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037
04 de novembro de 2001
curitiba  são paulo  joão pessoa  jundiaí  santos
 
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n e s t a   e d i ç ã o:
o bozo chegou cachorro beatnik abertura boas bandas pensamentos desempregados para sempre pecados líquidos eu vi a laura pausini vade retro spamolgivago
 
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editorial
ricardo sabbag [[email protected]]
 
ALÔ CRIANÇADA, O BOZO CHEGOU
 
Ele não traz mais alegria a você e o vovô, mas eu ri muito com ele dia desses quando me deparei com uma foto dele com o Tourist Guy [www.touristguy.com] no colo. Do Bozo, já se disseram as mais tenebrosas safadezas: que virou viciado em drogas, vendedor de sex shop, pastor evangélico e por aí afora. Disseram, por esses tempos, que o Bozo até tinha ido ao programa do João Gordo. Eu não acreditei, porque só acredito vendo. Nunca me esqueço de quando minha vó jurou de pé junto que tinha visto o Tony Ramos no programa do Jô dizendo que tinha Aids. Espalhei para deus e o mundo. Acreditaram, mas era mentira. Então não sei o que dá na cabeça das pessoas para saírem por aí contando mentiras e achando tudo muito engraçado.
 
O caso é que, durante a propalada entrevista do Bozo ao Gordo (o João), ele teria relembrando um dos mais célebres episódios do seu programa matinal do SBT, quando um guri ligou para o telefone vermelho e mandou o Bozo tomar no cu.
 
- Alô, quem é?
- Vai tomar no cu!
- O quê?
- Vai tomar no cu!!
- Ah, um amiguinho de Bauru!
 
Na época da tal entrevista, gentes juraram que a versão para a história do guri que mandou o Bozo tomar no cu era outra. A seguir:
 
- Alô, quem é?
- Vai tomar no cu!
- O quê?
- Vai tomar no cu!!
 
Nisso, Bozo se levanta, demora um pouco e volta com um copo d'água.
 
- Mas eu prefiro tomar no copo!
 
Ah, esse Bozo era mesmo um pândego! Ele, o Papai Papudo e a Vovó Mafalda. Me recuso a acreditar que o Bozo eram três sujeitos diferentes, que a Vovó Mafalda era homem e morreu! e que o Papai Papudo...
 
Na verdade, nunca soube do fim do Papai Papudo. Só sei que o jargão dele...
 
- Ê, limonada!
 
... nunca saiu de moda entre a piazada do São Lourenço, meu bairro de crescença.
 
 
QUE HORAS SÃO, PAPAI PAPUDO?
 
Cinco e sessenta! Então, como diria Big John McCarthy, Let's get it on! Na edição de hoje, novos textos dos célebres colaboradores do Spam Zine. Mais coisinhas que só aqui você encontra pelo menor preço da praça e toda a simpatia e carinho dos seus editores preferidos.
 
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o cão burroughs
eduardo fernandes [[email protected]]
 
Há uma semana noto uma nova figura circulando pela periferia paulistana. O único e genuíno cão beatnik. Faz ponto na estação Pirituba, é branco (ou era, está muito sujo) e tem um olhar blasé de filme noir.

Ao contrário de outros cães homeless, não faz cara de pedinte, não exala simpatia, muito menos violência. Não quer fazer amigos, se lhe dão comida, come, mas não agradece. Não faz a concessão nem de um abanar de rabo. Não quer dó, não quer respeito.

Anda lentamente, sem saber para onde ou porque ir. Não olha nada fixamente. Parece ter na alma a náusea de estar vivo (a Igreja admite que os cachorros têm alma). Como Tennessee Williams, sabe que depende da bondade de estranhos. Mas e daí? Fica ali, alucinado, experimentando-se.

Encontro com o cachorro todas as manhãs. Acabei ficando íntimo: trocamos mútuos olhares de "pfffff" diariamente. Dei-lhe o apelido de Burroughs. E ele tem a sua maneira de me reconhecer: desvia o olhar. Que apelidos me daria?

Penso nos cães playboys que existem por aí. A cara (ou focinho, sei lá, não sou expert no assunto) de eterna infância, uma certa fragilidade e languidez, que provoca sentimentos de ternura e paternalismo nos donos.

Subitamente entendo porque Garfield odeia tanto Odie (informe-se). Os cães playboys geralmente se imbecilizam, ou são imbecilizados pelo excesso de fartura. Cagam em areia tratada, roem ossos cuidadosamente projetados por engenheiros, tomam banho com shampoo Chanel.

