Cedemos
ao desejo. Depois de meses lutando para manter um nível de qualidade, Spam
Zine abandona suas metas editoriais e se deixa levar pelo óbvio. Não, não
espere desta edição um escape à boçalidade dos programas dominicais de TV.
Hoje você encontrará aqui as mesmas bundas que sacolejam ao som de axé, funk,
sambalanço e demais excrementícias musicais.
Hoje nos
rendemos à preferência popular. À meta de todos os jovens de 14 a 99 anos.
À bênção divina da procriação. Hoje, somos predadores do sexo.
*
* *
Foda.
Fo-der. Futere.
Uma das
explicações etimológicas para a palavra FODA seria "ir a Deus".
Fo-der. No entanto, as nossas fodas estão mais ligadas à prática da cópula,
à fudelança, à fornicação. Essa edição pode ser uma foda lamentada ou uma
foda gritada por entre os dentes, depende do seu nível de relaxamento.
As fodas
em seu mais fundamental nível. A penetração. O bate-coxa. O êxtase. Os fluidos.
Hoje substituímos ficção por fricção. E, como se diz: "se o estupro é
inevitável, relaxa e goza".
*
* *
Mais uma
vez, a edição especial traz uma seleta de textos produzidos especificamente
para a 'data comemorativa'. Um número de textos maior do que o normal das
edições, é verdade. Algumas contribuições excelentes ficaram de fora, mas,
quem sabe, possamos aproveitá-las em próximas edições fodidas.
Hoje não
há seções, mas somente os contos, poemas e histórias profanas criadas por
nossos colaboradores para seu deleite. E deleite é a palavra de ordem. Esperamos
que a edição especial FODA traga *muito* prazer ao leitor. É isso. E pratique
sexo seguro, mas gostosinho.
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Língua
que falo
Língua que amo
Cópula fértida
Febril fêmea
Flamante fruta
Língua que grita
Voz que brota
Do fundo do fundo da gruta
Grito de puta
Que brada: língua!
Língua
que te quero fala
Dulserpentemente lasciva
Lassa lânguida
Essa língua nua
E nunca à míngua
Crime
que nos redime
Pecado orgasmítico
Original
Oraginal
Oraganal
Luz que te quero lava
Luz mais que luz:
Laz!
Paz
De pau na vagina
Que pulsa
Labareda promíscua
Língua que se abre escancarada
Vértice obsceno de A
De vulva
Que envolve
A lua
De gozo lácteo
Que jorra
Porra e luz
Expulsa
Língua
que falo e calo
Cabaço oculto
Que exploro e deslindo
Vórtice voraz
De adaga afiada
Que sabe o que faz:
Língua que te quero laz.
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nossas
estrelas são de adesivos verde-fosfô
Não foi
sem certo desgosto que repetiu o gesto de acender um cigarro sentado à frente
do monitor. Notou a pele da mão direita enrugada ao estendê-la até o cinzeiro;
tragou e depositou de volta o cigarro nele,várias vezes, como um refrão.
Começo a contar a partir da luz da manhã tão franca que tornava uma agonia
o trabalho, o estudo uma inutilidade nunca tão óbvia quanto naquela sala da
universidade secular. Era um deserto de idéias que se estendia por longos
corredores e salas amplas, onde tudo um dia quase explodiu com Movimentos
Subversivos e Revoluções, Juventude, Bossa Nova e Samba Jazz e agora era uma
morte, o limbo. No limbo, velhos se revezavam a oferecer aulas modorrentas
e olhares angustiados para as saias das meninas. Olhemos mais atentamente
aquela ali. Em frente à janela que devassa um jardim mal cuidado e gatos ao
sol, ela se aproxima para fumar sem causar incômodo aos sensíveis pulmões
dos anti-tabagistas presentes, que a esta altura cochilam em estranha sincronia.
O professor não percebe o efeito que seus diplomas e certificados causam sobre
a turma e prossegue enredando-os nesta merda de história sobre a ditadura.
A cada vez que a conta, muda o nome de uma personagem ou outra, mas mantém
a improvável trama central, em que se sai heroicamente, baleado e carregando
alguém no colo (na versão relatada à turma de 1997, por exemplo, era um bebê
que levava nos braços enquanto sangrava pela Avenida Rio Branco, fugindo de
militares montados). Mas estamos, desculpem, estamos nos desviando do alvo
daquele nosso olhar que deveria ter sido mais atento, estão lembrados? Ela
continua ali, perto da janela. Vira-se espevitada de costas para a sala e
para a turma e sopra fumaça em direção ao jardim e aos gatos, os braços apoiados
na janela e o corpo curvado para a frente. É relaxada, permite que uma parte
de suas coxas que vive escondida seja vista - é muito rápido, mas posso ver
- a parte interna, e esta parte tem de cada lado uma concavidade quase imperceptível,
uma curva um pouco acima dos joelhos e abaixo da boceta que é a única coisa
fresca e saudável nesta sala de aula hoje pela manhã. O velho que não percebesse
isso poderia se considerar não mais um velho, mas um defunto. Este não estava
morto, não por acaso, dava sinais aqui e ali de que ainda queria o ar.
- Eu estava carregando dois companheiros sobre os ombros e sentia meu sangue
se esvaindo através dos três buracos de bala que os meganhas haviam feito
em mim...
