entram para o mosteiro.
Amar emburrece. Não amar também.
Amar é mito.
Mito é aquela mulher que nunca se entregará para você,
e, mesmo se o fizesse, não aconteceria nada,
porque na hora H você broxa.
Amar sem ser amado
é combate intenso sem tréguas;
coiote apaixonado
perseguindo o papa-léguas.
Amar platonicamente
é amar apenas do pescoço para cima:
que desperdício!
Amar é sangrar uma
torrente
de formigas vermelhas e raivosas.
Pois apaixonar-se
é construir uma imagem da pessoa amada
sem avisá-la antes.
Amar é renunciar
a muitas coisas,
mas também a maior transcendência
que podemos almejar
nesta vida.
Amar não é bicho
de sete cabeças;
no mínimo, tem umas sete mil.
>>>
n
a v e g a r i m p r e c i s o
lo importante
es caminar, no el camino
Fantástico weblog espanhol.
Brilhante desde o nome, merecem destaque ainda a elegância clean do template,
os posts nonsense que remetem aos cronópios e famas de Cortázar, e
a galeria genial de imagens (minhas prediletas: "frutas" e "pingüinos
3").
canivete
suíço
Curiosidades, dicas,
imagens inusitadas e jogos diferentes são revelados aos internautas
graças a esta página mantida por Eduardo Stuart, verdadeiro Google-de-um-homem-só,
um especialista em descobrir as coisas mais interessantes que a Internet
nos oferece.
o galvão
bueno da espanha
Você fica
irritado com os arroubos "ufanáticos" do Galvão? Então precisa ouvir
os OITENTA E NOVE GRITOS DE GOL que Gaspar Rosset, radialista espanhol,
soltou após o pênalti convertido por Mendieta, que classificou
a Fúria para as quartas-de-final da Copa. Não me lembro quem disse que
fazer um gol era melhor que orgasmo; julguei que fôra um tremendo exagero,
mas depois de ouvir este áudio em Real Player...
carequinha
+ arrelia + dr. phibes + daniel clowes
Na descrição do
autor Elton Mesquita (em breve aqui no Spam Zine), uma tira "mais engraçada
que tropeçar num cadáver". Humor negro da melhor qualidade.
m.c. escher
rules
Ilusões gráficas,
trompe l'oeil, estruturas impossíveis, litografias fantásticas, arte
& matemática. Conheça mais da arte do genial holandês Maurits Cornelis
Escher. Depois, clique em http://www.paverdepot.com/3-dstone/3-d-stone.html e
aproveite para encomendar um piso desses pra mim. =)
>>>
bang-bang
espacial
Quando penso em livros
que li em minha vida, me dou conta que uns 70% foram de ficção científica.
Meu pai, que era um cara incrível mas um fumante inverterado, faleceu recentemente
por complicações cardíacas. Uma das jóias que me deixou foi uma rica biblioteca
de livros de Ficção Científica (vulgo F.C.).
É apropriado citar este
fato pois foi ele mesmo que me apresentou a este gênero literário, quando
eu estava na quarta série. Havia uma coisa meio de afirmação masculina: meu
pai lia essas coisas, então ser homem era ler ficção científica (aos 10 pros
11 anos a gente não é muito esperto). Era uma espécie de "coçar o saco em
público" literário. Uma prova de masculinidade. Era mostrar que tinha algo
na calça que as mulheres não tinham: um livro de bolso do Philip K. Dick (sem
trocadilhos).
Para mim, todo o ritual
de passagem para o maravilhoso mundo adulto passava necessariamente por ter
barba (ou pelo menos aquele bigodinho ridículo que a gente acha o máximo),
eventuais elogios machistas sobre as mulheres (que estavam apenas começando
a parecer mais interessantes) e conhecimento de tudo o que se referisse a
naves espaciais ou sabres de luz.