E o que precisam fazer? Apenas retribuir o carinho dos donos, por meio de alguns estereótipos. Isto é: sem grandes instabilidades, sem muitas crises de ciúmes, sem carências não verbalizáveis etc. Basta pedir colo e abanar o rabo.

Burroughs é uma crítica à imbecilização dos cães. Sua existência desregrada e filosófica demonstra a infantilidade da nossa necessidade de afeto. É como se ele dissesse: "vocês querem que as pessoas se comportem como cães playboys, que abanem o rabo pra fazê-los felizes, que respondam por meio de estereótipos".

Ao optar pela marginalidade, por ser um homeless, Burroughs faz mais do que gritar por liberdade. Demonstra o outro lado dessa nossa alucinação conceitual (e pode usar essa frase na fila da Mostra de Cinema): quanto mais livres achamos que somos, mais dependemos de estranhos.

Burroughs apenas quer viver e responder ao mundo da sua própria maneira. E esse é o seu maior desafio, sua maior ilusão e sua maior diversão.
 
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overture
sara fazib [[email protected]]
 
o  zíper
       desliza
     e se abrem

p                       p
   o                  o
      s              s
        s          s
          i       i
           b    b
            i  i
              l
              i
             d
             a
             d
             e
             s
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p e r g u n t a r   n ã o   o f e n d e
"Se você tivesse uma banda, qual seria o nome e o estilo musical?"
 
lyanna [[email protected]]
Chamaria-se "Canibais", comeríamos carne crua, mataríamos e exporíamos os corpos das bandas com dançarinas que não cantam nem tocam (e se fazem isso muito mal tbm conta). O estilo musical seria gravações de gritos humanos em harmonia, o ritmo dado por sussurros e gemidos de filmes pornográficos e o baixo por sons de flatulências sampleados. Tudo isso gravados no avesso. A letra seria altamente existencial, discutindo a execrável moda dos tamancos no verão brasileiro, onde as sandálias com tiras nos calcanhares, mais seguros, foram extintos. Nos shows a banda faria sexo explícito no palco e jogaria as camisinhas (masculinas e femininas) para a platéia.
 
eduardo makoto [[email protected]]
"Toshiro Mifode" é o nome que vem na cabeça agora. Tinha um amigo meu de adolescência que o nome dele em japonês era Toshiro, e ele adorava os Sete Samurais e Rashomon. Ele gostava de ser chamado de Toshiro Mifode em homenagem ao ator Toshiro Mifune. E a gente dava altas risadas. O estilo da banda seria um sexteto nipônico black power tocando funk a la Curtis Mayfield com jazz a la John Coltrane.
 
edney soares de souza [[email protected]]
Ia se chamar "Chemical Disturbion" porque o ser humano é apenas uma reação química que deu errado! O som ia ser no estilo Suicidal Tendencies + Infectious Grooves = Metal + funk + besteirol
 
aldeir claudio arcanjo silva [[email protected]]
Ora bolas... Aproveitando das últimas tendências do ecletismo de ritmos, teria uma Banda Gospel-Trash Metal que se chamaria assim: "Pau no Cu do Belzebu!" Tocaríamos em enterros, Guerras Santas, terreiros, festas da revista Caras, enfim, em qualquer lugar onde o Diabo pode dar o ar de sua graça!
 
dani sigaud [[email protected]]
o nome: SUBSOLAR
estilo: (o meu íntimo)
shows - só de banheira.

e-suit lombar wago [[email protected]]
Chamaria a banda de Parafernilhanezdra
O estilo é Noisefuckundergroundeathnuthrashjagasjunjulãopodríssimoalternametal
entendeu?
 
pergunta da próxima semana:
"Se você pudesse criar um mundo, o quê e quem você colocaria nele?"
Escreva: [email protected]. As respostas mais inusitadas, pungentes e/ou embaraçosas serão publicadas na edição 039.
 
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unemployment bonus 1
orlando tosetto junior [[email protected]]
 
Reflexões do desemprego, desordenadas e mal-ajuntadas numa tarde quente.
 
Descobri que, desempregado, estou muito menos exposto à mídia do que quando eu trabalhava. É que, quando trabalhava, eu não trabalhava. Entenderam?
 
Alguém aí sabe quem é Oliveiros Litrento? Informo: é um dos candidatos à ABL, na vaga que já é do Ian. Alguém conhece, já viu ou já leu um livro escrito por esse senhor? Cartas pra cá, que eu juro que um sujeito com um nome desses merece pelo menos uma espiada na oeuvre.
 
