04 de novembro
de 2001
curitiba são
paulo joão pessoa jundiaí santos
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n
e s t a e d i ç ã o:
o
bozo chegou cachorro beatnik abertura boas
bandas pensamentos desempregados para sempre pecados
líquidos eu vi a laura pausini vade retro spamolgivago
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ALÔ
CRIANÇADA, O BOZO CHEGOU
Ele
não traz mais alegria a você e o vovô, mas eu ri muito com ele dia desses
quando me deparei com uma foto dele com o Tourist Guy [www.touristguy.com]
no colo. Do Bozo, já se disseram as mais tenebrosas safadezas: que virou
viciado em drogas, vendedor de sex shop, pastor evangélico e por aí afora.
Disseram, por esses tempos, que o Bozo até tinha ido ao programa do João
Gordo. Eu não acreditei, porque só acredito vendo. Nunca me esqueço de
quando minha vó jurou de pé junto que tinha visto o Tony Ramos no programa
do Jô dizendo que tinha Aids. Espalhei para deus e o mundo. Acreditaram,
mas era mentira. Então não sei o que dá na cabeça das pessoas para saírem
por aí contando mentiras e achando tudo muito engraçado.
O
caso é que, durante a propalada entrevista do Bozo ao Gordo (o João),
ele teria relembrando um dos mais célebres episódios do seu programa matinal
do SBT, quando um guri ligou para o telefone vermelho e mandou o Bozo
tomar no cu.
-
Alô, quem é?
-
Vai tomar no cu!
-
O quê?
-
Vai tomar no cu!!
-
Ah, um amiguinho de Bauru!
Na
época da tal entrevista, gentes juraram que a versão para a história do
guri que mandou o Bozo tomar no cu era outra. A seguir:
-
Alô, quem é?
-
Vai tomar no cu!
-
O quê?
-
Vai tomar no cu!!
Nisso,
Bozo se levanta, demora um pouco e volta com um copo d'água.
-
Mas eu prefiro tomar no copo!
Ah,
esse Bozo era mesmo um pândego! Ele, o Papai Papudo e a Vovó Mafalda.
Me recuso a acreditar que o Bozo eram três sujeitos diferentes, que a
Vovó Mafalda era homem e morreu! e que o Papai Papudo...
Na
verdade, nunca soube do fim do Papai Papudo. Só sei que o jargão dele...
-
Ê, limonada!
...
nunca saiu de moda entre a piazada do São Lourenço, meu bairro de crescença.
QUE
HORAS SÃO, PAPAI PAPUDO?
Cinco
e sessenta! Então, como diria Big John McCarthy, Let's get it on! Na edição
de hoje, novos textos dos célebres colaboradores do Spam Zine. Mais coisinhas
que só aqui você encontra pelo menor preço da praça e toda a simpatia
e carinho dos seus editores preferidos.
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Há uma semana noto uma nova figura circulando pela periferia paulistana.
O único e genuíno cão beatnik. Faz ponto na estação Pirituba, é branco
(ou era, está muito sujo) e tem um olhar blasé de filme noir.
Ao contrário de outros cães homeless, não faz cara de pedinte, não exala
simpatia, muito menos violência. Não quer fazer amigos, se lhe dão comida,
come, mas não agradece. Não faz a concessão nem de um abanar de rabo.
Não quer dó, não quer respeito.
Anda lentamente, sem saber para onde ou porque ir. Não olha nada fixamente.
Parece ter na alma a náusea de estar vivo (a Igreja admite que os cachorros
têm alma). Como Tennessee Williams, sabe que depende da bondade de estranhos.
Mas e daí? Fica ali, alucinado, experimentando-se.
Encontro com o cachorro todas as manhãs. Acabei ficando íntimo: trocamos
mútuos olhares de "pfffff" diariamente. Dei-lhe o apelido de
Burroughs. E ele tem a sua maneira de me reconhecer: desvia o olhar. Que
apelidos me daria?
Penso nos cães playboys que existem por aí. A cara (ou focinho, sei lá,
não sou expert no assunto) de eterna infância, uma certa fragilidade e
languidez, que provoca sentimentos de ternura e paternalismo nos donos.
Subitamente entendo porque Garfield odeia tanto Odie (informe-se). Os
cães playboys geralmente se imbecilizam, ou são imbecilizados pelo excesso
de fartura. Cagam em areia tratada, roem ossos cuidadosamente projetados
por engenheiros, tomam banho com shampoo Chanel.