Nos livros eu enfrentei
Zorgs, descobri mundos, arrumei amores com prostitutas de três seios em Eroticon
VI (enquanto saboreava um drink chamado "dinamite pangalática"), vislumbrei
mares inteligentes, robôs psicóticos e humanos toscos. Aprendi muito sobre
ciência: por exemplo, que buracos negros são uma passagem dimensional,
que viagem no tempo pode ser possível (e é interessante voltar umas
6 décadas para assassinar seu avô), ou que dinossauros podem ser criados em
uma ilha da América Central sem ninguém desconfiar.
A maioria dos livros
era da coleção "ficção científica" da editora portuguesa "Europa América".
Como era de lá, o português falado era o dos patrícios, me fazendo levar anos
sem entender que o tal do "pequeno almoço" não significava "lanche rápido
de astronautas", e sim o nosso café da manhã. Ou que usar "todavia" em um
texto soava meio estranho do nosso ladinho do atlântico.
As estantes de casa
eram deliciosamente recheadas de capas com desenhos coloridos e futuristas.
Haviam trilhares de títulos e eu tinha vontade de ler quase todos. Eram horas
diárias com meu pobre encéfalo sendo bombardeado de toda aquela informação
e fantasia, causando mais danos à minha inocente personalidade do que uma
bomba de suspensão moral dos astro-sapos guerreiros de Drowkjhi.
Isso influenciou um
pouco meus hábitos e meu desenvolvimento, uma vez que, por mais que eu tentasse,
era impossível encontrar um teletransporte para ir a algum lugar, um psiônico
para ler as respostas das provas na cabeça da professora, e muito menos conhecer
uma garota legal, amorosa e de Belteghuse IV, da constelação de
Órion.
Também dificultava um
pouco minhas relações pessoais. Mesmo quando abaixava meu critério e topava
sair com uma garota com só duas mamas, era meio difícil explicar qual era
a sacada da sigla de H.A.L. em 2001, ou por que os CYLLIONS, de Battlestar
Galattica, eram uma crítica à mecanização de costumes. Algumas poucas malucas
até que curtiam as mesmas coisas que eu, permitindo-me alguma vida afetiva
(e também, às vezes, a desconfiar que elas eram homens disfarçados).
Meus amigos homens eram,
em diferentes graus, malucos por F.C., mas não liam muito. Qualquer coisa
mais complexa que Tio Patinhas não gerava interesse. Isso limitava um pouco
algumas discussões, mas em compensação era uma fonte de riqueza para
discussões acaloradas sobre vulcanianos e, eventualmente, sexo em Gravidade
Zero. Nesta época o meu hábito de leitura de F.C. era, assim como o sexo que
eu praticava, geralmente solitário.
Apesar dos estragos
feitos ao longo de uns 19 anos de leituras de F.C., continuo amando este gênero.
Claro, existem algumas bombas, com nomes tipo "Os Asgardianos de Thraw", "Pindamonhangaba
2050" ou " Eram os Deuses Cabeçudos?". Em compensação, o que dizer de leituras
ótimas como "1984" (uma leitura bastante otimista sobre nosso futuro), "Fundação"
(Isaac Asimov discursando sobre construção civil) ou "Duna", um livro
de ficção científica que, quando virou filme, parecia Twin Peaks?
Apesar de ser considerada
uma irmã menor da literatura, chata, birrenta e mimada, a ficção científica
é interessante pois sempre serve para a gente exercitar a imaginação (e errar
um monte de previsões).
As mulheres não acham
muito excitante quando a gente, na hora de dormir, fica lendo um livro de
E. Doc Smith, acariciando aquelas páginas sedentas por carinhos, umedecendo
a ponta dos dedos ao saborear as aventuras de Lord Tedric ou "The Messenger",
ao invés de ser um homem comum e simplesmente apagar a luz e ir dormir roncando.
O universo da F.C. é
meio nerd, meio masculino, mas extremamente agradável. Algumas excelentes
escritoras, como Joan D. Vinge, até existem, mas são, infelizmente, raras.
No entanto, seja por escapismo, seja por curiosidade, seja por falta do que
ler em casa que não seja "Profecia Celestina", se tiver um livro de F.C.,
curta-o, e me empreste depois.