Ouço a voz da Claudete Troiano e penso, sei lá por quê, em grandes sanduíches de pernil.
 
Existe uma galeria, ali perto da Pajé, que se chama Shopping Oriental. Vende, evidentemente, toda sorte de tranqueira trazida da China e adjacências tigrescas. Compro uma imitação vagabundíssima de Ray-ban, com galantia, senholo, e saio de lá pronto para gravar mais um sucesso popular.
 
Curioso é que, agora, até na vagabundagem os dias são curtos. É a idade?
 
Justamente quando eu ia ver a “Casa dos Artistas” chegou aqui em casa a liminar da Globo me impedindo. Um sujeito de terno prateado ficou na frente da tela, empurrando a minha filha pra longe, depois de ter gentilmente confiscado o controle remoto.
 
Ainda não descobri se o que senti ontem pelos afegãos era piedade ou azia.
 
Tendemos a medir o mundo por nós mesmos. Esse original pensamento me ocorreu quando, espiando os programas das celebridades, vi que a maioria delas não era célebre pra mim. Onde é que eu estava que não sei quem é Vanessa Camargo? Por onde andava que não dei pela meteórica ascensão de Dado Dolabella? Distorções da minha formação que o desemprego, tenho fé!, curará. Sai de dentro desse umbigo, Landão!.
 
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condição perene
lau siqueira [[email protected]]
 
nas cheias
o rio comanda espetáculo
 
e as margens são apenas
degraus para o leito mais
                                   fundo
 
nas secas
o rio é a margem 
 
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p e c a d o s
patrícia köhler [[email protected]]
 
Eu tinha uns 12 anos e morava "de favor" na casa da minha avó materna, que é para onde nove em cada 10 mulheres recém-desquitadas vão com suas crias após a separação. Meu irmão tinha 14 anos e meu priminho, que também morava lá com sua mãe também desquitada (acho data dessa época meu apreço pelos Ramones, fazia sentido ouvir We are a happy family), uns sete.
 
Este meu primo, que lá morava já há um bom tempo, era uma praga, talvez com ciúme dos novos "hóspedes" que chegaram pra dividir a atenção da vovó. Mas o fato era que todos os dias, na hora do almoço, eu e meu irmão preparávamos um copo de suco (pode-se chamar Kisuco de suco?), colocávamos na mesa em frente aos nossos lugares e, assim que voltávamos do fogão com os pratos cheios de comida, cadê os refrescos?
 
Meu primo havia bebido os dois copos, e ainda saía rindo, rumo à saia da vovó, que ele sabia que nunca deixaria que nada de ruim lhe acontecesse. Isso acontecia dia sim outro também, simplesmente porque a gente achava que um dia aquilo ia acabar. Mas um dia, eu, num acesso de raiva, resolvi pôr fim àquela maldita brincadeira.
 
Peguei um copo com água, pus bastante detergente daqueles vermelhos, de maçã, mexi bastante e, calmamente, tirei toda a espuma formada com uma colher, dando à quase fatal (que pena) substância uma aparência de refresco. Então pus o copo à mesa, no meu ritual, e me dirigi ao fogão, querendo olhar pra trás pra ver a expressão de idiota do meu primo ao beber o "Kisuco de morango".
 
Nem deu tempo, depois de uns segundos vejo meu primo sair da cozinha em direção ao quintal  vermelho como o ODD maçã, com os olhos cheios d’água e tossindo como um tuberculoso terminal. Aí caiu minha ficha, fiquei com medo daquela praga morrer bem na minha frente. Dei vários tapas em suas costas e o fiz tomar mais de um litro de água em menos de dois minutos. Ele aos poucos foi retornando à sua cor original, que era um tom abaixo à do detergente, mas falar mesmo só conseguiu depois de umas duas horas. Vingança!
 
Perdoa-me, Pai, porque pequei.
 
p.s.: caro leitor, você também pode se redimir de seus pecados. escreva para [email protected] relatando as lembranças mais sórdidas de seu passado imundo (e não se esqueça de incluir os detalhes mais picantes, please). spam zine & rtfm por um mundo melhor: redenção digital ao seu alcance.
 
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m e n i n o s   e u   v i
 
show da laura pausini - são paulo - 26/10/2001
ricardo nishizaki [[email protected]]
 
A tragédia começou na quarta-feira, na aula de italiano. O convite, irrecusável, de dois outros alunos, já amigos, mas ainda naquele nível de amizade em que a gente não pode xingar ante uma proposta obscena como assistir o show da Laura Pausini. Pior, a professora foi convidada, ficou empolgada e aí ficou mais difícil recusar. Ainda mais com eles fazendo tudo, comprando ingresso lááááá no Credicard Hall, perto de onde Judas perdeu as botas, agitando etc etc etc.
 