E o que precisam fazer? Apenas retribuir o carinho dos donos, por meio
de alguns estereótipos. Isto é: sem grandes instabilidades, sem muitas
crises de ciúmes, sem carências não verbalizáveis etc. Basta pedir colo
e abanar o rabo.
Burroughs é uma crítica à imbecilização dos cães. Sua existência
desregrada e filosófica demonstra a infantilidade da nossa necessidade
de afeto. É como se ele dissesse: "vocês querem que as pessoas se
comportem como cães playboys, que abanem o rabo pra fazê-los felizes,
que respondam por meio de estereótipos".
Ao optar pela marginalidade, por ser um homeless, Burroughs faz mais do
que gritar por liberdade. Demonstra o outro lado dessa nossa alucinação
conceitual (e pode usar essa frase na fila da Mostra de Cinema): quanto
mais livres achamos que somos, mais dependemos de estranhos.
Burroughs apenas quer viver e responder ao mundo da sua própria maneira.
E esse é o seu maior desafio, sua maior ilusão e sua maior diversão.
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overture
o zíper
desliza
e se abrem
p
p
o
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s
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b
b
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l
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d
a
d
e
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p
e r g u n t a r n ã o o f e n d e
"Se
você tivesse uma banda, qual seria o nome e o estilo musical?"
lyanna [[email protected]]
Chamaria-se "Canibais", comeríamos
carne crua, mataríamos e exporíamos os corpos das bandas com dançarinas
que não cantam nem tocam (e se fazem isso muito mal tbm conta). O estilo
musical seria gravações de gritos humanos em harmonia, o ritmo dado
por sussurros e gemidos de filmes pornográficos e o baixo por sons de
flatulências sampleados. Tudo isso gravados no avesso. A letra seria
altamente existencial, discutindo a execrável moda dos tamancos no verão
brasileiro, onde as sandálias com tiras nos calcanhares, mais seguros,
foram extintos. Nos shows a banda faria sexo explícito no palco e jogaria
as camisinhas (masculinas e femininas) para a platéia.
"Toshiro
Mifode" é o nome que vem na cabeça agora. Tinha um amigo meu de
adolescência que o nome dele em japonês era Toshiro, e ele adorava os
Sete Samurais e Rashomon. Ele gostava de ser chamado de Toshiro Mifode
em homenagem ao ator Toshiro Mifune. E a gente dava altas risadas. O
estilo da banda seria um sexteto nipônico black power tocando funk a
la Curtis Mayfield com jazz a la John Coltrane.
Ia
se chamar "Chemical Disturbion" porque o ser humano é apenas
uma reação química que deu errado! O som ia ser no estilo Suicidal Tendencies
+ Infectious Grooves = Metal + funk + besteirol
Ora bolas...
Aproveitando das últimas tendências do ecletismo de ritmos, teria
uma Banda Gospel-Trash Metal que se chamaria assim: "Pau no Cu
do Belzebu!" Tocaríamos em enterros, Guerras Santas, terreiros,
festas da revista Caras, enfim, em qualquer lugar onde o Diabo pode
dar o ar de sua graça!
o nome: SUBSOLAR
estilo: (o meu íntimo)
shows - só de banheira.
Chamaria
a banda de Parafernilhanezdra
O estilo é Noisefuckundergroundeathnuthrashjagasjunjulãopodríssimoalternametal
entendeu?
pergunta
da próxima semana:
"Se
você pudesse criar um mundo, o quê e quem você colocaria nele?"
Escreva:
[email protected].
As respostas mais inusitadas, pungentes e/ou embaraçosas
serão publicadas na edição 039.
>>>
Reflexões
do desemprego, desordenadas e mal-ajuntadas numa tarde quente.
Descobri
que, desempregado, estou muito menos exposto à mídia do que quando eu
trabalhava. É que, quando trabalhava, eu não trabalhava. Entenderam?
Alguém
aí sabe quem é Oliveiros Litrento? Informo: é um dos candidatos à ABL,
na vaga que já é do Ian. Alguém conhece, já viu ou já leu um livro escrito
por esse senhor? Cartas pra cá, que eu juro que um sujeito com um nome
desses merece pelo menos uma espiada na oeuvre.