Bocejo, bocejo bocejo, fumaça, fumaça, fumaça. A curva permanecia ali embora
o pensamento dela já tivesse ido parar em algum lugar entre a boate onde só
chegaria doze horas depois e um par de botas cor de uva que vira na vitrina
do shopping, pra comprar, pra comprar (refrão). Precisava de uma saia preta
pra ir com as botas, ia telefonar pra Bianca e ver se ela tinha pra emprestar,
depois devolvia lavada. Ia telefonar pro Tito, pro Fábio, pro Almir e pro
Rodrigo. Só o Fábio tinha carro, mas cabia todo o resto dentro, era só combinar.
Se o Fábio não fosse, o Rodrigo pagava o táxi porque ele era viado e não gostava
de levar coió na rua, saía montado de casa. Não sabia o que tinha dado nos
meninos que começaram a ir de saia pra boate, até de salto e bico fino às
vezes. O Rodrigo aderiu. Não era travesti não, a mãe achava que estava quase
lá, mas não era não. Tinha lido na revista. Não tinha peitinho, logo não era
travesti. Mas estava quase lá.
- E foi assim que eu e os três companheiros que eu consegui salvar fugimos
para a Venezuela num disco voador... (ad lib para o fim)
---
- Que porra é essa, Rodrigo.
- Peitinhos!
- Como assim peitinhos? Que que cê vai fazer com peitinhos?
- Eu, nada. Mas eles, tudo, né? Tudo de bom. Tudo de bom.
- Ai, ninguém te merece.
- Hahahahahaha.
- Hihihihihihihi.
Rodrigo, finalmente, atravecara-se. Pegou o narguilè, que era um Kenny (Bastards!
They Killed Kenny!) de South Park, e colou a boca na piteira da extremidade
de um dos canudos que saíam da barriga do boneco. Por dentro, Kenny fervilhava
com bolhas de água e fumaça. Rodrigo e peitinhos chaparam na cama. Impossível
pegar esse cara agora. Aqueles dois montes salientes na blusinha não pareciam
convidativos. Talvez eles não fossem o problema mas o equipamento que os acompanhava
não combinava. Não suportava coisas que não combinavam.
- O Fábio fu-rou, vai ficar em casa com a Letícia.
- Ai, ninguém merece.
- Ninguém merece.
Aí, era ligar pro tio do táxi, que também fumava um e eles podiam chapar à
von-ta-de no banco de trás dali até o Lido.
- Vem pegar a gente às dez.
- Pega aqui ó, pega aqui ó. (ele não parava na cama, ria, ria).
- Tá. É o Rodrigo. É, ele vai com a gente. Tô na casa dele. Passa aqui. Brigada.
Dez reais. Tá bom. Tá.
Queria que o pega aqui ó tivesse se misturado à Billie Holiday e se tornado
uma obscenidade indistinta mas achava que o motorista tinha ouvido. Ia ser
a noite inteira aquela história de pega aqui ó. Quando gente sem imaginação
chapa, dificilmente altera o tema da brincadeira que inventa nas primeiras
horas de chapação. E aí fica aquela coisa sem graça a noite toda, repetindo
o mesmo bordão. Também tinha fumado mas não tinha uma brincadeira. Não tinha
senso de humor. Então preferia não fazer brincadeiras. Não sabia ironia. Não
entendia o que havia de tão brilhante na ironia. Não gostava de ironia nenhuma
quase. Só aquelas piadas do Fábio. Mas aí não era ironia, era piada. Qual
era a diferença? Faltava meia hora até o táxi chegar. Já tinham fumado. Já
tinham bebido cerveja. Já tinham visto o DVD do Matrix. Coisa sem graça.
- Rodrigo, chega aqui.
Rodrigo fez uma cara de é ruim hein. Ele não queria mexer um nada pra sair
do espacinho em que se encaixava entre um travesseiro e a parede. Ela foi
serpenteando de barriga para baixo na cama até deitar ao lado de Rodrigo.
Os dois ficaram olhando o teto que ele mantinha estrelado com adesivos fluorescentes
desde a 5a. série. Ficava melhor com a luz apagada, eles fumados, pra olhar
as estrelinhas. Apagou-se a luz. The moon looks down and laughs and says “I
told you so”, why did I let you go away? I was so sure you loved me madly
and when I wanted you, you gladly came back to me. Piano, piano, piano (solo)
e a caixa da bateria sendo alisada pela vassourinha ao fundo. Entra o trumpete
e um pouco de fumaça que ainda insistia no ar sai pela janela. Entra um dedo.
Entram dois, bem grossos. Ela continua olhando para o teto mas Rodrigo não
sabe o que fazer então fecha os olhos apenas, chupa seu pescoço, por ora está
bom. This lonesome town, the moon looks down and laughs at meeeeeeee. Discreto
agudo. Mexia os dedos grossos agora com mais vontade, querendo até foder mesmo
mas talvez não desse tempo, a saia da Bianca estava levantada até a cintura
e a calcinha (essa era dela mesmo) no chão, sem anchinhas, orgulhava-se. Ela
rebolava puxando Rodrigo para si sem se importar muito com a tal coisa que
não combinava, talvez fosse uma besteira, não se pensava nisso. A buzina tocou.