Pois bem, uma experiência nova, pensei. Além disso posso treinar o meu italiano e conhecerei esse tal de Credicard Hall, que todo mundo diz ser enorme e bonito. E eu não estaria fazendo nada na sexta mesmo... vamos lá, quem sabe não descubro alguma coisa boa nisso tudo?
 
Chegamos lá e, realmente o lugar é grande. Muito grande. Tão grande que ficamos na penúltima fileira (pra variar, os mais baratos) lateral e quase conseguíamos ver o telão com nitidez. Ah sim, e o palco, lá loonge. Mas não tem cabeça na minha frente, posso esperar a tortur... digo, o show sentado e o refrigerante provavelmente está mais barato do que na Argentina, onde é dolarizado. Faço as contas mentalmente e descubro que não é mais barato do que na Argentina. Tudo bem, a cadeira é confortável e eu sou baixinho, portanto caibo bem.
 
O show começa, casa lotada (meu Deus!) e blurght! Pop italiano em italiano, com intervalos da Mala Pausini falando em portuliano, com arranhões de espanhol, agradecendo a todos. Voz possante, base musical horrorível, aquelas músicas preformatadas com batidinhas variando entre românticas-de-classe-média-que-assiste-novela-com-emoção ou quase-dançantes. Na verdade, não consegui diferenciar as músicas, senão por esses dois estilos. Todas iguais, parecia Ramones mal-feito como  italiano pop. Pior, as letras também são iguais...
 
Alguns ápices com todo mundo cantando juntinho em italiano me fizeram entender que era o momento dos hits. Além da galera batendo palmas juntinhos, todos sentadinhos balançando levemente os ombros e com cara de quem chupou ovo. Empolgação!
 
Mas eu não esperava pelo grande momento do show. A Laura Pazinha chiama due grandi amici. Joga confete, diz que está muito feliz por ter amigos como eles, pessoas simples e legais. Pronto, Sandy & Júnior!
 
O próximo curso de idiomas que farei será de islandês. Quem sabe não me chamam pra assistir um show da Bjork ou do Sigur Rós?

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exorcismo
aline de mello [[email protected]]


altruísmo.
desapego.
desinteresse.
abnegação.
 
exorcismo.
sem medo.
sem pressa.
dessa afeição.
 
ahhhhhh!
 
eu vou te exorcizar
e te assassinar
no meu peito.
 
você vai se arrepender
e se render
e me amar - bem-feito!
 
e quando menos esperado for,
eu já me desprendi desse falso amor;
você vai ser só mais uma abelha sem ferrão,
sem meu mel e devoção.
 
bem-feito
bem-feito
bem-feito!
 
EXORCIZEI NOSSA PAIXÃO!
 
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s p a m o l g i v a g o
o paraíso são os outros
 
Presente no mercado desde fevereiro de 2001, o Spam Zine, sempre preocupado em proporcionar a seus amigos leitores diversão de qualidade para toda a família brasileira, apresenta agora sua mais nova atração: SPAMOLGIVAGO, o primeiro zine em fascículos da Internet tupiniquim.
 
SPAMOLGIVAGO é a joint venture de três e-zines que resolveram juntar forças com o propósito de trazer aos seus assinantes mais & melhores justaposições absurdas, mensagens subliminares, trocadilhos líricos, piadas internas e entretenimento sadio ao melhor estilo Tela Quente: "é ação do começo ao fim". Além do Spam Zine, os outros participantes são:
 
GivagOnline - o GivagOnline é um campo livre onde todo e qualquer tipo de pessoa pode manifestar todo e qualquer tipo de idéia. O GivagOnline pode ser, entre outras coisas, a sua sessão de psicanálise, o seu querido diário, a sua lista de bobagens, seu boteco virtual, sua coleção de figurinhas, sua capa do superman, sua verborragia semanal, seu quitute poliédrico. Um ambiente propício a discussões, ficções e lágrimas. Editado por Emílio Fraia, publicará o primeiro capítulo do SPAMOLGIVAGO em 07/11 (quarta-feira). Assine já o GivagOnline, visitando o site ou escrevendo para [email protected].
 