Ouço
a voz da Claudete Troiano e penso, sei lá por quê, em grandes sanduíches
de pernil.
Existe
uma galeria, ali perto da Pajé, que se chama Shopping Oriental. Vende,
evidentemente, toda sorte de tranqueira trazida da China e adjacências
tigrescas. Compro uma imitação vagabundíssima de Ray-ban, com galantia,
senholo, e saio de lá pronto para gravar mais um sucesso popular.
Curioso
é que, agora, até na vagabundagem os dias são curtos. É a idade?
Justamente
quando eu ia ver a “Casa dos Artistas” chegou aqui em casa a liminar da
Globo me impedindo. Um sujeito de terno prateado ficou na frente da tela,
empurrando a minha filha pra longe, depois de ter gentilmente confiscado
o controle remoto.
Ainda
não descobri se o que senti ontem pelos afegãos era piedade ou azia.
Tendemos
a medir o mundo por nós mesmos. Esse original pensamento me ocorreu quando,
espiando os programas das celebridades, vi que a maioria delas não era
célebre pra mim. Onde é que eu estava que não sei quem é Vanessa Camargo?
Por onde andava que não dei pela meteórica ascensão de Dado Dolabella?
Distorções da minha formação que o desemprego, tenho fé!, curará. Sai
de dentro desse umbigo, Landão!.
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nas
cheias
o
rio comanda espetáculo
e
as margens são apenas
degraus
para o leito mais
fundo
nas
secas
o
rio é a margem
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Eu tinha uns 12
anos e morava "de favor" na casa da minha avó materna, que é
para onde nove em cada 10 mulheres recém-desquitadas vão com suas
crias após a separação. Meu irmão tinha 14 anos e meu priminho, que também
morava lá com sua mãe também desquitada (acho data dessa época meu apreço
pelos Ramones, fazia sentido ouvir We are a happy family), uns sete.
Este meu primo,
que lá morava já há um bom tempo, era uma praga, talvez com ciúme dos
novos "hóspedes" que chegaram pra dividir a atenção da vovó.
Mas o fato era que todos os dias, na hora do almoço, eu e meu irmão preparávamos
um copo de suco (pode-se chamar Kisuco de suco?), colocávamos na mesa
em frente aos nossos lugares e, assim que voltávamos do fogão com os pratos
cheios de comida, cadê os refrescos?
Meu primo havia
bebido os dois copos, e ainda saía rindo, rumo à saia da vovó, que ele
sabia que nunca deixaria que nada de ruim lhe acontecesse. Isso acontecia
dia sim outro também, simplesmente porque a gente achava que um dia aquilo
ia acabar. Mas um dia, eu, num acesso de raiva, resolvi pôr fim àquela maldita
brincadeira.
Peguei um copo
com água, pus bastante detergente daqueles vermelhos, de maçã, mexi bastante
e, calmamente, tirei toda a espuma formada com uma colher, dando à quase
fatal (que pena) substância uma aparência de refresco. Então pus o copo
à mesa, no meu ritual, e me dirigi ao fogão, querendo olhar pra trás pra
ver a expressão de idiota do meu primo ao beber o "Kisuco de morango".
Nem deu tempo,
depois de uns segundos vejo meu primo sair da cozinha em direção ao quintal
vermelho como o ODD maçã, com os olhos cheios d’água e tossindo
como um tuberculoso terminal. Aí caiu minha ficha, fiquei com medo daquela
praga morrer bem na minha frente. Dei vários tapas em suas costas e o
fiz tomar mais de um litro de água em menos de dois minutos. Ele aos poucos
foi retornando à sua cor original, que era um tom abaixo à do detergente,
mas falar mesmo só conseguiu depois de umas duas horas. Vingança!
Perdoa-me, Pai,
porque pequei.
p.s.:
caro leitor, você também pode se redimir de seus pecados. escreva para
[email protected]
relatando as lembranças mais sórdidas de seu passado imundo (e não se
esqueça de incluir os detalhes mais picantes, please). spam zine &
rtfm
por um mundo melhor: redenção digital ao seu alcance.