Acting like a loon, lying in the sun. Abriu as pernas bem para o alto, o quanto
pôde e o quanto quis, que eram a mesma medida, acostumada a espacar no ar,
balé classe baixa, meu amor, as pernas bem para o alto e Rodrigo meio de lado
enfiando devagar primeiro e depois, confortável, tudo - o bailarino é viado,
e daí? - um pau bem grosso, mais grosso do que grande. Enchia-se com ele,
ocupava-se, arregaçava até a boca como se também com ela pudesse engoli-lo.
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Ninguém foi pra boate porra nenhuma, ficaram ali trepando e descobrindo até onde
era possível fumar e trepar direito. Durou mais umas duas horas só, não seguidas,
interrompiam com o narguilè e aí recomeçavam, mas a coisa toda não foi além
de uma da manhã. Sem paixão e com maconha fica difícil manter ereções decentes
por mais tempo, ele até foi bem heróico, gente, mais heróico que o professor,
que carregou quantos mesmo? no ombro até a Venezuela ou o Paraguai, não me
lembro agora.
Tomando um café melancólico com a baranga de Alemão, o professor viu novamente
o par de coxas e o rastro de fumaça que aqueles dedos finos deixavam para
trás. Ao lado dela, um rapaz ou uma moça, não sabia ao certo, segurava sua
nuca como se fosse seu dono - ou sua dona, estava realmente difícil de descobrir
- exibindo sua autoridade em frente à sala de aula. Queimou a língua no café
imaginando o que teria de passar com aquela outra ali e começou a fotografar
com os olhos cada linha, cada delicadeza da moça, para usar depois.
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Aninha...
era como a chamavam na escola desde o primário. Pudera, ela tinha os olhos
levemente puxados do seu pai chinês e verdes como os da mãe, os cabelos compridos,
pretos e lisos amarrados em duas chiquinhas enfeitando seu rostinho de criança, estava
sempre com o uniforme do Colégio de Santa Inês (só para meninas de família
católica e de ilibada reputação) impecavelmente passado e de um branco omo,
e era invariavelmente a melhor aluna de todas as classes.
Aninha
cresceu e seus pais acharam de bom tom matriculá-la em um colégio mais renomado
e especialista em treinar alunos para o vestibular. Além disso, Aninha já
estava ficando moça e Dona Lucy e Seu Lim concordaram que sua filha deveria
começar a cultivar amizades com garotos de sua idade.
E assim,
Aninha, aos 13 anos, estava cursando a 7ª série do Colégio Etapa Objetiva.
Graças ao (novamente) seu rostinho pueril, Ana continuou sendo Aninha para
seus novos amigos: meninas com seios de mulher, coxas grossas e quadris largos
(como pudera observar atônita no vestiário depois da aula de Educação Física),
algumas já fumando cigarros escondidas no banheiro, longe dos olhos dos bedéis;
e meninos bobos, cheios de espinhas, que se divertiam atirando bolinhas de
papel nos decotes de Sarah, que fazia questão de exibir o colo farto e a bunda
arrebitada em roupas justíssimas, ao passo que Aninha sentia saudades do seu
uniforme toda a manhã que revirava seu guarda-roupa infantil escolhendo o
que vestir. Não demorou muito e logo todos os professores também começaram
a chamar-lhe de Aninha.
Não foi
surpresa para os pais de Aninha quando ela lhes mostrara o boletim do primeiro
bimestre – 1º lugar de todas as classes. Compraram-lhe bonecas, roupas infantis,
e algumas peças de lingerie linha “teen”, feitas de algodão e com estampas
florais.
No segundo
bimestre, porém, algo estranho aconteceria. O velho professor de Biologia,
Sr. Novaes, aposentara-se e o professor substituto foi apresentado à classe
pelo diretor da escola no dia 12 de abril – Aninha se lembrava perfeitamente
da data. O novo professor chamava-se Márcio, era alto, moreno, forte, de uma
voz maravilhosa e um olhar que Aninha não sabia explicar. Ao iniciar a chamada,
o professor Márcio pronunciou o nome de Ana e olhou sim, diretamente em seus
olhos, como se já soubesse que era ela Ana, Ana, Ana... não mais Aninha. E
por um fração de minuto desejou ter os seios e a bunda de Sarah e se achou
ridícula naquele conjuntinho de blusa branca engomada e saia azul marinho
no joelho. Quase teve o ímpeto de soltar seus longos cabelos presos num rabo
sem graça. Porém, Ana limitou-se a baixar os olhos e, desatenta ao alvoroço
das colegas com a chegada do professor bonitão, enrubesceu, e respondeu
“Presente”, mas com voz de mulher, voz de Ana.
Então
os dias começaram a mudar. Os pais de Ana estranharam um pouco o comportamento
da filha que fazia questão de comprar e usar somente lingeries rendadas,
com preferência aos soutiens meia-taça, blusas e calças coladas, saias
mais curtas. Dona Lucy e Seu Lim compreenderam que chegara a adolescência
para Aninha e, como bons pais e educadores, tiveram uma longa conversa com
a filha no domingo depois da missa sobre drogas, vícios e sexo, enfatizando
neste último tópico que era o dever de uma mulher correta e cristã manter-se
pura até o sagrado matrimônio. No fundo sabiam que aquela ladainha toda não
passava mesmo de ladainha, porque confiavam cegamente em Aninha, a filha perfeita
que pediram a Deus.