Mutantes Online S/A (MOL) - Adolescente problemático, cheio de espinhas e fora de forma, o MOL é um zine família, em crise constante de identidade, sem compromissos ou periodicidade. Publicação genérica distribuída quase semanalmente por e-mail, sua exposição prolongada pode causar sérios danos ao cérebro dos leitores. Pioneiro na comercialização de franquias de e-zines, o MOL é editado pelo homem-martelo Fernando S. Goulart, e publicará o segundo fascículo em 12/11 (segunda-feira). Para assinar o MOL, visite o site ou escreva para [email protected].
 
Spam Zine - Você conhece, você confia. Publicará a última parte da trilogia ("O Retorno de Jedi") na edição do dia 18/11 (domingo).
 
E não perca nossa promoção: juntando os três capítulos da coleção SPAMOLGIVAGO, você receberá, inteiramente de graça, um texto imperdível de Ricardo Sabbag, "Meu Amigo Mercutio". A partir do dia 07/11, no GivagOnline.
 
comprebatombebacocacomprebatombebacocacelacantoprovocamaremotobugrãocampeãobebacocababecocacalocloaca
 

f a l a   q u e   e u   t e   e s c u t o
o mundo é cruel, mas o spam zine não. para provar, aqui está a prova de nosso carinho, em respostas mais do que apropriadas aos que escrevem para [email protected].

"Caro amigo Alex:
Como vai você? Espero que esteja bem. Gostei do seu editorial do último Spam Zine. Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde os verdadeiros valores e heróis são normalmente relegados ao esquecimento. Creio que tudo está sempre mudando para melhor, mas às vezes cansa tanta mediocridade e decadência. Talvez seja o caso de desenvolvermos mais nossa compaixão e lutar (no bom sentido) para diminuir as trevas deste mundo".
Roberto Junqueira
 
sabbag responde: prezado Roberto, só o Alexandre himself pode dizer se ele está bem ou não. Eu o vi e, ao que tudo parece, ele está bem. Não tenho certeza se está mudando para melhor. Não é a impressão que eu tenho. Aliás, sequer sei se ele está mudando. Acho que o cenário mais preciso é de que os detalhes mudam, mas a essência permanece. Felicito-o pelo seu otimismo. Abraços, Ricardo.
 
"Spâmicos,

Anh, tipo assim, tenho sincera consideração por toda essa galera aí, mas eu gostaria de cancelar minha assinatura. O email a ser descadastrado é o (...) :) O motivo? Apesar de respeitar o tipo de material que é publicado pelo Spam, eu não curto. É mais ou menos como ouvir Steve Vai. O cara toca muito e tal, mas eu não paro pra ouvir a música dele. Um abraço, Luis"
Luis Gustavo Claumann
 
sabbag responde: nada como receber notícias de um bom amigo.
 
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c r é d i t o s   f i n a i s
 
bozos
Ricardo Sabbag [[email protected]]
Alexandre Inagaki [[email protected]]
Orlando Tosetto Junior [[email protected]]
 
bozolinas
Aline de Mello [[email protected]]
Dani Sigaud [[email protected]]
Lyanna [[email protected]]
Patricia Köhler [[email protected]]
Sara Fazib [[email protected]]
 
garotos-juca
Aldeir Claudio Arcanjo Silva [[email protected]]
Edney Soares de Souza [[email protected]]
Eduardo Fernandes [[email protected]]
Eduardo Makoto [[email protected]]
e-suit lombar wago [[email protected]]
Lau Siqueira [[email protected]]
Paulo Ricardo Schwind [[email protected]]
Ricardo Nishizaki [[email protected]]
 
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SpamZine - fanzine por e-mail
 
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colaborações, sugestões, críticas, pedidos de números antigos:
[email protected]
 
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p. s.

schwind: O Governo vai reviver as notas de 2 e 20 (alguém se lembra daquelas de 2 cruzeiros com a efigie do Duque de Caxias? Getúlio Vargas deve estar se virando no caixão...) com as imagens de uma tartaruga e um mico-leão, ou seja, dois animais em extinção. Uma mensagem subliminar talvez.
 
inagaki: de tempos em tempos, uma simples frase pronunciada ao esmo consegue, em poucas palavras, definir o zeitgeist de uma geração. Pois bem, esta semana Alexandre Frota sintetizou todas as angústias, anseios e aspirações do nosso Brasil contemporâneo, ao pronunciar, dentro do reality-show do SBT Casa dos Artistas, a sentença definitiva: "Pô, aí mermão, todo dia tenho que passar o cerolete numa, eu me conheço". Filho, não verás país como este.
 
tosetto: "A atual conjuntura infelizmente nos leva a adotar esse tipo de medida". Quando o assunto é demissão, não há parasitismo ou simbiose que resista ao jargão.