>>>
p
e r g u n t a r n ã o o f e n d e
A pergunta
desta semana foi enviada pelo leitor Maurício Svartman. Como a editoria
de Ciências do Spam Zine foi incapaz de respondê-la, repassamos a mesma a
nossos incautos leitores. Já sabem, né? As melhores, mais infames, inusitadas,
sensuais e/ou viajantes respostas devem ser enviadas para [email protected], e serão publicadas
semana que vem.
Maurício
pergunta:
"Caros spamzínicos,
Acometeu-me uma dúvida cruel: naqueles testes de medições de calorias perdidas
por hora de exercício físico, como é medido o esforço utilizado em um beijo?
Por que dados comprovam que a cada minuto de beijo se perde 12 calorias.
Mas que tipo de beijo é esse? E onde ele é dado? E como eles fazem, pesam
a pessoa antes e depois do beijo, ou observam quantas gotas de suor surgiram
na cútis da cobaia utilizada?"
>>>
copa
se não driblas, o
alambrado
é a tela de um viveiro
onde te fazes prisioneiro.
se driblas, és um
mágico
a liberar os muitos pássaros
do teu nome
enquanto os cartolas
dão tratos à bola
e te fintam fora do gramado.
>>>
v
i r u n d u n s
Você
também cantava "virundum ipiranga às margens plácidas"? "Mire-se no
exemplo das mulheres de antenas"? "Trocando de biquíni sem parar"? "Scooby-Doo
dos sete mares"? Mande suas (re)interpretações para [email protected].
-
na escola, o hino a Anchieta dizia: "Anchieta, mestre santo, vimos hoje
saudar-vos contentes". E eu cantava assim: "Anchieta, mestre santo, protegei-nos
da fauna terrestre". Deus e Anchieta sabem por quê;
- o velho roque dos Titãs que diz que "as flores de plástico não morrem"
era por mim relido como "as flores de aço não mordem";
- samba de Luiz Ayrão (ou Benito de Paula, eu confundo) rezava que "ah,
eu vou-me embora"; já eu dizia que "ah, meu corpo implora".
Com uma orelha tão malucamente ruim, não é à toa que desisti de ser músico.
>>>
diego
molina gianezi [email protected]
Dois exemplos verídicos:
Uma amiga conta que possui uma colega de república que canta "Um pirulito
por inteiro lhe dou, um pirulito por inteiro lhe dou" ao invés de "Minha vida
por inteiro lhe dou", na música Boa Noite do Djavan.
E o namorado de uma amiga insistia que a versão correta da música Vamos Fugir
era "Vamos fugir, baby la la, pra outro lugar, baby la la" e não "Vamos fugir,
gimme your love".
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Oi! Lembrei
de mais dois:
Tinha uma música em que alguém cantava pra Clementina de Jesus: "Não vadeia,
Clementina". E ela: "Fui feita pra vadiar...". Eu entendia: "Não matei a Clementina...".
A outra eu só descobri a letra verdadeira há umas duas semanas, ouvindo meu
marido cantarolar: "minha pequena Eva, o nosso amor na última astronave...".
Sempre achei (e cantei, claro) "nosso amor na luz de uma astronave...".
Bem que achei que não fazia muito sentido!
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niqui
lang [email protected]
Tem aquela do Kid Abelha (sempre eles)...
"Fazer amor de madrugada,
Amor com jeito de virada..."
Ae o Niqui sempre canta, backingvocalmente:
"Fazer amor de madrugada (em cima da cama, embaixo da escada),
Amor com jeito de virada (primeiro a patroa depois a empregada)..."
Claro que não é nada digno de virundum, mas só pra vc's saberem...
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ives
solano araujo [email protected]
Na música Geração Coca-Cola da Legião: “...somos foguetes sem religião...”
quando o certo é “...somos burgueses sem religião...”
E uma pérola de um amigo meu, em Faroeste Caboclo, também do legião: “...
Vinícius consertou seus olhos e então Maria Lúcia ele reconheceu...”, quando
o certo é “... e nisso o sol cegou seus olhos e então Maria Lúcia ele reconheceu...”