Ana não
lembrava mais de nadinha das suas aulas de catequese e achara patética a ladainha
de seus pais. Em sua mente avoada somente se ouvia a voz de Márcio. Sim, somente
Márcio, porque para Ana ele era seu homem e não seu professor. Imaginava-o
nu junto dela, desejava sua boca para dar-lhe longos beijos, para lamber-lhe
os bicos rosados dos seios ainda nascentes, queria-o só para ela, deitado
e imóvel numa grande cama coberta de branco, para sentir o seu corpo inteiro,
apalpar-lhe e descobrir o porquê do palpitar de seu coração quando ela o via,
o motivo da quentura que sentia entre as pernas e invadia as entranhas quando
sentia seu cheiro, e transformar em realidade os sonhos que tinha quase
toda noite e a fazia acordar, suada, febril, com a vagina úmida e quente,
tão pulsante que levavam suas mãos a apertarem os mamilos e enfiarem-se,
irracionais e em total estado de torpor e excitação, debaixo de sua calcinha
de algodão. Ana tocava-se, durante às tardes vazias pensando em Márcio e,
com ele também lia o livro “Luxúria – A Casa dos Budas Ditosos”,
de João Ubaldo Ribeiro, escondida dos pais durante as madrugadas abafadas.
E assim, Ana apagava aos poucos, todas as manhãs ao ver-se nua no espelho
do banheiro, a Aninha dos cabelos presos.
Certo
dia, porém, Ana saiu do colégio pálida, com o olhar perdido e morto, andando
feito sonâmbula. Sarah confessara no vestiário que no dia anterior, finda
a aula de Biologia, Márcio lhe convidara para conhecer sua casa. Quando Ana
perguntou o que eles haviam feito na casa do professor, Sarah apenas exibiu
seus fartos seios, deu uma risadinha e foi embora, como que gozando do corpo
de... Aninha.
Chegando
em casa, Ana jogou-se na cama e ficou olhando para o teto. Rangia os dentes
e pensava que não, não poderia perder seu homem para Sarah. E resolveu que
se convidaria para casa de Márcio com o pretexto de estar com dúvidas no sistema
digestivo humano. Funcionou.
No dia
do encontro, Ana voltou para casa, tomou um banho demorado, usou sua lingerie
mais bonita, seu vestido florido que deixava suas costas à mostra e às 6 horas
da tarde tocava a campanhia do apartamento de Márcio, que abriu a porta vestido
de uma bermuda somente. O apartamento era pequeno, desarrumado e velho. “Que
merda de lugar... Ainda bem que a janela é enorme e dá pra ver o pôr-do-sol...
e está lindo! Tem que ser agora!” Ana, não acreditando em si própria
e no que fazia, abraçou o professor, empurrou-lhe contra a parede, encostando
os seus lábios com força nos dele, deixando a língua quente e molhada de Márcio
passear por toda a sua boca, enquanto sua mão grande de homem apertava-lhe
a vagina em brasas, a bunda arrebitada, as coxas macias. “Ah, Ana, sua putinha”
– sussurrava Márcio, chupando seu pescoço e despindo-a com violência.
Logo Márcio segurou com a mão os longos cabelos de Ana, puxando sua cabeça
para trás e chupando seus seios. Ana gemia, extasiada com todo o mar de sensações
que invadiam seu corpo como pequenos choques que a faziam tremer.
Os dois,
abraçados e se beijando foram até o sofá e Márcio deitou-a, abrindo-lhe as
pernas. Ficou um momento olhando para a vagina rosada e delicada de Ana, coberta
por uma fina e macia penugem e pensou em silêncio que era a bocetinha mais
linda que vira em toda sua vida. E num impulso incontrolável começou a chupá-la,
ao passo que Ana contorcia-se no sofá, gemendo, arfando, apertando com as
próprias mãos os bicos dos seios. Quando Márcio parou de chupá-la, Ana intuitivamente
desceu do sofá, ficou de joelhos sobre o carpete vagabundo da sala, olhou
bem para o membro que só vira em desenhos de anatomia, pegou-o com a mão desajeitadamente
e enfiou-o na boca. “É salgadinho” – pensou e quase riu. Márcio acariciava
os cabelos de Ana enquanto ela lhe chupava, como que tentando ensinar a moça
a fazer um boquete decente. Ana achou graça no que fazia e lembrou de um sorvete
de casquinha de uma bola, sabor creme, que tanto gostava, e ficou lambendo
a cabecinha do pau que tinha em suas mãos.
Márcio
deitou Ana no chão. “Vai ser agora, ele vai enfiar este pau lindo todo dentro
de mim, não vai doer, não vai doer”, Ana dizia pra si mesma. Mas... para total
desnorteamento de Ana, ele ficou de joelhos abertos sobre seu o peito, apertou
com as mãos seus dois seios com o seu pinto entre eles, e começou a fazer
movimentos para frente e para trás vigorosamente. Ana ficou atônita, sem saber
o que fazer, e quando Márcio começava já a suar, ela achou graça naquela cena
ridícula e começou a rir escandalosamente, em altas gargalhadas, e os urros
esquisitos de Márcio misturavam-se ao som das gargalhadas de Ana. Porra, não
era uma cena de sexo, aquilo estava virando uma comédia das mais pífias, no
melhor estilo “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”.