>>>
m
e n i n o s e u v i
show
da laura pausini - são paulo - 26/10/2001
A tragédia começou
na quarta-feira, na aula de italiano. O convite, irrecusável, de dois
outros alunos, já amigos, mas ainda naquele nível de amizade em que
a gente não pode xingar ante uma proposta obscena como assistir o show
da Laura Pausini. Pior, a professora foi convidada, ficou empolgada
e aí ficou mais difícil recusar. Ainda mais com eles fazendo tudo, comprando
ingresso lááááá no Credicard Hall, perto de onde Judas perdeu as botas,
agitando etc etc etc.
Pois bem, uma
experiência nova, pensei. Além disso posso treinar o meu italiano e
conhecerei esse tal de Credicard Hall, que todo mundo diz ser enorme
e bonito. E eu não estaria fazendo nada na sexta mesmo... vamos lá,
quem sabe não descubro alguma coisa boa nisso tudo?
Chegamos lá e,
realmente o lugar é grande. Muito grande. Tão grande que ficamos na
penúltima fileira (pra variar, os mais baratos) lateral e quase conseguíamos
ver o telão com nitidez. Ah sim, e o palco, lá loonge. Mas não tem cabeça
na minha frente, posso esperar a tortur... digo, o show sentado e o
refrigerante provavelmente está mais barato do que na Argentina, onde
é dolarizado. Faço as contas mentalmente e descubro que não é mais barato
do que na Argentina. Tudo bem, a cadeira é confortável e eu sou baixinho,
portanto caibo bem.
O show começa,
casa lotada (meu Deus!) e blurght! Pop italiano em italiano, com intervalos
da Mala Pausini falando em portuliano, com arranhões de espanhol, agradecendo
a todos. Voz possante, base musical horrorível, aquelas músicas preformatadas
com batidinhas variando entre românticas-de-classe-média-que-assiste-novela-com-emoção
ou quase-dançantes. Na verdade, não consegui diferenciar as músicas,
senão por esses dois estilos. Todas iguais, parecia Ramones mal-feito
como italiano pop. Pior, as letras também são iguais...
Alguns ápices
com todo mundo cantando juntinho em italiano me fizeram entender que
era o momento dos hits. Além da galera batendo palmas juntinhos, todos
sentadinhos balançando levemente os ombros e com cara de quem chupou
ovo. Empolgação!
Mas eu não esperava
pelo grande momento do show. A Laura Pazinha chiama due grandi amici.
Joga confete, diz que está muito feliz por ter amigos como eles, pessoas
simples e legais. Pronto, Sandy & Júnior!
O próximo curso
de idiomas que farei será de islandês. Quem sabe não me chamam pra assistir
um show da Bjork ou do Sigur Rós?
>>>
exorcismo
aline de mello [[email protected]]
altruísmo.
desapego.
desinteresse.
abnegação.
exorcismo.
sem medo.
sem pressa.
dessa afeição.
ahhhhhh!
eu vou te exorcizar
e te assassinar
no meu peito.
você vai se arrepender
e se render
e me amar - bem-feito!
e quando menos
esperado for,
eu já me desprendi desse falso amor;
você vai ser só mais uma abelha sem ferrão,
sem meu mel e devoção.
bem-feito
bem-feito
bem-feito!
EXORCIZEI NOSSA PAIXÃO!
>>>
s
p a m o l g i v a g o
o paraíso
são os outros
Presente no mercado
desde fevereiro de 2001, o Spam Zine, sempre preocupado em proporcionar
a seus amigos leitores diversão de qualidade para toda a família brasileira,
apresenta agora sua mais nova atração: SPAMOLGIVAGO, o primeiro zine
em fascículos da Internet tupiniquim.
SPAMOLGIVAGO
é a joint venture de três e-zines que resolveram juntar forças
com o propósito de trazer aos seus assinantes mais & melhores
justaposições absurdas, mensagens subliminares, trocadilhos
líricos, piadas internas e entretenimento sadio ao melhor estilo
Tela Quente: "é ação do começo ao fim". Além do Spam Zine,
os outros participantes são:
GivagOnline
-
o GivagOnline é um campo livre onde todo e qualquer tipo de pessoa pode
manifestar todo e qualquer tipo de idéia. O GivagOnline pode ser, entre
outras coisas, a sua sessão de psicanálise, o seu querido diário, a
sua lista de bobagens, seu boteco virtual, sua coleção de figurinhas,
sua capa do superman, sua verborragia semanal, seu quitute poliédrico.