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ana maria
tomei http://www.testiculosdebambi.weblogger.com.br
Eu, quando criança, ouvia a música do Chaves assim: "Lá vem o Chaves, Chaves,
CHaves, com os amigos cantando pra dédé, lá vem o Chaves, Chaves Chaves, com
histórinhas bem gostosas de sapé". Eu ouvia assim até os 14 anos, até q um
dia tomei vergonha na cara e prestei atenção na música: "Lá vem o Chaves com
os amigos brincando pra valer, Lá vem o Chaves com histórinhas bem gostosas
de se ver".
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flavia
ballve-boudou [email protected]
Eu sei que tem um outro virundum do Paralamas mais engracado, mas por enquanto
vou mandar esse que ouvi de uma amiga que ate hoje canta assim : "Voce QUIS
nao saber o que houve de errado / E meu erro foi TER que estar ao seu lado..."
quando o certo eh "Voce DIZ nao saber o que houve de errado / E meu erro foi
CRER que estar ao seu lado bastaria"...
>>>
poema
urbano
Dados
biográficos
O
poema urbano, nasceu nos olhos do mendigo.
Cresceu
nos lares, nas calçadas.
Brincou
com os seios da prostituta, lábios carnívoros,
aprovado
no teste de masculinidade.
Provou
ser poema, não poesia.
Provou
por a mais b, de a à z.
Rock
eletrônico, eletrochoque, mpb, bossa nova, blues,
Drummond
de Andrade, semáforos, viadutos e esquinas.
Não
casou, nem teve filhos.
Faleceu
aos dez livros engavetados,
por
overdose de palavra.
>>>
c
r é d i t o s f i n a i s
abrem-se as cortinas e comeeeeeeça o espetáculo
ripa na
chulipa e pimba na gorducinha
sinistro,
muuuuuuito sinissssstro
>>>
Spam
Zine - fanzine por e-mail
conheça,
leia, assine:
colaborações,
sugestões, críticas & propostas indecentes:
>>>
p.
s.
zé vicente: Eu não tenho nada a lhe dar para o momento,
salvo todo o ódio do mundo aos inventores de mouses que não mausam.
jorge
rocha: PS - caray... PS? deixa eu surtar aqui [apertando botão de pânico]
heh... o malaco me pede PS no momento em que tô fechando coluna pro jornal... um blá-blá-blá sobre letristas não
serem poetas... ah, o PS...
JOSÉ VICENTE!
ESTAMOS REQUERENDO SUA PRESENÇA NA [mão única ?]... Vai
encarar ?
inagaki: esta Copa do Mundo está me
lembrando demais o Campeonato Brasileiro de 1985, quando o Coritiba venceu
o Bangu na decisão do título. Zebras como Senegal, Coréia do Sul e Estados
Unidos mostram que, ao menos no plano ludopédico, a globalização está sendo
bem-sucedida. Contudo, ainda há quem acredite que na hora H, a tradição fala
mais alto. E, de fato, fenômenos como as campanhas do São Caetano, do Brasiliense
e do Chievo (na Itália) mostram que times considerados "pequenos" podem surpreendem
as agremiações maiores, mas acabam sem faturar títulos. Meu palpite pessoal?
Uma final entre um time de "chegada" e uma das zebras: pode dar tanto Brasil
x Coréia do Sul quanto Senegal x Alemanha (respostas nas próximas horas).
Enquanto
isso, seguem duas dicas pra acompanhar a Copa. A primeira: o blog de
Gustavo de Almeida, "A Copa Vista da Cozinha" (http://gustones1.blogspot.com). Além
de escritor de mão cheia, cumpadi Gustavo é jornalista esportivo e colunista
da revista Lance A+, publicada todos os domingos (com direito a foto e tudo,
wow!). A segunda boa pedida: ao visitar http://www.oquerola.com.br, clique no ícone
"OQUEROLA NA COPA", e confira as colunas escritas por nossos comparsas de
Spam AL-Chaer e (arlã(), que mostram um lado inusitado da Copa. Atente, por
exemplo, para a poesia do prólogo da resenha que meu AL-migo AL-Chaer escreveu
sobre Brasil e Costa Rica.