Ana não
agüentou mais a brincadeira e perguntou a Márcio o que ele estava tentando
fazer. “Porra, menina, tô tentando gozar!”, gritou ele sentando-se no sofá,
suado e vermelho. “Mas como é que você ia gozar se você não me comeu, quero
dizer, goza-se dentro da xoxota. Não é?”. Márcio olhou atravessado e perguntou
mais emputecido ainda, "Ah, Ana, do jeito que você é putinha, vai me
dizer que você não sabe o que é uma espanhola? Vai me dizer que você
veio aqui sem ouvir da Sarah o que nós fizemos? Cê tá pensando que eu sou
louco de comer menor de idade?” Os olhos verdes de Ana começaram a ficar vermelhos.
“Espanhola é você enfiar o teu pinto entre meus peitos e esfregar e esfregar
até gozar na minha... CARA?”, indignou-se Ana com cara de nojo. Dessa vez,
foi Márcio que riu alto, cínico e ácido. “É, Aninha, só que com seus peitinhos
meio pequenos, tava meio difícil, sabe? Hahahahaha!”
Aninha?
Aninha o caralho! Ana respirou fundo, esperou secar as lágrimas que já enchiam
seus olhos verdes, olhou bem pra cara do filho-da-puta e dessa vez foi ela
que puxou fortemente os cabelos de Márcio para trás e disse “Seu filho-da-puta.
Aninha é o pintinho pequeno, fino e torto que você tem”.
Ana vestiu-se,
saiu do apartamento e ao bater a porta, sentiu pena de Sarah, de Márcio e
riu de si mesma quando percebeu que nem ela, Ana, fora capaz de fugir do velho
clichê “paixão platônica de aluna por professor bonitinho, pero ordinário”.
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de
vaginabilus explicationem
Meus caros:
falemos de bocetas. Ou bucetas. Vaginas. Conas. Xecas. Xoxotas. Xerecas. Xanas.
Prechecas. Piciricas. Buças, pastéis de pêlo, carnes mijadas, perseguidas,
pombinhas, chibius, periquitas, enfim: bocetas.
A
palavra “boceta” é muito feia. Dizia meu pai, que sabia muito de boceta e
pouco de português, que essa palavra designava, originalmente, uma caixinha
onde era guardado fumo, não sei se de corda, de cachimbo ou rapé. “Fumo”,
não custa lembrar, é um dos apelidos do pênis. Há outros, mas não cabem aqui.
Pois então: como o lugar onde se leva fumo é boceta, ficou. Desconfio dessa
explicação, que tem a virtude de ser simpática, e redondinha.
O
órgão boceta também não é lá muito bonito. Dizer que é “feio pra caralho”,
embora poeticamente justo, é de mau gosto; digamos que a boceta tem o mesmo
ar adoentado das plantas carnívoras. E carnívora certamente ela é. Claro que
as bocetas variam entre si na forma e no aspecto; eu costumo prestar muita
atenção naquelas assim mais desbeiçadas, mais caídas, com ar mais desanimado.
Taí: a boceta é um órgão com um ar desanimado. A despeito da nossa animação.
Um
dos grandes mitos a se desfazer sobre a boceta é que não se mija por ela.
Verdade. O xixi das mulheres corre por outro caminho, curiosamente também
chamado uretra. No entanto, ela é um órgão excretor – por ela correm a menstruação
e os diversos tipos de corrimentos que as mulheres vêm a ter, pelas mais diversas
razões. Mas é preciso admitir que os bebês não são excreções. Por mais que
o Congresso Nacional nos leve a pensar o contrário.
A
meditação atenta sobre a boceta já me fez pensar que Deus existe. Não por
causa dos êxtases do orgasmo, que, graças a Deus, nada têm a ver com Ele.
Mas sim porque é um órgão que vem lacrado. Portanto, aferível. É verdade que
burla-se tudo neste mundo, e não há nada que agulha e linha não façam, mas
pensem bem: se Deus faz mesmo tantas restrições ao uso indiscriminado da boceta,
o hímem faz sentido. Tem uma função. É lógico. Mas há deuses que não estão
nem aí pro que as mulheres fazem das bocetas, e na verdade até as usam um
tanto eles mesmos. Enfim, não é na boceta que se resolverão os mistérios religiosos.
Embora todos comecem lá.
Sendo
basicamente um feixe de músculos, a boceta possui capacidades físicas diferenciadas.
Nas Filipinas, na Tailândia e em outros lugares exóticos (vejam só: um brasileiro
se dando ao luxo de achar os outros exóticos!) as mulheres aprendem cedo na
vida a dominar uma arte chamada “muscle control”, controle muscular. Esse
dito controle permite que elas, fazendo uso apenas da boceta, executem tarefas
que os homens sem braços aprendem a fazer com os pés. Como abrir garrafas
e apertar porcas. Pintar quadros. Fumar. A variedade de ações que uma boa
boceta pode por em prática é imensa. A boceta é versátil.