Um ambiente propício a discussões, ficções e lágrimas. Editado por Emílio
Fraia, publicará o primeiro capítulo do SPAMOLGIVAGO em 07/11 (quarta-feira).
Assine já o GivagOnline, visitando o site ou escrevendo para [email protected].
Mutantes
Online S/A (MOL) - Adolescente problemático, cheio de
espinhas e fora de forma, o MOL é um zine família, em crise constante
de identidade, sem compromissos ou periodicidade. Publicação genérica
distribuída quase semanalmente por e-mail, sua exposição prolongada
pode causar sérios danos ao cérebro dos leitores. Pioneiro na comercialização
de franquias de e-zines, o MOL é editado pelo homem-martelo Fernando
S. Goulart, e publicará o segundo fascículo em 12/11 (segunda-feira).
Para assinar o MOL, visite o site ou escreva para [email protected].
Spam
Zine - Você conhece, você confia. Publicará a última
parte da trilogia ("O Retorno de Jedi") na edição
do dia 18/11 (domingo).
E não perca nossa
promoção: juntando os três capítulos da coleção SPAMOLGIVAGO, você receberá,
inteiramente de graça, um texto imperdível de Ricardo Sabbag, "Meu
Amigo Mercutio". A partir do dia 07/11, no GivagOnline.
comprebatombebacocacomprebatombebacocacelacantoprovocamaremotobugrãocampeãobebacocababecocacalocloaca
f a l a q
u e e u t e e s c u t o
o
mundo é cruel, mas o spam zine não. para provar, aqui está a prova de
nosso carinho, em respostas mais do que apropriadas aos que escrevem
para [email protected].
"Caro amigo Alex:
Como vai você? Espero que esteja bem. Gostei do seu editorial do último
Spam Zine. Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde os verdadeiros
valores e heróis são normalmente relegados ao esquecimento. Creio que
tudo está sempre mudando para melhor, mas às vezes cansa tanta mediocridade
e decadência. Talvez seja o caso de desenvolvermos mais nossa compaixão
e lutar (no bom sentido) para diminuir as trevas deste mundo".
Roberto Junqueira
sabbag
responde: prezado Roberto, só o Alexandre himself pode dizer
se ele está bem ou não. Eu o vi e, ao que tudo parece, ele está bem.
Não tenho certeza se está mudando para melhor. Não é a impressão
que eu tenho. Aliás, sequer sei se ele está mudando. Acho que o cenário
mais preciso é de que os detalhes mudam, mas a essência permanece. Felicito-o
pelo seu otimismo. Abraços, Ricardo.
"Spâmicos,
Anh, tipo assim, tenho sincera consideração por toda essa galera aí,
mas eu gostaria de cancelar minha assinatura. O email a ser descadastrado
é o (...) :) O motivo? Apesar de respeitar o tipo de material
que é publicado pelo Spam, eu não curto. É mais ou menos como ouvir
Steve Vai. O cara toca muito e tal, mas eu não paro pra ouvir a
música dele. Um abraço, Luis"
Luis
Gustavo Claumann
sabbag
responde: nada como receber notícias de um bom amigo.
>>>
c r é d i t o s f i n a i
s
bozos
garotos-juca
>>>
SpamZine
- fanzine por e-mail
conheça, leia, assine:
colaborações, sugestões, críticas, pedidos de números antigos:
>>>
p.
s.
schwind: O Governo vai
reviver as notas de 2 e 20 (alguém se lembra daquelas de 2 cruzeiros com
a efigie do Duque de Caxias? Getúlio Vargas deve estar se virando
no caixão...) com as imagens de uma tartaruga e um mico-leão, ou seja,
dois animais em extinção. Uma mensagem subliminar talvez.
inagaki:
de
tempos em tempos, uma simples frase pronunciada ao esmo consegue, em poucas
palavras, definir o zeitgeist de uma geração. Pois bem, esta
semana Alexandre Frota sintetizou todas as angústias, anseios e aspirações
do nosso Brasil contemporâneo, ao pronunciar, dentro do reality-show do
SBT Casa dos Artistas, a sentença definitiva: "Pô, aí mermão, todo
dia tenho que passar o cerolete numa, eu me conheço". Filho, não
verás país como este.
tosetto:
"A atual conjuntura infelizmente nos leva a adotar esse tipo de medida".
Quando o assunto é demissão, não há parasitismo ou simbiose que resista
ao jargão.