Os
músculos vaginais tendem a se amoldar à forma do pênis que mais freqüentemente
os penetra. Uma esposa fiel pode, mediante gesso e alguma abnegação, fornecer
um símile bastante aproximado do pênis do marido. É um molde confiável. Se
um pastor televisivo debandasse pro culto de Príapo, bastava medir sua esposa
para fazer as estátuas.
Embora
cavernosa e nada aerodinâmica, a boceta é mais limpa que o pênis (que também
é cavernoso, falando nisso, mas bem mais afeito a varar o ar). A boceta não
forma queijinhos, embora às vezes possa excretar secreções amanteigadas. A
boceta não fede (muito), mesmo em períodos de estiagem. E pode-se raspá-la
sem desdouro nem vexame em vestiários após o futebol.
Permanece,
no português falado no Brasil, a eterna controvérsia entre “boceta” e “buceta”.
A suave e malemolente dicção nacional privilegia a forma “buceta”, mas os
defensores da norma culta não abrem mão da “boceta” – palavra cuja etimologia
me é desconhecida. Escritores e poetas não se resolvem: uns preferem uma forma,
outros preferem outra, mas a polêmica é contida. Não é furibunda.
Uma
vez um sujeito pintou um quadro chamado, se não me engano, A Origem do Mundo.
Era uma boceta. Sutil, mas todo mundo conseguiu entender. A cornucópia, falando
nisso, é uma boceta. Uma boceta inesgotável. Envolta por Helena, uma boceta
fez a desgraça de Tróia. Aliás, a boceta fez a civilização ocidental. Quem
diz isso é Camille Paglia, que tem uma, e deve portanto saber do que fala.
Seja
como for, nossas relações com a boceta não são superficiais jamais. Se forem,
não são exatamente relações. Temos – ou deveríamos ter – pela boceta um respeito
profundo, e somos por ela levados a um estranho paradoxo. Dependendo da boceta,
também nós homens temos inveja do pênis. Foi sutil, mas sei que todos entenderão.
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Fresca,
exausta, a calcinha branca minúscula, sutiã preto e piercing no umbigo, sorrindo
com todos os seus cílios pintados, braços pernas peitos ombros, a língua grande
se arrastando pela boca e quase queixo, dentes expostos, vadia!
O mar que não dormiu e não seca sob o sol que distorce tudo é só uma moldura
para o feixe elástico vivo vibrante de carne que ela é.
A areia grossa que cobre tudo é ela, ela é a grama que pinica e o copo com
resto de vinho, o meu torpor é todo ela, músculos rijos exatos para o corte,
o sangue grudento escorrendo lindo eu só adivinho e babo.
Cadela que salta estúpida e dança, a unha do dedão no pé sujo me arranha o
cerebelo mas quero assim gritante e seca a distância entre minha fraqueza
e seus caldos salgados.
Pelo céu voam prédios escuros, ônibus lotados, mendigos fedorentos, calçadas
escarradas cheias de chicletes grudados, o bandido de merda e a boca que recebe
parva o cano do revolver; a puta que é menina que é mulher disfarçada de gaivota
voa junto e carrega meu olho atônito.
A luz é excessiva e perfurante e varre para longe as memórias que se misturam
à poeira e às folhas que não foram arrancadas mas caíram secas, formando uma
massa esquisita que é o vômito que ela despeja enquanto crianças riem e fazem
castelos de areia.
Manhã de domingo suave e quente, espero que a música que botei no toca-fitas
soe tépida sobre a pele que roça a aspereza da rede, nos poros abertos do
rosto que vejo no espelho leio que ela já não percebe nada e é somente um
pouco de vida entre as paredes brancas.
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como
eu comi a alienígena do meu amigo
jonas
jorge estava começando a pegar no sono quando ouviu umas batidas na porta
da sua guarita. era túlio, o outro segurança, com sua cara de bobo reforçada
por gargalhadas que poderiam ser ouvidas a metros de distância se houvesse
mais alguém na empresa aquela hora da madrugada.
_ que
foi porra?
_ olha esta merda aqui.
_ deixeuvê
era uma revista pornográfica qualquer, com suas garotas exageradamente maquiadas
e com as pernas generosamente abertas. jonas olhou rapidamente as fotos, queria
dormir o mais rápido possível.
_ que
que tem esta merda além de um monte de buças mal lavadas?
_ olha
lá no final, lá no final tem uma coisa legal.
era a seção de contos enviados pelos leitores. maridos traídos, fodas inusitadas
com cunhadas e primas e outros familiares. teoricamente são relatos reais.
_ porra,
que coisa escrota.
_ é, tem umas coisas bem bizarras escritas aí.
_ não, os editores desta merda é que são escrotos. aonde já se viu escrever
"bUceta" com "O"? "BOceta". Tem coisa mais broxante
do que "BOceta". Cê tem que encher a boca. "Bu bu bu BUceta".
_ porra, mas não é pra você broxar ou deixar de broxar que eu trouxe esta
merda. se quiser bater uma bronha depois depois, eu te empresto, mas antes
dá uma olhada nestes contos.
_ e aí, que que tem estes contos?
_ olha um conto chamado "o segurança do amor contra os invasores alienígenas".
_ qual a página?
_ é a próxima, dá uma lida.
jonas passa o olho pelo texto. mal escrito. percebe-se que foi editado para
corrigir vários erros grosseiros.
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INTERLÚDIO: O Conto Erótico de Túlio
Nunca pensei que isso foi acontecer comigo. há alguns anos, quando eu trabalhava
de segurança numa loja de brinquedos, fui surpreendido pela campanhia do portão
principal. olhei pela câmera e pensei que ainda estivesse dormindo. uma loira,
muito bonita e gostosa. e o melhor de tudo, peladinha da silva. "puta
que pariu" pensei. era abrir o portão e correr o risco de ser assaltado
e me foder ou foder até o pinto fazer calo, ou viver de punheta para o resto
da vida. Peguei o cachorro e fui até o portão. ela realmente estava pelada.
tinha um belo par de melões, com direito a biquinhos rosas e boquinha carnuda.
ela abriu um sorriso, e eu como que hipnotizado não pensei duas vezes. quando
ela parou na minha frente, eu percebi o quão alta era a loira. tinha bem uns
dois metros e mais um pouco. ela abaixou-se com aquele tamanhão e já veio
enfiando a língua na minha boca. no único momento em que pude falar, eu sugeri
que entrássemos na guarita. foi difícil nos ajeitarmos, mas a loira parecia
decidida. eu tentei abocanhar aqueles peitões, mas ela me empurrou de lado
e começou a chupar meu pau freneticamente. meu deus, nunca ninguém havia chupado
meu pau daquele jeito. na verdade, nunca ninguém havia chupado o meu pau em
toda a minha vida. quando ela percebeu que eu estava prestes a gozar, deu
um pulo e sentou com sua xoxotona loira em cima do meu pau, que diante daquele
colosso não resistiu mais que três bombadas e gozou como nunca havia gozado.
a loira soltou um suspiro, seguido de uma risada sacana. passou a mão na barriga
e apontou para o céu. eu não entendi porra nenhuma, até que ela apressou-se
em ir embora. tentei segurá-la, mas seu toque provocou um choque e acabei
caindo grogue no chão. quando consegui levantar, fui correndo para o portão
e encontro o cachorro latindo para uma coisa brilhante, uma espécie de disco
voador que começou a flutuar para depois desaparecer entre as estrelas.
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_ pronto, já li, e o que é que tem?
_ e aí gostou?
_ a idéia é boa, mas muito mal contada.
_ mas não é idéia, seu puto, aconteceu mesmo.
_ vai tomar no cu, seu mentiroso. este seu texto é uma clichezada atrás da
outra. olha aqui "Nunca pensei que isso foi acontecer comigo". porra,
oito entre dez contos eróticos começam assim. se fosse uma suruba, teria um
negão, se você fosse corno, o amante da sua mulher chamaria-se marcos. se
você fosse comer uma mulher casada, com certeza comeria o rabo que ela sempre
negou para o marido.
_ se você não acredita o azar é seu. continue comendo aquelas putanhas do
princesa da noite. você nunca vai comer a loira e.t. que eu comi.
o barulho
da campanhia da empresa interrompe e assusta os dois seguranças. jonas jorge
coloca a mão no seu calibre 38 e túlio corre até o portão sem saber se sua
risadas serão mais fortes que o medo.
_ espera aí, cacete, temos câmeras para quê? - jonas jorge tenta manter o
restante de sanidade que ainda resta na dupla.
eles vão
até a guaria e olham para o monitor...
_ puta
que pariu é ela é ela é ela. como ela foi me descobrir aqui.
_ mas parece que ela não veio sozinha.
_ vai ver ela sabia que eu tinha um amigo que não costuma acreditar em arquivo
x, e além do mais, ela não iria ficar me traindo com um cara chamado marcos,
com um negão ou muito menos com você.
jonas
jorge corre atrás do companheiro que abre o portão da empresa e dá direito
com uma loira enorme de dois metros e mais um pouco. jonas jorge dá uma olhada
na revista que ainda estava em suas mãos e confirma a descrição do amigo.
isto depois de alternar o olhar entre a loira e o conto na revista umas 5
vezes.
_ nossa que peitão, nossa que peitão - foi a única frase que jonas jorge conseguiu
proferir.
_ porra, por que você falou duas vezes?
_ desculpe, foi só o eco.
e o
melhor é que a loira não estava sozinha. trazia uma outra loira, tão gostosa
quanto, mas um pouco menor.
_ e esta sua amiga, é para o meu amigo jonas?
a loira
aponta para a garota que a acompanhava e toca o próprio ventre.
_ quer
dizer que está garota é minha filha?
a alienígena
afirma com a cabeça.
_ puta que me pariu. jonas jorge, seu puto, você não vai comer a minha filha
nem fudendo.
_ contanto que ela não tenha herdado o seu cheiro horrível, eu comer ela sim...
jonas jorge meteu a mãozona no peio da jovem alienígena, que ficava impassível.
_ jonas jorge, seu maldito, tira a mão dos peitos da minha filha. você não
vê que ela não está a fim de experimentar desse seu pinto pequeno?
mas j.j. não deu ouvidos ao amigo e continou apalpando a loira. a mãe olhava
de maneira terna enquanto o intrépido segurança que tomou um susto quando
ele tentou meter o dedo na igrejinha da extraterrestre e não encontrou orifício
algum.
_ caralho, túlio, sua filha não tem buceta.
_ buceta ou boceta?
_ porra, eu tô falando sério, tua filha não tem buceta, xota, racha, gruta,
vagina. não tem, tá liso. e também não tem cu, só bunda.
_ vai ver nem são alienígenas, são anjos. não são eles que não tem sexo?
_ já que ela é um anjo, então, que tal você se unir a ela no reino dos
céus?
jonas jorge não deu tempo do amigo responder. sacou a arma e disparou
um balaço na cabeça do amigo - e você, meu amor do outro mundo, vai ter uns
buraquinhos a mais. - mais dois furos na cabeça da alienígena.
jonas jorge olhou para a alienígena-mãe. ela estava impassiva.
_ não fica triste não, fia. a gente faz outra mais bonita e mais cheirosa
que a que você fez com este retardado.
e então,
jonas jorge pegou a alienígena pela mão e a levou para sua guarita para mostrar-lhe
os prazeres terráqueos.
8==>
--- (|)
Ele entrou
no puteiro assustado. Não era um puteiro, é certo. Mas um inferninho cheio
de putas. No palco central, um varredor tirava o resto de espuma que serviu
ao strip-tease de alguma puta pouco tempo antes. Sentou na mesa. Recusou uma
bebida do garçom com cara de cansado. Estava nervoso. Na mesa ao lado, um
sujeito metia dois dedos na buceta de uma loira pelada, que gemia falso. Ele
tirava os dedos e espalmava sua bunda com força. Ela berrava. Todo mundo nas
cercanias achava a cena normal. Ele não.
Observar
aquela cena o deixou de pau duro. Começava a querer roçar o pinto com a mão,
mas não sabia se poderia fazê-lo. Veio Ana, sentou-se a seu lado e perguntou
se ele estava bem. Não precisou responder nada. Ana não era muito bonita,
mas tinha um corpo grande e os cabelos cheirosos. Ele perguntou quanto era.
Ela riu e botou os peitos pra fora: "dá uma pegadinha. Depois a
gente vê como fica". Ele pegou. Eram peitos bonitos. Grandes, duros.
Os bicos, pretos. Olhou de baixo para cima para Ana. Ela, com um olhar, consentiu.
Primeiro ele lambeu de leve seus mamilos, e depois começou a chupar o esquerdo
com gana. Ela: "ai, pára, guri!"
Segurou-o
pela mão e o levou a uma cabine que ficava para trás do bar. Na escuridão,
nem tinha visto o que era. Não tinha cama, mas uns panos no chão. "Quero
ver tua buceta", ele disse, meio envergonhado, meio excitado. Ela ainda
ria da pressa dele, mas tirou o jeans justo e ficou só com a calcinha branco-pérola.
"Tira você", falou. Ele tirou depressa, se ajoelhou em frente a
Ana e ficou observando seus pelos fartos e pretos. Cheirou. Era um cheiro
de Lux Luxo, mas, ao fundo, notava o mesmo odor de seus pentelhos quando
estavam suados. Ele lambeu e sentiu o gosto de água sanitária. Virou-a. Viu
sua bunda. Grande e com algumas celulites. Quis direto enfiar o dedo no seu
cu, mas ela não deixou. "Calma, calma. O cu, não".
"Teu
pau tá duro?". Estava. Baixou as calças e mostrou o cacete. Era grandioso.
Um pau grande, grosso. Comprido mesmo. A cabeça já saltava. Foi a vez de Ana
baixar e começar a chupa-lo. Nunca tinha ganho um boquete. E Ana sabia como
fazer. Atinha-se à cabecinha, lambia por volta dela. Chupava gostoso.
Ele não
agüentou. Mergulhado no êxtase frenético, gozou em pouco tempo. Derramou sua
porra na boca dela, que tentou se afastar, mas ainda levou um jato na cara.
Ela cuspiu o sêmem no chão, tirou da cara com os dedos. Tinha até no olho.
"Porra..."
O pau
dele continuava duro. Ana, então, se deitou ali mesmo e abriu bem as pernas,
esticando os lábios da buceta com os dedos. "Vem".
Ele meteu
com força, sem nenhum jeito, o caralho enorme. Ela gemeu de dor, mas já tinha
agüentado tranco pior. Ele, então, iniciou a fodê-la. Nunca tinha feito aquilo.
Achava que com mais força e rapidez, faria Ana gozar mais rápido. Como já
tinha gozado muito há pouco tempo, não tinha mais sensibilidade no pau. Ficou
nervoso por não ouvir Ana gemer, e cada vez metia com mais força. Ela comegou
a falar algo, ele não ouviu. Estava concentrado na tarefa de gozar. A sacudia,
ela já gritava. Sua força foi maior. De tanto foder Ana, acabou batendo
repetidas vezes sua cabeça contra o chão.
Chorou
de agonia quando sentiu seu pau amolecer sem ter gozado. Deitou de pânico
sobre o corpo morto de Ana. Chorou por vários minutos, até sentir não ter
mais lágrimas e estar com o rosto cansado de tanta tristeza.
Sentiu
o cheiro forte de ferro; não pecebeu qualquer movimento de Ana. Levantou-se
vagarosamente, enquanto via a cabeça dela coberta de sangue. Arregalou os
olhos. Olhou para o corpo nu jogado no chão frio. Vestiu as calças. Saiu e
deixou a porta encostada.
c
r é d i t o s f i n a i s
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